sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

‘DESEJO’

Victor Hugo (1802 - 1885)

Desejo primeiro, que você ame,
e que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer
e esquecendo não guarde mágoa.
Desejo também que tenha amigos,
que mesmo maus e inconsequentes,
sejam corajosos e fiéis,
e que em pelo menos num deles
você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
desejo ainda que você tenha inimigos;
Nem muitos, nem poucos,
e que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo ainda que você seja tolerante;
não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
mas com os que erram muito e irremediavelmente,
e que fazendo bom uso dessa tolerância,
você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você sendo jovem,
não amadureça depressa demais
e sendo maduro, não insista em rejuvenescer,
e que sendo velho não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo também, que você plante uma semente
por mais minúscula que seja,
e que acompanhe o seu crescimento
para que você saiba de quantas muitas vidas
é feita uma árvore.
Desejo por fim que você sendo um homem,
tenha uma boa mulher,
e que sendo uma mulher,
tenha um bom homem
e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,
e que quando estiverem exaustos e sorridentes,
ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
não tenho mais nada a desejar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Um movimento conservador no Brasil?

Heitor De Paola
“Um povo que aceita perder uma fatia de sua liberdade em troca de segurança, não merece ter nem liberdade, nem segurança”. — Benjamim Franklin
A imensa reação contra o aborto que certamente influenciou o resultado do primeiro turno das eleições brasileiras carreando votos de Dilma para Marina, somada à derrota acachapante de Obama nas eleições parlamentares americanas um mês depois, animaram setores conservadores em nosso País. A força imensa do Movimento Tea Party nos dois anos de desmandos de Obama contra a liberdade, as tradições e os princípios arraigados no American Way of Life despertou sonhos de que tal movimento pudesse se repetir no Brasil.
Mais animadora ainda foi a notícia da pesquisa realizada pelo Vox Populi em 05/12 mostrando que 82% da população é contra o aborto, 63% contra o casamento homossexual e 87% contra a legalização do consumo de drogas.
Certamente existem no Brasil vários movimentos conservadores, mas todos são de elite intelectual, os quais até o momento não conseguiram fazer contato político produtivo com esta imensa massa de cidadãos comuns apontada pelas pesquisas. Cabe então fazer uma comparação com o ocorrido recentemente nos EUA, bem assim como uma análise sucinta das diferenças históricas entre os dois povos. O movimento que virou a política americana do avesso em menos de dois anos tem raízes profundas no que há de mais expressivo historicamente naquele País, das raízes do movimento pela Independência, simbolizado pelo nome escolhido, Tea Party, em referência à reação revolucionária contra o aumento dos impostos cobrados pela Coroa Britânica após a aprovação do Stamp Act de 1765, que obrigava ao pagamento de um imposto mediante um selo aplicado a todos os documentos legais e jornais circulantes nas Colônias. Esta reação foi alimentada pelo brado de no taxation without representation (sem representação, nada de impostos) e ao boicote de mercadorias inglesas chegando à rebelião plena em 16 de dezembro de 1773 em Boston quando os carregamentos de chá foram jogados ao mar. A reação foi violenta, mas encontrou os colonos unidos em Comitês, seguindo o criado por Samuel Adams em Boston um ano antes. O parlamento inglês editou novas leis destinadas a punir os revoltosos, os Intolerable Acts, levando à convocação do Primeiro Congresso Continental em 1774. Em menos de dois anos e após uma guerra contra o domínio britânico, as Colônias se tornaram independentes.
No Brasil o único movimento de independência foi a Inconfidência Mineira, até mesmo inspirada nos acontecimentos nas Colônias do Norte. No entanto, o movimento não partiu do povo, mas sim de proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares, os mais prejudicados pela derrama, o imposto extra sobre os 'homens bons' para completar cem arrobas de ouro. Dois fatores estabelecem a diferença com os EUA: a falta total de apoio popular, tornando o movimento uma mera conspiração, enquanto lá os Comitês eram abertos. E a expressão meramente regional, pois ainda não havia uma consciência nacional. O País, ainda dividido em Capitanias não permitia que reverberasse uma identidade nacional. Assim, foi fácil a violenta repressão da Coroa Portuguesa.
Por outro lado, enquanto a Conquista do Oeste e a expansão da nacionalidade foi feita lá por homens livres em busca de território para se instalar e cuidar de suas vidas, quase sem atuação da União, aqui as Entradas era financiadas pela Metrópole e as Bandeiras eram expedições que, embora financiadas por particulares, tinham o único propósito de explorar e não colonizar permanentemente.
Finalmente, os brasileiros não têm experiência, e conseqüentemente noção, do verdadeiro significado de liberdade individual, vivendo desde sempre sob o tacão português e depois de governos autoritários, iludidos por uma falsa sensação de proteção.
Fonte: Mídia Sem Máscara

sábado, 25 de dezembro de 2010

Que neste Natal,

eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.

desconhecido
http://pensador.uol.com.br/natal/

E se a Bíblia for realmente verdadeira?

Evidências da encarnação de Jesus
David Limbaugh
Gostaria de desafiar você a considerar que a “boa notícia” que celebramos durante a época do Natal é realmente verdadeira.
Você pode escolher crer que a Bíblia é meramente um livro de fábulas com lições morais bacanas, mas há mais abundantes e exatas evidências de manuscritos em apoio ao Novo Testamento do que a qualquer outro livro da antiguidade. Além disso, o número de testemunhas da vida, morte e ressurreição de Cristo, assim como a natureza do testemunho delas, é forte prova da confiabilidade dos relatos da Bíblia, assim como são também as corroboradoras provas arqueológicas e testemunho secular.
Aliás, os escritores do Novo Testamento tinham todo motivo secular para negar que a ressurreição tivesse ocorrido. Por que eles inventariam e apoiariam uma história que os levaria a ser surrados, torturados e mortos?
Portanto, na próxima vez que você ler a Bíblia, considere que você está lendo a inspirada Palavra de Deus e que Jesus realmente disse e fez o que a Bíblia relata, começando com as afirmações dEle sobre Sua própria divindade:
Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai… Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:6-9). Ele também disse: “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58). Aqui, Jesus afirmou não só ter existido antes de Abraão, mas também que sua pré-existência é eterna. O que é mais importante é que “EU SOU” é um dos nomes de Deus. Além disso, Ele se identificou como o Deus do Antigo Testamento ao proclamar “Eu sou a luz do mundo” (O Salmo 27:1 diz: “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação”) e “Eu sou o bom pastor”. (O Salmo 23:1 diz: “O SENHOR é o meu pastor”.) Ao responder ao supremo sacerdote quanto à Sua deidade, Jesus disse: “Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu” (Marcos 14:62).
Jesus também cumpriu as profecias do Antigo Testamento acerca do Messias: Ele nasceu de uma virgem, em Belém, na linhagem de Abraão e Davi; Ele foi rejeitado por Seu próprio povo; Suas mãos, pés e lado foram furados, mas nenhum osso foi quebrado; e Ele ressuscitou dos mortos e subiu ao céu.
Jesus afirmou ter autoridade para perdoar pecados. Ele disse ao homem paralítico: “Para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados”. Ele disse que Ele é o juiz da humanidade (João 5:25-29).
Jesus atribuiu para si uma honra que só Deus merece (Isaías 42:8), quando Ele disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (João 17:5) e “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (João 5:23). Jesus nos convidou a orar no nome dEle: “E tudo quanto pedirdes em meu nome” (João 14:13). Ele aceitou que outros O adorassem (Mateus 8:2, 14:33, 15:25, 20:20, 28:17), embora o Antigo Testamento claramente proíba adoração a qualquer pessoa, a não ser Deus (Êxodo 20:1-4; Deuteronômio 5:6-9). Até mesmo os anjos se recusam a receber adoração (Apocalipse 22:8,9).
Jesus disse que Ele nos daria coisas que só Deus pode dar. “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer” (João 5:21).
Jesus não nos orientou apenas a seguir Seus ensinos, mas também a seguir a Ele (Mateus 10:38).
Jesus realizou muitos milagres, e o maior deles foi Sua ressurreição, que Ele predisse (João 2:19, 21) e foi testemunhada por todos os escritores dos quatro Evangelhos e, entre outros, por Paulo, que disse que Jesus foi visto por mais de 500 testemunhas oculares, a maioria das quais ainda estava viva e poderiam refutá-lo se não fosse verdade (1 Coríntios 15:4).
Os Apóstolos dEle também afirmaram que Ele era Deus: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1); Jesus é o “primeiro e o último” (Apocalipse 1:17, 2:8, 22:13); e “Porque um menino nos nasceu… e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Jesus, que afirmou e provou ser Deus, defendeu a autoridade divina do Antigo Testamento (Mateus 5:17-18) e prometeu que o Espírito Santo inspiraria as revelações do Novo Testamento (João 14:26, 16:13). Os escritores do Novo Testamento também deram testemunho de que toda a Escritura foi inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16).
A partir do momento em que concluímos que a Bíblia é a Palavra de Deus, teremos prazer nas Escrituras (Salmo 119:92) e, conforme descreveu certo escritor, adquiriremos “aquele grande sentimento de que estamos vivendo na esfera da segurança eterna”.
É real segurança eternal, pois Cristo morreu para que, por meio do nosso arrependimento e confiança nEle, possamos viver. Ora, esse é o verdadeiro significado do Natal e é a melhor notícia que já houve.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: WND

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Herói sem nenhum caráter

DEMÉTRIO MAGNOLI
O Estado de S.Paulo
Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã. Ele sempre ofereceu respaldo aos arautos da ideia de cerceamento da liberdade de imprensa no Brasil. Mas é incondicional quando se trata de Julian Assange: "Vamos protestar contra aqueles que censuraram o WikiLeaks. Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta."
Assange é um estranho herói. No Brasil, o chefe do WikiLeaks converteu-se em ícone da turba de militantes fanáticos do "controle social da mídia" e de blogueiros chapa-branca, que operam como porta-vozes informais de Franklin Martins, o ministro da Verdade Oficial. Até mesmo os governos de Cuba e da Venezuela ensaiaram incensá-lo, antes de emergirem mensagens que os constrangem. Por que os inimigos da imprensa independente adotaram Assange como um dos seus?
A resposta tem duas partes. A primeira: o WikiLeaks não é imprensa - e, num sentido crucial, representa o avesso do jornalismo.
O WikiLeaks publica - ou ameaça publicar, o que dá no mesmo - tudo que cai nas suas mãos. Assange pretende atingir aquilo que julga serem "poderes malignos". No caso de tais alvos, selecionados segundo critérios ideológicos pessoais, não reconhece nenhum direito à confidencialidade. Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos. Nesse episódio, que é diferente dos documentos sobre a guerra no Afeganistão, os cinco veículos rompem um princípio venerável do jornalismo.
A imprensa não publica tudo o que obtém. O jornalismo reconhece o direito à confidencialidade no intercâmbio normal de análises que circulam nas agências de Estado, nas instituições públicas e nas empresas.
A ruptura do princípio constitui exceção, regulada pelo critério do interesse público. Os "Papéis do Pentágono" só foram expostos, em 1971, porque evidenciavam que o governo americano ludibriava sistematicamente a opinião pública, ao fornecer informações falsas sobre o envolvimento militar na Indochina. A mentira, a violação da legalidade, a corrupção não estão cobertas pelo direito à confidencialidade.
Interesse público é um conceito irredutível à noção vulgar de curiosidade pública. Na imensa massa dos vazamentos mais recentes, não há novidades verdadeiras. De fato, não existem notícias - exceto, claro, o escândalo que é o próprio vazamento. A leitura de uma mensagem na qual um diplomata descreve traços do caráter de um estadista pode satisfazer a nossa curiosidade, mas não atende ao critério do interesse público. O jornalismo reconhece na confidencialidade um direito democrático - isto é, um interesse público. O WikiLeaks confunde o interesse público com a vontade de Assange porque não se enxerga como participante do jogo democrático. É apenas natural que tenha conquistado tantos admiradores entre os detratores da democracia.
Há, porém, algo mais que uma afinidade ideológica, de resto precária. A segunda parte da resposta: os inimigos da liberdade de imprensa torcem pelo esmagamento do WikiLeaks por uma ofensiva ilegal de Washington.
No Irã, na China ou em Cuba, um Assange sortudo passaria o resto de seus dias num cárcere. Nos EUA, não há leis que permitam condená-lo. As leis americanas sobre espionagem aplicam-se, talvez, ao soldado Bradley Manning, um técnico de informática, suposto agente original dos vazamentos. Não se aplicam ao veículo que decidiu publicá-los. A democracia é assim: na sua fragilidade aparente encontra-se a fonte de sua força.
O governo Obama estará traindo a democracia se sucumbir à tentação de perseguir Assange por meios ilegais. O WikiLeaks foi abandonado pelos parceiros que asseguravam suas operações na internet. Amazon, Visa, PayPal, Mastercard e American Express tomaram decisões empresariais legítimas ou cederam a pressões de Washington? A promotoria sueca solicita a extradição de Assange para responder a acusações de crimes sexuais. O sistema judiciário da Suécia age segundo as leis do país ou se rebaixa à condição de sucursal da vontade de Washington? Certo número de antiamericanos incorrigíveis asseguram que, nos dois casos, a segunda hipótese é verdadeira. Como de costume, eles não têm indícios materiais para sustentar a acusação. Se estiverem certos, um escândalo devastador, de largas implicações, deixará na sombra toda a coleção de insignificantes revelações do WikiLeaks.
A bandeira da liberdade nunca é desmoralizada pelos que a desprezam, mas apenas pelos que juraram respeitá-la. Assange não representa a liberdade de imprensa ou de expressão, mas unicamente uma heresia anárquica da pós-modernidade. Contudo, nenhuma democracia tem o direito de violar a lei para destruir tal heresia. A mesma ferramenta que hoje calaria uma figura sem princípios servirá, amanhã, para suprimir a liberdade de expor novos Guantánamos e Abu Ghraibs.
"Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta." Lula não teve essa ideia quando Hugo Chávez fechou a RCTV, nem quando os Castro negaram visto de viagem à blogueira Yoani Sánchez que lançaria seu livro no Brasil. Não a teve quando José Sarney usou suas conexões privilegiadas no Judiciário para intimidar Alcinéa Cavalcante, uma blogueira do Amapá, ou para obter uma ordem de censura contra O Estado de S. Paulo. Ele quase não disfarça o desejo de presenciar uma ofensiva ilegal dos EUA contra o WikiLeaks. Sob o seu ponto de vista, isso provaria que todos são iguais - e que os inimigos da liberdade de imprensa estão certos.
Alguém notou um sorriso furtivo, o tom de escárnio com que o presidente pronunciou as palavras "total e absoluta"?
SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@TERRA.COM.BR

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101223/not_imp657283,0.php

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Verão bem quente

Hoje começa o verão, para ser mais precisa, daqui a pouco...
Mas o calor absurdo que está fazendo é fora do comum! Assim eu quase acredito no aquecimento global!
O ano já está no fim e agora começa a fase de retrospectivas do que passou e projetos para o que virá. O impressionante mesmo é como passa rápido. Os dias vão e nem nos damos conta. Será que vale a pena ficar pensando em problemas quando a solução  pode estar à nossa frente? Perdemos muito tempo em desejos fúteis e atitudes inúteis. O que fica, no final, é o amor que sentimos e como  fomos amados.
Buscar a Deus com maior profundidade e dedicação da minha alma é o que realmente desejo fazer em 2011, 2012, 2013... para o resto da minha vida, buscando a eternidade.
O equilíbrio em tudo: seja na alimentação, estudos, exercícios físicos, trabalho, relações humanas é fundamental para sermos realmente pessoas melhores.
Refletir nos faz crescer. Pensar no que foi e tentar fazer sempre melhor, dando tudo de si.
Parar um pouco a correria, olhar nos olhos de quem a gente ama e dizer sem rodeios como é bom tê-lo ao nosso lado, vivendo cada momento bom ou ruim e nos tornando mais amigos, mais íntimos, mais tudo...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que realmente está por trás do WikiLeaks?

Se o WikiLeaks é sinônimo de liberdade de expressão, por que então aqueles que o defendem querem que a ONU censure a internet?
Julio Severo
A nível de curiosidade, foi muito legal conhecer as conversas e comunicações das embaixadas americanas, assim como também seria muito interessante ver o que dizem às ocultas os embaixadores do Brasil. Infelizmente, ainda não houve um vazamento de tais comunicações secretas do Brasil.
Fora alguns fatos exóticos, o WikiLeaks revelou informações realmente confidenciais? Num dos vazamentos tratando de setores cruciais para a segurança dos EUA, menciona-se uma fábrica australiana que produz antídoto contra veneno de cobra. Dá para crer que se os terroristas islâmicos atacarem a fábrica australiana, os EUA estarão vulneráveis ao maior ataque de cobras da história humana?
O cenário seria terrível: cobras mordendo Obama e seus ministros. Milhares de cobras venenosas deslizando nas ruas e atacando milhares de participantes das paradas gays de San Francisco a Nova Iorque. Cobras em escolas, hospitais e estádios de futebol, com milhões de pessoas caídas por mordidas envenenadas.
Pobres cobras do mundo! Estão servindo como bodes expiatórios de algum grande esquema. E há outros absurdos na lista vazada de possíveis alvos terroristas.
Duvido muito que os terroristas islâmicos tenham caído nessa estória de que a fábrica australiana é vital para a segurança dos EUA. Mas não duvido de que por trás do WikiLeaks haja “cobras” e “serpentes”, mas não do tipo que conhecemos na natureza. São depravadas mentes humanas com natureza de cobras astutas e malignas.
Desgraçadamente, o WikiLeaks não revelou nenhum segredo realmente importante do governo dos EUA. Se tivesse tentado revelar, o governo americano tem agentes secretos suficientes e poder suficiente para “resolver” esse problema. Aliás, a CIA tem durante décadas assassinado pessoas, matando homens realmente maus, mas também eliminando pessoas inocentes, inclusive no caso célebre onde foi abatido um avião com uma família de missionários evangélicos.
O livro “Target: Patton, The Plot to Assassinate General George S. Patton” (Alvo: Patton, o Complô para Assassinar o General George S. Patton), de Robert Wilcox, conta como o nascimento do serviço secreto americano, infiltrado por marxistas, foi acompanhado de assassinatos secretos de criminosos e inocentes.
Nada impede a CIA de neutralizar os inimigos dos interesses dos EUA. Contudo, Julian Assange está vivo, e recebendo apoio em massa de esquerdistas famosos, até mesmo dos EUA, que defendem o controle da internet — um controle que mantenha o domínio absoluto das ideias deles e extermine as ideias conservadoras.
Recentemente, Assange obteve apoio financeiro de Michael Moore, produtor de um documentário sobre “homofobia”. No que depender de Moore, supremo bufão do marxismo hollywoodiano, liberdade de expressão é direito que deve ser outorgado apenas aos que prestaram juramento de fidelidade à sodomia.
O presidente Lula da Silva é uma das figuras internacionais que protestou contra a “perseguição” a Assange e, aos olhos do público, defendeu o direito de livre expressão do WikiLeaks. Ué? Onde está o Lula cujo governo sempre quis censurar a internet no Brasil?
Entretanto, os diplomatas do Brasil na ONU, sob a orientação de Lula, estão liderando uma iniciativa para criar um órgão da ONU para policiar a internet, com o pretexto de evitar vazamentos semelhantes aos do WikiLeaks. O mesmo Lula que defende a liberdade de expressão do WikiLeaks o está usando para restringir a liberdade de expressão dos internautas no mundo inteiro.
Se o caso do WikiLeaks fosse tão sério, por que Assange está vivo? Por que o WikiLeaks continua na internet? Por que Lula o apoia? E há outros fatos estranhos. Quem repassou ao WikiLeaks as informações suspostamente confidenciais dos EUA foi um soldado homossexual americano. Então por que o governo americano está tão determinado e obcecado em garantir que homossexuais assumidos atuem nas forças armadas?
Se o WikiLeaks representasse perigo para a segurança dos EUA, então quem deveria sofrer banimento, repressão e exclusão: a homossexualidade ou o direito de livre expressão das pessoas que usam a internet? Como explicar que a nação mais poderosa do mundo “deixou” vazar milhares de informações supostamente confidenciais? No espetáculo que se criou em volta do WikiLeaks, quem será a vítima real?
Logo depois dos recentes vazamentos do WikiLeaks, o Ministério de Segurança Nacional dos EUA, sem nenhuma notificação, assumiu o controle de dezenas de sites considerados “perigosos”, mas sem nenhum vínculo com WikiLeaks. Foi censura sumária sem direito de resposta. Mas, com todo o seu imenso poderio, o governo americano e seus milhares de agentes secretos no mundo inteiro fingem ter poucos poderes para encerrar definitivamente o WikiLeaks, cuja existência se tornou mera desculpa para silenciar quem nada tem a ver com Assange, que está cotado para ser o “Homem do Ano” pela revista esquerdista americana Time.
O WikiLeaks, ao pretender revelar segredos, acabou deixando uma espessa nuvem de dúvidas sobre as reais intenções ocultas dos que o estão usando, ou contra ou a favor, para impor patrulhamento no ciberespaço e uma era de trevas em que a internet seja uma fechada zona de segurança contra os que discordam do Governo Mundial e suas políticas de intrusão e controle sobre as pessoas, famílias e crianças.
Versão em inglês deste artigo: What is really behind WikiLeaks?
Fonte: www.juliosevero.com

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pós-Graduação...

Estou estudando muito porque amanhã terá prova. Assumo compromissos e tento fazer sempre o meu melhor.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Agronegócio é o sustentáculo das exportações

Jornal do Comércio

Da Redação
Quando campo vai bem, as cidades florescem. Ninguém conseguirá levar progresso, emprego e renda para as zonas urbanas à custa do empobrecimento rural. Isso volta a ser provado quando o ministro da agricultura, Wagner Rossi, divulgou que os preços das principais commodities estão oferecendo remuneração boa ao produtor, mesmo com a situação de dólar desvalorizado. Dessa forma, a balança comercial do setor deve bater recorde em 2010. A agropecuária e a agricultura terão um saldo positivo de pelo menos US$ 60 bilhões, superando o recorde de 2008, quando atingiu US$ 59,987 bilhões. O Brasil está batendo recordes com a produção dos campos. As exportações do agronegócio já somaram US$ 70,3 bilhões entre janeiro a novembro, valor 17,7% superior a igual período do ano passado. Para 2010, calculam os técnicos que as vendas para o exterior superem a US$ 75 bilhões. As importações do setor, este ano, devem ficar entre US$ 12 bilhões e US$ 14 bilhões. O melhor é que ocorreu a ampliação das vendas de produtos do agronegócio brasileiro para mercados como Irã, Egito, Rússia, Venezuela e China. Destinos como Europa Oriental, Oriente Médio e Mercosul têm crescido mais fortemente do que os Estados Unidos e Europa, tradicionais compradores dos produtos agropecuários nacionais.
Rossi mantém uma forte aposta sobre o mercado russo, especialmente em relação à carne bovina. O Rio Grande do Sul tem obtido ótimas safras nos últimos anos, ajudando na consolidação das contas públicas, simultaneamente ao ajuste fiscal promovido e que, desde 2007, consolidou o equilíbrio entre as receitas e as despesas no Estado. O momento é oportuno para que, a par da atração de mais indústrias para o Rio Grande do Sul, também os pequenos produtores sejam incentivados a investir, recebendo financiamentos compatíveis em termos de juros e prazos, aplicando a modernização em suas lavouras e criação.
A vocação gaúcha e brasileira ainda é a produção primária, sem desmerecer os setores secundário, a indústria, da mesma forma que os serviços, o setor terciário, e o comércio em geral. Vamos consolidar o País e o Estado como grandes e confiáveis produtores de alimentos que disso ninguém, jamais, poderá abrir mão. Apoiar o agronegócio e a agricultura familiar não são atitudes excludentes. Pelo contrário, são complementares. O que não se pode é abordar o assunto através do viés ideológico. Aí sim, a discussão descamba para atitudes ferrenhas do contra ou a favor e não se chega a nenhum lugar. Pelo menos é assim que tem sido no Rio Grande do Sul, quando a oposição julga que em tudo há processos escusos ou que teria solução melhor. Quando a oposição, seja de que partido ou grupo de apoio chega ao poder se convence, bem mais rapidamente do que se espera, que existem soluções lógicas e de bom senso que independem da posição política de esquerda ou de direita, algo, aliás, considerado anacrônico quando o que se deseja é o bem-estar geral da população. Para um final de governo em Brasília e no Piratini, o caminho da lavoura continua sendo a salvação. Apostar na agropecuária é um bom negócio.
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quem se importa?

Zero Hora

Irineu Guarnier Filho
Em um país que tem sua economia puxada ou empurrada pela agropecuária, é curiosa a indiferença da sociedade com o setor. Pouca gente se interessa realmente em saber de onde vêm e como são produzidos os alimentos das refeições, as fibras das roupas, o couro dos calçados, o papel deste jornal, as bebidas das baladas, os biocombustíveis.
Para quem vive nas grandes cidades, é quase como se tudo isso existisse desde sempre, como se brotasse magicamente nas prateleiras do comércio, independentemente do trabalho duro dos agricultores no campo.
O Congresso Nacional, que representa a sociedade na vida política do país, age mais ou menos da mesma forma. A prioridade é sempre para os temas urbanos ou de seu próprio interesse. Depois, se sobrar tempo, votam-se as questões cruciais para o campo. Um exemplo? O projeto que altera o Código Florestal.
A despeito do trabalho incansável de parlamentares como Luis Carlos Heinze e Aldo Rebelo para vê-lo votado ainda este ano, ficou para a próxima legislatura. Até lá, 90% dos produtores rurais continuarão na ilegalidade. Mas quem se importa?
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br

Avanço na agricultura

O Estado de S. Paulo

Editorial
Numa lista de cerca de 120 países pobres e em desenvolvimento, o Brasil foi o que registrou o maior aumento da produtividade do trabalho Agrícola entre 1988 e 2008, o que confirma o grande avanço da agricultura brasileira no período. De acordo com um estudo sobre o papel da agricultura na redução da pobreza no mundo, elaborado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) - uma organização ligada à ONU que se dedica à busca de recursos para apoiar a agricultura nos países em desenvolvimento -, a produção anual média do trabalhador rural brasileiro aumentou 123,7% no período considerado, passando de US$ 1.439 para US$ 3.218 (tomando-se como base o valor do dólar em 2000).
De todos os demais países analisados pelo Fida, apenas Belize também registrou aumento de mais de 100% - o número exato é 116,7%. Mas é preciso ressalvar que em Belize há apenas 30 mil trabalhadores no campo, ou menos de 0,3% dos 11,93 milhões de trabalhadores rurais brasileiros, e sua produção Agrícola, de cerca de US$ 450 milhões por ano, corresponde a pouco mais de 1% da brasileira, de quase US$ 40 bilhões anuais, segundo os dados utilizados pelo Fida.
O desempenho da agricultura brasileira, de acordo com o critério do Fida, é muito superior ao dos principais concorrentes do País nos mercados regional e mundial. O aumento da produtividade do trabalho rural na Argentina no período considerado foi de 60,9%, menos da metade da evolução da produtividade brasileira; no México, de 32,2%, apenas um quarto do resultado brasileiro; na China, de 81,6%; e, na Índia, de 27,3%.
Ressalve-se que o exame da produtividade do trabalho é apenas uma das formas de se avaliar a evolução, ou involução, da atividade Agrícola numa região ou num país. Também de acordo com outras avaliações o desempenho brasileiro é muito superior ao da maioria dos países com os quais disputa espaços no mercado mundial de produtos agropecuários e agroindustriais.
Entre 1996 e 2006, enquanto a área plantada com grãos no Brasil registrou aumento de 24,4%, de 38,5 milhões para 47,9 milhões de hectares, a produção cresceu 95,8% - de 73,6 milhões para 144,1 milhões de toneladas -, segundo pesquisa do Centro de Economia Agrícola da FGV.
Em algumas culturas, como a do milho, o aumento da produtividade foi excepcional. Entre as safras de 1995/1996 e a de 2009/2010, a área plantada diminuiu 5,9%, mas a produção de milho aumentou 65,1% - de 32,4 milhões para 53,5 milhões de toneladas. Na safra 2009/2010, em que se constatou uma pequena redução (de 0,7%) da área cultivada, a produção foi cerca de 8% maior do que a da safra anterior, o que resultou no aumento de 8,5% na produtividade. A agricultura brasileira tem-se caracterizado por aumentos constantes de produtividade. Entre 2000 e 2009, enquanto a área cultivada aumentou à média anual de 1,7%, a produção cresceu 4,7%.
No ano passado, o Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia, de acordo com a OMC. Na década passada, o País já tinha superado a Austrália e a China. Entre 2000 e 2008, as exportações agrícolas brasileiras cresceram, em média, 18,6% ao ano, mais do que os crescimentos registrados no Canadá (6,3%), na Austrália (6,0%), nos Estados Unidos (8,4%) e na União Europeia (11,4%).
A abundância de recursos naturais, como solo, água e luz, o aumento da demanda internacional, sobretudo dos países asiáticos, e o aumento da produtividade estão entre os fatores que têm impulsionado de maneira decisiva a atividade rural no Brasil nos últimos anos.
É evidente que isso só foi possível graças às pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, sobretudo no desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas e de variedades para as diferentes regiões do País, além de seu trabalho de campo junto aos agricultores, estimulando a adoção de técnicas mais adequadas de cultivo e de gestão.
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br

domingo, 12 de dezembro de 2010

Falta de respeito

Olavo de Carvalho
Por que devemos consentir em continuar chamando de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação” um semianalfabeto que não sabe sequer soletrar a palavra “cabeçalho”? Por que devemos continuar adornando com o título de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Defesa” um civil bocó que se fantasia de general sem nem saber que com isso comete ilegalidade? Por que devemos honrar sob a denominação de “Sua Excelência, o Senhor Ministro da Cultura” um pateta sem cultura nenhuma? Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham — se é que tinham — relações sexuais com cabritas e jumentas?
Essas criaturas, é certo, têm o direito legal a formas de tratamento que as elevam acima do comum dos mortais, mas até quando nossos nervos suportarão o exercício supremamente antinatural e doentio de fingir respeito a pessoas que não merecem respeito nenhum, que só emporcalham com suas presenças grotescas os cargos que ocupam? Respeito, afinal de contas, é noção hierárquica: sem o senso da distinção entre o melhor e o pior, o alto e o baixo, o excelso e o vulgar, não há respeito possível.
Nietzsche já observava: Quem não sabe desprezar não sabe respeitar. Se um sujeito que só merece desprezo aparece envergando um uniforme, ostentando um título, exibindo um crachá que o diz merecedor de respeito, estamos obviamente sofrendo uma agressão psicológica, um ataque de estimulação contraditória, ou dissonância cognitiva, que esfrangalha o cérebro mais vigoroso e reduz ao estado de cãezinhos de Pavlov as mentes mais lúcidas e equilibradas.
Um povo submetido a esse regime perde todo senso de gradação valorativa, todo discernimento moral. Prolongado o tratamento para além de um certo ponto, a sociedade entra num estado de desmoralização completa, de apatia, de indiferentismo, onde só os mais cínicos e desavergonhados podem sobreviver e prosperar.
Mas não é só nas pessoas que o encarnam que o presente governo é uma usina de estimulações desmoralizantes. Impondo a sodomia como o mais sacrossanto e incriticável dos atos, as invasões de terras como modalidade superior de justiça fundiária, o abortismo como dever de caridade cristã, a distribuição de pornografia às crianças como alta obrigação pedagógica, Suas Excrescências estão fazendo o que podem para sufocar, na alma do povo brasileiro, toda capacidade de distinguir entre o bem e o mal e até a vontade de perceber essa distinção.
Nunca, na história de país nenhum, se viu uma degradação moral tão rápida, tão geral e avassaladora. Os crimes mais hediondos, as traições mais flagrantes, os escândalos mais intoleráveis são aceitos por toda parte não só com indiferença, mas com um risinho de cumplicidade cínica que, nesse ambiente, vale como prova de realismo e maturidade.
Em cima de tudo, posam as personalidades mais feias e disformes, ante as quais mesmo homens sem interesses obscuros em jogo se sentem obrigados a debulhar-se em louvores e rapapés.
Num panorama tão abjeto, destacam-se quase como um ato de heroísmo as manifestações de desrespeito ostensivo com que os estudantes da Universidade de Brasília saudaram, na inauguração do "beijódromo", o presidente da República, seu ministro da Incultura e o reitor José Geraldo Souza Júnior.
Que é um “beijódromo”, afinal? Idéia suína concebida na década de 60 por Darci Ribeiro, um dos intelectuais mais festeiros e irresponsáveis que já nasceram neste País, então deslumbrado com a doutrina marcusiana da gandaia geral como arma da revolução comunista, o “beijódromo” é um estímulo à transformação da universidade em espaço lúdico-erótico onde um governo de vigaristas possa obter ganhos publicitários explorando calhordamente os instintos lúbricos da população estudantil, assim desviada dos deveres mais óbvios que tem para consigo mesma e para com o País.
Meu caro amigo Reinaldo Azevedo assim resumiu o caso: “Um estado totalitário reprime o tesão. Um estado demagogo o estatiza.” Peço vênia para discordar. Excetuados os países islâmicos, só alguns regimes autoritários, de natureza transitória, ousaram impor a repressão sexual.
A exploração estatal do erotismo é característica inconfundível dos regimes totalitários e revolucionários. Quem tenha dúvida fará bem em percorrer as 650 páginas do estudo magistral de E. Michael Jones, Libido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control (St. Augustine's Press, 2000). O “beijódromo” é a cristalização mais patente de um totalitarismo em gestação.
Os gritos e insultos com que Lula foi recebido por estudantes que querem algo mais que pão, circo e orgasmo refletem um fundo de sanidade que ainda resta na alma popular: nem todos os cérebros, neste País, estão perfeitamente adestrados na arte de bajular o que não presta.
Esse protesto impremeditado, espontâneo, sem cor ideológica definida, traz a todos os brasileiros a mais urgente das mensagens: no estado de degradação pomposa a que chegamos, só uma vigorosa falta de respeito pode nos salvar.
Fonte: Mídia Sem Máscara

sábado, 11 de dezembro de 2010

Religião 'ecológica' desacreditada

Deputado critica Código Florestal


O Deputado Lael Varella (DEM-MG) classificou na Câmara dos Deputados o Código Florestal, editado há 45 anos e modificado por portarias e MPs sem nenhum debate no Congresso.
Chamou a atenção de seus pares para as grandes modificações que vêm ocorrendo nos principais centros de pesquisas científicas internacionais, como a Royal Society, que acabou de dar uma marcha à ré sobre o aquecimento global antropogênico.
Na sua mudança de posição, a Royal Society afirma não ser possível determinar o quanto a Terra vai aquecer ou como o clima vai mudar no futuro.
A prudência e a falta de dogmatismo da posição da prestigiosa Sociedade causaram mal-estar nos círculos ativistas e na esquerda política.
Para o deputado mineiro, a religião do aquecimento global está sendo desacreditada. Primeiro foi congelada pelos últimos invernos rigorosos e agora pelos escândalos e fraudes de pseudo-cientistas.
Conclui o líder ruralista que o atual Código Florestal fica ipso facto desacreditado, pois é fundamentado nessa corrente de ONGs e de equivocados cientistas.
Além disso, ele vem paralisando e prejudicando a nossa pujante agropecuária com multas exorbitantes e interdições arbritárias. Urge, portanto aprovar sua urgente revisão, concluiu Varella.
publicado por D. Bertrand

http://www.paznocampo.org.br/Blog/Blog_db.asp

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desenvolvimento da Lavoura de Feijão


Promessa cumprida!

Olha a Florzinha aí. É a coisinha feia mais bonitinha que eu já conheci! Já fez amizade com todo mundo, inclusive com a gataiada. Exemplo de um amor muito puro, onde ela nos escolheu e não nós a ela.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Grãos: aumento dramático até 2050

Os preços mundiais dos grãos podem duplicar até 2050 e tanto o crescimento da população como as mudanças climáticas vão colocar muita pressão sobre os recursos. As conclusões fizeram parte de um relatório publicado no início de dezembro de 2010 pelo Instituto Internacional de Pesquisas sobre Segurança Alimentar (IFPRI, na sigla em inglês). Os preços do milho podem subir 100,7%, enquanto o arroz pode aumentar 31,2%. Embora os preços globais de alimentos tenham caído no século passado, o relatório indica que a tendência deve mudar. A crescente demanda é impulsionada pelo crescimento populacional e de renda, e está acima do crescimento da produtividade, que é dificultada pelos efeitos das mudanças climáticas, reforço o estudo.
O relatório argumenta que o aumento do investimento na agricultura, em pelo menos US $ 7 bilhões, e o reforços nos fluxos de comércio mundial serão vitais para garantir a segurança alimentar no futuro. Com base em estimativas de que a produção de milho pode aumentar em 2% ao ano até 2050 nos países que mais produzem, o IFPRI alega que os aumentos de preços podem ser limitados a 12%, ao invés de mais de 100%, e isto ajudaria a diminuir o número de crianças desnutridas no mundo em 3,2%.
Com o mesmo cenário no trigo, 2,2% crianças dos países em desenvolvimento sairiam da condições de desnutridas, no mesmo período.
Apesar dos dramáticos efeitos das mudança climáticas, um reforço dos fluxos de comércio mundial também seriam importantes para mitigar as perdas de produtividade em algumas partes do mundo. Assim, as regiões do mundo com menos efeitos negativos supririam aquelas com efeitos mais negativos.
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/graos-aumento-dramatico-ate-2050,20101208134634_F_719,20081118093812_F_643.aspx
Comento:
Se o Brasil, no âmbito de seus governantes, população em geral e principalmente essas ONG's ambientalistas que na verdade não sabem nada porque quem cuida do meio ambiente são os agricultores não mudarem de atitude e começarem a apoiar a produção agropecuária o mundo vai passar muita fome. Basta ver os números. Não adianta ficaram falando de árvores se todos morrermos de fome.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Projeto Biomas visa produzir alimentos com sustentabilidade

Canal Rural

Da Redação
Iniciativa adota florestas como alternativa para diversificação dos sistemas produtivos na propriedade rural

Nesta segunda, dia 6 de dezembro, na Conferência sobre o Clima das Nações Unidas (COP-16), foi lançado mundialmente o Projeto Biomas. A iniciativa, inédita no país, foi concebida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A proposta visa que o Brasil supere o desafio de aumentar sua produção de alimentos com baixo custo e alta qualidade, preservando seu enorme patrimônio ambiental.
Desse modo, ao longo de nove anos serão promovidos pesquisa e compartilhamento de informações nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), tendo como objetivo conciliar a produção rural e a preservação ambiental. A iniciativa exige a articulação entre cerca de 200 pesquisadores em todo o país. Além disso, cooperativas, empresas estaduais e municipais de assistência técnica rural, de meio ambiente e de pesquisa agrícola podem atuar como importantes multiplicadoras.
O Projeto Biomas conta com o aporte inicial de R$ 20 milhões, tendo a utilização da árvore na atividade rural como eixo dos projetos de pesquisa. As florestas devem servir como alternativa para diversificação dos sistemas produtivos na propriedade rural e na composição das áreas de proteção permanente e seus entornos, representados pela reserva legal e área de uso alternativo.
Serão demarcadas e estudadas várias unidades demonstrativas do projeto, que vão atuar como showrooms de técnicas de produção sustentável. Assim, o produtor rural brasileiro poderá escolher o melhor para a sua propriedade a partir de exemplos colocados em prática.
Segundo o coordenador das ações do Projeto Biomas na Mata Atlântica, Luciano de Oliveira Toledo, o projeto é revolucionário ao permitir a convivência entre produção e preservação do meio ambiente. Para o cientista, a iniciativa estará totalmente implantada em nove anos.
– Por volta de 2019, a estrutura da floresta plantada agora já estará produzindo os efeitos desejados. Já conseguiremos ter repostas conclusivas para o que estamos buscando – afirma.
Ainda segundo o cientista, a importância do projeto também se dá pela possibilidade de aplicação em outras regiões do mundo.
– Esta é a tecnologia mais viável do ponto de vista científico para solucionar sérios problemas de degradação ambiental no meio rural brasileiro, com a vantagem de ser totalmente replicável em qualquer outro país, independentemente de terem biomas semelhantes. Trata-se de um projeto único no mundo – finaliza.
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=10160&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2010-12-07

domingo, 5 de dezembro de 2010

Tudo muito rápido


Tenho vivido dias atribulados. Muiiito trabalho. Primavera e verão é maravilhoso. Tem o plantio, ver as plantas nascerem, crescerem e frutificarem. Além do que não tem nada mais gostoso do que acordar de manhã com um barulhinho inconfundível de chuva caindo lenta e constatemente. Ai que delícia!
Mas vou te contar, o mato vem com uma força estrondosa. Você já percebeu que tudo fica verdinho nesta época? Pois é, é tudo mato. Haja capina, roçadeira, herbicida... Sem falar no calor. Aqui faz um calor terrível. Um sol escaldante. Felicidade mesmo é quando chove. Só que quando chove não funciona a internet. Ou seja, estou bem atrasada no diário do sítio.
Neste meio tempo já tem moradora nova. Apareceu do nada, fez amizades, conquistou todo mundo. Já dei nome: Flor. Uma Vira-Lata PO, baixinha e muito boazinha.
O feijão e o milho estão lindos! O tempo tem contribuído e o desenvolvimento está muito bom.
A horta está produzindo muito. Como disse, controlar as ervas daninhas é bem difícil, mas não existe nada melhor do que fazer a feira antes do almoço. Tudo orgânico, gostoso e produzido por mim! Estamos na fase das abóboras. Mas temos brócolis, alface, rúcula, cenouras e muito mais. O tomate está no final da safra, muita gente comeu porque produziu muito. E assim a vida anda. Anda nada, corre. Já estamos em dezembro e logo um novo ano começará. E a esperança sempre se renova. Até porque nossa expectativa de safra é bem promissora, graças a Deus!
(Obs.:  Estas fotos já tem um mês! Logo postarei recentes)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Aprovação do PLC 122 será o último ato do governo Lula?

Tentativas de manobrar o projeto anti-“homofobia” ocorrerão no Senado entre os dias 8 e 9 de dezembro de 2010.


Julio Severo
Conforme depoimento de muitos parlamentares evangélicos e acontecimentos nos últimos dias no Senado Federal, venho a público com uma informação emergencial. Ativistas do movimento homossexual articularam com senadores que apoiam sua agenda um avanço, no Senado Federal entre os dias 8 e 9 de dezembro de 2010, do famoso PLC 122/06, que torna crime inafiançável a crítica ao comportamento homossexual, ou seja, imporá sobre o Brasil uma lei que tratará como criminosa toda pessoa que expressar uma opinião contrária ao homossexualismo.
No dia 08/12/2010 (quarta-feira) haverá Sessão Ordinária na Comissão de Direitos Humanos para discutir diversos assuntos já estabelecidos em pauta. Aproveitando a estação do Natal e a aparente desmobilização dos cristãos e dos políticos, parlamentares ligados à militância gay têm a intenção, conforme evidências a que tivemos acessos, de apresentar um requerimento extra-pauta pedindo a dispensa da realização das audiências públicas para que, em vez de se continuar discutindo o PLC 122, ele seja imediatamente votado.
Esta não é a primeira vez que os ativistas GLBT tentam esse tipo de manobra. Numa madrugada de dezembro de 2008 a Senadora Fátima Cleide, relatora do PLC 122/2006, tentou aprovar um requerimento de urgência ao PLC 122/2006 no Plenário do Senado durante as discussões do Orçamento da União. Para tal finalidade, Cleide já havia recolhido no requerimento a assinatura de vários líderes de partidos que assinaram enganados sem saber que se tratava do polêmico projeto anti-“homofobia”. Ela contava também com o apoio da então líder do governo, Senadora Ideli Savati. Mas naquela madrugada o Senador Magno Malta estava presente e não deixou que a votação acontecesse.
Então é possível que a relatora e outros senadores tentem novamente pedir o regime de urgência. Essa é a última cartada da senadora, que está em seus últimos dias no Congresso, tendo sido impedida de continuar representando Rondônia no Senado, por ter sido rejeitada nas urnas pelo povo de seu estado.
Se conseguirem essa última cartada, a votação do PLC 122/06 (emendado) no plenário do Senado será de fácil aprovação, pois as emendas apresentadas e aprovadas pela Comissão de Direitos Humanos do Senado aparentam um projeto de lei sem “aparentes violações” ao direito de liberdade de expressão e consciência, o que torna a sua aprovação pelos senadores uma possibilidade fácil.
Os meios de comunicação de massa também colaborarão para essa facilitação, mostrando cenas de violências contra homossexuais, com o propósito de passar uma imagem de “massacre” de homossexuais no Brasil, criando uma atmosfera favorável para a aprovação do PLC 122 no Senado.
O pior não é essa estratégia de aprovação pelo Plenário do Senado, mas o que acontecerá na Câmara dos Deputados, pois depois de aprovado no Senado com as alterações propostas o PLC 122 voltará para a Câmara dos Deputados onde nasceu.
E ai é que está o perigo e a armadilha principal, pois existe uma forte mobilização para que na semana seguinte à aprovação do PLC 122 pelo Senado Federal, ele seja votado imediatamente no Plenário da Câmara, e é certeza que o movimento gay já está fazendo seu trabalho de pressão junto aos deputados para que eles DERRUBEM TODAS AS EMENDAS APROVADAS PELOS SENADORES, as quais suavizaram um pouco o projeto, ou seja, o texto do PLC 122 passa ser válido na sua forma brutal e ditatorial original como foi aprovado no ano de 2006 na Câmara, com todas as questões gravíssimas, ilegalidade e inconstitucionalidade já apontadas por diversos juristas e instituições, entre elas a Igreja Evangélica e a CNBB.
Os ativistas do movimento homossexual estão certos de que conseguirão derrubar na Câmara Federal todas as emendas dos senadores.
Em seguida o texto aprovado na Câmara na forma original que foi proposto será enviado para a sanção ou veto presidencial. Esse será o último grande ato do presidente Lula.
O que fazer?
Escreva para todos os senadores alertando-os e pedindo posição contrária ao PLC 122, o projeto de ditadura gay.
Para ter todos os e-mails dos senadores e uma mensagem, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/2009/04/cientista-medica-escreve-aos-senadores.html
Com informações do Blog Zenóbio Fonseca. Para uma explicação jurídica mais detalhada desta movimentação, consulte o Blog do Zenóbio Fonseca.
Fonte: www.juliosevero.com

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Não é só um saldo menor

O Estado de S. Paulo
Celso Ming
Não é apenas a queda do superávit (diferença entre exportações e importações), de 35,4% no comércio exterior do Brasil, que precisa ser examinada a partir dos números ontem divulgados. Há um punhado de outras coisas que precisam de mais análise.
As importações nos 11 primeiros meses deste ano dispararam 43,9%, uma enormidade num cenário geral de crise e de estagnação do comércio exterior global. O Brasil se tornou um bom porto para produtos encalhados no resto do mundo em consequência da queda do consumo e da recessão. Mas não dá para dizer que esse crescimento das importações seja apenas efeito da sobrevalorização do real (baixa cotação do dólar em relação à moeda nacional). É principalmente resultado do forte aumento do consumo (mais 10%) que, por sua vez, está relacionado com o salto da renda (mais 12%, sem desconto da inflação) e do crédito (mais 20%). E, é claro, esses fatores estão por trás, também, do recuo do saldo positivo.
O excelente desempenho das exportações não ficou muito atrás do apresentado pelas importações. Cresceram nada menos que 30,7% no acumulado do ano (até novembro), apesar da retração mundial das encomendas em decorrência da crise e também da baixa do dólar, que encareceu o produto exportado. É um resultado excepcional.
Em cada setor da indústria, há aqueles que se queixam de que essa exuberância das exportações se deve apenas ao bom momento das matérias-primas metálicas e das commodities agrícolas, em prejuízo dos produtos da indústria. É verdade que os altos preços dos produtos básicos vêm garantindo uma receita 40,4% maior com exportações nessa categoria. Mas não se pode desdenhar do que acontece com os outros segmentos. As exportações de produtos manufaturados, os mais sensíveis ao câmbio adverso, estão 19,2% mais altas. E a dos semimanufaturados (açúcar, celulose, ferro, ligas, óleo de soja, etc) avança a 38,0%.
O bom volume de exportações de manufaturados também tem a ver com as importações, na medida em que a indústria está importando cada vez mais matérias-primas, peças e componentes e, dessa forma, barateando o produto final. O mesmo se pode dizer do setor de máquinas. Na última sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, lembrava que, em apenas quatro anos, a indústria importou nada menos que US$ 125 bilhões em máquinas e equipamentos, mais do que o dobro contabilizado no período de 2003 a 2006 (inclusive). É também fator relevante de modernização da indústria.
A indústria reduziu sua participação no PIB, de 21% nos anos 70 a alguma coisa ao redor dos 15% em 2010. Mas isso só marginalmente tem a ver com o processo de desindustrialização da qual se queixam tantos empresários. Por trás desse fenômeno está o fortalecimento relativo da agroindústria e do setor de serviços.
Argumentar que esse arranjo está produzindo desemprego não tem o menor cabimento. Hoje, apenas 6,1% da população economicamente ativa está sem trabalho. É o melhor indicador de toda a história brasileira.
Mais tempo de vida pra você
Cada ano, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumenta de três a quatro meses. É a primeira observação que se pode fazer das informações ontem divulgadas pelo IBGE.
Mudanças à vista
São números que apontam para impactos enormes na economia e na política nos próximos anos. Uma população mais velha exigirá grandes mudanças no sistema de Previdência Social para garantir mais aposentadoria. É um futuro com mais geriatria do que pediatria, mais lar de velhinhos e menos creches e escolas.
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=26982&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-12-02

Comento:
Talvez o autor não saiba, mas o saldo na balança comercial só não ficou pior por causa da alta nos commodities, responsáveis como ele mesmo citou, por um aumento de 38%. O câmbio desvalorizado só atrapalha quem quer exportar. Tira a competitividade da indústria que ainda tenta se equipar e o produtor rural que poderia aproveitar o momento aguarda a colheita de sua safra em andamento.
O consumo aumenta porque o brasileiro além de não saber poupar, gasta muito acima de suas posses, basta ver o aumento do crédito e do endividamento.
Vejo que vivemos numa bolha econômica e se o governo que assumir não tomar a devidas providências, estourará e o resultado não será nada agradável.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Código Florestal, da aberração à inovação

O Estado de S. Paulo

Marcos Sawaya Jank
Todo mundo reconhece que o Brasil tem as melhores credenciais do planeta para a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento da agropecuária. Basta dizer que nas duas últimas décadas nossas áreas protegidas mais do que duplicaram, chegando hoje a 175 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a produtividade total na agricultura brasileira cresceu 5% ao ano, ante menos de 2% ao ano na maioria dos grandes produtores agrícolas, incluindo os EUA.
Só que, infelizmente, em vez de buscar a plena conciliação entre o desenvolvimento agrícola e a proteção ambiental, estamos contrapondo esses dois gigantes de forma absurda. O maior exemplo é a interpretação que vem sendo dada ao Código Florestal Brasileiro, fruto de dezenas de alterações desde a publicação da lei em 1965, até por medida provisória que foi reeditada nada menos que 67 vezes! Essa interpretação vem gerando inacreditável insegurança no campo sem conseguir induzir a preservação ambiental.
Exemplos dos problemas que se somam neste momento são:
1) Risco de perda de enormes áreas de terras férteis, com grande aptidão agrícola, cultivadas há mais de um século nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o que pode levar ao aumento dos custos de produção e dos preços da terra;
2) impedimentos ao licenciamento e à regularização ambiental e limitação ao acesso a linhas de crédito com bancos;
3) gigantesco passivo judicial e a criminalização em massa de produtores rurais;
4) imensa confusão jurídica, falta de clareza nas regras de aplicação e cumprimento do código e continuidade do desmatamento descontrolado.
Desde 2005 diversas tentativas para solucionar as imperfeições mais nefastas do Código Florestal foram conduzidas por ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, parlamentares e representantes da sociedade civil. Por inúmeras vezes quase se chegou a um acordo mínimo aceitável, fracassado pela falta de coordenação das partes envolvidas e pelo foguetório de factoides midiáticos que apenas causaram mais fumaça, radicalizando o debate.
Olhando para o que está sobre a mesa e para o conceito de sustentabilidade no século 21 - traduzido na difícil combinação entre eficiência econômica, responsabilidade ambiental e equidade social -, um Código Florestal moderno para o Brasil seria aquele que incorporasse as seguintes premissas:
Compensação das reservas legais no bioma - Reservas florestais legais referem-se à obrigação de recompor a vegetação nativa em 20% da área de cada propriedade agrícola na maioria do território nacional, 35% nos cerrados da Amazônia Legal e 80% na floresta amazônica, uma exigência que não encontra paralelo em nenhum país. Sem entrar nesse mérito, que torna o Brasil a nação mais preservacionista do planeta, a questão que se coloca é se não faz mais sentido formar grandes aglomerações florestais no bioma, em vez de se buscar a tarefa irracional de recompor "ilhotas desconectadas" de vegetação em cada propriedade. Essa alternativa criaria incentivos econômicos que trariam ganhos efetivos ao meio ambiente, gerando renda para a floresta "em pé", desenvolvendo um mercado eficiente de compensações ambientais e reduzindo o custo para os produtores rurais. É o caso da Cota de Reserva Ambiental e dos mecanismos de servidão florestal, ambos negociáveis no mercado, que poderiam gerar uma verdadeira revolução ambiental no País, especialmente após a indicação das áreas prioritárias de conservação pelo poder público.
Restauração das áreas de preservação permanente (APPs) nas propriedades - Trata-se do princípio da restauração plena das matas ciliares e outras APPs, definidas pela geografia de cada propriedade (nascentes, cursos d"água, áreas com alto declive, etc.). Essa restauração seria incentivada pela possibilidade do cômputo das APPs na área da reserva legal e pela remuneração dos serviços ambientais, desde que elas fossem devidamente recuperadas e que isso não permitisse novos desmatamentos. Claro que essa solução também deveria respeitar casos clássicos de ocupação sustentável, como o café e a maçã no topo e encostas de morros, o arroz irrigado de várzea, o boi pantaneiro e outros.
Respeito à lei vigente no tempo - Parece desnecessário, mas sempre é preciso reafirmar o princípio constitucional de que a lei não pode retroagir no tempo, ou seja, não se pode obrigar alguém a recuperar algo que foi removido quando era permitido ou mesmo estimulado pela lei. Essa interpretação do Código Florestal pode ser comparada a uma norma absurda que obrigasse todos os prédios urbanos já construídos na cidade de São Paulo a terem, no máximo, cinco andares, cabendo unicamente aos proprietários atingidos adequar-se à lei, sem nenhuma indenização.
Essas premissas foram incorporadas pelo relatório do deputado Aldo Rebelo, que deveria estar sendo analisado pelo Congresso neste momento. Entendo que a existência de pontos polêmicos no relatório não desmerece o trabalho realizado e não justifica a recusa de uma negociação no curso de sua votação, momento legítimo para a participação dos representantes eleitos pela sociedade. O fato é que soluções simples podem ser encontradas para melhorar o Código Florestal, desde que as pessoas efetivamente leiam os documentos em pauta despidas de preconceitos e posições apriorísticas, buscando soluções concretas e adotando a racionalidade e o bom senso como norte.
Deixar de votar o relatório este ano significa um novo retorno à estaca zero com a nova legislatura, agravando a confusão e os conflitos no campo e nas florestas brasileiras em 2011, com insegurança jurídica, disputas judiciais e desmatamento descontrolado.
Poderíamos já ter entrado no século 21 nessa matéria e estar neste momento efetivamente concentrados em produção e exportação agrícola combinadas com conservação e restauração de florestas, seguindo a vocação óbvia ululante do Brasil.
PRESIDENTE DA UNIÃO DA INDÚSTRIA DA CANA-DE-AÇÚCAR (UNICA) SITE: WWW.UNICA.COM.BR
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=26938&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-12-01

O Código Florestal precisa ser revisto?

O Estado de S. Paulo

Kátia Abreu
Essa é uma interrogação que se tornou presente entre nós e para respondê-la temos de afastar o radicalismo e desfazer as desinformações. É natural que a opinião pública, às vezes, se sinta insegura diante das versões contraditórias que são divulgadas.
A lei em vigor está desatualizada, pois foi editada há 45 anos, quando nossa agricultura era ainda pequena, diferente da máquina produtiva de hoje. Por outro lado, os movimentos ambientalistas ortodoxos defendem a tese de que nossa lei é a melhor do mundo e não pode ser atualizada. Refletindo o pensamento político dos verdes e dos interesses econômicos europeus, um influente jornal espanhol publicou que "o Brasil concederá anistia aos responsáveis por catástrofes ambientais". Com quem está a verdade?
A opinião geral tende a ser formada com retalhos de informação, escolhidos e dispostos de forma a induzir determinadas conclusões. Ou seja, a informação destina-se a convencer. Com isso, quem sai perdendo são a verdade e o equilíbrio. Vou tentar reduzir a questão a termos claros, para que a névoa dos equívocos não turve o olhar das pessoas que se interessam pelo problema.
As mudanças propostas ao Código Florestal não contêm uma só norma que facilite o desmatamento. O que se prevê é uma moratória para suspender o desmatamento em áreas de florestas por cinco anos. Qualquer afirmação em contrário é falsa. Se a lei atual é boa, boa continuará. E nenhuma árvore a mais será derrubada em razão das modificações na lei.
E o que querem, então, os produtores? O código tem uma regra que determina que todas as propriedades rurais devem manter uma área, entre 20%, na maioria dos biomas, e 80%, na Amazônia, chamada "reserva legal", a qual não pode ser objeto de exploração e deve ser conservada com sua vegetação original. As propriedades que não tenham hoje essa "reserva" devem, sob as penas da atual lei, replantar a vegetação nativa, mesmo nas áreas abertas antes dessa exigência.
A reserva legal não existe em nenhum outro país do mundo. As propriedades rurais nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina ou em qualquer outro país podem ser exploradas integralmente, em 100% de sua área. Nesses países as áreas de preservação natural são grandes áreas continuas de propriedade do Estado, e não pequenos fragmentos de propriedades particulares, muitas vezes desprovidos de função ecológica.
Ao contrário do Brasil, a agricultura e a pecuária na América do Norte, na Europa e na Ásia ocuparam quase que exclusivamente áreas originais de florestas. Nenhum outro país, no entanto, jamais cogitou de inutilizar 20% ou 80% de suas áreas de produção agrícola para reconstituir ambientes naturais do passado. Nesses países, os conceitos e funções de uma unidade de conservação e de produção são distintos.
Além do mais, a ocupação do nosso território com a agricultura e a pecuária foi um processo secular, iniciado nos tempos de colônia, ocorrido sem transgressão de qualquer lei. O Brasil tem hoje 354,9 milhões de hectares ocupados com lavouras e pastagens. Desse total, 272 milhões de hectares, ou seja, 68%, eram explorados em 1965, quando foi editado o Código Florestal.
De lá para cá os produtores acrescentaram apenas 83 milhões de hectares para produção, o que significa menos de 10% de nosso território, de 850 milhões de hectares. Só que em 1965 produzíamos 20 milhões de toneladas de grãos e agora, 150 milhões. Produzíamos 2 milhões de toneladas de carne e hoje, mais de 25 milhões.
Nossos produtores não devastaram a natureza, ao contrário, realizaram a mais impressionante revolução técnica da agricultura e da pecuária no mundo. Além disso, a maior parte das áreas acrescentadas após a vigência do código não eram áreas de florestas, e sim de cerrados. Aliás, o processo de ocupação foi promovido e financiado pelo governo, que conseguiu transformar o Brasil no segundo maior produtor e exportador de alimentos do mundo.
Dos 100 milhões de hectares cultivados hoje no bioma cerrado, 80 milhões estavam abertos quando foi instituída a reserva legal, em 1989. Como mostram os números, os produtores brasileiros não são culpados por nenhuma catástrofe ambiental, mas talvez sejam responsáveis por uma catástrofe econômica para os produtores agrícolas da Europa.
A exigência da "reserva legal" é contrária ao interesse do País. Esperamos que com o tempo a sociedade reconheça isso. Mesmo assim, a proposta de revisão do código mantém inalterada essa exigência. A diferença é que reconhece como legal a ocupação das áreas consolidadas com produção de alimentos, evitando a sua diminuição.
Se a revisão não for aprovada, é bom que todos saibam que mais de 90% dos 5 milhões de propriedades rurais permanecerão na ilegalidade injustamente, pois suas áreas foram ocupadas antes da vigência do código e suas posteriores modificações. Para superar a ilegalidade imposta vamos ter de esterilizar por volta de um quinto das áreas em produção, com a redução brutal da renda dos produtores, das safras destinadas ao consumo doméstico, das exportações, e um consequente aumento dos preços dos alimentos. Tudo isso não se materializou ainda porque os sucessivos governos, cientes das consequências desastrosas, vêm, com prudência, adiando, por meio de decretos, sua vigência.
Está claro que a reforma que queremos diz respeito ao passado, mas interessa ao futuro. Devolver a segurança jurídica ao campo é útil para todos. Assegurar a irretroatividade da lei é uma maneira civilizada de remediar um dispositivo legal injusto, incompatível com a realidade, o interesse do País e o Estado de Direito.
A luta pela conservação ambiental só será efetiva se houver mais consensos, menos conflitos ideológicos e, principalmente, paz. Nesse tema, apenas leis, punições e ameaças servem pouco. Elas não plantam árvores. Ou, como dizia o poeta Drummond: "As leis não bastam./ Os lírios não nascem das leis."
SENADORA, É PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL (CNA)
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=26889&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-11-30

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A agricultura e o Código Florestal

*Aldo Rebelo
Formada por milhares de normas e decretos que modificam e mutilam o Código Florestal Brasileiro, a legislação ambiental e florestal tornou-se um pesadelo para milhões de agricultores. A barafunda de dispositivos afeta desde os assentados pela reforma agrária até os grandes empreendimentos da agricultura e da pecuária, vitais para o abastecimento da população, para as exportações e para a indústria.
Nem o assentado nem o grande produtor agrícola conseguem cumprir as determinações do Código Florestal, uma bloeia que virou um labirinto normativo. Como exemplos absurdos, quase toda a produção de banana do Vale do Ribeira (SP) viola as leis ambientais vigentes, assim como todo o gado do Pantanal, que come apenas capim nativo e não provocou desmatamento, está classificado como agressor do bioma. Há, portanto, algo muito errado com a lei.
A agricultura brasileira está numa encruzilhada: é competitiva internacionalmente, mas vive à mercê de normas e decretos que não se enquadram na realidade nacional, embora expedidos sob o manto do Código Florestal. A maioaria desses dispositivos não tem razoabilidade alguma, mesmo considerando que o Brasil precisa ter atividades agropecuárias ambientalmente sustentáveis.
O pequeno agricultor é o mais vulnerável à legislação. A agricultura familiar cumpre função social relevante ? fixação do homem no campo e provimento local de alimentos de subsistência, entre outros aspectos ?, mesmo sem ser economicamente significativa. Principalmente no Nordeste, é semicapitalista ou pré-capitalista e não usa tecnologia intensiva. Mas tem outros valores fundamentais: quem vive ali fez uma clara opção existencial e espiritual, que surge ainda nas origens deste país, há 510 anos. Não tem sentido expulsá-lo de sua terra.
Por sua vez, o grande produtor agrícola usa intensivamente o capital, a tecnologia e a infraestrutura viária e portuária. Tornou-se responsável pelo êxito do Brasil na oferta mundial de alimentos, fazendo os preços internacionais se tornarem menos proibitivos, até para os países mais pobres. Mas é acossado pelos falsos ecologistas. A pergunta é : a quem interessa agravar essa agricultura altamente competitiva, por meio da contenção a qualquer custo da fronteira agrícola?
Os fatos respondem muito bem a essa questão. Com pouco mais de 30 mil habitantes, a cidade de Colíder, em Mato Grosso, é capaz de atrair 500 ONGs, muitas delas financiadas por produtores estrangeiros de grãos, concorrentes dos brasileiros, para obstruir a rodovia Cuiabá-Santarém. Simplesmente para impedir o transporte de grãos. A articulação da Comissão Especial de Reforma do Código Florestal Brasileiro, da qual sou relator, deteve-se demoradamente no exame dessas questões. Em mais de 60 audiências públicas, foram ouvidas quase 400 pessoas. Alguns depoimentos foram mesmo comoventes. Mas não foi isso que guiou os membros da comissão. Percebemos que o emaranhado normativo que envolve o velho Código Florestal inviabiliza atividades vitais para o Brasil: alimentação da população, controle dos preços internos de alimentos, geração de milhões de empregos e criação de renda de cerca de R$850 milhões, considerando o PIB agrícola e das demais áreas interligadas.
A agricultura é basilar para os setores secundário (indústria) e terciário (comércio) e deve ser vista como uma das prioridades nacionais. E apresenta como saudável característica a rapidez com que reage a preços e a mercados. Ajudou o País a sentir menos os efeitos da crise internacional e deu celeridade à saída da turbulência financeira, ainda que também tenha sido afetada com a depressão dos preços. Mas está aí, de novo liderando nossas exportações de mercadorias não industrializadas ou semi-industrializadas.
Ao me debruçar na análise dos 11 projetos que tratam das modificações do Código Florestal, ponderei todas essas questões. É vital manter a competitividade da agricultura nacional sem ofender os pressupostos da sustentabilidade ambiental. O meio ambiente precisa ser protegido, mas sem o exagero e sem as paranoias que desfiguraram essa boa lei.
O código editado durante o governo militar foi concebido por pessoas de elevada capacidade jurídica e intelectual, entres a quais o desembargador Osny Duarte Pereira. Ele era um estudioso das questões nacionais e relatou minuciosamente as preocupações com as florestas desde o tempo do Brasil colônia até o que havia de contemporâneo nas leis florestais de vários países.
Malgrado o arsenal crítico contra as origens dessa legislação, o código está apoiado na melhor tradição jurídica, inclusive do patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada, que criou o conceito de reserva legal; um sexto das propriedades destinado à preservação de florestas.
A lei oferecerá aos Estados, respeitada a norma geral, a possibilidade de acomodar a reserva legal no âmbito da propriedade, nas bacias hidrográficas e nos biomas, mantendo a essência da proteção ao meio ambiente sem o desnecessário sacrifício de áreas aptas para a agricultura e o pastoreio. O recurso à reserva legal coletiva combinará a dupla proteção: a do meio ambiente e a do esforço pelo desenvolvimento e pela produção.
Em todos os casos será possível enfrentar a ilegalidade de boa parte da atividade agrícola e da pecuária em razão das restrições impostas, com um mínimo de criatividade, que permita aos Estados, dentro das exigências atuais, preservar os porcentuais mínimos de cada bioma, adaptando-se às condições locais, ao modelo de ocupação do território e da propriedade da terra.
O objetivo central do novo Código Florestal é deixar o agricultor trabalhar em paz e em harmonia com o meio ambiente.
O Brasil precisa muito disso.
* JORNALISTA, É DEPUTADO FEDERAL POR SÃO PAULO (PC DO B)
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domingo, 28 de novembro de 2010

Kátia Abreu apresenta projeto na COP-16

O Estado de S. Paulo

Da Redação

Criticada por ambientalistas por apoiar mudanças no Código Florestal, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fará o lançamento internacional, durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), que começa amanhã em Cancún, do Projeto Biomas. A iniciativa é uma parceria entre a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com duração de nove anos, e envolve a proposição de soluções técnico-científicas para conciliar produção agrícola e proteção dos biomas brasileiros. A senadora também foi à COP-15, em Copenhague

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sábado, 27 de novembro de 2010

Roberto Rodrigues: "Precisamos de um PAC para o agronegócio"

Revista Época

José Fucs
O ex-ministro da Agricultura diz que o Brasil tem de ser mais agressivo para se consolidar como o maior produtor global de alimentos e de "energia verde"

O empresário rural Roberto Rodrigues, de 68 anos, primeiro ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Lula, conhece como poucos o agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil tem tudo para se consolidar como o principal produtor global tanto na área de alimentos como na de biocombustíveis. Mas Rodrigues diz que falta ao país uma política de Estado para o setor e uma estratégia mais agressiva para aproveitar as oportunidades no mercado externo. “O que me faz chorar é isso. O mundo espera muito de nós, mas nós não nos oferecemos ao mundo.”
ENTREVISTA - ROBERTO RODRIGUES
QUEM É
Ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2003-2006), é dono de fazendas de cana-de-açúcar, soja e milho em Jaboticabal, São Paulo
O QUE FAZ
É coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV), presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp e professor de economia rural da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
O QUE ESTUDOU
Formou-se em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de Piracicaba (SP), em 1965
ÉPOCA – Como o Brasil alcançou destaque no agronegócio, nos últimos anos?
Roberto Rodrigues – O Brasil conquistou essa posição na marra, porque nossa eficiência prevaleceu. Com o apoio fundamental da pesquisa e o uso de uma tecnologia avançada, o Brasil desenvolveu uma agricultura e uma pecuária competitivas. Mesmo sem a conclusão do Acordo de Doha, para redução de subsídios agrícolas dos países desenvolvidos, e sem nenhum acordo bilateral, conquistamos mercados.
ÉPOCA – O que precisa ser feito agora para o Brasil consolidar sua liderança?
Rodrigues – O grande problema do agronegócio brasileiro é a inexistência de uma estratégia de Estado na área. Não é apenas o Executivo que tem de entrar nisso. O Legislativo também, harmonizando os interesses das bancadas ruralista e ambientalista, dos Estados. O Judiciário, idem.
ÉPOCA – O problema não é a falta de uma boa política agrícola para estimular o produtor rural a investir mais?
Rodrigues – O Brasil tem uma excelente política agrícola, que inclui o seguro rural e uma legislação moderna nas áreas de biossegurança, de alimentos orgânicos, de armazenagem. Quando estava no governo, criei uma área de planejamento estratégico e as secretarias de Relações Internacionais e de Agroenergia, além de 22 câmaras setoriais. Mas nada disso funciona sem uma estratégia de Estado. Para o agronegócio avançar, tem de haver articulação entre vários órgãos.
ÉPOCA – Que articulação seria essa?
Rodrigues – O orçamento é feito pelo Ministério do Planejamento. A liberação de recursos, pela Fazenda. Quem define os juros e o câmbio é o Banco Central. O crédito envolve o BNDES e o Banco do Brasil. Quem define as prioridades para construção de estradas, ferrovias e portos é o Ministério dos Transportes. Quem estabelece as regras da agroenergia é o Ministério de Minas e Energia... Por isso faz todo o sentido um plano nacional de desenvolvimento do agronegócio, uma espécie de PAC para o setor.
ÉPOCA – Fora a gestão, quais seriam as prioridades do agronegócio no país?
Rodrigues – É preciso cuidar de seis pilares fundamentais. O primeiro é a renda, com o seguro rural, o crédito, os preços de garantia ao produtor. O seguro já existe, mas falta acabar o projeto, com a criação do fundo de catástrofe e o funcionamento pleno do resseguro. A legislação do crédito rural é de 1965. É preciso atualizá-la. O segundo pilar é a estrutura e a logística. Precisamos priorizar as estradas, as ferrovias e os portos por onde passa o maior volume de produção. O terceiro é o investimento em tecnologia. Temos a melhor tecnologia tropical do planeta, mas não podemos ficar deitados em louros. O quarto: uma política de comércio exterior muito mais agressiva, com ações do governo e do setor privado. O quinto: um programa de defesa sanitária, para controlar a febre aftosa, as doenças de plantas que inibem o mercado. O sexto: uma revisão ampla do aparato legal sobre o campo – desde o direito de propriedade a questões trabalhistas e ambientais.
ÉPOCA – De que forma isso poderá beneficiar as exportações do Brasil?
Rodrigues – Um estudo recente da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) mostra que a oferta mundial de alimentos terá de crescer 20% nos próximos dez anos para atender ao aumento da demanda. O Brasil terá um papel fundamental. A produção de alimentos no país terá de crescer 40% no período, o dobro da média mundial. Isso mostra um cenário extremamente promissor para nós. O problema é que o país não tem estratégia. O que me faz chorar é isso. O mundo espera isso de nós e nós não nos oferecemos ao mundo. Precisamos aproveitar a oportunidade.
"O aumento da demanda global de alimentos e biocombustíveis oferece uma oportunidade histórica para o agronegócio brasileiro"
ÉPOCA – Fala-se muito também sobre a exportação de biocombustíveis, mas até hoje pouca coisa aconteceu. Isso é viável?
Rodrigues – O aumento do consumo de combustíveis será ainda maior que o de alimentos porque os países emergentes ainda têm poucos carros. Os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão têm 61 carros leves para cada 100 habitantes. A China e a Índia têm mais de um terço da população do planeta e três carros velhos a cada 100 habitantes. O aumento do uso da agroenergia é inevitável. Por que você acha que gigantes mundiais como Bunge, Dreyfus, Cargill, BP, Total e Shell vieram produzir etanol e derivados aqui nos últimos anos? Pelo nosso lindo mercado interno? Não. Elas vieram aprender aqui para fazer lá fora.
ÉPOCA – Faz sentido o Brasil voltar a ser um grande exportador de commodities?
Rodrigues – Pensando na agricultura de alimentos, temos de agregar muito mais valor a nossas exportações. Não quero exportar apenas soja para a China nem só o óleo ou o farelo. Quero exportar frango, a carne de porco, o leite em pó, que é resultante da soja e do milho. Isso passa por duas vertentes: uma é dinheiro, crédito; a outra, acordo comercial. Não adianta nada agregar valor no café e não negociar com os supermercados na Europa. O Brasil exporta um terço do café verde do mundo e quase nada de café torrado e moído. A Alemanha e a Itália dominam 60% do mercado de café torrado e moído. Precisamos fazer acordos comerciais com distribuidores.
ÉPOCA – Como conciliar a expansão do agronegócio com o meio ambiente?
Rodrigues – Você quer algo mais sustentável que o agronegócio brasileiro? Nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos no país cresceu 25%. Temos 47 milhões de hectares cultivados com grãos no Brasil. Enquanto isso, a produção cresceu 154%. Se tivéssemos hoje a produtividade de 20 anos atrás, precisaríamos de 50 milhões de hectares a mais de floresta ou Cerrado. A agricultura brasileira é tão sustentável que preservou 50 milhões de hectares de mata.
ÉPOCA – O que o senhor acha do novo Código Florestal que está em discussão no Congresso?
Rodrigues – Acho que o projeto que está tramitando no Congresso é aquele que foi possível fazer com equilíbrio, com bom-senso. A maior prova disso é que ninguém gostou dele. Mas ele proíbe o desmatamento de um único hectare de cerrado – e isso é um fator de limitação para o crescimento do agronegócio. Não quero dizer que a produtividade por hectare não possa crescer mais. Mas isso tem um limite, porque a tecnologia custa muito mais caro do que abrir o Cerrado. Deve haver uma reavaliação disso, se o Brasil quiser essa estratégia. Se não quiser, aí é outro problema. Por isso acho que o assunto não está fechado.
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=26826&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-11-27

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Kátia Abreu rebate críticas do "Observatório do Clima"

Agrolink

Da Redação
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), rebateu nesta quarta-feira (24), na tribuna do Senado, as críticas do relatório preliminar da ONG “Observatório do Clima” ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que atualiza o Código Florestal Brasileiro. A senadora lembrou que é equivocada a análise de que o relatório permite o desmatamento total de reserva legal nas pequenas propriedades que tenham até quatro módulos fiscais, condição em que se enquadram a grande maioria das propriedades rurais do País.
“O relatório do deputado Aldo Rebelo estabelece apenas que a lei não pode ter retroatividade para prejudicar os pequenos produtores rurais que desmataram no passado”, explicou a presidente da CNA. Depois que o texto aprovado na Comissão da Câmara se transformar em lei, as propriedades que tiveram áreas destinadas à reserva legal não terão autorização para desmatar essas áreas, ressaltou ela.
O pronunciamento da senadora foi motivado por um estudo divulgado pelo “Observatório do Clima”, assinado por 32 entidades ambientalistas, que considerou que o relatório do deputado Aldo Rebelo garante a dispensa de reserva legal para pequenas propriedades. “Eu os desafios para um debate para colocar a verdade à tona”, afirmou a senadora no Plenário.
Outro ponto do relatório questionado pela presidente da CNA é a estimativa de aumento de cerca de 92 milhões de hectares no desmatamento como resultado da aprovação do relatório. Para rebater o argumento, a senadora citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), questionando a possibilidade de ocorrer esta previsão de desmatamento, quando, nos últimos 45 anos, o desmatamento chegou a apenas 84 milhões de hectares. “Como pode, num período tão curto, aumentar em 18 vezes o aquecimento global e desmatar, num período tão curto, 60 a 70 milhões de hectares como informa o estudo?”, questionou a senadora.
Kátia Abreu lembrou que o Brasil todo tem 855 milhões de hectares, sendo que, desse total, 355 milhões de hectares estão disponíveis para a agricultura. Da área destinada ao setor agrícola, 272 milhões de hectares (68%) foram desmatados antes de 1965, quando foi publicada a primeira versão do atual Código Florestal. São áreas que estão em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, regiões que deram início ao desenvolvimento do País. “Depois da instituição dos 20% de reserva legal, apenas 83 milhões de hectares foram abertos em 45 anos, menos de 10% do País em 45 anos”, afirmou.
Para o Cerrado, a exigência de reserva legal é de 1989. De acordo com a senadora, há na região do Cerrado 100 milhões de hectares disponíveis para a agricultura, sendo que 80 milhões de hectares foram abertos antes de 1989. “Quando os produtores abriram suas áreas, não tinha reserva legal. Nós não podemos, mais uma vez, trazer insegurança jurídica e ferir o Estado de Direito. A lei não pode retroagir para prejudicar”, completou a senadora.
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=9720&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2010-11-25

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Volta da CPMF é injustificada

DCI
Paulo Sérgio Xavier Dias da Silva
É incabível e inoportuna, para não dizer vergonhosa, a proposta de ressuscitar a CPMF, usando outro nome.
Aprendemos na primeira aula do curso de graduação que a economia é considerada a ciência da escassez e pode ser definida como a ciência social que estuda a administração dos recursos escassos entre fins alternativos e competitivos.
Em nossa atuação como consultor e assessor empresarial, especializado na recuperação e expansão de empresas em dificuldades financeiras, sempre alertamos aos nossos clientes de que um fator fundamental para o sucesso na reversão de panoramas econômicos adversos é a administração eficaz e eficiente das prioridades.
Essa máxima também é válida, para a maioria dos cenários financeiros que se apresentam para uma família, empresa ou governo, onde os valores das necessidades são, via de regra, superiores aos dos recursos disponíveis.
Assim sendo, os políticos esclarecidos e os administradores públicos sabem da importância de definir as prioridades, tendo em vista as restrições orçamentárias, ou seja, cabe-lhes maximizar os recursos disponíveis oriundos dos tributos pagos por toda a sociedade.
Infelizmente, essa classe de parlamentares e de executivos governamentais está em falta em nosso país.
O que se evidencia são políticos irresponsáveis e administradores gastadores e incompetentes, sádicos, delirando na perspectiva de aumentar constantemente a já excessiva e intolerável carga tributária, para cobrir desajustes fiscais, corrupção, má aplicação e também desvio dos recursos públicos.
Indubitavelmente, o setor de saúde, como o a educação, segurança, habitação e infraestrutura, entre outros, são considerados prioridades sociais e merecem uma maior alocação de recursos para atender as suas necessidades. Essas importantes áreas da sociedade estão em situação crítica, mais pelo descaso e incompetência governamental e política.
Por outro lado, a sanha tributária do governo não cessa e os recordes de arrecadação se sucedem, a cada ano fiscal.
Nesse contexto, parece-nos que o atendimento daquelas necessidades fundamentais é mais uma questão de equacionar prioridades e vontade política do que falta de recursos.
Trata-se, portanto, de uma sugestão incabível e inoportuna, para não dizer vergonhosa, a proposta de alguns governadores e políticos recentemente eleitos e integrantes da base aliada do governo, de recriar a famigerada CPMF - Contribuição Provisória para Movimentação Financeira, rebatizada de CSS - Contribuição Social para a Saúde.
Adotando-se a premissa preconizada por "esses iluminados homens públicos", de que precisamos criar mais um tributo para resolver os problemas da saúde, teria também de se instituir outras contribuições para temas como educação, segurança etc.
Se a solução de criar mais contribuições para melhorar o serviço público for adotada, quem sabe chegaríamos a um paradoxo, com carga tributária de 100%, e nos tornaríamos a primeira nação comunista pura do planeta.
A sociedade brasileira tem de protestar à altura contra essa proposta espúria do retorno da CPMF, como reagiu em 2007, pressionando os parlamentares que acabaram por rejeitá-la cabalmente.
Neste sentido, devemos enaltecer o firme posicionamento dos presidentes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estados de São Paulo), Paulo Skaf, e da CNI (Confedação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, além de outros líderes empresariais de destaque, como Devanir Brichesi, da Abifa (Associação Brasileira de Fundição), Luiz Aubert, da Abimaq (máquinas e equipamentos) e Paulo Butori, do Sindipeças (sindicato dos fabricantes de autopeças), entre outros, que vêm protestando com veemência contra o advento da Contribuição Social para a Saúde, o aumento da carga tributária e exigindo a desoneração dos investimentos produtivos.
Os demais segmentos de nossa sociedade precisam se mobilizar urgentemente para enterrar de uma vez qualquer proposta de elevação de impostos e exigir que os recursos arrecadados sejam aplicados de maneira correta e a melhoria imediata dos serviços públicos.
Alguns políticos, com imaginação fértil, e temerosos da fúria de parte expressiva do eleitorado que foi totalmente enganada com promessas vãs e omissão de que haveria mais aumento de impostos, estão propondo a substituição da CSS por outra, incidente sobre os jogos dos bingos, para viabilizar recursos para a saúde e amenizar os efeitos negativos da nova tributação.
"Se aceita" e ciente de que sempre há desvios de verbas, talvez fosse interessante instalar nos próprios hospitais e postos de saúde uma sala de bingo, para que os tributos arrecadados fossem diretamente transferidos.
Para reforçar o caixa, poderíamos montar também uma banca do jogo do bicho, ou um guichê para apostas em corridas de cavalo, além de uma loteca, dentro daqueles locais.
Vamos protestar contra qualquer ação que vise a ampliar a insuportável carga tributária, que, além de prejudicar todos os contribuintes, reduz ainda mais o nível de competitividade de nossa economia frente aos concorrentes internacionais, e rezar para que não ocorram mais iniciativas nocivas de aumento de impostos.
Por falar em rezar, que tal propormos a criação da CMBP - Contribuição para Mexer nos Bolsos dos Políticos, com alíquota de "um terço", em caráter definitivo e não provisório, sobre todas as remunerações recebidas, direta, indireta, por fora e indevidas.
A arrecadação seria volumosa, e toda a população aplaudiria de pé. Mas será que teria alguma chance de ser aprovada?
Como está na época da vinda do querido Papai Noel, vamos dar uma de criança boazinha, fazer o pedido e acreditar em receber este belo presente de Natal...
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=26715&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-11-24