terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os canalhas nos ensinam mais

Arnaldo Jabor
O Estado de S.Paulo

Nunca vimos uma coisa assim. Ao menos, eu nunca vi. A herança maldita da política de sujas alianças que Lula nos deixou criou uma maré vermelha de horrores. Qualquer gaveta que se abra, qualquer tampa de lata de lixo levantada faz saltar um novo escândalo da pesada. Parece não haver mais inocentes em Brasília e nos currais do País todo. As roubalheiras não são mais segredos de gabinetes ou de cafezinhos. As chantagens são abertas, na cara, na marra, chegando ao insulto machista contra a presidente, desafiada em público. Um diz que é forte como uma pirâmide, outro que só sai a tiro, outro diz que ela não tem coragem de demiti-lo, outro que a ama, outro que a odeia. Canalhas se escandalizam se um técnico for indicado para um cargo técnico. Chego a ver nos corruptos um leve sorriso de prazer, a volúpia do mal assumido, uma ponta de orgulho por seus crimes seculares, como se zelassem por uma tradição brasileira.
Temos a impressão de que está em marcha uma clara "revolução dentro da corrupção", um deslavado processo com o fito explícito de nos acostumar ao horror, como um fato inevitável. Parece que querem nos convencer de que nosso destino histórico é a maçaroca informe de um grande maranhão eterno. A mentira virou verdade? Diante dos vídeos e telefonemas gravados, os acusados batem no peito e berram: "É mentira!" Mas, o que é a mentira? A verdade são os crimes evidentes que a PF e a mídia descobrem ou os desmentidos dos que os cometeram? Não há mais respeito, não digo pela verdade; não há respeito nem mesmo pela mentira.
Mas, pensando bem, pode ser que esta grande onda de assaltos à Republica seja o primeiro sinal de saúde, pode ser que esta pletora de vícios seja o início de uma maior consciência critica. E isso é bom. Estamos descobrindo que temos de pensar a partir da insânia brasileira e não de um sonho de razão, de um desejo de harmonia que nunca chega.
Avante, racionalistas em pânico, honestos humilhados, esperançosos ofendidos! Esta depressão pode ser boa para nos despertar da letargia de 400 anos. O que há de bom nesta bosta toda?
Nunca nossos vícios ficaram tão explícitos! Aprendemos a dura verdade neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Finalmente, nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Vemos que o País progride de lado, como um caranguejo mole das praias nordestinas. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades sórdidas estamos conhecendo, fecundas como um adubo sagrado, tão belas quanto nossas matas, cachoeiras e flores. É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras. Como mentem arrogantemente mal! Que ostentações de pureza, candor, para encobrir a impudicícia, o despudor, a mão grande nas cumbucas, os esgotos da alma.
Ai, Jesus, que emocionantes os súbitos aumentos de patrimônio, declarações de renda falsas, carrões, iates, piscinas em forma de vaginas, açougues fantasmas, cheques podres, recibos laranjas de analfabetos desdentados em fazendas imaginárias.
Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!... Assistimos em suspense ao dia a dia dos ladrões na caça. Como é emocionante a vida das quadrilhas políticas, seus altos e baixos - ou o triunfo da grana enfiada nas meias e cuecas ou o medo dos flagrantes que fazem o uísque cair mal no Piantella diante das evidências de crime, o medo que provoca barrigas murmurantes, diarreias secretas, flatulências fétidas no Senado, vômitos nos bigodes, galinhas mortas na encruzilhada, as brochadas em motéis, tudo compondo o panorama das obras públicas: pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, orgasmos entre empreiteiras e políticos.
Parece que existem dois Brasis: um Brasil roído por ratos políticos e um outro Brasil povoado de anjos e "puros". E o fascinante é que são os mesmos homens. O povo está diante de um milenar problema fisiológico (ups!) - isto é, filosófico: o que é a verdade?
Se a verdade aparecesse em sua plenitude, nossas instituições cairiam ao chão. Mas, tudo está ficando tão claro, tão insuportável que temos de correr esse risco, temos de contemplar a mecânica da escrotidão, na esperança de mudar o País.
Já sabemos que a corrupção não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime - é a norma mesmo, entranhada nos códigos, nas línguas, nas almas. Vivemos nossa diplomação na cultura da sacanagem.
Já sabemos muito, já nos entrou na cabeça que o Estado patrimonialista, inchado, burocrático é que nos devora a vida. Durante quatro séculos, fomos carcomidos por capitanias, labirintos, autarquias. Já sabemos que enquanto não desatracarmos os corpos públicos e privados, que enquanto não acabarem as emendas ao orçamento, as regras eleitorais vigentes, nada vai se resolver. Enquanto houver 25 mil cargos de confiança, haverá canalhas, enquanto houver Estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse Código Penal, com essa estrutura judiciária, nunca haverá progresso.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas. Não adianta punir meia dúzia. A cada punição, outros nascerão mais fortes, como bactérias resistentes a antigas penicilinas. Temos de desinfetar seus ninhos, suas chocadeiras.
Descobrimos que os canalhas são mais didáticos que os honestos. O canalha ensina mais. Os canalhas são a base da nacionalidade! Eles nos ensinam que a esperança tem de ser extirpada como um furúnculo maligno e que, pelo escracho, entenderemos a beleza do que poderíamos ser!
Temos tido uma psicanálise para o povo, um show de verdades pelo chorrilho de negaças, de "nuncas", de "jamais", de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Céus, por isso é que sou otimista! Ânimo, meu povo! O Brasil está evoluindo em marcha à ré!
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,os-canalhas-nos-ensinam-mais-,829417,0.htm

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DESPERTADOR ESPIRITUAL - PARASHÁ BÔ 5772

Em uma época em que o anti-semitismo havia voltado à tona com toda sua força, um judeu teve uma discussão sobre questões financeiras com um vizinho não-judeu e, como não entravam em um acordo, o caso terminou nos tribunais, para ser julgado por um juiz não-judeu.
Alguns dias antes do julgamento, o judeu mandou ao juiz um presente caro. O juiz mandou imediatamente chamá-lo e deu-lhe uma enorme bronca:
- Escute aqui, meu senhor. Não está escrito na sua Torá que é proibido subornar um juiz? É um mandamento que tem lógica, pois o coração do juiz penderá para o lado daquele que lhe deu o suborno e, portanto, o julgamento não será honesto. Como você ousa tentar me subornar?
O judeu, sem perder a calma, respondeu:
- Vou explicar ao senhor a lógica deste mandamento da Torá. Se o senhor fosse judeu e diante de você estivessem o Reuven e o Shimon, dois judeus, aos seus olhos os dois estariam equilibrados. Seu coração não penderia naturalmente para nenhum deles e o julgamento seria completamente justo. Neste caso, se o Reuven te mandasse um presente, assim ele estaria desviando o julgamento para o lado dele, aumentando suas chances de vencer a disputa e, portanto, sendo desonesto.
- Mas neste caso – continuou o judeu – em um país tão anti-semita como o nosso, quando chega diante de um juiz não-judeu dois litigantes, sendo um deles judeu e o outro não-judeu, o julgamento já não começa equilibrado, pois o juiz já pende, desde o início, contra o judeu. E foi justamente para equilibrar a balança e merecer um julgamento honesto e justo que eu mandei um presente para você...
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Na Parashá desta semana, Bô, D'us mandou as três últimas pragas sobre o Egito: Gafanhotos, Escuridão e Morte dos primogênitos. Os egípcios foram duramente atingidos pelas dez pragas, como castigo por todos os sofrimentos que haviam causado aos judeus durantes os duros anos de escravidão. O Faraó, em especial, sofreu muito por causa de sua obstinação de não deixar os judeus saírem.
Mas, ao observarmos os versículos que descrevem o comportamento do Faraó diante dos sofrimentos causados pelas pragas, vemos que até a sexta praga, bolhas, ele realmente não se curvou e não permitiu, por livre e espontânea vontade, a saída do povo judeu, merecendo todos os castigos que recebeu. Mas a partir da sexta praga está escrito "D'us endureceu o coração do Faraó" (Shemot 9:12), isto é, aparentemente o Faraó não teve mais livre arbítrio a partir deste momento. Então por que ele foi castigo? Onde está a justiça?
Explica o Rav Yossef Dov Soloveitchik, mas conhecido como Beit Halevi, que a vontade verdadeira do Faraó era não deixar o povo judeu sair. Mas a partir do momento em que os sofrimentos causados pelas pragas tornaram-se insuportáveis, ele quis agir contra a sua vontade verdadeira ao permitir a saída do povo judeu. Se o povo judeu saísse naquele momento, o Faraó não teria nenhum mérito, pois estava "fora de si", sob intensa dor, não nas condições normais. Portanto o termo "endureceu o coração" não significa que D'us tirou o livre arbítrio do Faraó, ao contrário, significa que Ele deu ao Faraó novamente a possibilidade da escolha, como se fosse uma anestesia para tirar dele o medo e a dor dos castigos. Como no caso do juiz e o judeu, o endurecimento do coração era para reequilibrar suas escolhas, permitindo ao Faraó mostrar quem era ele de verdade, sem estar pendendo para nenhum lado.
Mas a pergunta continua. Explica o Rabeinu Iona, em seu livro Shaarei Teshuvá (Os portões do arrependimento) que D'us, em Sua infinita misericórdia, aceita a Teshuvá (retorno aos caminhos corretos) de uma pessoa mesmo se for motivada pelos sofrimentos pelos quais ela está passando na vida. Portanto, de acordo com este conceito, por que D'us não permitiu que o Faraó deixasse o povo judeu sair quando ele estava imerso em sofrimentos? Por que não foi considerado que ele se arrependeu dos seus erros por causa de toda a dor que estava sentindo quando ele quis libertar o povo judeu?
Para responder esta pergunta, antes precisamos entender por que D'us, que é tão bondoso, nos manda sofrimentos. Como um pai que ama seu filho acima de tudo, D'us nos manda sofrimentos quando transgredimos. Não por raiva, mas por amor, como uma forma de nos despertar e nos fazer voltar aos caminhos corretos. O ideal seria um mundo sem sofrimentos, isto é, a pessoa estar sempre atenta aos seus erros para corrigi-los automaticamente, sem a necessidade de um "despertador" externo. Mas como não fazemos isto, ao contrário, vivemos "anestesiados", sem refletir e questionar nossos atos, D'us precisa nos despertar. É por isso que Ele aceita a Teshuvá de uma pessoa que despertou apenas por causa dos sofrimentos que passou, pois este é justamente o propósito dos sofrimentos que Ele enviou para a pessoa.
Mas explica o Beit Halevi que a Teshuvá motivada pelos sofrimentos, apesar de realmente funcionar, é condicional. Ela somente é aceita por D'us se os sofrimentos fazem a pessoa despertar da anestesia. O que significa despertar? Entender que estava errando, se arrepender sinceramente e decidir não voltar a cometer o mesmo erro. Mas se a pessoa apenas mudou por estar cansada dos sofrimentos, porém internamente não se arrependeu, a Teshuvá não é aceita. Qual é a prova que a pessoa realmente fez uma Teshuvá sincera? O seu comportamento depois que os sofrimentos terminam. Se a pessoa fez uma Teshuvá sincera, seu comportamento deve continuar adequado mesmo depois do fim dos sofrimentos. Mas se foi apenas algo externo, sem um arrependimento verdadeiro, assim que os sofrimentos desaparecem a pessoa volta aos maus caminhos.
A Teshuvá do Faraó por causa dos sofrimentos, em um primeiro momento, pareceu sincera. Mas o que ocorreu imediatamente após D'us retirar os sofrimentos? Ele voltou a pecar, demonstrando que esta era a sua verdadeira vontade. Não apenas uma vez, mas várias vezes ele mostrou-se arrependido, mas voltou a pecar assim que os sofrimentos sumiram, demonstrando que nunca havia se arrependido sinceramente.
Os sofrimentos se assemelham a uma prensa onde é produzido azeite. Nesta prensa são colocadas azeitonas e, após o processo, sai o azeite pronto. A prensa não acrescenta azeite às azeitonas, ela apenas tira o azeite que já existia dentro delas. Assim também é a Teshuvá verdadeira e sincera, os sofrimentos somente ajudam a retirar de dentro da pessoa a vontade de fazer o que é correto que já existia.
Infelizmente reclamamos muito das dificuldades e sofrimentos. Realmente eles são difíceis e amargos, mas nos ajudam a "ajustar as velas" para andarmos sempre nos caminhos corretos. Portanto, quando passamos por sofrimentos, o comportamento correto é, ao invés de reclamar de D'us, verificar os nossos próprios atos e procurar onde estamos errando. Somente assim poderemos um dia chegar à perfeição.
SHABAT SHALOM
R' Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com/
Ex. 10:1-13:16, Je 46:13-28, Rm. 9:14-29

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Defining Concentration

Shabbos – Frozen Hearts
  by Rabbi Daniel Travis

The Kotzker Rebbe was once walking with his brother-in-law, Rav Yitzchak Meir, the Chiddushei Harim. They saw a frozen lake, upon which the non-Jews had carved a cross into the ice.
The Kotzker asked his brother-in-law Rav Yitzchak Meir, “What do you see?”
The Chiddushei Harim responded, “A cross.”
The Kotzker replied, “I will tell you what I see. Water is symbolic of purity. When it freezes, all of its potential for good disappears, and it attracts the greatest impurities known to mankind.”
 The Kotzker meant to imply that when one’s service of Hashem is filled with fire, he is empowered to draw himself close to his Creator. Divine service that lacks warmth is a likely target for all of the impurity in the world (Emes V’Emunah p. 127).
With his classic acuity, the Kotzker warns us of the dangers of frozen Divine service. Tefillos that are filled with warmth have the power to pierce the heavens and ward off any impurity. However, if our prayers are cold as ice, then we are susceptible to all of the impurities that surround us today.
The Rambam relates to a person whose mind is elsewhere during prayer, and articulates this succinctly. “If someone thinks about business during prayer it is as if he did not pray at all, and he is the subject of the Navi's lament [Yirmiyah 12,2], ‘They are close to me in their mouths, but far from me in their hearts’” (Moreh Nevuchim).
In the Yad Hachazakah he rules, “Any tefillah that a person recites without intention is not a tefillah” (Hilchos Tefillah 4,15). The Rambam is impressing upon us the fundamental role of intention in one's prayers. Let us try and understand what intention entails and how to ignite our tefillos.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Feliz aniversário

Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada ano.
Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
É ser grato, reconhecido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo;
Parabéns a você nesse dia tão grandioso.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Judaism: G-d's Name



Why do we find different names for God in the Torah?
Different names reflect different aspects by which God is revealed in the world. The Tetragrammaton, the special name composed of the four letters Yud-Hey-Vav-Hey, corresponds to a level of Divine revelation that was concealed before Moses' time.
"I revealed Myself to Abraham, Isaac and Jacob as El Shad-dai [God Almighty]. But with My name Y-H-V-H, I was not known to them." (Ex. 6:3)
What is the significance of these two names of God? Why did only Moses' generation merit the first knowledge of the Tetragrammaton?
In the same prophetic communication to Moses, God contrasted the Patriarchs with their descendants in terms of their ties to the Land of Israel.
Abraham, Isaac and Jacob were only travelers and foreigners in the Land:
"I made My covenant with them, giving them the land of Canaan, the land of their wanderings, where they lived as foreigners." (6:4)
Their descendants, on the other hand, are destined to settle permanently in the Land: "I will give it to you as an inheritance"(6:8).
Is there some connection between the different names for God and residence in Eretz Yisrael?
A Higher Level of Providence
Dwelling in the Land of Israel means living with a higher level of Divine providence. It is "a land constantly under the scrutiny of the Eternal, your God; the eyes of the Eternal your God are on it at all times" (Deut. 11:12). God gave Eretz Yisrael to the Jewish people as an eternal inheritance, so that this unparalleled level of Divine providence will always be associated with them.
God's providence will never leave the people of Israel; their history is beyond the laws of nature.
This level of Divine guidance was only possible after they became a nation. Individuals, even the most righteous, may waver and stumble. Therefore, the Avot could only be sojourners in Eretz Yisrael. They could only merit the Land's preternatural providence in a temporary, sporadic fashion.
The name Shad-dai comes from the root shiddud, meaning 'intervention.' It implies occasional intervention in the natural realm. This was the level of Divine providence that the Avot experienced. They lived in a world of natural forces - with occasional miracles. They were but travelers in the Land of Israel.
Thus God was revealed to them as El Shad-dai.
With the formation of the nation of Israel, however, the miraculous providence of the land of Israel became their permanent inheritance.
The generation of Moses merited a higher revelation of God and His providence, as is reflected in the name Y-H-V-H. This Divine name comes from the root "to cause to exist."
Their world was no longer a universe ruled by the forces of nature. They merited a constant, direct connection to the One Who continually creates and gives life to of all existence.
(Adapted from Midbar Shur, pp. 293-297, sent to Arutz Sheva by Rabbi Chanan Morrison of Mitzpeh Yericho, author of "Gold From the Land of Israel". His website, ravkooktorah.org, is dedicated to presenting the Torah commentary of Rabbi Avraham Yitzchak HaCohen Kook)
http://www.israelnationalnews.com/Articles/Article.aspx/11147

sábado, 21 de janeiro de 2012

Rabinos pedem a evangélicos que restaurem os valores americanos

“Nação nenhuma sobreviveu depois que se corrompeu moralmente

Bob Unruh

Os eleitores da Carolina do Sul, incluindo um grande número de cristãos evangélicos e católicos, estão na mira das campanhas políticas do Partido Republicano, que buscam definir quem irá enfrentar o democrata Barack Obama em novembro.
Eles agora estão sendo convidados por centenas de rabinos ortodoxos a refletir sobre a sua decisão de “votar moralmente”, em oposição ao foco predominante da política e da economia.
“Nenhuma nação, nenhum império sobreviveu historicamente após um certo estágio em que se tornou moralmente corrompido”, disse Yehuda Levin, um rabino e porta-voz da Aliança Rabínica da América.
O pedido vem dos membros da organização, e não da organização em si.
Levin destaca que sua organização não endossa oficialmente um candidato político, mas alerta os eleitores da Carolina do Sul a pensarem no futuro da nação.
“De qualquer ponto de vista, o Governdor [Mitt] Romney não é socialmente conservador de forma alguma. Ele não é biblicamente conservador. Não acredito que suas posições estejam de acordo com a sua fé mórmon", afirma.
“Portanto, nosso país enfrenta uma situação horrível, em que continuamos sendo arrastados em direção à decadência de Gomorra".
Ele diz ainda que uma perda da moralidade dará sequência a prejuízos econômicos, culturais e religiosos.
“Fazemos um apelo aos evangélicos e católicos para que definam a moralidade e a decência como uma questão primordial, mais importante até do que o dinheiro".
“Pedimos encarecidamente que espalhem essa mensagem. Escolham um candidato que viveu uma vida pró-família”.
Levin também divulgou sua mensagem em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=F5oqK2xrg2Q
“Lembremo-nos da história de Jonas e Nívine. O profeta alertou que Deus havia anunciado a destruição da cidade em quarenta dias”, disse Levin em um discurso preparado. “O destino dos EUA provavelmente será determinado nas primárias presidenciais da Carolina do Sul em 21 de janeiro. Quem os eleitores escolherem provavelmente será o candidato republicano à presidência, o homem encarregado de derrotar o Presidente Obama e a queda livre moral e econômica incentivada por ele e sua equipe".
Ele afirma ainda que “a principal preocupação de Romney é dinheiro e poder”.
“Em um recente debate presidencial republicano na TV, o gov. Romney, um perigoso homossexualista, vangloriou-se de que iria continuar a favorecer os mais baixos elementos da sociedade americana em muitas áreas, incluindo a nomeação da Suprema Corte”, afirma Levin.
“Outro candidato no debate adotou uma posição oposta. Ele comentou o assassinato de crianças indefesas, confrontou abertamente a defesa da imoralidade promovida pela mídia, etc., e apontou claramente a ligação entre o sucesso financeiro e militar dos EUA e o seu comprometimento histórico com os princípios bíblicos de jurisprudência e moralidade”, afirma.
“Se os EUA quiserem reconquistar a graça de Deus e reconstruir a nossa economia arruinada, é crucial que a Carolina do Sul rejeite ativamente o histórico e as aspirações futuras do gov. Romney. Escolham o homem certo. Escolham quem viveu e compartilha nossos valores bíblicos, um homem moral, de posições firmes morais, e que assim trará as bênçãos de Deus, mais uma vez, à nossa sociedade”.
Ele acrescenta: “O capitalismo não pode salvar os Estados Unidos. Resgate financeiro algum pode salvar um país falido moralmente; isso é o que aprendemos do declínio e da queda dos grandes impérios da história”.
O grupo, de cerca de 850 rabinos ortodoxos dos EUA e Canadá, que atendem cerca de 500.000 judeus praticantes, havia declarado anteriormente que estava “compelido” a “condenar o apoio e a promoção por parte de Mitt Romney da imoralidade do estilo de vida e da agenda homossexual”.
O WND procurou a comissão de campanha de Romney para comentar sobre o assunto, mas não obteve resposta.
A declaração anterior era resultado de uma assembleia especial dos rabinos:
http://www.youtube.com/watch?v=SVppk7yfDmM&feature=player_embedded
O WND noticiou no mês passado sobre a “Declaration on the Torah Approach to Homossexuality” assinada por dezenas de rabinos, líderes comunitários e profissionais de saúde mental.
Ela afirma que a atração pelo mesmo sexo pode ser modificada e “curada”, e condena o "bombardeio propagandístico” que foi lançado “para persuadir o público sobre a legitimidade do homossexualismo”.
“Predominam na mídia as rotulações negativas que sugerem que quem não aceita o estilo de vida homossexual como legítimo o faz por ‘ódio’ ou porque é ‘homofóbico’. Essa coerção política silenciou muitos à condescendência. Infelizmente, essa atitude permeou a comunidade judaica, e muitos ficaram confusos ou aceitaram a postura da mídia sobre esse assunto”, afirma o documento.
“A Torá declara explicitamente que o homossexualismo não é um estilo de vida aceitável ou uma identidade genuína, e proíbe severamente a conduta. Além disso, a Torá, sempre visionária sobre as influências seculares negativas, nos alerta em Vaicrá (Levítico) 20:23: ‘E não andeis nos costumes das nações que eu expulso de diante de vós...’ Principalmente se a Torá menciona o homossexualismo e outras práticas sexuais proibidas”, afirma a declaração.
A declaração feita hoje pelos rabinos citou um novo livro de Amy Contrada intitulado “Mitt Romney’s Deception” (As Mentiras de Mitt Romney). O livro documenta as promessas de carreira de Romney de avançar a agenda homossexual e emitir proclamações que celebram o orgulho homossexual jovem.

A culpa de Obama

Há poucos dias uma ex-lésbica que agora lidera um ministério especializado afirma que Obama está usando a sua influência mundial “e o poder financeiro do governo” para promover o homossexualismo.
Ela é Janet Boynes, do Janet Boynes Ministries, que afirma logo de cara que o seu objetivo é “ministrar a pessoas que questionam a própria sexualidade ou que queiram deixar o homossexualismo”. “O JBM busca informar e desafiar as igrejas e a sociedade sobre as questões acerca do homossexualismo e ensinar como ministrar à comunidade homossexual”.
Boynes disse ao WND que muitos “secularistas jovens e ingênuos” estão ocupados seguindo a liderança de Obama em sua agenda sexualmente permissiva, cujo resultado será “o fim dos valores e das famílias tradicionais”. A agenda de Obama também “propaga o ataque às crenças judaico-cristãs em escala global”.
Mas enquanto vários outros ministros criticam a determinação pró-homossexualismo de Obama, este colocou mais homossexuais em posições de poder do que qualquer outro presidente, abriu as forças armadas para o homossexualismo declarado, e promulgou um plano de “crimes de ódio” que garante proteção especial aos homossexuais. Boynes vai além.
“A Bíblia diz que o ladrão vem senão para roubar, matar e destruir (João 10:10)”, afirma. “O seu principal objetivo é trazer confusão e causar divisões dentro da igreja, e ele o faz alterando a verdade de Deus de uma maneira que muitos cristãos acabam sendo enganados se não estiverem firmados e fundamentados na palavra de Deus”.
O WND recentemente noticiou que a política da administração Obama é a nova polícia sexual, e que recentemente foi emitido um decreto presidencial que alguns dizem ter como objetivo certo criar “cotas” para LGBTs nas contratações do governo federal.
O WND também noticiou a pressão de várias autoridades administrativas para normalizar o comportamento LGBT, incluindo a designação de “identidade de gênero” como um status protegido pelos cargos federais.
O articulista Matt Barber do WND escreveu que os esquerdistas estão “desesperados” nos seus esforços para “desencavar alguma racionalização natural e biológica, para a qual a ciência não encontrou nenhuma, para validar um comportamento comprovadamente não natural”.
“É por isso que estamos vendo um ódio tão visceral da esquerda à comunidade ex-gay”. Do ponto de vista político e legal, é estrategicamente crucial que esses esquerdistas solapem e marginalizem a experiência real de incontáveis milhares de ex-homossexuais”, afirma Barber. “Essa malevolência representa uma profunda falta de respeito pelo ‘direito de escolha’ das pessoas”. A mentira favorita é a seguinte: ‘O gay dentro de você não vai sair com reza’. Uma vez que você se identifica, ou é rotulado, como ‘gay’, não há mais saída.
“Ironicamente, esses mesmos liberais sugerem cinicamente que algo realmente inato como o sexo biológico pode ser mudado. Se você é um homem hoje, mas se sente como uma mulher, basta alguns cortezinhos e voilá! Você se torna mulher”, afirma Barber.
Traduzido por: Luis Gustavo Gentil
Título original: RABBIS ASK EVANGELICALS TO RESTORE VALUES TO AMERICA
Fonte em português: www.juliosevero.com
http://networkedblogs.com/sZO8n

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SENTINDO A DOR DO PRÓXIMO - PARASHÁ VAERÁ 5772

"O Rav Elazar Man Shach zt"l, que faleceu há poucos anos, foi o Rosh Yeshivá (líder espiritual) da Yeshivá de Ponovich. Além de se destacar como um grande estudioso de Torá, ele se sobressaiu muito na característica de se preocupar e sentir o sofrimento do próximo. Certa vez vieram lhe contar sobre um viúvo que estava tão deprimido que havia perdido completamente a vontade de viver. O Rav Shach, apesar de ser uma pessoa extremamente ocupada, resolveu fazer-lhe uma visita. Tentaram convencê-lo a não ir, argumentando que seria perda de tempo, pois muitos já haviam tentado reanimar aquele senhor, mas sem sucesso. Mesmo assim o Rav Shach decidiu ir.
O Rav Shach bateu na porta, mas ninguém respondeu. Ele então percebeu que a porta estava aberta e entrou. Encontrou o homem sentado no sofá da sala, completamente imóvel. Sentou-se ao lado dele e deu-lhe um caloroso abraço.
- Eu sei a dor pela qual você está passando - disse o Rav Shach, com uma voz doce - Eu também sou viúvo. Meu mundo também é escuro e eu não sinto mais alegria.
O homem levantou seus olhos pela primeira vez em meses. Finalmente alguém o entendia!
- Sexta-feira eu vou preparar "Cholent" e vou mandar para você - continuou gentilmente o Rav Shach - No Shabat eu virei aqui novamente e comeremos juntos.
- Não - protestou o senhor viúvo - eu não posso causar ao Rav tanto trabalho!
 Bom, depois pensamos nisso. De qualquer maneira, amanhã eu voltarei aqui. Precisamos passar mais tempo juntos" (História real, retirada do livro "Major Impact!", de autoria de Dovid Kaplan)
 O Rav Shach conseguiu dar ao homem o que mais ninguém conseguiu: esperança. Pois o Rav Shach conseguiu mostrar que havia mais alguém que entendia a dor pela qual aquele viúvo estava passando. Esta é uma das maiores bondades que podemos fazer com alguém que está sofrendo.
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Na Parashá desta semana, Vaerá, após a recusa do Faraó em libertar o povo judeu, D'us começou a castigar os egípcios com as 10 pragas, que destruíram completamente o maior império da época. A infra-estrutura do país foi devastada e D'us demonstrou Seu controle sobre toda a natureza. Mas uma das coisas mais impressionantes foi o comportamento de descaso do Faraó diante da destruição de sua nação.
Um exemplo deste comportamento pode ser visto após Moshé e Aaron terem iniciado a primeira praga, convertendo todas as águas do Egito em sangue e deixando os egípcios completamente desesperados por um simples copo de água. Apesar do milagre aberto, o Faraó não se impressionou, pois seus magos e feiticeiros também conseguiram, através de magia negra, repetir o milagre, como está dito: "E os magos do Egito fizeram o mesmo com seus encantamentos, e o coração do Faraó endureceu, e ele não os escutou... E o Faraó virou-se e voltou para sua casa, e não prestou atenção a isso também" (Shemot 7:22,23).
Mas prestando atenção nestes versículos, percebemos que há uma aparente repetição. Se o primeiro versículo já deixou claro que o Faraó não se importou com a praga realizada por Moshé e Aaron, para que foi necessário dizer que ele voltou para casa e não prestou atenção?
Explica o Rav Naftali Tzvi Berlin zt"l, mais conhecido com Netziv, que o primeiro versículo realmente descreve que o Faraó não viu a força de D'us na praga do sangue. Mas não é esta a idéia que a Torá está ensinando no segundo versículo. A linguagem "e não prestou atenção a isso" nos ensina que o Faraó também não se importou com o sofrimento do seu povo, ele simplesmente voltou para sua casa, sem tentar procurar alguma maneira de aliviar a dor deles. Porém, este comportamento do Faraó não se repetiu nas outras pragas. Por que somente na praga do sangue a Torá ressalta a indiferença do Faraó em relação aos sofrimentos do seu povo?
Há um interessante Midrash (parte da Torá Oral) que nos ajuda a encontrar a resposta. O Midrash diz que, apesar das pragas terem prejudicado todos os egípcios, o malvado Faraó não foi atingido pela primeira praga. D'us poupou o Faraó do sofrimento da praga do sangue, como uma forma de reconhecimento por ele ter alimentado Moshé Rabeinu em sua casa por tantos anos. Mas nas outras pragas o Faraó também foi duramente atingido e sofreu as consequências de sua obstinação.
Portanto este Midrash nos ensina uma lição muito importante: justamente na praga do sangue, na qual o Faraó não sofreu na própria pele, ele demonstrou sua indiferença com os sofrimentos do seu povo. Justamente por ter ficado imune ao sofrimento, ele não se importou que sua nação inteira estava sofrendo. Simplesmente voltou para sua casa, para sua comodidade, sem se importar com o problema dos outros. Já nas outras pragas a indiferença não foi ressaltada apenas porque o Faraó também estava sofrendo junto com seu povo.
Qual é o oposto do comportamento egocêntrico do Faraó? Moshé Rabeinu. Ele cresceu na casa do Faraó, separado do resto do povo, e não foi afetado pelos terríveis sofrimentos da escravidão. Apesar disso, ele saiu para ver o sofrimento dos seus irmãos. Ele carregou, junto com o resto dos judeus, a carga pesada dos sofrimentos deles. Por exemplo, com astúcia ele conseguiu convencer o Faraó a dar um dia de descanso por semana para o povo judeu, argumentando que isto aumentaria a produção e seria bom para o Egito.
Na Parashá passada, Shemot, há um versículo interessante que demonstra a grandeza espiritual de Moshé. Após ele ter sido salvo por Batia, filha do Faraó, está escrito: "E o garoto cresceu e foi trazido para a filha do Faraó..." (Shemot 2:10). O próximo versículo diz novamente "E foi, naqueles dias, e cresceu Moshé, e saiu para seus irmãos, e viu seu sofrimento..." (Shemot 2:11). Por que a Torá escreve duas vezes que Moshé cresceu? Explicam os nossos sábios que o primeiro versículo descreve o crescimento físico, enquanto o segundo versículo se refere ao crescimento espiritual de Moshé, associado justamente ao momento em ele saiu para ver o sofrimento dos seus irmãos.
Por que a Torá associa a característica de se importar com os outros com crescimento e grandeza? Explica o Rav Shimon Shkop zt"l que "grande" é aquele que expande sua definição de "eu" para incluir outros. Ele deixa de ser um simples indivíduo e se torna parte de um todo. Portanto, ele se torna uma pessoa "maior". O Faraó, ao contrário, é descrito pelo Talmud (Moed Katan 18a) como uma pessoa pequena. Os comentaristas explicam que esta descrição não se refere a aspectos físicos e sim a aspectos espirituais, isto é, o Faraó era uma pessoa espiritualmente muito baixa. Talvez uma das características que o tornaram tão baixo é justamente o descaso e a apatia diante do sofrimento dos outros. Por pensar apenas em si mesmo, ele não expandiu o seu "eu", permanecendo uma pessoa "pequena".
Olhando de fora, é fácil criticar o Faraó e dizer que queremos ser como Moshé. Mas na verdade é extremamente difícil ser solidário com a dor do próximo quando não estamos imersos na mesma dor ou sofrimento. Muitas vezes alguém necessitado nos pede algum tipo de ajuda que não está ao nosso alcance. O que dizemos para a pessoa? "Sinto muito". Mas será que sentimos mesmo? Dói um pouco em nós o sofrimento dos outros? Quando escutamos que um soldado israelense morreu em combate, sentimos um pouco da dor da família, independente do resultado da guerra? Quando escutamos que houve um atentado terrorista em Israel, sentimos o sofrimento dos familiares das vítimas ou apenas mudamos o canal e continuamos nossas vidas como se nada tivesse acontecido?
Qual é a solução para nos importarmos de verdade com o sofrimento dos outros? Explica Rashi, famoso comentarista da Torá, que quando Moshé saiu para ver o sofrimento dos seus irmãos, ele "focou seus olhos e coração para sentir a dor por eles". Primeiro Moshé olhou para o rosto deles, para ver a dor pela qual eles estavam passando. Depois ele internalizou este sentimento, focou seu coração para sentir a mesma dor que eles estavam sentindo.
E de Moshé aprendemos que não é suficiente apenas sentir a dor dos que estão sofrendo. Sem se importar com os riscos que corria, ignorando sua elevada posição no palácio do Faraó, Moshé fez de tudo para aliviar o peso da escravidão dos judeus. O ápice foi quando ele viu um judeu apanhando e, sem temer as consequências, matou um egípcio para salvá-lo. Da mesma maneira, temos que tentar ajudar, da maneira que pudermos, aqueles que estão passando por dificuldades e sofrimentos. Por exemplo, se escutamos de alguém que perdeu o emprego, mesmo se não temos condições de dar-lhe diretamente um emprego, devemos pensar em possíveis contatos que possam ajudá-lo a encontrar um novo trabalho.
Os grandes líderes do povo judeu que se destacaram em cada geração somente se tornaram grandes por terem aprendido a se importar com os outros. Abriram mão de suas vidas particulares para se dedicarem ao povo judeu como um todo. Esta é a forma de nos assemelharmos a Moshé, deixando de lado o nosso egoísmo e focando nossos olhos e corações para sentir a dor dos outros e ajudá-los como pudermos. Assim deixaremos de ser pequenos como o Faraó e nos tornaremos pessoas grandes de verdade.
SHABAT SHALOM
R' Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com/
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'Israel should take pride in its coffee'

Enrico Meschini, fourth generation of Italian coffee manufacturers and chairman of European coffee roasters association, says quality of caffeine beverage served in Israel 'as good as average coffee in Italy'
Sarit Sardas-Trotino

The southern city of Eilat recently hosted Israel's first professional coffee conference, with the aim of furthering the local coffee culture and improving its professional quality.
One person who already appears satisfied with the quality of the caffeine beverage served in Israel is Enrico Meschini, an international coffee expert and chairman of the European association of coffee roasters.
"You should be proud of the level of coffee one can find in Israel, which is as good as the average coffee in Italy," Meschini rules.
"In 1995, when I first visited and toured Israel, it was impossible to find any espresso here. There was no supply and no demand. The situation today is completely different. One can find espresso almost anywhere."
The annual coffee consumption in Israel is estimated at 10 kilograms (22 pounds) per person. The Israeli café industry generates some NIS 3.8 billion ($990 million) a year, and the home coffee machine market generates some NIS 44 million ($11.5 million) a year.
The average Israeli drinks about four or five cups of coffee a day: Mostly cappuccino, followed in popularity by espresso.
"In Italy, when people talk about coffee they're referring to espresso. When they want lighter coffee, they order 'Espresso Lungo' (long) because it's less concentrated," Meschini explains.

Healthy or unhealthy?

Meschini, 60, is the owner of a family coffee company founded in Italy in 1895. He is the fourth generation in the company, which imports and exports coffee all around the world (including to Israel's Arcaffe chain, in which he one of the shareholders).
He began his career as an ornithologist, and even made a global name for himself in that field before starting to study the secrets of coffee in 1986. He moved to Brazil for several months, where he learned professional coffee tasting.

How do you taste coffee?
"The way to taste coffee hasn't changed for decades. In the Brazilian method, you look for a roundish and pleasant flavor, which doesn't leave your mouth dry.
"If you're tasting espresso, it has to have a good smell, a suitable texture, a reddish-brown color and foam with very thin lines and small and dense bubbles. The flavor itself must include a pleasing bitterness, combined with a sort of sweetness."

Is coffee healthy or unhealthy? Which studies should we believe?
"All studies are budget-dependent, so I don't take them seriously – both when they're in favor and against coffee. One must use logic and common sense. If someone suffers from a heart disease, I wouldn't recommend drinking exaggerated amounts of coffee. But if you're healthy, a few cups of coffee will do no harm.
"Every person must listen to his or her own body and know what it does to it. My wife won't drink coffee in the evening because she won't be able to fall asleep at night. I can drink espresso at midnight and fall asleep like a baby.

"Men in Israel drink more espresso, and women take more milk with their coffee. In general, one should use less milk or no milk at all. Milk makes the coffee flavors indistinct so that its real flavor is less enjoyable.
"In Israel people drink a lot of coffee with milk, and an exaggerated amount of milk definitely seems unhealthy to me."
http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4176899,00.html

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Causas sagradas

Escrito por Olavo de Carvalho 
É um impulso natural do ser humano evadir-se da estreiteza da rotina pessoal e familiar para aventurar-se no universo mais amplo da História, onde sente que sua vida se transcende e adquire um "sentido" superior.
A maneira mais banal e tosca de fazer isso, acessível até aos medíocres, incapazes e pilantras,é a militância num partido ou numa "causa", isto é, em algum egoísmo grupal embelezado de palavras pomposas como "liberdade", "igualdade", "justiça", "patriotismo", "moralidade"ou "direitos humanos".
Essas palavras podem representar algum valor substantivo, mas não quando o indivíduo adquire delas todo o valor que possa ter, em vez de preenchê-las com sua própria substância pessoal.
A mais criminosa ilusão da modernidade foi persuadir os homens de que podem enobrecer-se mediante a identificação com uma "causa", quando na verdade todas as causas, enquanto nomes de valores abstratos, só adquirem valor concreto pela nobreza dos homens que a representam.
O fundo da degradação se atinge quando algumas "causas" são tão valorizadas que parecem infundir virtudes, automaticamente, em qualquer vagabundo, farsante ou bandido que consinta em representá-las.
A palavra mesma "virtude" provém do latim vir, viri, que significa "varão", designando que
é qualidade própria do ser humano individual e não de ideias gerais abstratas, por mais lindos e atraentes que soem os seus nomes.
Não há maior evidência disso do que o próprio cristianismo, o qual, antes de ser um "movimento", uma "causa", uma instituição ou mesmo uma doutrina, foi uma pessoa de carne e osso, a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, da qual, e unicamente da qual, tudo o que veio depois na história da Igreja adquire qualquer validação a que possa aspirar.
Quando tomada como medida máxima ou única de aferição do bem e do mal, a "causa" adquire o prestígio das coisas sagradas e se torna objeto de alienação idolátrica.
Ora, em maior ou menor medida isso acontece com todas, absolutamente todas as causas políticas, sociais e econômicas do mundo moderno, sem exceção. O comunismo, o fascismo, o feminismo, a negritude, o movimento gay, às vezes o próprio liberalismo ou, em escala menor e local, o petismo, não admitem virtude maior que a de aderir à sua causa, nem pecado mais hediondo que o de combatê-la.
Para os militantes, "bom" é quem está do seu lado, "mau" quem está contra. É um julgamento de última instância, contra o qual não se pode alegar, nem como atenuante, qualquer valor mais universal encarnado numa pessoa concreta.
Embora todos esses movimentos sejam historicamente localizados, não fazendo sentido fora de um estrito limite cronológico, os julgamentos morais baseados neles vêm com uma pretensão de universalidade atemporal, abolindo até mesmo o senso da relatividade cultural: para as feministas enragées, a autoridade do macho é odiosa em qualquer época, mesmo naquelas em que a dureza das condições econômicas, os perigos naturais e a ameaça das guerras constantes tornavam impensável qualquer veleidade de igualitarismo sexual.
Mais ainda: o esforço desenvolvido em público a favor da "causa" é um critério tão absoluto e definitivo de julgamento, que, uma vez atendido, dispensa o indivíduo de praticar na sua vida pessoal as próprias virtudes que o movimento diz representar.
Alegar, por exemplo, que Karl Marx instaurou em casa a mais rígida discriminação de classe, excluindo da mesa da família o filho ilegítimo que tivera com a empregada, é considerado um "mero" argumentum ad hominem que nada prova contra o valor excelso da "causa" marxista.
Do mesmo modo, o sr. Luiz Mott é louvado por seu combate em favor do casamento gay, embora se gabe de ter ido para a cama com mais de quinhentos homens, isto é, de não ter o mínimo respeito pela instituição do casamento, seja hetero, seja homo. Mutatis mutandis, as mais óbvias virtudes pessoais do adversário tornam-se irrelevantes ou desprezíveis em comparação com o fato de que ele está "do lado errado".
Moralmente falando, Francisco Franco, Charles de Gaule ou Humberto Castelo Branco, homens de uma idoneidade pessoal exemplar, foram infinitamente superiores a Fidel Castro ou Che Guevara, assassinos em série de seus próprios amigos, isto para não falar de Mao Dzedong, estuprador compulsivo. Mas qual comunista admitiria enxergar nesse detalhe um sinal, mesmo longínquo, de que a nobreza da causa que defende talvez não seja tão absoluta quanto lhe parece? Mesmo as virtudes dos mártires e dos santos nada significam, em comparação com um alto cargo no Partido.
Quando digo que esse fenômeno traduz a sacralização do contingente e do provisório, não estou fazendo figura de linguagem. Mircea Eliade, e na esteira dele praticamente todos os historiadores da religião, definem o "sagrado" como tudo aquilo a que se atribui um valor último, uma autoridade julgadora soberana e insuperável, imune, por sua vez, a todo julgamento.
Na medida em que tomam a adesão ou rejeição à sua causa como critério derradeiro e irrecorrível de julgamento das condutas humanas, os movimentos a que me referi acima se tornam caricaturas grotescas da religião e da moralidade, e por sua simples existência já produzem a degradação moral da espécie humana ao nível da simples criminalidade politicamente oportuna.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
 

Os críticos e os criticados nas igrejas evangélicas: quem nos salvará?

Uma mensagem para os evangélicos em suas crises
Julio Severo
Eu estava ouvindo a pregação de um pastor pentecostal contra os pregadores da prosperidade. As palavras dele, cheias de emoção e indignação, estavam corretíssimas, denunciando “servos de Deus” vivendo no luxo, com carrões, aviões, helicópteros, mansões, etc.
Fui tentado a me perguntar: o pai desse pastor, no passado um famoso televangelista da Assembleia de Deus, virou manchete por um escândalo onde foi flagrado com uma prostituta. Mas meu pensamento foi logo vencido pela lógica cristã de que os filhos não devem pagar pelos pecados dos pais — sem mencionar que a graça de Deus abunda muito mais do que o pecado.
Mas, poucas horas depois, me chegaram informações de que o pastor pentecostal se divorciou duas vezes… Crítico e criticados em barcos furados.
Outro pregador, outrora um ícone da Igreja Presbiteriana do Brasil, ataca tradicionais, pentecostais e neopentecostais, e tem um histórico ainda mais bizarro: traiu a esposa, depois traiu a secretária-amante e mais tarde casou com uma “pastora”. Como amante do PT, ele acabou se envolvendo em grandes escândalos políticos e financeiros. Mesmo assim, ele é um grande criticador — e até eu sou um de seus criticados.
Que mundo louco, não?
Se ficamos então decepcionados com as igrejas pentecostais e neopentecostais, podemos então pensar que a solução é as igrejas tradicionais. Mas aí vem outro problema pós-moderno: as igrejas tradicionais estão correndo como manadas de vacas loucas para apriscos politicamente corretos, onde as ovelhas podem pastar sob a liderança de pastoras lésbicas que se aliam a bruxas!
Grandes denominações evangélicas dos EUA e Europa estão nesses pastos há algum tempo, e se você visitar uma dessas igrejas não estranhe se o pastor gay apresentar seu “marido”.
Aparentemente, as igrejas tradicionais do Brasil ainda não estão nos novos pastos de suas igrejas-mães dos EUA e Europa, mas algumas denominações timidamente ensaiam passos nessa direção. É uma questão de tempo.
O que o pastor pentecostal divorciado duas vezes faz, denunciando a extravagância de pastores neopentecostais, está certo. Mas sua vida está errada.
Da mesma forma, os frequentes ataques de certo blogueiro evangélico tradicional aos neopentecostais não estão totalmente sem razão (por incrível que pareça, ele consegue acertar dez por cento ou menos), embora ele mesmo esteja envolvido em vigarices e tenha uma vida sexual suspeita — além de ser fã de um dos maiores vigaristas evangélicos do Brasil. Outro famoso criticador de neopentecostais, igualmente fã do vigarista evangélico, tenta esconder sua homossexualidade, mas sua paixão por Philip Yancey sugere que ele pode estar preparando o público evangélico para uma triunfante saída evangélica do armário. Um adora o deboche, o outro a malícia. E ambos adoram a mentira.
Quando um famoso televangelista brasileiro apresentou em seu programa de TV pastores americanos pedindo muito dinheiro, ninguém foi obrigado a dar. Eu não dei. Muitos o criticaram, inclusive o blogueiro vigarista e o evangélico homossexual enrustido. E quando em seguida a essa petição de dinheiro, o televangelista comprou um jatinho, as criticas se tornaram “onipresentes” na rádio, televisão, jornais, revistas, blogs, sites, etc.
Contudo, até agora não vi evangélicos usando seus espaços em rádio, televisão, jornais, revistas, blogs e sites para denunciar o maior Ladrão do Brasil. O governo federal, com sua política abusiva de impostos, não precisa chamar americanos para pedir uma oferta de 900 reais. O governo tem roubado literalmente bilhões da população do Brasil, e os ladrões estatais têm investido não só em jatinhos e jatões, mas têm também engordado organizações que estão trabalhando ativamente para destruir as famílias do Brasil, sem que o blogueiro vigarista e o evangélico homossexual enrustido deem um pio de contrariedade.
Os “onipresentes” críticos do televangelista brasileiro também fazem vista grossa ao maior Ladrão do Brasil.
Com esse panorama desanimador, onde críticos e criticados estão em barcos furados, o que fazer?
Um homem jovem, convertido há dois anos, me perguntou o que eu achava das “igrejas caseiras”. Com tanto escândalos nas igrejas tradicionais, pentecostais e neopentecostais, muitos estão recorrendo a igrejas nos lares, achando que essa é a única salvação.
Minha resposta a ele foi:
O problema é o homem. Onde há o homem, há pecado. Daí, qualquer lugar onde há o homem, seja numa igreja grande ou numa reunião caseira, há propensão ao pecado e ao escândalo. Há alguns grupos caseiros que são heréticos. Outros julgam que a heresia está somente nas igrejas e que esses grupos caseiros são a salvação. Eu creio que Jesus Cristo é a única salvação.
Claro que, mesmo indo a uma igreja grande ou pequena, nada deve nos impedir de ter “reuniões caseiras”, isto é, independente dos cultos de domingo, é saudável termos reuniões em nossos lares, para ensinar nossos filhos, louvar a Deus, orar, ler um trecho da Palavra de Deus, etc.
A maioria dos cristãos conseguiria fazer esse tipo de reunião em seus lares, se conseguisse dar o horário nobre para Jesus, não para a telinha…
Então, até mesmo dentro dos nossos lares, enfrentamos desafios, onde muitas vezes deixamos que nosso precioso tempo, que deveria ser dado a Deus, seja desperdiçado em banalidades como a novelinha da Globo. A glória de Deus, que poderia ser experimentada na oração e leitura da Palavra de Deus no ambiente do próprio lar, é trocada por “gloriosas” cenas de nudez e sexo, divórcio, traições, etc.
Onde há ser humano — seja na igreja grande, pequena, na igreja caseira, ou mesmo em nossos lares —, há pecado. Quem poderá nos livrar? Jesus! Ele pode nos salvar dos nossos pecados, dos pecados dos nossos lares, das igrejas tradicionais, das igrejas pentecostais e das neopentecostais.
Se amamos a Jesus, devemos segui-Lo. Se amamos a Jesus, devemos colocar a Palavra dEle acima da nossa palavra e acima da palavra dos pastores, sejam tradicionais, pentecostais e neopentecostais. Do contrário, enfrentaremos ruína.
Minha esposa me conta que a igreja luterana onde ela nasceu, foi batizada e criada ensinava frequentemente contra as manifestações dos dons do Espírito Santo hoje como se fossem meros produtos fabricados pelas igrejas pentecostais ou exclusivamente para as igrejas pentecostais, de forma que os membros estavam vacinados contra a influência “pentecostal”. Mas, ao se deparar com enfermidades ou outros problemas graves, vários membros passaram para o espiritismo em busca de ajuda “sobrenatural”, porque o pastor não costumava pregar contra os perigos do espiritismo. Sua preocupação era o “pentecostalismo”.
Se tivessem medido a palavra do pastor com a Palavra de Deus saberiam que as manifestações sobrenaturais de Deus não pertencem aos pentecostais, que apenas se abrem (ou se abriam) para o que Deus dá, e não precisariam recorrer ao espiritismo.
Portanto, não deixe de ir à igreja, mas tenha a consciência de que você é fraco e também o pastor. Tanto você quanto o pastor precisam de salvação. Tenha a consciência de que, por melhor que seja a igreja ou pastor, nenhum deles salva. Nenhuma igreja salva. Só Jesus Cristo salva, resgata e nos liberta de nossos pecados.
Se frequentar uma igreja tradicional onde o pastor nega ou ignora que Deus atua sobrenaturalmente hoje, fique com a Palavra de Deus. As igrejas que estão de portas fechadas para o Espírito Santo são hoje as mais escancaradas para a ordenação de pastores gays. Portanto, mantenha a porta da sua vida aberta para o Espírito Santo e sua santificação.
Se frequentar uma igreja pentecostal onde o pastor impõe usos e costumes, especialmente o que a mulher deve ou não usar, fique com a Palavra de Deus. Siga o Espírito, não a carnalidade religiosa.
Se frequentar uma igreja neopentecostal onde o pastor pede dinheiro sem parar, fique com a Palavra de Deus. Lembre-se: por mais “persuasiva” que seja a pregação, você não é obrigado a dar nada. Se o pastor disser que quem der tudo receberá uma bênção especial, não vá na palavra do pastor. Siga o Espírito Santo e o bom senso.
Por mais radical que seja a igreja que pede dinheiro, tudo o que ela pode fazer é pedir. Nós temos sempre a escolha de decidir dar ou não. E nenhum pastor pode nos obrigar a dar tudo ou pouco. Pena que não tenhamos essas mesmas escolhas diante do chamado Estado “laico” adorador de homossexualismo, aborto e bruxaria como “cultura” sagrada.
Quando o governo “pede” dez por cento do seu salário, você não tem escolha, pois suas leis de impostos não são opcionais, mas obrigatórias.
Quando o governo “pede” vinte por cento do seu salário, prometendo saúde, educação, etc., você é obrigado a obedecer.
Quando o governo “pede” quarenta por cento do seu salário, você até pode dizer (para você mesmo e sua família) que é roubo, mas você está de mãos atadas, pois com governo está a “lei”, que ele faz do jeito que quiser.
Felizmente, o governo não “pede” dez por cento do seu salário. Se pedisse, seria como igreja pedindo dízimo. (O PT não é igreja, mas “pede” um dízimo de seus filiados!)
Felizmente, o governo hoje já não “pede” vinte por cento do seu salário. “Pedia” assim mais de dois séculos atrás, mas então havia no Brasil um Tiradentes para se revoltar contra esse roubo estatal.
Infelizmente, o governo hoje “pede” quarenta por cento do seu salário! E ai de você se tentar imitar Tiradentes contra o roubo estatal!
Você tem toda liberdade de não dar dinheiro para uma igreja que pede muito dinheiro. Mas, acorde: você não tem liberdade nenhuma de não dar quando o governo lhe “pede” muito dinheiro.
No entanto, você tem a liberdade garantida por Deus de colocar a Palavra de Deus acima o roubo estatal justificado por abusivas leis de impostos, que tiram dos cidadãos muito, muito além do que deveriam. Se até Tiradentes, usando o bom senso, pôde se revoltar contra isso, por que é que nós estamos de braços cruzados e boca fechada? Onde fica nosso bom senso e a Palavra de Deus?
Se um dos Dez Mandamentos diz que Deus proíbe roubar, por que ficamos calados e parados enquanto o governo rouba de todos os cidadãos? Só porque os outros cidadãos, dormindo em berços esplêndidos, não se importam com o sistemático roubo estatal, deveríamos imitar sua apatia? Ou será que imaginamos que Deus deu isenção para roubo somente quando praticado pelo Estado, significando que o governo está livre para fazer qualquer lei de imposto e cobrar o tanto que quiser?
As igrejas que são acusadas de “roubar” dos membros não atingem nem 10 por cento da população, ainda que ninguém nunca tenha sido obrigado a dar nada ali, com ou sem força de lei. Mesmo assim, esse “roubo igrejeiro” desperta a ira de certos cristãos, alguns dos quais são notórios por seu caráter vigarista.
Mas quem se ira contra o “onipresente” roubo estatal? Quem escapa do roubo governamental? Quem se ira contra o destino do nosso dinheiro sistematicamente roubado através de impostos tão absurdamente elevados que teriam deixado Tiradentes com revolta dobrada? As vítimas do governo atingem 100 por cento da população. Ninguém escapa das leis de impostos. Até produtos básicos, comprados por pobres, vem taxado pelo maior Ladrão do Brasil.
Essa, na minha opinião, é a maior luta. Por isso, me esforço para que, com todas as suas fraquezas, igrejas tradicionais, pentecostais e neopentecostais se unam contra o inimigo comum, que está usando o governo para destruir todas as bases morais e éticas da família e da sociedade.
Há uma grande revolução do mal ocorrendo, onde a população cristã, que é maioria no Brasil, está sendo involuntariamente cúmplice, através do seu dinheiro pago em impostos, usados pelo governo para financiar a promoção do aborto, do homossexualismo e de outras perversões ideológicas, inclusive da bruxaria como “cultura” sagrada.
Cruzar os braços e manter a boca fechada diante desse mal é confirmar nossa cumplicidade.
Eu não tenho um programa de TV, mas se tivesse, eu faria exatamente o que tenho feito no meu blog há anos: denunciar para todo o Brasil o mesmo ladrão que Tiradentes já denunciava mais de duzentos anos atrás. Mas se Deus quiser, e outros se unirem nesse propósito, um dia ainda poderemos ter um programa de TV para fazer essas denúncias públicas, quer o maior Ladrão goste ou não.
Se podemos sempre dizer “não” para os televangelistas que precisam de nosso dinheiro para comprar mansões, jatinhos e helicópteros, por que não podemos dizer “não” para o governo que usa nosso dinheiro para investir no homossexualismo, aborto e outras perversões?
Se temos o direito de não ter nosso bolso sugado por pastores que pedem muito, façamos também uso de nosso direito de não ter nosso bolso sugado pelo governo que exige muito, muito mais do que lhe é devido.
Fonte: www.juliosevero.com

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Produtor rural tem dificuldades em toda a cadeia produtiva

Rural Centro

Da Redação

O Brasil é uma das maiores nações agrícolas do planeta e o mundo todo está de olho em tudo o que se faz e se produz aqui.

 Mas a vida do produtor rural não tem sido fácil por conta dos entraves que ele encontra no meio do caminho, na hora de levar o produto até o consumidor.
O sul de Minas Gerais nasceu com vocação para a agricultura. A fartura é grande: frutas, legumes, flores, ovos, grãos e, os mais importantes, leite e café. Essa mistura de culturas é uma herança dos colonizadores. Os agricultores de hoje aprenderam com os antepassados que uma propriedade deve ter de tudo.
“Toda produção agrícola e pecuária vem das tradições familiares, de pessoas que têm uma tradição na terra, que administram como o avô administrou, como o pai administrou, eles vão herdando”, diz Ricardo Setti, professor de administração rural da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
O maior desafio para os agricultores é conciliar a parte boa da herança dos antigos com os novos métodos de produção. Segundo o professor, no mundo conectado que vivemos, é necessário se profissionalizar para enfrentar as dificuldades do mercado. “Os tradicionais que não encararem a propriedade como uma empresa estão fadados ao fracasso e vão sair da atividade.”
A  pecuarista Rosângela Alves Fonseca ainda tenta entender como as coisas funcionam na fazenda. Ela passou por maus momentos na ordenha e teve que aprender a conviver com a chegada da tecnologia. “Se eu não abrisse mão dos conhecimentos antigos e usasse essa tecnologia existente aí eu não conseguiria produzir.”
A roça é como uma empresa. Na maior região produtora de café do Brasil, quem vive da cultura também sabe que não é nada fácil equilibrar as contas. Os avanços tecnológicos ajudam, mas o cafeicultor depende mesmo é da mão de obra. A maior parte das lavouras está nas encostas dos morros. No final, pesam os salários e encargos sociais.
Na fazenda de Eduardo Duarte, em Guaranésia, são produzidas 1,2 mil sacas de café todo ano. Ele investiu em máquinas para reduzir os custos e aumentar a segurança. A sacaria usada para armazenar a produção foi extinta, os R$ 4 mil que ele gastava para ensacar o café empregou num equipamento moderno, que manda o café a granel para a cooperativa. “É uma estrutura barata, com duas pessoas você carrega um caminhão a qualquer hora”, conta.
Da porteira para fora, o produtor ainda vai encontrar outros desafios. O primeiro deles é de escoamento da produção, depois a dificuldade de comercialização e encontrar melhores preços para o produto, além de aspectos políticos e legais.
“A alternativa que o produtor tem é do associativismo, seja através do sindicalismo para uma representação política, seja através do cooperativismo para que ele possa ajudar na comercialização, força na compra de insumos de maneira mais barata e também na própria venda e escoamento da sua produção”, afirma o professor Ricardo Setti.
O porto seco de Varginha resolveu estender o horário de carregamento e despacho dos containers de café. Os caminhões eram liberados até as 16h, agora, o expediente vai até as 20h. O resultado foi que as exportações de café pelo porto seco quase dobraram.
Trabalhar no campo atualmente exige dedicação e muito conhecimento. Ficar na roça requer muito mais. “Eu e o Gilmar temos uma herança de família, todos produtores rurais. Então a paixão pela atividade é grande, isso que nos motivou a chegar até onde nós estamos e pretendemos melhorar mais”, diz Rosângela.

Fonte original: JCNET

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Anastasia cria o “bolsa drogado”

Leiam o que informa o blog em.com.br, do jornal o Estado de Minas. Volto em seguida.
Usuários de drogas em Minas terão bolsa de R$ 900 para custear tratamento
O governador Antonio Anastasia (PSDB) afirmou, nesta quinta-feira, na entrevista oficial Palavra do Governador, que mil famílias nos municípios de Teófilo Otoni - Norte de Minas - e de Juiz de Fora - Zona da Mata -, que tenham parentes usuários de drogas receberão do estado uma quantia em dinheiro para ajudar a custear o tratamento. Intitulado Aliança pela Vida, o cartão dará direito a um auxílio mensal de R$ 900. “É fundamental a participação das famílias, da sociedade, das empresas, das instituições todas nessa luta tão importante a favor da vida e contra as drogas. É um projeto que vai aproximar a família daquela clínica ou comunidade terapêutica em que o familiar está sendo tratado”, afirma Anastasia.
Segundo o governo estadual, a previsão é de que a cota de R$ 800 se destine ao pagamento da clínica de reabilitação e os demais R$ 100 são previstos para as despesas de deslocamento e transporte dos familiares até o paciente.
Anastasia acrescentou que o canal telefônico criado para dar apoio aos dependentes químicos ou parentes, chamado Disque Drogas, passou a atender de 3 mil a 30 mil ligações por mês. O serviço pode ser acionado pelo número 155.

VolteiGoste da iniciativa quem quiser. Eu reprovo. Sei que vou apanhar dos tucanos mineiros mais do que dos petistas - com alguma freqüência, alguns deles conseguem ser ainda mais violentos porque se apegam àquela piada que consiste em jogar São Paulo contra Minas… E eu, para estes ao menos, cultivo o mau gosto de ser paulista… Fazer o quê? Acho o bairrismo uma tolice. Até porque, se a questão é a minha “pátria”, eu sou mesmo é da Fazenda Santa Cândida… Como nasci só em 1961, bem depois de 1932, não dou bola…
A notícia ainda é um tanto precária, mas uma coisa é certa: o tratamento de um dependente custa bem mais do que R$ 800. Fosse assim, tudo seria muito fácil e tranqüilo. Não entendi, e não está claro, se o dinheiro poderia ser usado apenas nas clínicas de reabilitação, sendo vedado o seu emprego em outros estabelecimentos. Sendo assim, qual é a rede de clínicas conveniadas e qual é o protocolo de tratamento? Como será acompanhada a qualidade do trabalho e como se vai medir a sua efetividade?
Se o uso do recurso for, vamos dizer, de livre provimento, aí é o pior dos mundos. Uma coisa é entregar dinheiro nas mãos de um carente, como faziam os vários programas de bolsa do governo FHC, depois reunidos no Bolsa Família. Outra, diferente, é entregá-lo a famílias com dependentes químicos. Caso estes se saibam o motivo de uma doação…
Parece-me haver na proposta o indisfarçável cheiro da solução fácil e errada para um problema de difícil solução. Por que os dependentes químicos hão de merecer pensão de R$ 900 do poder público, mas não, sei lá, os que têm as suas respectivas casas destruídas pelas chuvas ou que padecem de outras doenças crônicas, adquiridas não por vontade, com tratamento precário do SUS?
O Brasil vai mesmo se tornando um país muito especial. Por aqui, pagam-se um “auxílio reclusão” e um “auxílio drogado” (no caso de Minas) bem superior ao salário mínimo percebido por quem não está preso nem é viciado. O operário, assim, pode trabalhar para o bem do Brasil e de Minas, certo de estar gerando a riqueza da qual se tirarão os recursos para sustentar os presos e os viciados, que “merecem” um salário maior…
Um país sui generis.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DESPERTANDO UM GIGANTE – PARASHÁ SHEMOT 5772

O Rav Naftali Tzvi Berlin, mais conhecido como Netziv, viveu há cerca de 150 anos e foi o Rosh Yeshivá (líder espiritual) da Yeshivá de Vologin, na Lituânia. Não apenas foi o maior estudioso de Torá de sua geração, mas também um prolífico escritor, compilando dezenas de livros durante sua vida, entre eles comentários da Torá e do Talmud (Torá Oral). Como o Netziv chegou a ser o maior de sua geração? Ele era muito constante no estudo, aproveitava cada segundo para conhecer um pouco mais da Torá ou entender algum assunto de maneira mais profunda e completa.
Mas nem sempre foi assim. Quando ele era criança, não gostava de estudar. Apesar dos esforços do pai, ele não levava os estudos de Torá a sério. Um dia ele estava brincando em casa quando escutou seu pai chorando. Seu pai estava conversando com sua mãe na cozinha e não percebeu que o Netziv podia escutar tudo. Ao escutar que a conversa era sobre ele, ficou curioso e chegou mais perto para prestar atenção. Escutou o pai, chorando muito, dizendo:
- Eu já tentei de tudo para fazer com que nosso filho se interessasse pelos estudos de Torá. Até já ofereci para ele prêmios, mas foi tudo em vão. Não sei mais o que fazer. Acho que devemos desistir dele ser um grande estudioso.
O Netziv percebeu que, enquanto o pai falava, lágrimas corriam em seu rosto. Ele ficou profundamente tocado com a dor e as lágrimas do seu pai. Quando o pai terminou de falar, o Netziv correu até ele e prometeu que, daquele dia em diante, se esforçaria para se tornar um bom estudante. E realmente cumpriu suas palavras. Em pouco tempo se tornou o melhor aluno de sua sala e nunca mais parou de crescer, até tornar-se o maior de sua geração.
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Nesta semana começamos o segundo livro da Torá, Shemot, também conhecido como "Sefer Galut VeHagueulá" (O livro do exílio e da redenção), pois começa descrevendo todo o sofrimento da escravidão do povo judeu no Egito e sua posterior salvação.
E a Parashá desta semana, Shemot, descreve o nascimento e o crescimento, tanto físico quanto espiritual, do homem escolhido por D'us para ser o salvador do povo judeu, Moshé Rabeinu. E assim a Torá descreve seu nascimento: "Um homem da Casa de Levi foi e casou-se com uma filha de Levi. A mulher engravidou e deu a luz" (Shemot 2:1,2). Mas se a Torá estava falando de Amram e Yocheved, por que não mencionou explicitamente o nome dos pais de Moshé?
A mesma pergunta surge ao observarmos o início da Meguilat Ruth, livro que conta a história de Ruth, uma mulher Tzadeket (Justa) do povo de Moav que decidiu se converter ao judaísmo. Assim começa o livro: "E foi nos dias em que julgavam os Juízes, e houve uma fome na terra. E um homem saiu de Beit Lechem, em Yehudá, para morar nos campos de Moav..." (Ruth 1:1). Poderíamos pensar que o nome do homem não era importante e por isso não foi mencionado, mas assim começa o próximo versículo: "O nome do homem era Elimelech..." (Ruth 1:2). Por que o primeiro versículo já não disse que foi Elimelech quem saiu de Beit Lechem? E qual a conexão da história de Ruth com a Parashá desta semana?
Explica o Rav Pessach Krohn que é uma grande desgraça quando uma pessoa conhece seu potencial e não o aproveita. Mas é uma desgraça ainda maior quando a pessoa nem mesmo conhece seu potencial. Quantas pessoas poderiam ter mudado o mundo mas se acomodaram, achando que nada podiam fazer? Quantos gigantes passaram a vida adormecidos, sem imaginar seu verdadeiro potencial? Por que tantos não percebem seu verdadeiro valor?
Quando conhecemos alguém espiritualmente elevado, qual o primeiro pensamento que vem em nossas cabeças? "Nunca poderei ser como ele, pois ele veio de uma família elevada, eu não". Nos limitamos, achando que apenas alguns poucos "pré-escolhidos" podem chegar a níveis muito elevados. Assim nem tentamos nos esforçar para atingir um nível maior na vida.
A fórmula para não cairmos neste equívoco está ensinada na Parashá da semana e na Meguilat Ruth. De Amram e Yocheved saiu Moshé, o salvador do povo judeu, o maior de todos os tempos. Elimelech foi o sogro de Ruth, a chave que abriu as portas para sua conversão. O bisneto de Ruth foi o David Hamelech (Rei David) e, portanto, dela virá também o Mashiach, que reinará sobre todo o mundo com sua grandeza. Poderíamos pensar que Moshé somente chegou a ser Moshé Rabeinu pois era filho de Amram e Yocheved, respectivamente o líder de sua geração e uma grande Tzadeket (Justa) cujo temor a D'us estava acima de tudo. Poderíamos pensar que a descendência de David Hamelech e do Mashiach somente poderia começar com alguém do nível de Elimelech, o líder de sua geração. Por isso os versículos escrevem apenas que "um homem saiu", sem mencionar os nomes, para nos ensinar que, apesar de realmente serem descendentes de pessoa muito elevadas, os níveis espirituais de Moshé Rabeinu, David Hamelech e do Mashiach somente podem ser alcançados através de um grande e constante esforço.
Durante a Parashá é possível ver a dificuldade do trabalho espiritual de Moshé para chegar a ser o líder do povo judeu. Mesmo morando no palácio real, cercado de riquezas e mordomias, ele não esqueceu o sofrimento dos seus irmãos e abandonou tudo para ajudá-los. Além disso, Moshé aceitou o papel de salvador do povo, mesmo que isto significava desafiar o faraó, o homem mais poderoso do planeta, colocando sua própria vida em risco. Nenhum crescimento veio sem esforço, sem auto-sacrifício.
Portanto, achar que existem pessoas grandes apenas porque nasceram em "berço especial" é um grande erro. As pessoas que chegaram a níveis elevados trabalharam e se esforçaram muito para isso. Apesar de D'us ser o único responsável por todo sucesso, eles fizeram sua parte. Foi necessária muita dedicação, constância e perseverança para chegar aonde chegaram. Gigantes espirituais, como o Netziv e muitos outros, apesar de terem vindo de boas famílias, se não tivessem se esforçado, não teriam se tornado os líderes de suas gerações.
O Netziv, ao contar a história de sua vida, sempre acrescentava uma importante idéia. O que teria acontecido se ele não tivesse escutado seu pai chorando e não tivesse se sensibilizado? Por causa da excelente educação que teve em casa, certamente teria sido um judeu honesto, temente a D'us. Teria seu negócio, estudaria um pouco de Torá no final do dia, cumpriria as Mitzvót de maneira adequada. Mas quando chegasse ao seu Julgamento Celestial e lhe perguntassem onde estavam todos os livros que ele deveria ter escrito, o que ele responderia? Se dissesse que não tinha potencial para isto, eles lhe mostrariam todos os livros que ele efetivamente escreveu e diriam que potencial ele tinha, apenas tinha deixado de aproveitá-lo.
Quando achamos que os grandes líderes do povo judeu somente chegaram a um elevado nível por causa de suas famílias, acabamos utilizando isto como desculpa para não nos esforçarmos. Quando pensamos que apenas os outros podem ser elevados, desistimos mesmo sem tentar. Infelizmente não é um argumento que utilizamos para enganar aos outros, e sim a nós mesmos.
Nem todos chegarão a ser o líder de sua geração, mesmo com esforço, pois nem todos têm este papel no mundo. Mas não sabemos os planos de D'us, não sabemos até onde vai a nossa verdadeira contribuição, por isso temos que fazer a nossa parte e nos esforçar. Todos têm um potencial gigantesco, um trabalho individual que apenas cada um de nós pode cumprir no mundo. Ao invés de procurar desculpas, precisamos despertar o gigante adormecido que está dentro de nós. Somente assim poderemos mudar o mundo de verdade.
SHABAT SHALOM
R' Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com
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