quinta-feira, 31 de março de 2011

Mobilização de produtores rurais pede votação do novo código florestal

Agrosoft

Da Redação
Mais de 15 mil produtores rurais e representantes de diversos segmentos da sociedade civil de todos os Estados brasileiros estarão em Brasília, no dia 5 de abril de 2011, na Esplanada dos Ministérios, para participar de uma mobilização que tem o objetivo de demonstrar ao Congresso Nacional a necessidade de atualizar o Código Florestal.
"Os produtores rurais virão para Brasília para mostrar de forma pacífica, cívica, ao Congresso Nacional que o quadro de insegurança jurídica prejudica as atividades no campo e que por isso é preciso modernizar a legislação ambiental", afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Ela lembra que a agropecuária é um "patrimônio brasileiro que não pode ser criminalizado".
A maioria dos participantes chega no dia 5, bem cedo, pela manhã, em 400 ônibus, com o objetivo de apoiar a modernização do Código Florestal. Ficarão concentrados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. "Esses produtores rurais mostrarão aos parlamentares suas angústias. Vão pedir aos deputados o voto para a atualização do Código Florestal, para regularizar as áreas de plantio", disse a senadora Kátia Abreu. "Sem essas áreas, o preço dos alimentos vai aumentar, o que é ruim para a sociedade como um todo", explicou a presidente da CNA.
Ao defender a aprovação da proposta de atualização do Código Florestal do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), em tramitação na Câmara dos Deputados, a presidente da CNA disse que os produtores podem produzir mais alimentos sem que seja preciso ocupar novas áreas, desde que a legislação ambiental seja modernizada. "As áreas que nós temos hoje são suficientes para aumentar a produção sem derrubar nenhuma árvore, mas nós precisamos de tranqüilidade, de regras claras e não de decretos, que ficam mudando todos os dias, fazendo com que os produtores se transformem em criminosos", afirmou.

PROGRAMAÇÃO
Os produtores rurais e representantes de associações e entidades civis chegarão a Brasília no dia 5 de abril, entre 8 e 9 horas, para participar de uma mobilização que durará o dia inteiro. Segundo o vice-presidente da CNA, deputado Homero Pereira, "o grupo não será formado apenas por produtores rurais, porque a sociedade como um todo já percebeu que outros setores também serão prejudicados pela paralisação das atividades agrícolas em função da manutenção da atual legislação ambiental".
Às 9 horas, inicia a programação na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, com a execução do Hino Nacional e um toque de berrantes. Logo após, às 9h30, será realizada uma missa campal. Às 10h30, começam os pronunciamentos dos parlamentares em tenda armada no canteiro da Esplanada.
Na hora do almoço, será servido um arroz de carreteiro preparado em grandes panelas instaladas no local da concentração. Logo após, às 14 horas, os produtores e demais participantes darão um grande abraço simbólico ao Congresso. Em seguida, iniciam as visitas aos deputados, na Câmara dos Deputados. O retorno das caravanas aos seus Estados está previsto para as 17 horas.
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=14516&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2011-03-31

quarta-feira, 30 de março de 2011

Conhecimento

Estou estudando sobre conhecimento e este tema abre tanto espaço para reflexão e discussão.


Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.
Existem diferentes tipos de conhecimentos:
Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)
É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

Conhecimento Filosófico
É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)

Conhecimento Teológico
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc..

Conhecimento Científico
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
- É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil (GALLIANO, 1979, p. 24-30).
Exemplo: Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos batráquios.
(Disponível  em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm)

Porém, dentre minhas pesquisas o que mais gostei e me identifiquei foi:
Luckesi (1996) tenta aproxima-se do questionamento: o que é o conhecimento? Procura respondê-lo afirmando que o conhecimento é a explicação/ elucidação da realidade e decorre de um esforço de investigação para descobrir aquilo que está oculto, que não está compreendido ainda. Só depois de compreendido em seu modo de ser é que um objeto pode ser considerado conhecido. Adquirir conhecimentos não é compreender a realidade retendo informações, mas utilizando-se destas para desvendar o novo e avançar, porque, quanto mais competente for o entendimento do mundo, mais satisfatório será a ação do sujeito que a detém.

(Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/031/31cmatos.htm )

Sublinhei o trecho em que concordo plenamente.Pois, de que adianta adquirir conhecimento se não nos utilizamos dele? O importante é avançar, sempre progredir e buscar o entendimento.

terça-feira, 29 de março de 2011

Fraternidade e natureza

Por Denis Lerrer Rosenfield*
Pelo documento lançado pela CNBB, a agropecuária e o agronegócio são tidos como praticantes de "crimes ambientais", como se esse fosse o seu costume. Evidentemente, a prática agrícola, como ocorre em qualquer lugar do mundo, transforma a natureza, tendo em vista a produção de alimentos. Se assim não fosse, a humanidade morreria de fome.
Com grande alarde, a CNBB lançou um documento intitulado Fraternidade e a Vida no Planeta como orientação da Campanha da Fraternidade de 2011. Tratando-se de um documento teológico-político, sua preocupação central consiste em influir no atual debate sobre as relações entre civilização moderna e meio ambiente. Mais especificamente, seu objetivo reside em participar diretamente da discussão atual sobre a revisão do Código Florestal. Não estamos diante de uma preocupação religiosa politicamente neutra, mas que obedece a diretrizes contempladas nas pastorais da Igreja, nos ditos movimentos sociais e na doutrina da Teologia da Libertação.
Em manifestações, aliás, muito sensatas, de alguns altos dignitários da Igreja, aparece uma preocupação muito genuína com a preservação ambiental, sem ranços ideológicos. Cuidados relativos à coleta seletiva de lixo, contra os desperdícios de água, a poluição de rios e do ar e o uso abusivo de agrotóxicos, por exemplo, entram nessa linha de conduta.
Essa é, no entanto, a apresentação pública, em muito distinta do que consta no documento, eivado de ranços contra o capitalismo, a propriedade privada, o lucro e o agronegócio. Convém, preliminarmente, ressaltar que foi graças ao capitalismo e ao agronegócio que a sociedade atual veio a produzir abundantemente alimentos em escala planetária e a baixo custo. Nunca tantos comeram e jamais foram tão boas as condições de vida.
Os países que aboliram a propriedade privada e "produziram" sem o lucro foram os que sucumbiram à miséria. A URSS abandonou à morte milhões de seus cidadãos por falta de comida e pela desorganização completa da agricultura. A China de Mao seguiu o mesmo caminho, com camponeses morrendo de fome nas estradas. Os admiradores atuais de Cuba, muitos dos quais compartilham os pressupostos da Teologia da Libertação, nada têm a dizer de um partido que nem consegue produzir alimentos para a sua população. Outro representante do "socialismo", Hugo Chávez, está conduzindo seu país à bancarrota, também com a desorganização completa da agricultura e da pecuária.
Se tivéssemos de caracterizar a ideologia do documento o qualificaríamos como uma mistura de ludismo e marxismo. Ludismo porque corresponde a uma corrente política e ideológica inglesa do século 19 que recusava toda e qualquer modernização do processo produtivo, no caso, industrial, pela destruição de máquinas, cuja inovação não era aceita. Marxismo porque adota as categorias dessa corrente ideológica, propugnando uma via anticapitalista, que não estaria mais orientada pelas relações de mercado alicerçadas no lucro e nos contratos. Desta última resgata também a ideia socialista, que ganha uma nova denominação, a de uma sociedade "solidária", não consumista, não capitalista, apoiada na "vida", e não na ganância. Mudou de denominação por conveniências retóricas.
Assim, a CNBB postula que os alimentos produzidos para o mercado, sob a forma de "commodities", sejam caracterizados como produtos de um mercado voltado para o "lucro", que não visa à "disponibilização de alimentos para todas as pessoas". Prossegue em suas diatribes criticando um mercado "dominado por poucas empresas que monopolizam o mercado internacional, impondo preços segundo suas conveniências". Mas é obrigada a reconhecer que esse processo, baseado em "distorções", "se reflete nos preços relativamente baixos dos alimentos". Ou seja, na verdade, é o mercado que produz alimentos abundantes e a baixos preços, o que contradiz sua tese de que a escassez seria a resultante desse processo.
O documento retoma a tese do MST e da Comissão Pastoral da Terra de que o agronegócio termina prejudicando e excluindo a agricultura familiar. Ao contrário, porém, o fato é que o excedente da agricultura familiar é vendido no mercado e em alguns setores, como fumo, aves e suínos, há toda uma rede de relações entre o agronegócio e a agricultura familiar, denominada "sistema integrado de produção". Na verdade, a CNBB adota a postura dos assentamentos da reforma agrária, identificando-os com a agricultura familiar, o que é um equívoco, pois eles não possuem títulos de propriedade, não se voltam para o mercado e estão apoiados na economia de subsistência, a qual, aliás, nem conseguem atingir. Vivem de subsídios governamentais como o Bolsa-Família, o que significa dizer: à custa do contribuinte.
Todo o setor da agropecuária e do agronegócio em geral é tido como praticante de "crimes ambientais", como se esse fosse o seu costume. Evidentemente, a prática agrícola, como ocorre em qualquer lugar do mundo, transforma a natureza, tendo em vista a produção de alimentos. Se assim não fosse, a humanidade morreria de fome. Há uma clara confusão entre desmatar por desmatar, sem nenhuma preocupação agropecuária, e a atividade propriamente agrícola, que também conserva a natureza. Agricultura e natureza marcham de mãos dadas. Se não for assim, ambas acabam perdendo. O agricultor ou a empresa que não conserva a natureza dá um tiro no próprio pé.
A CNBB apoia-se numa concepção religiosa segundo a qual tudo o que existe na natureza é resultado da criação divina, que, enquanto tal, deve ser preservada. Trata-se de "cultivar" a "criação". O ambientalismo estaria, nesse sentido, fundado numa cosmovisão religiosa. Eis por que é defendida a ideia de que os comportamentos que contrariam essa cosmovisão devem ser "corrigidos", por serem "pecaminosos", por atentarem precisamente contra a "criação divina". Ou seja, a Igreja assume a política dos que sabem o que é o "correto" comportamento humano, devendo adotar medidas que o implementem. A correção do comportamento humano seria empreendida pela "tirania dos bons", dos "virtuosos". Isso significa que todo aquele que advoga pela atualização do Código Florestal seria pecador.

* Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS. E-mail: denisrosenfield@terra.com.br. Artigo originalmente publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", em 28/03/2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Considerações sobre ECA

Desde 1989 quando ocorreu a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e consequentemente, a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 aqui no Brasil, muito se discutiu sobre o tema. Foi um inquestionável avanço. Entretanto vejo atualmente uma distorção muito grande de ideias ficando clara a incoerência de certos pensadores. As mesmas pessoas que defendem veementemente o ECA também apoiam a descriminalização do aborto. Como isto é possível, se a primeira e mais importante premissa é o “Direito à vida” expressa no Art. 7o(1)? A autora Esther Maria de Magalhães Arantes, na minha opinião, está completamente equivocada ao defender direitos sexuais de indivíduos que ainda não tem uma formação completa. Até porque, existe aí mais uma contradição: Como podem ter autonomia para determinados assuntos enquanto não podem ser responsabilizados por seus atos?

De acordo com Matta & Correia (2008) citadas no artigo, propõem as autoras que:Os direitos sexuais e reprodutivos devem ser o foco ao se tratar do adolescente, sobrepondo-se, como bem jurídico, à moralidade pública ou interesses familiares. Faz-se necessário sensibilizar os operadores do direito para identificar, nos casos notificados, aqueles cuja intenção implícita é a repressão do adolescente. Os princípios constitucionais da liberdade e dignidade humana devem ser priorizados na interpretação das normas jurídicas penais levando em conta o melhor interesse da criança e do adolescente. Os direitos sexuais devem ser interpretados numa perspectiva de afirmação positiva da sexualidade de crianças e adolescentes em todos os seus aspectos, com a aplicação do Direito Penal numa perspectiva de tutela da dignidade sexual da pessoa, levando em conta o contexto social(2). Tal afirmação foi avalizada pela autora e o grifo é meu para expor como a moralidade está posta de lado. O interesse familiar, acima de tudo, é o mais importante. Os pais tem o dever de educar seus filhos e devem exigir obediência e respeito. Os direitos são sempre muito explorados ao passo que os deveres são deixados de lado. Nossa cultura tem uma tendência forte à libertinagem e ao garantir tais direitos, tirando a autoridade dos pais, só podemos esperar pelo pior. As escolas tem trazido à tona o absurdo que se tornou a Educação pública no nosso país. O nível didático e de metodologia do nosso governo traz uma total liberalidade na educação sexual e os resultados têm sido desastrosos. Os dados a seguir são do IBGE:
- a gravidez na adolescência subiu entre 1996 e 2006, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais;
- a única faixa etária em que houve aumento da fecundidade foi entre 15 e 17 anos: passou de 6,9%, em 1996, para 7,6%, em 2006. No Nordeste, a variação foi maior: 1,2%.
Também a AIDS voltou a crescer entre adolescentes, especialmente as meninas(3).
Vê-se claramente que algo está errado.
“(...) Creio que um dos problemas centrais dos tempos modernos está ligado precisamente à formação da juventude, pois os núcleos tradicionais de formação, especialmente na sua parte moral - a família e as igrejas - estão perdendo espaço para concorrentes que não podem substituí-los, basicamente os meios de comunicação - com destaque para a televisão - e as escolas. Às famílias caberia sobretudo encarregar-se da solidez moral da criança e do adolescente, mas a instabilidade muito freqüente do núcleo familiar, e a ausência prolongada dos pais a trabalhar, têm deixado as crianças aos cuidados das comunicações eletrônicas e das escolas. As crianças ficam, por assim dizer, órfãs de seus principais educadores”. Do artigo “Das Crianças e dos Pássaros” de José Nivaldo Cordeiro(4).
Outro direito que vem sendo objeto de intenso debate é o direito da criança expressar suas opiniões livremente. A autora cita o caso da disputa pela guarda do menino de 9 anos, filho de mãe brasileira e pai americano, caso que ganhou ampla divulgação na imprensa após a morte de sua mãe que o tinha sequestrado e no qual o menino teria manifestado o desejo de permanecer com o padrasto no Brasil e não de residir com o pai biológico nos EUA, em uma comparação errônea com outro de circunstâncias muito diferentes em que o depoimento de um adolescente de 12 anos foi determinante porém o caso era de abuso sexual. O que foi desconsiderado, de certa forma, foi que o eventual descumprimento da Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças pelo Brasil poderia prejudicar diversos outros cidadãos brasileiros, na medida em que os demais países poderiam negar cumprimento aos pedidos brasileiros de assistência jurídica internacional no âmbito do referido Tratado, por violação ao princípio da reciprocidade. Ainda quanto a esse aspecto, a União relata já existir petição em desfavor do Brasil, apresentada perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em face da “demora do Poder Judiciário brasileiro em entregar definitivamente prestação jurisdicional em caso de subtração ilícita de menores”, por descumprimento da Convenção de Haia.
O acórdão do TRF da 2ª Região é expresso nesse aspecto:
“No caso, restou claro, pelo que consta do laudo pericial, que o menor não está apto a decidir sobre o que realmente deseja, seja pelas limitações de maturidade inerentes à sua tenra idade, seja pela fragilidade de seu estado emocional, seja, ainda, pelo fato de já estar submetido a processo de alienação parental por parte da família brasileira.
Sem razão, pois, o apelante, na medida em que o preceito normativo condiciona a possibilidade de se levar em conta a opinião da criança à efetiva demonstração de que esta tenha discernimento para tanto, o que não ocorre no caso dos autos, na linha do que concluiu o referido laudo pericial”(5). Ou seja, acima de nosso Estatuto, está uma Lei Internacional que deve ser respeitada embora o principal objetivo da decisão tenha sido o bem-estar do menor.
É óbvio que quanto ao abuso sexual e pedofilia devem existir leis mais duras que realmente punam os autores de crime tão repugnante. Aqui no Brasil, infelizmente, as leis penais são muito brandas mesmo quando se trata de menores infratores. Um exemplo disto é o recente caso de sequestro de uma menina de 8 anos. A autora, a própria prima de 14 anos, que a levou ao “namorado” de 43 anos para abusar da inocente criança(6). A questão que deixo não é do criminoso pedófilo e sim, sobre a adolescente que aproveitou da confiança de sua parente para causar-lhe um dano físico e psicológico talvez irreversível. Qual será sua punição? Neste aspecto, o Estatuto da Criança e do Adolescente erra ao proteger uma criminosa, pois se ela já tem “autonomia” para escolher seu parceiro não teria para responder por seus atos? Os brasileiros tem que aprender ter cidadania e a ser responsabilizados por suas ações, senão chegaremos a um ponto de caos, se já não chegamos.
O debate deve fazer parte do nosso cotidiano. O ECA reafirma direitos constitucionais mas falha em não punir mais duramente em determinados casos. Devemos agora buscar uma sociedade mais justa na qual além de direitos respondamos pelos nossos deveres. A verdadeira proteção se dá quando educamos e preparamos nossas crianças e adolescentes para serem cidadãos honestos, que lutem para sanar tantas ambiguidades e inconsistências contidas em nossas próprias leis. Assim conseguiremos conciliar proteção e autonomia.

BIBLIOGRAFIA:
Artigo:
Proteção integral à criança e ao adolescente: proteção versus autonomia? (Esther Maria de Magalhães Arantes) Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652009000200012&lang=pt
• (1) Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8069Compilado.htm
• (2) Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-56652009000200012&script=sci_arttext
• (3) Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/protejam-suas-criancas-molestamento-estado/
• (4) Disponível em: www.olavodecarvalho.org/convidados/0105.htm
• (5) Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/documentos/leia-integra-da-decisao-de-gilmar-mendes-sobre-o-menino-sean/
• (6) Disponível em: http://www.agora.uol.com.br/policia/ult10104u837611.shtml
http://www.portalms.com.br/noticias/detalhe.asp?cod=959597355
http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/38816/Fugitivo+do+Vale+mantem+crianca+em+cativeiro+por+14+dias+em+SP

Mais um artigo que produzi para a Pós-Graduação. Só permitida reprodução com citação da fonte.

domingo, 27 de março de 2011

Sejamos Felizes!

Hoje o dia foi realmente muito corrido. De manhã fui fazer provas (por sinal, bem complicadinhas) da Pós-Graduação. É tão bom ter oportunidade de aprender e crescer de alguma maneira. Estudando sempre em processo contínuo e permanente até porque nunca saberemos tudo e como dizia minha avó: "Saber não ocupa lugar"!
Geralmente o final de semana é aquele momento de descanso e relaxamento. Não no meu caso. Cada um aproveita de seu jeito. Eu descanso no sábado e trabalho no domingo.
Agora estou a preparar minhas aulas de amanhã. Gosto de pesquisar e busco criar sempre algo que seja divertido para as crianças. Não tem melhor do que vê-las sorrindo. Não se aprende em aula chata.
Aprendi que Deus está presente e fala conosco quando estamos felizes, porque ele sempre deseja que vivamos com alegria, mesmo quando tudo parece ser ruim. Pois Ele sempre sabe o que é melhor para nós.
Então decidi tentar, mais do que nunca, sempre ser feliz e transmitir isto para quem estiver à minha volta. Irradiar bom humor e um sorriso de uma criança não tem preço. Mal humor não resolve nada, para que então remoer amargura?
Sejamos felizes!
Obs.: Quero esclarecer que SEMPRE vale a pena reclamar e exigir seus direitos. Devemos cumprir nossos deveres, mas EXIGIR o que é de direito vale a pena. Lembram do problema com a VIVO? Reclamei na ANATEL e pelo menos por enquanto tudo se resolveu da melhor maneira, com muito agrado por sinal. Vamos ver como será na próxima conta.

sábado, 26 de março de 2011

Saber Viver

Não sei... se a vida é curta ou longa para nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira,
pura... enquanto durar.

Cora Coralina

sexta-feira, 25 de março de 2011

SILÊNCIO DOS JUSTOS - PARASHÁ SHEMINI 5771 (25 de março de 2011)

"O Rav Eliahu Dovid Rabinowitz foi um grande rabino que viveu nos meados de 1800 e chegou a ser o Rabino Chefe de Jerusalém. Ele era muito conhecido por sua pontualidade e costumava ficar extremamente incomodado quando as pessoas não cumpriam os horários que haviam sido estabelecidos para algum evento.
Infelizmente o Rav Eliahu passou por uma grande desgraça familiar. Sua filha faleceu em uma idade muito jovem, pouco depois de se casar. Mas nunca ninguém escutou de sua boca uma única palavra de lamentação ou inconformismo com a vontade de D'us. Ao contrário, ele continuou por toda a vida com seu trabalho espiritual sem nunca perder o entusiasmo.
Mas o mais impressionante ocorreu no dia do enterro de sua filha. O Chevra Kadisha, sabendo da pontualidade do Rav Eliahu, deixou tudo pronto para que o enterro ocorresse exatamente no horário pedido pela família. Porém, quando chegou o horário, o Rav Eliahu entrou em uma sala, se trancou por 20 minutos e somente depois disso saiu e fez um sinal para que a cerimônia continuasse. Alguns dias depois ele explicou aos seus familiares o motivo do atraso no enterro:
- A lei judaica nos ensina a bendizer as coisas ruins com o mesmo entusiasmo que bendizemos as coisas boas. No momento em que o enterro ia começar, eu sabia que teria que dizer a Brachá "Baruch Daian HaEmet" (Bendito é o Juiz da verdade), mas senti que não estava pronto para dizer a Brachá com todo o coração. Então eu me fechei por algum tempo em uma sala e tentei lembrar e sentir novamente a alegria que eu senti quando minha filha havia nascido. Somente depois disso, sentindo o mesmo sentimento, eu fiz a Brachá "Baruch Daian HaEmet", reconhecendo que tudo o que D'us faz é para o nosso bem"
Há pessoas que, mesmo no auge da dor, conseguem superar e vencer o desânimo. Isto é apenas possível quando colocamos no coração que tudo o que D'us faz é para o nosso bem, mesmo quando não entendemos.
http://ravefraim.blogspot.com/search?updated-min=2011-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&updated-max=2012-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&max-results=12

Shabat Shalom!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Para combater a alta de preços, é preciso produzir mais; para isso, o Código Florestal deve ser revisto

Por Kátia Abreu,

O PREÇO dos alimentos está em alta em todos os mercados há alguns meses. Em consequência, a agricultura começa a entrar na agenda política. Essa súbita atenção deve ser bem apreciada por todos, uma vez que produtores rurais, salvo em épocas de crise, são quase sempre negligenciados pelos governos. A experiência, contudo, recomenda precaução. A crise não é boa conselheira, mas campo propício a medidas improvisadas, que buscam aplausos, mas não produzem soluções.
Antes de qualquer coisa, devemos indagar por que os preços estão subindo. Se quisermos respostas precisas, temos de ignorar os suspeitos habituais. É o caso dos mercados futuros de produtos agrícolas. A exemplo dos mordomos de filmes policiais, eles podem até parecer, mas não são os culpados. Por uma razão elementar: com exceção de períodos curtos, as cotações ali não se descolam dos fundamentos que regem a oferta e a demanda dos produtos.
Mercados futuros, na verdade, ajudam a dar transparência ao processo de formação dos preços. Outro suspeito são as ocorrências climáticas, em especial secas e inundações. O papel desses fatores é real, mas grãos e carnes são produzidos hoje em tantas latitudes diferentes que essas ocorrências influem de forma bem mais limitada.
A elevação do custo da comida afeta a todos e temos de lidar com o problema de forma objetiva. Nesse sentido, o primeiro passo é reconhecer sua causa. Os preços estão subindo em virtude da elevação da demanda nas regiões pobres do mundo, em especial na Ásia, onde centenas de milhões de pessoas estão saindo da miséria e comendo mais, comendo melhor.
A solução então é produzir mais grãos, mais carnes e mais frutas. Afinal, seria desumano, para dizer o mínimo, desejar que os pobres comam menos. Controle de preços, formação de estoques e outras modalidades de intervenção de governos na atividade privada não funcionam. E a história mostra que a agricultura e o agricultor só precisam de liberdade para acomodar preços de forma a remunerar o produtor, sem punir o consumidor.
Os últimos governos compreenderam a questão e não cederam às tentações intervencionistas. No entanto, leis anteriores à revolução agrícola dos anos 1970 continuam sendo obstáculos à expansão da produção rural. É o caso do Código Florestal, que veio à luz na década de 1960, quando o Brasil tinha agricultura incapaz de abastecer até o pequeno mercado doméstico de então.
Se não incomodavam a agricultura estagnada e sem futuro de antes, alguns aspectos dessa legislação são nocivos aos interesses do país hoje. E sem nenhuma vantagem para a natureza. O fato é que o Código Florestal precisa ser revisto e atualizado. Do contrário, ficará seriamente comprometida a capacidade da nossa agropecuária de responder aos aumentos da demanda interna de alimentos. Não será possível, tampouco, atender as novas demandas do mundo emergente.
As mudanças pelas quais lutam os produtores não se destinam a aumentar o desmatamento. Eles querem apenas que as áreas de produção, abertas com grande sacrifício e elevados custos, quando a legislação permitia, sejam reconhecidas e regularizadas, e não criminalizadas com efeito retroativo.
A esterilização dessas áreas é um retrocesso que só pode interessar aos países que concorrem conosco no mercado mundial e estão em desvantagem. Afinal, somos o segundo maior exportador de alimentos do mundo e um dos únicos em condição de aumentar a produção preservando o ambiente.
O Brasil hoje é outro. Em 1960, éramos 70 milhões de brasileiros, importávamos comida e tínhamos 200 milhões de hectares na produção de alimentos. Agora, ocupamos 230 milhões de hectares, somos 191 milhões e temos uma agropecuária moderna, que assimilou tecnologias, gera empregos, distribui renda e produz com eficiência, e de forma sustentável, comida de qualidade para o mercado interno e o mundo.
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Senadora Kátia Abreu, é Presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e tem uma coluna quinzenal no Caderno Mercado, do jornal Folha de São Paulo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sempre correndo, sempre atrasados...

Nossa geração (pelo menos a minha na faixa dos 30) acompanhou o nascimento de uma nova e definitiva era: "A Era da Informação". Tudo hoje pode ter mais tecnologia, mas fomos nós que vimos tudo realmente acontecer. Por ter crescido em uma cidade pequena, as novidades chegavam um pouco atrasadas, mas chegavam. Video-games Atari eram o máximo e privilégio de poucos. Fiz meu primeiro curso de informática aos 15, de MS-DOS! Achava tudo muito interessante. A meninada de hoje nem imagina com seus pequeníssimos memory cards de 8 gigas como eram enormes os disquetes de 1,44 mega!
Infelizmente, só aconteceu a evolução dos sistemas de informação. O ser humano não conseguiu acompanhar a velocidade desta maravilhosa transformação.
Eu vejo na internet uma imensa escola, um jornal e revista atualizados em tempo real e de âmbito mundial!
Por que então as pessoas estão a cada dia mais vazias? São tantas oportunidades de crescimento e de conhecimento! Aproveitem todas elas! Usem seu tempo de maneira edificante. Não nos percamos em joguinhos, fofocas ou assuntos que não agregam nada. Não digo para não se distrair. Cada um se diverte de uma forma, porém que isso não seja em tempo integral.
O que quero ressaltar é: utilizem seu cérebro! Estudem e se esforcem para as boas causas. Evoluam e busquem o conhecimento para alcançarmos todo nosso potencial!

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia Mundial da Água

O que fazemos efetivamente para conservar este bem essencial à vida humana?
Vemos tanto desperdício e poluição. As pessoas precisam se conscientizar da importância desta geração na preservação dos nossos recursos hídricos. Seja no campo ou na cidade.
Exige-se muito do produtor rural. Nossa lei atual coloca as APP's, independente da largura do rio ou pode ser só um corregozinho que em 30 metros não se pode construir e nem produzir absolutamente nada.
E nas cidades??? Façam APP nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas ou no Tietê! Quanta poluição e esgoto são despejados diariamente nos rios que cortam nossas cidades e muito pouco ou quase nada é feito pelos "ambientalistas" que defendem tanto a natureza. É mais fácil cobrar de quem produz! Não digo que todos os produtores são vítimas. Concordo que deve ter preservação, é lógico! Sou contra punirem uns e protegerem outros. Como poderemos plantar e viver sem água? Impossível!
Sou contra o sistema de dois pesos, dias medidas. Tem que cobrar das prefeituras, governos estaduais e federal para melhorarem a infraestrutura do saneamento básico e tratamento do esgoto. Tirar pessoas que moram nas beiras dos rios nas grandes cidades. Porque todo ano no verão é a mesma história de enchentes, perdas e tristeza. Todos nós temos a obrigação de cuidar e preservar a água do nosso planeta.

domingo, 20 de março de 2011

Manter uma horta não é fácil!

Já postei aqui algumas fotos de como minha horta estava bonita e que bênção tantos legumes e verduras frescos e orgânicos. Mas vou dizer: Não é fácil mantê-la sempre produzindo. Principalmente quando vem o verão e dias e dias de chuva. Eu amo chuva, mas o mato ama mais. É incrível como o mato cresce rápido e fica praticamente impossível controlá-lo.
O desafio agora é colocá-la em ordem. Vejam como está e como estava. Como as águas de março que fecham o verão já estão passando, é hora de capinar, fazer canteiros e plantar meus tomates, alfaces, cenouras, beterrabas e tudo mais!



Hoje já fiz um pouco e a cada evolução mostrarei como podemos transformar um lugar feio e cheio de mato em uma linda horta produtiva. Mas terei muuuuuito trabalho.

sábado, 19 de março de 2011

Protesto contra a operadora VIVO

Venho através deste fazer um protesto formal contra a operadora de celulares e banda larga 3G Vivo. Já não aguento mais perder no mínimo 1 hora da minha vida todo mês quando recebo uma conta de vocês. SEMPRE tenho que reclamar. Como sempre tenho razão, vocês consertam o erro e eu pago o devido contratado. A "malandragem" de sempre aumentar a conta e esperar que o consumidor não perceba e pague a mais, é crimínosa. Manter um serviço de atendimento HORRÍVEL, que passa de atendente para atendente, ao som uma uma música que nunca muda e é absolutamente IRRITANTE, justamente para dissuadir qualquer consumidor honesto e que tem o que fazer e que deseja reclamar, a desligar o telefone e achar que perde menos se pagar logo para ficar livre é um desrespeito absurdo. Nesta semana eu perdi exatamente 3:30 horas! Liguei 3 vezes e depois de 1 hora de espera, quando ia ser atendida, a ligação caía. Não dá para medir a raiva que passei. Tem que haver alguma indenização para tal desrespeito. E a  explicação é mais estapafúrdia ainda: problemas no sistema. A atendente me disse que estava tão ruim que às vezes eles não conseguiam ouvir o que os clientes reclamavam! Se na central de atendimento é assim, imagine aqui onde moro!
Infelizmente, eu ainda não tenho opção de outro serviço, senão eu já teria cancelado minha linha. Mas preciso de conexão à internet para concluir minha pós-graduação. E tenho engolido sapos, crocodilos, elefantes e já estou cansada.
Não adianta mandar dezenas de páginas e números diferentes nas contas, porque aprendi a reconhecer quando estou sendo roubada.
O que me deixa mais indignada, como cidadã, é o fato de vivermos num país onde pagamos pelo serviço MAIS CARO DO MUNDO sendo o PIOR DO MUNDO. E a agência que deveria fiscalizar também é uma enganação. Já reclamei na ANATEL via internet e via 1331. E não mudou nada.
O que nós, cidadãos honestos, podemos fazer para mudar esta realidade no nosso país?
Simplesmente quero receber de acordo com um serviço contratado e que é PAGO, vocês não me fazem favor algum. Por que esta insistência em sempre cobrar a mais? Já não tem lucro suficiente?
Ass. Consumidora Indignada

sexta-feira, 18 de março de 2011

QUEM PROCURA, ACHA - PURIM 5771 (18 de março de 2011)

"A Sra. Kogan (nome fictício) e sua filha voltavam para São Paulo de avião, após passarem um mês de férias na Bahia. A viagem estava tranqüila, o vôo havia saído no horário, tudo transcorria bem. Até que o avião chegou a São Paulo e, por causa do mau tempo, não conseguiu pousar. As nuvens eram tão espessas que tiravam praticamente toda a visibilidade do piloto. Nestas condições, fazer uma aterrissagem utilizando apenas instrumentos era algo extremamente perigoso, um risco que o piloto preferia não correr. Por isso ele ficou dando voltas em torno do aeroporto, esperando que as condições meteorológicas melhorassem.
Após um longo tempo voando em círculos, o piloto ligou o rádio de comunicação com os passageiros e, inexplicavelmente, deu uma informação que de nada servia aos passageiros a não ser criar no avião uma grande histeria. O piloto informou, em alto e bom tom, que o combustível estava acabando e que o avião tinha autonomia para, no máximo, mais 30 minutos. Os passageiros imediatamente foram tomados pelo pânico. Várias pessoas começaram a chorar e a passar mal. A Sra. Kogan e sua filha também ficaram assustadas e imediatamente começaram a rezar.
Cerca de 5 minutos depois, que para os passageiros pareceram horas, o piloto novamente ligou o rádio de comunicação e informou que as condições meteorológicas haviam melhorado. Havia se formado, de repente, um "buraco" nas nuvens sobre o aeroporto, possibilitando o pouso. Poucos minutos depois o avião estava aterrissado e todos os passageiros estavam sãos e salvos" (História Real)

Temos duas maneiras de olhar esta história. Podemos olhar como se tudo não passou de um grande acaso. As condições meteorológicas desfavoráveis, a infeliz e inconseqüente idéia do piloto de avisar aos passageiros que o combustível estava acabando, o pânico das pessoas (que levou muitas a rezar) e a repentina melhora no tempo, formando um "buraco" sobre o aeroporto.
Porém, há outra maneira de ver a história. Podemos ver que D'us, desde o princípio, estava controlando toda a situação. Foi Ele quem colocou a idéia na cabeça do piloto de fazer um comunicado tão inconseqüente. Para que? Para que as pessoas rezassem e aumentassem seus méritos, possibilitando assim a salvação do avião. É a mesma história, os mesmos acontecimentos, mas com uma ótica completamente diferente. E, certamente, muito mais realista.
 
Portanto, vemos que mesmo os pequenos detalhes aparentemente sem importância do início da Meguilá são parte da salvação do povo judeu quando vistos sob um olhar mais atento. Assim também acontece em nossas vidas, vários acontecimentos "casuais", ao serem vistos sob um olhar mais cuidadoso, revelam a participação Divina em cada pequeno detalhe do nosso cotidiano. A palavra "מקרה" (Mikrê, que em hebraico significa "acaso"), contém as mesmas letras que formam "רק מה'" (Rak Me Hashem, que em hebraico significa "tudo é de D'us"). É um jogo de letras que reflete uma realidade mais profunda: nada neste mundo é um acaso, tudo está sob a Supervisão Divina. Em que nível? Os nossos sábios ensinam que para cada folha de grama há um anjo designado para ficar dando tapinhas e dizendo "cresça". O Rav Eliahu Dessler explica que cada gota de chuva cai do céu já com seu propósito bem definido, se irá irrigar a terra, causar uma inundação ou correr para um bueiro.

A palavra "mundo", em hebraico, é "Olam", e vem da mesma raiz da palavra "Elem", que significa "ocultamento". D'us criou o mundo material e colocou nossas almas dentro de corpos materiais justamente para nos dar livre-arbítrio e, consequentemente, méritos por cada escolha correta. Ele deixou no mundo a possibilidade de vermos cada coisa que nos ocorre como se fossem acasos isolados. O nosso trabalho de conexão com D'us começa com a reflexão, tentando juntar as informações, encontrar sentido em cada coisa que ocorre no nosso dia-a-dia. Isto também vemos na Meguilá, pois quando a rainha Ester soube do decreto contra o povo judeu, ela mandou perguntar a Mordechai "O que está acontecendo e qual o motivo disto estar acontecendo". Ester tinha muito claro que nada acontece por acaso, ela sabia que tudo tem um fundo espiritual. Por isso ela não quis apenas saber o que havia acontecido, pois o principal, para reverter a situação, era saber o motivo pelo qual aquilo tinha acontecido.
Esta é a essência da festa de Purim e a lição que deve nos acompanhar para todo o ano: saber olhar o que está nas entrelinhas da história de nossas vidas. Não apenas em grandes acontecimentos, mas também nas pequenas coisas que ocorrem no nosso cotidiano. Assim poderemos enxergar a mão de D'us em tudo o que ocorre e fugir da tolice de achar que tudo acontece por acaso.
SHABAT SHALOM
Rav Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com/search?updated-min=2011-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&updated-max=2012-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&max-results=11

quinta-feira, 17 de março de 2011

Celso Arnaldo conta como foi a conversa histórica entre Dilma e Hebe

Celso Arnaldo Araújo

“Ela é uma pessoa surpreendente. Vocês vão gostar”, anuncia uma engalanada Hebe, na cabeça da entrevista que fez com a presidente Dilma, em Brasília, para a estreia de seu programa na RedeTV! Cabeça, no jargão jornalístico, é o início de uma reportagem. No caso dessa entrevista, é a única cabeça que passou perto da conversa entre as duas protagonistas, tão surreal quanto Dilma presidente. Uma conversa que se tornou histórica no momento mesmo em que foi para o ar e que no futuro será usada por historiadores na busca de respostas para o enigma que o Brasil produziu em 31 de outubro de 2010: como isso pôde acontecer? Como chegamos a isso?
Coube a Hebe Camargo – que em 60 anos de sofá nunca tentou fazer uma pergunta, a nenhum convidado, que ultrapassasse o universo das donas de casa dos anos 40 – levantar novos elementos sobre o mistério.
Para o papo não entrar a seco, os produtores da RedeTV! providenciaram um nariz de cera – outro jargão da imprensa, significando a introdução vazia, que patina em si mesma, sem uma mísera informação relevante: uma repórter da casa, à porta do palácio, vem com o blá-blá-blá sobre a primeira mulher presidente, culminando com uma conclusão que parece ter despencado de um caminhão transportando fitas velhas do History Channel: “O que será que existe por trás da mulher que ganhou o apelido de Dama de Ferro?”. Quem, Dilma? Tente encontrar a Dama de Ferro, via túnel do tempo, na Rua Downing Street 10, entre 1979 e 1990.
Foi mais fácil encontrar Dilma no Palácio da Alvorada – apesar do falso suspense de Hebe:
“Será que ela vai me receber?”, pergunta, num tom sapeca de tiete do Justin Bieber à porta do camarim. “Ih, é um grande sonho, din-don”, toca a campainha imaginária.
Claro que vai receber: Hebe logo avista Dilma chegando para o encontro acertado com semanas de antecedência. Close em Hebe, que se desmancha ao vislumbrar a aparição:
“Ahhh, ai, ô meu Deus, é verdade”, extasia-se, os braços escancarados para abraçar a presidente-gracinha.
DUAS COLEGAS EM PERFEITA SINTONIA INTELECTIVA
O longo abraço de duas velhas amigas que nunca se viram em pessoa inicia uma troca de energia que desafia todos os códigos que regem as entrevistas presidenciais exclusivas da história da República – nas quais, basicamente, o entrevistador traz como credencial a tradição de ter sempre algo importante a perguntar, ou o presidente não lhe daria uma exclusiva; e o presidente entrevistado tem sempre algo importante a responder, ou não seria presidente. Para Hebe, que demonstraria na conversa nunca ter lido uma única linha sobre a pessoa que comanda seu país, Dilma é apenas uma mulher que virou presidente. Para Dilma, que nos 40 minutos seguintes daria respostas à altura das piores perguntas jamais feitas a um presidente da República, Hebe é apenas a senhorinha a que ela já assistia adolescente, quando entrevistava a gracinha do Roberto Carlos.
O universo de Hebe ainda é o mesmo que servia de pano de fundo ao programa “O mundo é das mulheres”, que ela comandava em 1955 na TV Paulista. O mundo de Dilma Rousseff, bem, é o mundo de Dilma Rousseff.
“Muito prazer em te receber”
“Me belisca”, pede Hebe, fingindo incredulidade.
“Não vou te beliscar”, atalha Dilma, condescendente.
E já num sofá do Alvorada:
“Gente, vocês não têm ideia (…) Eu estou inteirinha arrepiada.(…) Eu sou uma pessoa muito sincera: eu não via essa doçura, essa coisinha boa, tanto que eu estou aqui, eu olhei e disse meu Deus, como você é linda, uma pele maravilhosa, um sorriso delicioso. E o olhar. O olhar é bárbaro”
Uma das vantagens de ser Hebe: poder dizer essas coisas, cara a cara, para a presidente da República. Imaginem o lendário Mike Wallace, da CBS, até mais velho do que Hebe, lambuzando Obama com essas palavras, na Casa Branca.
O diálogo que se seguiu é o de duas colegas em perfeita sintonia intelectiva:
“A honra é minha, Hebe, porque falar com você também é uma, uma coisa que emociona, porque você é a nossa, é, representante mulher na TV brasileira”.
Curiosidade: quem seria nosso representante homem?
“ESSE PALÁCIO, SE OCÊ OLHÁ, ESSE PALÁCIO É BONITO”
Estar num edifício “histórico”, com Palácio no nome, impressiona a viajada visitante. Mas a presidente procura descaracterizar a solenidade palaciana:
“É histórico, é um, vamos dizer, símbolo do que é, eu acho, o espírito do povo brasileiro, que é um espírito moderno, mas ao mesmo tempo muito simples. Esse palácio, se ocê olhá, ele é um palácio bonito, mas ele é simples, ele é tranquilo”.
Niemeyer, em 103 anos de vida, ainda não tinha conseguido descrever o Alvorada com tamanha precisão axial.
Ser mulher e ser presidente é a dualidade que assombra Hebe, que pede de Dilma uma elaboração sobre o tema. Desconfio que será um “Vale a pena ouvir de novo” do censo Dilma sem senso. Dito e feito:
“Nós somos, é, metade, um pouco mais da metade da população brasileira (…) Mas eu sempre acredito numa coisa: nós somos a metade da população brasileira. Mas a outra metade são nossos filhos”.
“Que maravilha!!”, surpreende-se Hebe, ao saber que, pelo menos em tese, pode ser mãe de Lula.
“Então na verdade nós temos essa capacidade de representar as mulheres e também as crianças e os jovens, né?”
Faltaram os homens feitos. Mas Hebe não sentiu falta.
Vida de presidente não deve ser igual à de todo mundo – desconfia Hebe. Mas é muito diferente mesmo? Na resposta, Dilma já está tão à vontade que começa a relaxar na prosódia:
“Num é de fato uma coisa boa você perder a possibilidade docê andá na rua, de você entrar numa padaria, né? (…) Mas tem suas compensações (…) É uma grande honra, afinal de contas, ser presidente dum país como o Brasil, que é o seu país, né, onde cê aprendeu a andá, falá, vivê e chegá a ser presidente da República é uma coisa muito importante”.
Dilma ainda se surpreende que presidentes tenham nascido, se criado e sejam eleitos em seus próprios países — imagine Hebe, que nunca ouviu Dilma antes. A presidente então enterneceu a apresentadora com duas velhas fábulas – requentadíssimas para os leitores desta coluna: a da menina Vitória, num aeroporto, que perguntou a Dilma “se mulher pode”, talvez confundindo-a com a Dra. Lorca de “Zorra Total”, e de outra menina, ela própria, que queria ser bailarina ou bombeira. E – num furo de Hebe – Dilma revelou também que quando pequena não queria ser presidente, ao contrário de todas as meninas de sua idade. Isso mudou: “Hoje as meninas podem ser presidenta”.
“QUE LINDO! SAIU DA PRISÃO? GENTE DO CÉU!”
Mas o melhor momento desta primeira parte da entrevista – o Ministério da Saúde informa: a sequência está em outros dois vídeos no YouTube – é justamente o único onde se quebrou a sintonia perfeita entre ambas. Hebe não tem a menor ideia do passado de Dilma. E Dilma não tinha a menor ideia do que Hebe queria dizer ao lhe perguntar quando entrou para a política. Segue-se um diálogo de Platão:
“Eu entrei na política, Hebe, no Colégio Estadual de Minas Gerais”.
“Ahhhh, que lindo”
“(…) Eu fui fazer o clássico, ocê fazia científico ou clássico, fui fazer no Colégio Estadual e lá no Colégio Estadual eu entrei pra política”.
Dilma se refere ao movimento estudantil que acabaria levando-a para a luta armada. Hebe só entende política como cargo público:
“Jura? Mas então foi muito cedo”, espanta-se Hebe, talvez imaginando uma adolescente apresentando projetos na Câmara dos Deputados.
“Eu devia ter uns 16 anos”.
“Nossa! Que coisa incrível”.
“O Brasil vivia um momento de muita, de muita, vamos dizer assim, turbulência. Então a minha geração foi uma geração que se motivou pra achar, nós queríamos mudar o mundo”.
“Olha, com 16 anos! Então tinha que ser. Com 16 anos, você veio caminhando como deve ser. Ninguém pode ser presidente da noite para o dia”, pontifica a cientista política Hebe Camargo.
Pano rápido. Risos desbragados nas coxias. O que ninguém pode ser, na visão republicana de Hebe, foi exatamente o que Dilma foi. Mas Hebe não sabe disso.
A coisa foi forte até para Dilma, que faz um reparo:
“Eu nunca fui nem, nem vereadora…”
Desculpe nossa falha. E a presidente nasceu em Minas e depois foi para Porto Alegre, por quê? Conheceu alguém?
“Conheci alguém”, eis outra revelação exclusiva que Hebe conseguiu tirar de sua entrevistada. “Meu ex-marido é gaúcho, então eu fui morar lá. Logo depois que eu saí da prisão, eu fui pra Porto Alegre.”
Como? Marido? Prisão? Até Hebe desconfiou de uma metáfora. Mas precisou tirar a prova:
“Saiu da prisão?”, choca-se Hebe, talvez já começando a achar que está entrevistando a pessoa errada.
“(…) Eu fui presa política no Brasil”, explica Dilma, pacientemente, para uma interlocutora incrédula e (c)amargamente desinformada.
“Gente do céu!”
“Ali no São Paulo, eu sempre passo ali pela avenida Tiradentes e olho, tem um portal, que eles dirrubaram, não sei se cê lembra, tinha um presídio Tiradentes, foi dirrubado pra fazer estação do metrô. Até tem um portal bonito, que é o portal antigo do presídio.”
Hebe rememora a incrível trajetória de Dilma: sai da prisão – só soube disso agora – e de repente se torna presidente da República.
“Cê já pensou em escrever um livro? Tem que escrever.”
Diante de mais essa pergunta descabida, Dilma dá a única resposta aproveitável da noite:
“Atualmente eu estou vivendo o livro”.
Taí: começo e fim, com uma ideia no meio, frase irrepreensível de Dilma Rousseff — a primeira que ouço em quase dois anos de audição obsessiva.
Quem disse que Hebe não conseguiria arrancar nada de Dilma?
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Relator do Código Florestal quer reduzir área de proteção em matas ciliares

Canal Rural
Da Redação
Nova regra valeria apenas para pequenos produtores
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) vai propor a redução em 50% de todas as áreas de proteção permanente (APPs) de margens de córregos e rios (matas ciliares) em seu substitutivo ao Projeto de Lei 1876/99, que altera o Código Florestal. De acordo com o relator, essa é uma reivindicação da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e das 27 federações de trabalhadores rurais.
Segundo o relator, que participou de debate promovido pela Frente Parlamentar Agropecuária nessa terça, dia 15, essa nova regra valeria apenas para os pequenos produtores. Na versão atual do substitutivo, o relator propõe alterar apenas o tamanho das áreas de preservação de margens de cursos d’água de até cinco metros de largura. Nesse caso, a extensão da cobertura vegetal seria reduzida de 30 metros para 15 metros.
De acordo com Aldo, a mata ciliar atual inviabiliza economicamente as pequenas propriedades, e os agricultores já plantam em muitas dessas áreas. Geralmente, a mata ciliar varia de 5 metros a 50 metros, informou.
— É só percorrer o campo e verificar que a pequena agricultura se dá na várzea; se você retirar as margens do pequeno agricultor, retira a possibilidade de ele sobreviver — sustentou.
Mesmo com a controvérsia em torno do assunto, o relator acredita que o texto, já aprovado em comissão especial, pode ser votado até o início de junho. Nesse mês expira o decreto presidencial que suspende as punições para proprietários rurais que desrespeitaram as leis ambientais.
— Mais que acreditar na possibilidade da votação do relatório, acredito na necessidade de ver todo mundo trabalhar na legalidade. Por que vamos por um grupo tão importante, os agricultores, à margem da lei? — diz Rebelo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Chacina Terrorista: O incitamento que prepara assassinos.

Vamos parar de fingir: o incitamento não é apenas uma outra questão a ser negociada como as fronteiras, a água e os refugiados. A mensagem de ódio ameaça as soluções pacíficas.

A Autoridade Palestina (AP) e seus líderes compartilham com os terroristas a culpa pelo assassinato dos cinco israelenses em Itamar (Samaria) – inclusive duas crianças e um bebê – no dia 11/3/2011 (sexta-feira). Foram a AP e seus líderes que prepararam o terreno para esses assassinatos através do incitamento incessante ao ódio e da glorificação da violência e do terror.
A despeito de suas declarações conciliatórias em inglês, a AP continua a usar todas as estruturas que controla para demonizar Israel e promover a violência. Terroristas são apresentados como heróis e modelos para os palestinos, ensinando que matar israelenses é uma maneira de se obter fama eterna.
Há apenas dois meses, Mahmoud Abbas, o presidente da AP, enviou uma mensagem clara de apoio ao terror quando presenteou com 2.000 dólares a família de um terrorista que atacou soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI). Na semana passada, o diário oficial da AP, Al-Hayat Al-Jadida, anunciou um torneio de futebol em homenagem a Wafa Idris, a primeira mulher-bomba palestina. Três semanas atrás, a PA TV, que está sob o controle direto do gabinete de Abbas, noticiou e apresentou vídeos glorificando o terrorista Habash Hanani, que entrou em Itamar e assassinou três estudantes israelenses em maio de 2002. Duas vezes a AP deu nome a acampamentos de verão em homenagem à terrorista Dalal Mughrabi, que liderou o ataque mais mortal na história de Israel, no qual 37 civis foram assassinados no seqüestro de um ônibus em 1978. Os acampamentos foram realizados em 2008 e no verão passado.
Mas o longo braço da promoção da violência e do terror pela AP vai ainda mais longe, penetrando o âmbito da cultura e da música, que, em outros lugares do mundo, têm sido usadas com freqüência, em anos recentes, para promover a paz e a tolerância. No ano passado, a PA TV divulgou uma série de apresentações de uma banda chamada Alashekeen, inclusive uma canção que antecipava a derrota de Israel por meio da guerra santa (jihad). A canção apresenta Israel inteiro como “Palestina”, mencionando a região do Carmelo perto de Haifa e as cidades de Lod, Ramle e Jerusalém como áreas a serem liberadas: “Em Ramle, somos granadas. (...) a revolução palestina [os] aguarda. ...substituímos os braceletes por armas. ...atacamos os desprezíveis [sionistas]. Esse inimigo invasor está no campo de batalha. Este é o dia da consolação da jihad. Aperte o gatilho. Nós redimiremos Jerusalém, Nablus e o país”.
Mais significativo do que a repetida apresentação na PA TV e nos eventos culturais foi o fato de que Abbas resolveu homenagear o grupo musical. Ele baixou um decreto presidencial tornando-o uma banda nacional palestina oficial.
Agravando a promoção do ódio nacionalista da AP estão suas mensagens baseadas no islamismo. A AP parece ter adotado o que antes parecia ser apenas a ideologia do Hamas, de que o conflito com Israel é um Ribat – uma guerra religiosa para Alá defender a terra islâmica na qual o confronto com Israel deve ser inflexível. Mahmoud Habbash, o ministro da Religião designado por Abbas, vem afirmando repetidamente que o conflito com Israel não é territorial, mas está de acordo com a lei islâmica: “Alá predeterminou-nos o Ribat nesta terra abençoada. Estamos comprometidos com ele por comando de Alá. Que ninguém se engane ou se iluda pensando que o Ribat seja uma escolha e nada mais. Ele é um mandamento”.
Ele também tem pregado que o conflito contra Israel – sobre todo o Israel – é citado no Alcorão. “Na verdade, a catástrofe (‘nakba’) não começou em 1948, mas talvez em 1917, com a amaldiçoada Declaração [de Balfour], que fez uma promessa a quem não a merecia. (...) Desde aquela data, pessoas resolutas, lutadores e guerreiros do Ribat, não cessaram de estar presentes em nosso abençoado território. (...) Esse conflito é explícito no Corão e nossa obrigação com relação a ele está esclarecida no Corão”.
Em resumo, a AP, assim como o Hamas, está dizendo a seu povo que o islamismo não permite reconciliação com Israel.
Com mensagens contínuas como essa, vindas da chamada liderança moderada da AP, será que é surpresa que as pessoas cometam violências terroristas como a que aconteceu em Itamar? Os palestinos podem pressupor que seus líderes e a sociedade irão honrá-los se eles assassinarem israelenses, que suas famílias receberão pagamento se eles forem mortos, e que sua religião encoraja o desaparecimento de Israel.
Será que os terroristas que cometeram essa chacina brutal estavam sonhando com um futuro acampamento de verão palestino em honra a seus nomes? Será que estavam imaginando Alá dando-lhes recompensas eternas no paraíso por cumprirem seu mandamento? Será que sentiram que estavam cumprindo seu dever nacional e que receberiam recompensas financeiras? E o que dizer da comunidade internacional, que aceitou e ingenuamente acreditou nas afirmações dos líderes da AP de que o incitamento havia terminado? Foi a comunidade internacional, representada pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, quem estipulou precondições para a AP entrar em um processo de paz renovado: “Apenas trabalharemos com um governo da Autoridade Palestina que clara e explicitamente aceitar os princípios do Quarteto: um compromisso com a não-violência, o reconhecimento de Israel e a aceitação de acordos e obrigações anteriores, inclusive o Mapa do Caminho” (Sub-Comitê de Alocação de Recursos ao Departamento de Estado, Congresso dos EUA, 23 de abril de 2009).
O Mapa do Caminho declara que “todas as instituições oficiais palestinas terminem com o incitamento contra Israel”.
A comunidade internacional fracassou completamente porque nunca verificou se essas precondições estavam realmente sendo observadas, mas se satisfez plenamente com as promessas de Abbas, e continua a financiar a AP.
Todos os envolvidos no processo de paz estão cometendo um erro trágico ao pressuporem que o incitamento é apenas mais uma questão a ser tratada, como as questões da água, das fronteiras e dos refugiados. Todas essas são assuntos que devem ser negociadas como parte do processo de paz. Mas, enquanto a AP continuar a ministrar essas mensagens de incitamento, claramente não haverá nenhum processo de paz.
É incumbência da comunidade internacional informar a AP que a condição para “trabalhar ” com ela, como declarou Hillary Clinton, é que apague as mensagens de ódio e as substitua pela promoção da paz.
E, até aquele momento, a comunidade internacional deve colocar a AP no ostracismo e isolá-la, assim como faz com o Hamas, e parar de fingir que existe um processo de paz. (Itamar Marcus e Nan Jacques Zilberdik – www.palwatch.org – http://www.beth-shalom.com.br)

Itamar Marcus é diretor da Palestinian Media Watch (www.palwatch.org). Nan Jacques Zilberdik é analista-sênior da PMW.
 Fonte: http://www.beth-shalom.com.br/artigos/chacina.html#nogo

COMENTO:
O que mais me deixa indignada é o fato da grande imprensa simplesmente ignorar esta terrível chacina. O anti-semitismo é tão forte e asqueroso que eu tenho certeza que se fosse uma família palestina morta acidentalmente por algum israelita todo o  mundo já estaria condenando Israel e neste caso? Ficarão calados?
Mais informações: http://www.jewishjournal.com/rob_eshman/article/a_responsibility_to_look_at_the_fogel_family_crimescene_photos_20110315/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

segunda-feira, 14 de março de 2011

Proteger a Vida

ENSAIO CRÍTICO

Desde 1989 quando ocorreu a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e consequentemente, a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 aqui no Brasil, muito se discutiu sobre o tema. Foi um inquestionável avanço. Entretanto vejo atualmente uma distorção muito grande de ideias ficando clara a incoerência de certos pensadores. As mesmas pessoas que defendem veementemente o ECA também apoiam a descriminalização do aborto. Como isto é possível, se a primeira e mais importante premissa é o “Direito à vida” expressa no Art. 7o(1)? A autora Esther Maria de Magalhães Arantes, na minha opinião, está completamente equivocada ao defender direitos sexuais de indivíduos que ainda não tem uma formação completa. Até porque, existe aí mais uma contradição: Como podem ter autonomia para determinados assuntos enquanto não podem ser responsabilizados por seus atos?
De acordo com Matta & Correia (2008) citadas no artigo, propõem as autoras que:
Os direitos sexuais e reprodutivos devem ser o foco ao se tratar do adolescente, sobrepondo-se, como bem jurídico, à moralidade pública ou interesses familiares. Faz-se necessário sensibilizar os operadores do direito para identificar, nos casos notificados, aqueles cuja intenção implícita é a repressão do adolescente. Os princípios constitucionais da liberdade e dignidade humana devem ser priorizados na interpretação das normas jurídicas penais levando em conta o melhor interesse da criança e do adolescente. Os direitos sexuais devem ser interpretados numa perspectiva de afirmação positiva da sexualidade de crianças e adolescentes em todos os seus aspectos, com a aplicação do Direito Penal numa perspectiva de tutela da dignidade sexual da pessoa, levando em conta o contexto social(2).
Tal afirmação foi avalizada pela autora e o grifo é meu para expor como a moralidade está posta de lado. O interesse familiar, acima de tudo, é o mais importante. Os pais tem o dever de educar seus filhos e devem exigir obediência e respeito. Os direitos são sempre muito explorados ao passo que os deveres são deixados de lado. Nossa cultura tem uma tendência forte à libertinagem e ao garantir tais direitos, tirando a autoridade dos pais, só podemos esperar pelo pior. As escolas tem trazido à tona o absurdo que se tornou a Educação pública no nosso país. O nível didático e de metodologia do nosso governo traz uma total liberalidade na educação sexual e os resultados têm sido desastrosos. Os dados a seguir são do IBGE:
- a gravidez na adolescência subiu entre 1996 e 2006, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais;
- a única faixa etária em que houve aumento da fecundidade foi entre 15 e 17 anos: passou de 6,9%, em 1996, para 7,6%, em 2006. No Nordeste, a variação foi maior: 1,2%.
Também a AIDS voltou a crescer entre adolescentes, especialmente as meninas(3).
Vê-se claramente que algo está errado.
“(...) Creio que um dos problemas centrais dos tempos modernos está ligado precisamente à formação da juventude, pois os núcleos tradicionais de formação, especialmente na sua parte moral - a família e as igrejas - estão perdendo espaço para concorrentes que não podem substituí-los, basicamente os meios de comunicação - com destaque para a televisão - e as escolas. Às famílias caberia sobretudo encarregar-se da solidez moral da criança e do adolescente, mas a instabilidade muito freqüente do núcleo familiar, e a ausência prolongada dos pais a trabalhar, têm deixado as crianças aos cuidados das comunicações eletrônicas e das escolas. As crianças ficam, por assim dizer, órfãs de seus principais educadores”. Do artigo “Das Crianças e dos Pássaros” de José Nivaldo Cordeiro(4).
Outro direito que vem sendo objeto de intenso debate é o direito da criança expressar suas opiniões livremente. A autora cita o caso da disputa pela guarda do menino de 9 anos, filho de mãe brasileira e pai americano, caso que ganhou ampla divulgação na imprensa após a morte de sua mãe que o tinha sequestrado e no qual o menino teria manifestado o desejo de permanecer com o padrasto no Brasil e não de residir com o pai biológico nos EUA, em uma comparação errônea com outro de circunstâncias muito diferentes em que o depoimento de um adolescente de 12 anos foi determinante porém o caso era de abuso sexual. O que foi desconsiderado, de certa forma, foi que o eventual descumprimento da Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças pelo Brasil poderia prejudicar diversos outros cidadãos brasileiros, na medida em que os demais países poderiam negar cumprimento aos pedidos brasileiros de assistência jurídica internacional no âmbito do referido Tratado, por violação ao princípio da reciprocidade. Ainda quanto a esse aspecto, a União relata já existir petição em desfavor do Brasil, apresentada perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em face da “demora do Poder Judiciário brasileiro em entregar definitivamente prestação jurisdicional em caso de subtração ilícita de menores”, por descumprimento da Convenção de Haia.
O acórdão do TRF da 2ª Região é expresso nesse aspecto:
“No caso, restou claro, pelo que consta do laudo pericial, que o menor não está apto a decidir sobre o que realmente deseja, seja pelas limitações de maturidade inerentes à sua tenra idade, seja pela fragilidade de seu estado emocional, seja, ainda, pelo fato de já estar submetido a processo de alienação parental por parte da família brasileira.
Sem razão, pois, o apelante, na medida em que o preceito normativo condiciona a possibilidade de se levar em conta a opinião da criança à efetiva demonstração de que esta tenha discernimento para tanto, o que não ocorre no caso dos autos, na linha do que concluiu o referido laudo pericial”(5). Ou seja, acima de nosso Estatuto, está uma Lei Internacional que deve ser respeitada embora o principal objetivo da decisão tenha sido o bem-estar do menor.
É óbvio que quanto ao abuso sexual e pedofilia devem existir leis mais duras que realmente punam os autores de crime tão repugnante. Aqui no Brasil, infelizmente, as leis penais são muito brandas mesmo quando se trata de menores infratores. Um exemplo disto é o recente caso de sequestro de uma menina de 8 anos. A autora, a própria prima de 14 anos, que a levou ao “namorado” de 43 anos para abusar da inocente criança(6). A questão que deixo não é do criminoso pedófilo e sim, sobre a adolescente que aproveitou da confiança de sua parente para causar-lhe um dano físico e psicológico talvez irreversível. Qual será sua punição? Neste aspecto, o Estatuto da Criança e do Adolescente erra ao proteger uma criminosa, pois se ela já tem “autonomia” para escolher seu parceiro não teria para responder por seus atos? Os brasileiros tem que aprender ter cidadania e a ser responsabilizados por suas ações, senão chegaremos a um ponto de caos, se já não chegamos.
O debate deve fazer parte do nosso cotidiano. O ECA reafirma direitos constitucionais mas falha em não punir mais duramente em determinados casos. Devemos agora buscar uma sociedade mais justa na qual além de direitos respondamos pelos nossos deveres. A verdadeira proteção se dá quando educamos e preparamos nossas crianças e adolescentes para serem cidadãos honestos, que lutem para sanar tantas ambiguidades e inconsistências contidas em nossas próprias leis. Assim conseguiremos conciliar proteção e autonomia.

BIBLIOGRAFIA:
Artigo:
Proteção integral à criança e ao adolescente: proteção versus autonomia? (Esther Maria de Magalhães Arantes) Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652009000200012&lang=pt

sexta-feira, 11 de março de 2011

Shabat Shalom!

VONTADE DE CRESCER - PARASHÁ VAYIKRÁ 5771 (11 de março de 2011)


"O Sr. Goldsmitch era um homem de negócios muito bem sucedido. Mas o que as pessoas mais admiravam nele era o imenso Chessed (bondade) constantemente feito com os pobres. Todos os necessitados da cidade sabiam que, em momentos de dificuldade, podiam contar com ele.
Certa manhã o Sr. Goldsmitch recebeu um telefonema. Era o Sr. Stern, um conhecido que vivia na mesma cidade. O Sr. Stern explicou que estava passando por dificuldades e precisava de uma soma alta para pagar as dívidas e tentar recomeçar a vida. Apesar de ser um negócio arriscado, o Sr. Goldsmitch prontamente concordou com o empréstimo e pediu para que o Sr. Stern estivesse no seu escritório pontualmente ao meio dia para receber o dinheiro.
Chegou meio dia, o Sr. Goldsmitch já estava com o dinheiro separado, esperando pelo Sr. Stern, mas nada dele aparecer. Mais meia hora e nada. Uma hora depois o Sr. Goldsmitch, profundamente irritado, voltou aos seus afazeres. Durante todo o dia ninguém apareceu para pegar o dinheiro.
No dia seguinte de manhã novamente tocou o telefone. Era o Sr. Stern novamente. Ele pediu perdão pela ausência, explicou que havia acontecido um grande imprevisto. O Sr. Goldsmitch entendeu e novamente marcaram para o meio dia. Porém, chegou meio dia e nada do Sr. Stern aparecer. Durante todo o dia novamente ninguém veio receber o dinheiro. Desta vez o Sr. Goldsmitch ficou realmente irritado. Será que aquele senhor achava que ele não tinha nada mais importante para fazer?
Na manhã seguinte novamente toca o telefone. Era o Sr. Stern, telefonando como se nada tivesse acontecido. O Sr. Goldsmitch explodiu:
- Você está me fazendo de tonto? Você me pede uma quantia de dinheiro que eu não emprestaria para mais ninguém. Eu separo o dinheiro, fico sentado te esperando e você não aparece. Depois me liga no dia seguinte como se nada tivesse acontecido e novamente não aparece! Você está brincando comigo? Eu tenho coisas melhores para fazer com meu precioso tempo!!!
O Sr. Stern ainda tentou se explicar, mas era tarde demais. O Sr. Goldsmitch já havia batido o telefone..."
Podemos pensar que o Sr. Stern é um louco ou um desocupado. Mas explica o Rav Sholom Schwadron que infelizmente nós também fazemos isto todos os dias. Quando rezamos, pedimos para que D'us tenha misericórdia e nos dê sabedoria. D'us, em Sua infinita bondade, escuta nossos pedidos, prepara uma legião de anjos para abrir nossos olhos e encher nosso coração de sabedoria e fica aguardando o momento em que vamos sentar para começar a estudar. Durante toda a manhã não temos tempo. Chega a hora do almoço, Ele espera que possamos encontrar um tempinho para abrir um livro. Mas lemos o jornal, olhamos as últimas notícias, conversamos com nossos amigos no Facebook, mas nada de abrir um livro. Porém D'us é paciente, Ele espera, quem sabe de noite. Mas de noite estamos cansados, precisamos terminar um trabalho, tem um filme imperdível na televisão, e depois vamos dormir. D'us ficou o dia inteiro esperando pelo nosso estudo para nos mandar sabedoria, mas nós não aparecemos para receber.
Na manhã seguinte, começa um novo dia, vamos para a sinagoga e novamente pedimos: "D'us, nos dê sabedoria".
Até quando vamos pedir para D'us sabedoria e deixá-Lo esperando o dia inteiro?

http://ravefraim.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os sem-terra usam Código do Processo Penal como garantia para o crime continuado

/ Blogs e Colunistas



José Rainha Júnior, do MST de São Paulo, foi condenado por causa da invasão e depredação de uma fazenda. Vejam abaixo. Outros companheiros seus foram absolvidos. É hora de tratar de algo importante aqui. Quando uma lei se mostra ineficiente para proteger a sociedade ou quando ela é descaradamente manipulada em favor do crime, então é hora de apelar às instâncias democráticas para mudá-la. Notem bem: não estou pregando desrespeito à lei. Estou defendendo a mudança da lei. A que me refiro?
Em suas ações delinqüentes, os sem-terra têm se aproveitado do que dispõe o Artigo 41 do Código de Processo Penal para cometer seus crimes e sair impunes. Diz o texto:
“A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.”
Muito bem! Trata-se de uma bela garantia! A imputação de um crime é coisa grave demais para que seja algo genérico. O Artigo 41, no entanto, não pode ser usado como escudo para proteger criminosos. “A Polícia e o Ministério Público que trabalhem direito para deixar claro quem fez o quê”, afirmam alguns. Compreendo. Mas me digam uma coisa: quando 100, 200, 300 pessoas invadem uma fazenda, como é que se consegue saber quem cortou o arame, quem derrubou a árvore, quem matou o boi, quem depredou as instalações? Certamente não serão os sem-terra a delatar seus companheiros, não é mesmo?
Essa individualização é impossível, e o Artigo 41 vira o manto da impunidade. Aconteceu com os sem-terra que depredaram a fazenda da Cutrale. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) entendeu que os 22 militantes acusados de formação de quadrilha, furto e dano qualificado não podem ser responsabilizados pela depredação de 12 mil pés de laranja, ocorrida em outubro de 2009, em Borebi, no interior de São Paulo. Por quê? Ah, faltou individualizar a ação de cada um. E quem poderia revelá-lo? Os próprios invasores?
Leiam no post abaixo: Rainha só foi condenado porque ficou caracterizado o exercício da liderança na atividade criminosa. A decisão é de primeira instância e pode ser revista. Estou aqui chamando a atenção para um problema que me parece sério. Crimes cometidos por bandos não têm necessariamente a assinatura — quem fez o quê. Como agir nesses casos? A garantia do Artigo 41 é importante. Mas o que fazer quando a garantia garante o contrário do que se pretende?
Por Reinaldo Azevedo


Rainha é condenado a 4 anos por invasão e furto em fazenda do Pontal

José Rainha Júnior, o líder do MST do B, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão, conforme vocês verão abaixo. Alguns dos seus liderados foram absolvidos. Leiam o que informa José Maria Tomazela, no Estadão Online. Volto no próximo post para demonstrar como os sem-terra têm usado o Código de Processo Penal para cometer novos crimes.

O líder dos sem-terra José Rainha Júnior foi condenado a 4 anos e 1 mês de prisão sob a acusação de ter liderado o saque de madeiras e equipamentos da Fazenda São João, invadida pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) em abril de 2000, em Teodoro Sampaio, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. Na sentença publicada nesta quinta-feira, 10, o juiz Fernando Salles Amaral considerou como agravante da pena o fato de Rainha ter utilizado pessoas “de pouca condição social” como “massa de manobra” para o cometimento dos crimes. A sentença é de primeira instância e cabe recurso.
De acordo com a denúncia, acatada pelo juiz, durante a invasão os integrantes do MST cortaram cercas e furtaram madeiras, palanques, cavadeiras, enxadas, porteiras e um pulverizador da propriedade do fazendeiro Ricardo Pedroso Peretti. Eles foram acusados ainda de terem matado a tiros 13 bois. No inquérito, foram apontados como líderes dos invasores, além de José Rainha, outros 12 militantes do MST. Três deles, Sérgio Pantaleão, Márcio Barreto e Valmir Rodrigues Chaves, chegaram a ter as prisões preventivas decretadas durante o processo, mas acabaram absolvidos por falta de provas.
Os líderes André Luis da Silva e Antonia Agostinho Souza também foram condenados a três anos e um mês de prisão, mas tiveram a punição extinta por ter decorrido mais de oito anos para a aplicação da sentença. Por ter sido condenado a uma pena maior, Rainha não foi beneficiado pela extinção da punibilidade. O juiz considerou que, na época, José Rainha exercia claro papel de liderança sobre os militantes do MST. Tanto que, quando os invasores cercaram e ameaçaram tombar uma viatura da Polícia Militar que foi até o local, Rainha mandou que parassem e foi prontamente obedecido. Ele também ordenou que os policiais deixassem o local da invasão.
O advogado e irmão do líder, Roberto Rainha, disse que a rede de advogados que defendem os movimentos sociais vai entrar com recurso de apelação. Segundo ele, a agravante que resultou no aumento da pena não está prevista em lei. “O juiz absolveu todos os demais, porém fez uma ginástica processual para exacerbar a pena do José Rainha e evitar a prescrição do crime.” O advogado, que também estava entre os acusados e foi absolvido, disse que os tribunais superiores devem reformar a sentença. “É esperada a derrubada da condenação ou, pelo menos, da agravante.” Foram absolvidos ainda por falta de provas os réus Manoel Messias Duda, Cledson Mendes da Silva, Mauro Barbosa dos Santos, Diolinda Alves de Souza, Josino Linfante Garcia e Marcio Gomes Barreto

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

quarta-feira, 9 de março de 2011

Todo dia é dia da mulher

Ontem foi comemorado no mundo todo o Dia Internacional da Mulher.
Pode ser redundância mas acho que todo dia é dia da mulher. Daquela que levanta cedo, cuida dos filhos, da casa, vai trabalhar se desdobrando em 3. É mãe, filha, esposa, amiga, funcionária, chefe,  dona de casa ou nada disso...
A mulher moderna não pode se perder no feminismo, ela tem que ser Feminina. Atenta aos detalhes, criativa, amorosa e sobretudo parceira. Ninguém é superior a ninguém. A inteligência e capacidade não são determinadas pelo gênero e sim pela dedicação de cada um ou cada uma.
Receber flores, ser muito beijada e cheia de carinho é o que todas querem, no fundo. Sem distinção de classe social ou etnia!


O Talmud é um livro no qual se encontram condensados todos os depoimentos, ditados e frases pronunciadas pelos rabinos através dos tempos. Há um trecho que termina assim:


"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada."

terça-feira, 8 de março de 2011

Carnaval rural

O Estado de S. Paulo

Xico Graziano
Dizem aqui, no Brasil, que o mundo somente volta a funcionar após o carnaval. Parece verdade. Desde meados de dezembro, tudo anda devagar. Mas o dito vale apenas na cidade. Porque lá, no campo, exatamente esse período do ano configura um pega no serviço. Época de correria brava na roça.
O motivo se relaciona com a safra agrícola. Normalmente plantadas entre meados de outubro e início de dezembro, as lavouras se encontram em processo final de desenvolvimento. Primeiro, floresceram seus cachos, agora maturam seus frutos, logo secam as sementes. Nenhum descuido se permite ao agricultor nesta hora para garantir boa colheita de grãos.
Grãos alimentícios se denominam aquelas culturas temporárias, de ciclo curto, semeadas todos os anos. Algumas são também conhecidas por cereais (arroz, milho, trigo e feijão), outras, como oleaginosas (soja e amendoim). Mais difícil de catalogar é o algodão, planta notoriamente fibrosa, mas cujo caroço oferece bom óleo e excelente ração animal. Vacas adoram sua torta no cocho.
Essas culturas anuais se distinguem das lavouras permanentes, como a laranja ou a maçã, cacau e café, cujas mudas crescem e viram pequenas árvores que permanecem produzindo por décadas. Azeitonas também vêm de árvores longevas, centenárias.
Há, ainda, aquelas lavouras de duração intermediária, a exemplo da cana de açúcar, cujo ciclo de produção demora ao redor de sete anos. Nesse caso, os colmos açucarados são seccionados todos os anos da planta mãe, que rebrota novamente e lança novos perfilhos, a serem cortados no ano seguinte. Algo semelhante à cultura da bananeira.
Existem nuances, claro, como em qualquer sistematização. Certas frutas, como o mamão ou o maracujá, apresentam ciclos de produção bem mais curtos que os da fruticultura em geral. As plantas, mais frágeis, sofrem o ataque de terríveis viroses, impedindo sua permanência no mesmo terreno por um longo período. Podem ser apelidadas de rotativas.
As plantações, na agronomia clássica, sempre foram muito dependentes das estações climáticas. Na Europa, por exemplo, aguarda-se o degelo do inverno para semear o trigo e o centeio. No Sudeste brasileiro, a safra de grãos normalmente se inicia quando as chuvas, trazidas pelo calor da primavera, chegam. Mas a evolução da tecnologia anda alterando tal determinismo climático.
Vários fatores contribuem para romper o fatalismo natural que amordaçava a roça, destacando-se a irrigação, o melhoramento genético, a mecanização intensiva e sistemas de plantio. Atuando em conjunto, a tecnologia foi alterando os costumes antigos. Surgiram variedades de ciclo mais curto ou mais longo, outras precoces ou tardias, algumas resistentes ao frio ou ao calor e à seca. Chegou o plantio direto na palha.
A revolução verde ocorrida permite que hoje os agricultores de ponta sequenciem plantios na mesma área. A soja precoce, colhida cedo em fevereiro, permite ainda o plantio do milho chamado "safrinha", que amarelará em maio. Em algumas regiões do Paraná, uma terceira lavoura, chamada de inverno, é semeada - quase sempre o trigo. Já no Cerrado, após o cultivo do grão, entra a semente da braquiária, gramínea que troca a lavoura pela pecuária. É incrível.
Em suma, alternativas foram surgindo, tornando mais autônoma, porém mais complexa, a produção rural. Antes, podia-se dizer que o agricultor vivia mais calmo, embora mais apreensivo. Ele preparava o terreno e aguardava a hora de o trovão anunciar a semeadura. Depois, acendia vela contra a seca, rezava para chover no momento certo da florada e torcia contra as pestes agrícolas. Dizem, aliás, que por motivos religiosos tantas fazendas foram no passado batizadas com o nome da fé: Fazenda Sta. Clementina, Fazenda S. Rafael...!
Com a modernidade produtiva, porém, o credo cedeu lugar ao conhecimento tecnológico. E, na labuta rural, o aumento das áreas plantadas pressionou a ecologia, resultando, como consequência, no aparecimento de pragas e doenças inusitadas, algumas estrangeiras, resistentes aos agrotóxicos, difíceis de controlar. Haja trabalho no campo.
No mercado, então, nem se fale. Antes, bastava colher e enviar para a feira ou o armazém. Agora, na gôndola dos supermercados, a qualidade se impõe na produção, donas de casa refugam defeitos na mercadoria, certificação se requer. Por essas e outras, o agricultor abandonou o amadorismo e engraxou as canelas para enfrentar a correria da plantação e do comércio. Vida nada fácil.
Repare nisso. Ao contrário da cidade, onde fábricas e lojas fecham suas portas no fim de semana e nos feriados, no campo nunca cessa a produção. As plantas não deixam de crescer no domingo de carnaval, nem o gado para de pastar na quarta-feira de cinzas. Nas granjas, frangos e suínos desconhecem desfile de fantasia.
Noutro dia me irritei, novamente, com um jornalista noticiando que iria chover: "tempo ruim", disse o rapaz. Ora, depende para quem, conversei tolamente sozinho, virando-me para o rádio. Nas férias, carnaval rolando, o pessoal da cidade quer curtir a praia, desfilar bonito na passarela, namorar no portão de madrugada. Torce para não chover, quer secura na rua.
Acontece que lá no interior, não sendo brava tempestade, a chuva é uma dádiva. O solo úmido garante fartura para abastecer a turma da cidade. Além do mais, é exatamente naquela horinha boa da chuva que, sem poder trabalhar o trator por causa do barro, o homem do campo dá uma pausa para descansar na varanda. Depois, sol a pique, retoma a vida corrida.
Na brincadeira do samba, espiando a farra na televisão, pense um pouco: será que essa turma da folia conhece a dureza do carnaval rural?
Vai saber.
AGRÔNOMO, FOI SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

segunda-feira, 7 de março de 2011

Discriminação Racial

ENSAIO CRÍTICO

A análise de políticas públicas aplicadas em alguns países nos esclarece o que pode ser mais eficaz no que diz respeito à discriminação. O artigo elucida questões tanto dos afrodescendentes em países como Estados Unidos como também dos indígenas no Peru, por exemplo; chegando ao Brasil onde ainda, apesar dos avanços, existe uma longa distância a ser percorrida para chegarmos a um patamar aceitável.
Em paralelo, o livro com um título que me chamou a atenção “A Era dos Extremos” nada mais é do que o relato de um historiador que coloca suas opiniões acima da história. Irei contestá-lo usando seu próprio modelo de linha do tempo.
O século XX foi dividido em três “eras”:
De 1914 a 1945 seria a era das Catástrofes. Marcada por duas grandes guerras e uma enorme crise econômica. Nesta época o racismo era uma questão discutida por causa do conceito de raça criado por biólogos iluministas no século XVIII. Charles Darwin fazia da pretensa superioridade branca um argumento em favor do extermínio das raças “inferiores” como pressuposto básico à evolução humana e Karl Marx, principal figura do modelo político de esquerda, tão idolatrado atualmente inclusive pelos próprios movimentos sociais que defendem direitos dos afrodecendescentes, considerava tal extermínio necessário ao progresso histórico e defendia a escravidão. Cito: “A escravidão direta é tanto quanto o pivô em cima do qual nosso industrialismo dos dias de hoje faz girar a maquinaria, o crédito, etc. Sem escravidão não haveria nenhum algodão, sem algodão não haveria nenhuma indústria moderna. É a escravidão que tem dado valor às colônias, foram as colônias que criaram o comércio mundial, e o comércio mundial é a condição necessária para a indústria de máquina em grande escala. Conseqüentemente, antes do comércio de escravos, as colônias emitiram muito poucos produtos ao mundo velho, e não mudaram visivelmente a cara do mundo. A escravidão é conseqüentemente uma categoria econômica de suprema importância. Sem escravidão, a América do Norte, a nação a mais progressista, ter-se-ia transformado em um país patriarcal. Apenas apague a América do Norte do mapa e você conseguirá anarquia, a deterioração completa do comércio e da civilização moderna”(1).
Cabe ainda relatar que na Segunda Guerra Mundial este conceito fez milhões de vítimas.
Aqui no Brasil, na contramão de todos pensadores mundiais, em 1933, Gilberto Freyre publica “Casa Grande & Senzala” Formação da Família Brasileira sob o Regime de Economia Patriarcal. Inovador, trazia uma nova visão do negro e do índio na consolidação da sociedade brasileira. Cito:
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro traz na alma e no corpo, a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena e/ou do negro”.
“Da cunhã é que nos veio o melhor da cultura indígena. O asseio pessoal. A higiene do corpo. O milho. O caju. O mingau. O brasileiro de hoje, amante do banho e sempre de pente e espelhinho no bolso, o cabelo brilhante de loção a óleo de coco, reflete a influência de tão remotas avós(2).
De 1945 a 1973 seria a era dos “Anos Dourados”. Nesta época houve uma expansão econômica extraordinária provocando profundas transformações sociais. Houve uma verdadeira revolução científica e tecnológica na chamada ‘Nova Ordem Mundial’ à qual duas economias competiam entre si. De um lado os Estados Unidos, país capitalista e de outro a União Soviética, comunista. Eric Hobsbawn mais uma vez se perde totalmente exaltando o socialismo como resposta para todas as questões. E pior, coloca a URSS como exemplo a ser seguido. Não posso aceitar de forma alguma um regime que matou 76 milhões de pessoas. Porém a resposta está aí. O fracasso total da União Soviética e de todos os países que seguiram este regime de esquerda mostra bem que mesmo com desigualdades o capitalismo dá oportunidades a todos. Nesta mesma fase houve momentos difíceis para os negros. A lei da Segregação sancionada pela Corte Suprema Americana em 1954 visava separar brancos e negros como classificação racial imposta pelo governo e perdurou até 1965. Grupos extremistas que defendiam a “supremacia branca” como o KuKluxKlan perseguia e matava. Martin Luther King tornou-se ícone na luta pelos direitos dos negros. Enquanto na América Latina, diferente dos EUA, o interesse político pelo tema foi muito pequeno.
De 1973 a 1991 a era das “Crises”. Dá-se o desmoronamento em que caem por terra os sistemas institucionais. Com a queda do muro de Berlim em 1989 a hegemonia capitalista passa a dominar o mundo no fim do século XX. E é neste sistema tão contestado em que a liberdade de expressão tem grande força que finalmente a situação das minorias começa a mudar. Admiro o sistema americano porque lá o debate político ocorre de maneira democrática. O uso de políticas públicas como meio de promover a ascensão social de grupos vítimas de discriminação num conjunto de medidas chamada ‘ação afirmativa’ gera controvérsias porque alcança muito mais o setor público que o privado. E de acordo com o sociólogo Thomas Sowell as minorias étnicas se dão melhor no sistema econômico laissez-faire pois a mão invisível do mercado é a melhor receita contra qualquer discriminação. Dessa forma conclui-se que os republicanos querem mais mercado e os democratas, mais Estado.
Já nos dias atuais países como Venezuela que não privilegia o combate à discriminação racial é um dos péssimos exemplos do regime bolivariano. Já a Colômbia tem tido avanços sendo o país que mais legislou a favor dos negros. No Peru as políticas pró-índio foram eficazes no âmbito da reforma agrária. Mas os atores dessas demandas variam muito nos casos americano e dos países latino-americanos. Lá existe uma grande força com tradição no Parlamento de Lobbies Negros. Já aqui no Brasil e demais países é muito menos articulado e depende dos movimentos negros e indígenas e de organizações não-governamentais.
No Brasil o Estado tem sido presente em termos de leis e discursos. Mas como retificar desigualdades raciais sedimentadas durante séculos, por meio de medidas públicas, em um país onde a lei se faz, mas seu cumprimento é deficiente? Existem leis que punem discriminação na maioria dos países. Nos EUA 44 dos 50 estados possuem leis punindo o racismo. Na França o artigo 225-1 define discriminação e prevê sua punição. Em Portugal qualquer forma de discriminação é punível e na União Europeia a Carta dos Direitos Fundamentais garante ao cidadão europeu a proibição da discriminação por motivo de raça, cor ou origem étnica.
“Nossa Constituição e o Código Penal já contêm garantias suficientes contra qualquer tipo de discriminação que venha a ser sofrida por um cidadão. Especificar essas garantias para uma classe em especial ou é redundância, ou tem uma intenção embutida que vai além da mera salvaguarda de direitos óbvios. Neste último caso, ela confere a um determinado grupo um privilégio que outros não têm” (Olavo de Carvalho (3)).
Acredito que todos devem ter direitos iguais. A discriminação tem que ser punida e para isto já temos nossas leis. Entretanto não acho que criar facilidades possa ajudar determinado grupo. Deve-se dar oportunidades de educação de qualidade, trabalho e vida digna a todo cidadão. O Governo, na minha opinião, tem que cuidar do sistema econômico visando o crescimento. E nós devemos trabalhar mais nossas capacidades e depender menos do Estado, em uma democracia onde a justiça seja a mesma para todos e o respeito pelo próximo seja parte da nossa cultura e não uma lei imposta.

BIBLIOGRAFIA:
• Artigo: Racismo sem Etnicidade. Políticas Públicas e Discriminação Racial em Perspectiva Comparada (Lívio Sansone)

• Resumo do Livro: A Era dos Extremos (Eric Hobsbawm)
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_dos_Extremos http://desenvolvimentoemquestao.wordpress.com/2009/12/19/era-dos-extremos-o-breve-seculo-xx-1914-1991-eric-hobsbawm/

www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_3931.html

• Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/

• (1) Carta de Karl Marx a Pavel Vasilyevich Annenkov, Paris. Escrita em 28 de dezembro de 1846. Fonte: Marx Engels Collected Works, vol. 38, p. 95. Editor: International Publishers (1975). Primeira publicação: completa no original em francês em M.M. Stasyulevich i yego sovremenniki v ikh perepiske, Vol III, 1912. Tradução em inglês pode ser acessada em http://www.marxists.org/archive/marx/works/1846/letters/46_12_28.htm

• (2) FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: Maia & Schmidt, 1933.

• (3) Disponível em: http://www.olavodecarvalho.org/index.html


Artigo acadêmico para minha Pós-Graduação em Educação Ambiental pela UFLA. Começarei a publicá-los ressalvando, de acordo com orientação de meu tutor, que qualquer interessado deve sempre citar a fonte e não pode ser simplesmente copiado.