tag:blogger.com,1999:blog-54474300240887161802024-02-20T23:42:22.626-03:00Vida SimplesCristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.comBlogger1040125tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-49734733622176049792018-05-12T16:46:00.000-03:002018-05-12T16:46:26.192-03:00DIMINUINDO OS TESTES - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5778<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; border-collapse: collapse; color: #4e4e4e; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 14.86px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; min-width: 600px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 100%px; word-spacing: 0px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: auto; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: auto; border-collapse: collapse; max-width: 600px; min-width: 600px; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: auto; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 22.66px; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0px; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: auto; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 22.66px; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Moishe Fridman (nome fictício), que morava em Jerusalém, decidiu passar Rosh Hashana em Bnei Brak, na casa dos seus pais. Na hora de voltar para Jerusalém, sabia das imensas filas que haveria nos pontos de ônibus, com pessoas irritadas se empurrando para conseguir um lugar no ônibus. Decidido a não pegar fila, ele resolveu ir embora no horário do último ônibus, à 1 da manhã. Porém, para sua surpresa, quando chegou ao ponto, ainda estava lotado. As pessoas estavam muito irritadas, pois o ônibus para Jerusalém estava mais de uma hora atrasado. Estavam todos revoltados, querendo agredir o motorista. Finalmente, após muita espera, um ônibus apareceu no final da avenida. Todos se levantaram, já preparando as ofensas que diriam ao motorista. Mas a alegria não durou muito tempo. Quando o ônibus chegou mais perto, todos viram que no destino não estava escrito "Jerusalém", e sim "Rechovot". O ônibus parou, abriu as portas, mas não havia nenhum passageiro interessado em ir para Rechovot. Todos aguardavam o ônibus para Jerusalém, que não chegava.<br /> <br /> Quando o motorista ia fechar as portas, com o ônibus completamente vazio, um homem da fila teve uma ideia. Ele perguntou ao motorista se ele não poderia levá-los para Jerusalém, já que não havia passageiros para Rechovot. O motorista disse que não podia fazer isto, pois tinha que seguir as ordens de seus superiores. As pessoas então começaram a insistir muito com o motorista. Havia muitas crianças, algumas já estavam até dormindo, deitadas na rua, com as cabeças apoiadas nas malas. Começaram a apelar para que ele fizesse aquele ato de Chessed (bondade), que tivesse misericórdia das pessoas. O motorista ficou em dúvida e disse que, por um lado, estava com dó de todos aqueles passageiros, mas por outro lado tinha muito medo da reação de seu chefe quando descobrisse que ele havia ido para outro destino. As pessoas tentaram convencê-lo a ir para Jerusalém, garantindo que, caso ele fizesse aquela Mitzvá, certamente D'us o protegeria de qualquer dano. O motorista finalmente se dobrou diante da insistência de todos. Ele levantou, mudou a placa do ônibus para "Jerusalém" e permitiu que todos subissem. As pessoas agradeceram, todos que subiam no ônibus o abençoam pelo incrível ato de bondade. Apesar de tanta espera, todos viajavam felizes, com seus corações agradecidos. Porém, Moishe não estava tranquilo. Ele havia ficado preocupado com o motorista, que poderia estar com o emprego em risco. Provavelmente ele tinha uma família para sustentar e ficaria em uma situação muito difícil caso perdesse o emprego. Começou então a conversar com o motorista e perguntou como ele explicaria para o chefe a mudança de destino. O motorista pediu para Moishe se aproximar. Olhou para ele, deu um sorriso e disse em voz baixa:<br /> <br /> - Como você está realmente preocupado comigo, vou te contar a verdade. O destino verdadeiro deste ônibus já era Jerusalém. Porém, houve uma falha na central de ônibus e acabaram me mandando vir bem mais tarde, com mais de uma hora de atraso. Não foi minha culpa, mas eu sabia que as pessoas não iriam passar no teste. Elas estariam muito bravas, talvez chegassem até mesmo a me agredir fisicamente. Por isso, antes de chegar ao ponto, decidi mudar a placa do ônibus para "Rechovot". Assim, quando novamente mudei a placa para "Jerusalém", as pessoas ficaram felizes. Ao invés de me agredirem, elas me deram Brachót. Não me arrependo do que fiz. Simplesmente ajudei as pessoas a passarem no teste, diminuído a dificuldade para elas.</span></div>
</td> </tr>
</tbody></table>
</td> </tr>
</tbody> </table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; border-collapse: collapse; color: #4e4e4e; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 14.86px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; min-width: 600px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 100%px; word-spacing: 0px;"> <tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr> <td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: auto; padding-bottom: 9px; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 9px;" valign="top"> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: auto; border-collapse: collapse; min-width: 582px; width: 100%px;"> <tbody>
<tr> <td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: auto; padding-bottom: 0px; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0px; text-align: center;" valign="top"> <img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="border-bottom-color: rgb(78, 78, 78); border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-image-outset: 0; border-image-repeat: stretch; border-image-slice: 100%; border-image-source: none; border-image-width: 1; border-left-color: rgb(78, 78, 78); border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(78, 78, 78); border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-color: rgb(78, 78, 78); border-top-style: none; border-top-width: 0px; display: inline; max-width: 495px; outline-color: invert; outline-style: none; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td> </tr>
</tbody></table>
</td> </tr>
</tbody> </table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; border-collapse: collapse; color: #4e4e4e; font-family: Arial,Tahoma,Helvetica,FreeSans,sans-serif; font-size: 14.86px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; min-width: 600px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 100%px; word-spacing: 0px;"> <tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr> <td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: auto; padding-top: 9px;" valign="top"> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: auto; border-collapse: collapse; max-width: 600px; min-width: 600px; width: 100%px;"> <tbody>
<tr> <td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: auto; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 22.66px; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0px; text-align: left;" valign="top"> <div style="-ms-text-size-adjust: auto; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 22.66px; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 15px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Behar (literalmente "Na montanha") e Bechukotai (literalmente "Nas Minhas leis"), terminando o terceiro livro da Torá, Vayikrá. Um dos assuntos trazidos na Parashat Behar é sobre as leis de "Shemitá", o ano Sabático, quando os campos em Israel devem passar por um descanso forçado. Após seis anos de trabalho, quando chega o sétimo ano, as pessoas não podem arar, semear nem irrigar seus campos. Além disso, a Parashat também traz outra importante Mitzvá, chamada de "Yovel" (Jubileu). Após 7 ciclos de Shemitá, totalizando 49 anos, vinha o ano 50, o ano do Yovel, que trazia consigo algumas Mitzvót especiais. Entre elas estava a Mitzvá de devolver todos os campos em Israel, inclusive os que haviam sido vendidos, aos seus verdadeiros donos. Mas o que significa esta "devolução da terra"?<br /> <br /> Quando o povo judeu entrou em Israel, liderado por Yoshua bin Nun, cada uma das tribos foi alocada em um local específico de Israel. A terra foi toda dividida em pequenas porções, que foram entregues às famílias como parte de sua herança pessoal e foram sendo passadas de geração em geração. Portanto, mesmo que a pessoa vendesse sua terra, isto não se tratava de uma venda permanente, e sim um "aluguel", que durava até o ano do Yovel. Neste ano, as terras voltavam aos seus verdadeiros donos, conforme está escrito: "E a terra não será vendida de maneira permanente, pois toda a terra é Minha" (Vayikra 25:23).<br /> <br /> De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), este versículo não é apenas uma narrativa, ele traz uma proibição que se aplica ao comprador de um campo. A Torá está ordenando ao comprador que ele não se recuse a devolver a terra ao seu verdadeiro dono quando o ano do Yovel chegar. Caso o fizesse, estaria cometendo uma transgressão da Torá. Porém, o Ramban (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270) discorda de Rashi, já que o enfoque do versículo está na proibição da venda de forma permanente, não da compra. Por isso, a proibição parece recair sobre o vendedor, não sobre o comprador. Portanto, de acordo com o Ramban, uma pessoa que vende uma terra em Israel e sugere ao comprador que, apesar das leis do Yovel, a venda será para sempre, está violando esta proibição da Torá. Mesmo que o Beit Din (Tribunal Rabínico) force a volta da terra ao seu legítimo dono no ano do Yovel, o vendedor já cometeu uma transgressão no momento da venda, por ter sugerido ao comprador que a venda seria permanente.<br /> <br /> É fácil entender a proibição de acordo com o entendimento de Rashi, que a proibição se aplica ao comprador. Se um comprador não quer devolver a terra ao seu dono, isto é roubo, uma apropriação indevida. Porém, como entender qual é a transgressão de acordo com o entendimento do Ramban, de que a Mitzvá está relacionada com o vendedor?<br /> <br /> Explica o Ramban que qualquer pessoa que já precisou vender uma casa na qual viveu por muitos anos sabe o quanto isto é doloroso. As casas têm valores sentimentais, pois há muitas memórias associadas a elas. Se alguém tivesse comprado, por exemplo, uma casa no 5º ano da contagem do Yovel, ele teria vivido nesta casa por 45 anos. Neste período, ele provavelmente teria se casado e criado seus filhos e netos ali. As pessoas se conectam ao lugar onde vivem, elas amam suas casas. Após 45 anos vivendo ali, seria muito difícil simplesmente a pessoa se levantar e dizer ao dono da terra: "Você tem razão, a casa é sua, não minha". A Torá quer diminuir a dificuldade e o sofrimento do comprador, quer ajudá-lo a devolver a propriedade no momento certo. Por isso o vendedor deve lembrar ao comprador, logo no primeiro dia, que aquela terra para onde ele está se mudando, e onde ele viverá por muitos e muitos anos, não é dele. O vendedor não deve dar nenhuma sugestão ao comprador de que a venda é permanente. Ao contrário, ele deve ressaltar, logo no início do acordo, de que não se trata de uma venda permanente, e sim apenas um aluguel por um período limitado de tempo.<br /> <br /> De acordo com o Rav Yssocher Frand, as pessoas não ficam psicologicamente conectadas às propriedades alugadas. As pessoas não se conectam emocionalmente aos quartos de hotéis onde se hospedam, pois têm total claridade que aquela propriedade não pertence a elas. A Torá quer fazer com que o teste de cumprir a Mitzvá de devolver as terras aos seus verdadeiros donos venha com o mínimo de sofrimento e dificuldade. É por isso que a Torá nos ensina que é proibido ao vendedor dar a impressão de que a venda é definitiva, o que poderia causar com que o comprador se conectasse com algo que não é verdadeiramente seu, é apenas alugado. Passar esta falsa impressão ao comprador acabaria aumentando a dificuldade no teste de devolver esta terra no momento em que o Yovel chegasse.<br /> <br /> Explica o Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) que a vida é cheia de testes e dificuldades. Muitas vezes é difícil cumprir as Mitzvót ou deixar de fazer transgressões. Por isso, temos que tentar transformar o cumprimento da Torá em algo que seja o mais fácil possível para nós. Não devemos tentar bater de frente com o nosso Yetser Hará (má inclinação). Precisamos sempre fugir das tentações e evitar nos colocarmos em cenários que possam aumentar as dificuldades no cumprimento das leis da Torá. Da mesma maneira que uma pessoa que está de dieta não deve frequentar uma padaria, assumindo que terá o autocontrole necessário para ignorar o aroma delicioso daqueles doces que poderiam destruir seu plano de dieta, assim também uma pessoa não deve assumir que poderá resistir ao seu Yetser Hará quando surgirem tentações que podem levar a transgressões da Torá. A pessoa deve sempre procurar um caminho de vida no qual ela evita as tentações, ao invés de desafiar seu Yetser Hará e, muitas vezes, sucumbir a ele.<br /> <br /> Este conceito pode ser observado no comportamento de Yaacov quando ele se preparava para ir embora da casa de seu sogro Lavan. Após 20 anos trabalhando para Lavan, D'us apareceu para Yaacov em uma noite e o comandou a voltar para sua casa em Israel. Yaacov então se encontrou na manhã seguinte com suas duas esposas, Rachel e Lea, para informá-las da mensagem de D'us. Como seria a reação esperada de Yaacov? Que ele simplesmente anunciasse para as esposas que D'us havia aparecido para ele e que havia ordenado que arrumassem as malas e fossem embora. Porém, não foi o que Yaacov fez. Ele começou a apresentar uma série de motivos lógicos para justificar o quanto estava sendo difícil permanecer na casa de Lavan e o quanto seria vantajoso ir embora. Somente como uma reflexão final foi que Yaacov acrescentou a ideia de que D'us os havia ordenado a ir embora. Por que Yaacov não foi direto ao ponto, de que D'us havia ordenado que voltassem? Pois Yaacov sabia o quanto era difícil para uma filha abandonar a casa de seu pai. Ele sabia que seria um difícil desafio para suas esposas. Então Yaacov tentou diminuir o teste delas, demonstrando que, também por motivos lógicos, ir embora era o melhor a se fazer. Yaacov primeiro deu às suas esposas a motivação psicológica para abandonar a casa de seu pai e, somente depois, jogou a ideia de que isto era o que D'us queria delas.<br /> <br /> De acordo com o Ramban, o vendedor da terra deveria ter sensibilidade com o comprador. Ele deveria se esforçar para facilitar ao comprador cumprir a Mitzvá de devolução da terra. Ele deveria desde o princípio avisar: "Isto não é uma venda. Não crie falsas esperanças, não se engane". Quando uma pessoa tem claridade desde o princípio de que é uma casa alugada, ela evita a sensação ruim de abandonar a "sua casa". Ela sabe que está abandonando apenas uma casa onde morou e viveu, mas que nunca foi verdadeiramente sua.<br /> <br /> Cumprir Mitzvót já é suficientemente difícil sem precisarmos nos expor a outros tipos de testes. Devemos ser sábios e tentar diminuir os testes no cumprimento das Mitzvót. Devemos evitar ao máximo nos colocar em situações difíceis, nas quais fica mais difícil não transgredir. O Chafetz Chaim (Bieloríssia, 1838 - Polônia, 1933), por exemplo, nos ensina que uma pessoa não deve nem mesmo ir a um lugar no qual ela sabe que há pessoas reunidas falando Lashon Hará (maledicência), pois se ela for, acabará ficando, e se ela ficar, acabará também falando Lashon Hará. A dica então é cortar o mal pela raiz, não se expor ao teste, para conseguirmos vencer o nosso Yetser Hará. Com sabedoria, e com a ajuda de D'us, assim conseguiremos cumprir as Mitzvót e evitar as transgressões que possam surgir no nosso caminho.<br /> <br /> Shabat Shalom<br /> <br /> <span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
</td></tr>
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</td></tr>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
<span class="f" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: grey; font-family: arial,sans-serif; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"></span><em style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: #6a6a6a; font-family: arial,sans-serif; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Parashat Behar</em><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: transparent; color: #545454; display: inline !important; float: none; font-family: arial,sans-serif; font-size: 13.33px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; line-height: 18.66px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px; word-wrap: break-word;">-Bechukotai (Leviticus 25:1 - 27:34)</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-12284870485579905482017-11-19T19:14:00.000-02:002017-11-19T19:14:09.324-02:00QUEM DÁ VIDA RECEBE VIDA - PARASHÁ TOLDOT 5778 <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">O Sr. Meir, um viúvo bem idoso, vivia sozinho. Mesmo tendo trabalhado muito durante sua vida, agora ele já não tinha mais forças e o dinheiro estava no fim. Ele tinha três filhos, todos casados, mas que infelizmente estavam tão ocupados com suas famílias que quase não tinham tempo para visitá-lo. Sentia-se cada vez mais fraco e as visitas dos filhos eram cada vez mais raras. Ele se sentia um peso para os filhos, mas não podia mais ficar sozinho em casa.<br /> Preocupado com seu futuro, ele teve uma ideia. Chamou um amigo carpinteiro e pediu que lhe fizesse um baú, como os antigos baús de tesouro. Encheu o baú, trancou-o e deixou-o no fundo do armário da cozinha, junto com os pratos e talheres. Certo dia, quando seus filhos vieram jantar em sua casa, eles abriram o armário e descobriram o baú. Curiosos, eles perguntaram que havia dentro. O Sr. Meir, fingindo ter sido pego de surpresa, respondeu que não havia nada de especial, apenas algumas coisinhas que havia juntado durante a vida.<br /> Os filhos perceberam, ao ajudarem o pai a recolher a mesa, que o baú era pesado e que, ao ser movido, produzia um barulho como o de moedas. Os olhos deles brilharam, imaginando a fortuna que havia lá dentro. Mas ficaram preocupados, pois o pai já estava velhinho e alguém poderia roubar o baú. Decidiram que deveriam vigiar aquele baú dia e noite. Organizaram-se para que em cada semana um dos irmãos fosse morar com o pai. O Sr. Meir não cabia em si de contentamento.<br /> Algum tempo depois, o Sr. Meir adoeceu gravemente e faleceu. Os filhos organizaram um enterro digno, pois sabiam que uma fortuna os esperava, que certamente compensaria todo aquele gasto. Depois do enterro, os três irmãos procuram por toda a casa a chave do baú. Quando abriram, descobriram que o baú estava cheio... de cacos de vidro. O irmão mais novo ficou muito irritado, se sentiu enganado. Porém, o irmão mais velho, após refletir, disse:<br /> - Infelizmente fomos nós que causamos que o papai nos enganasse. Se ele não tivesse feito isso, não teríamos cuidado dele até o fim de sua vida. Estou envergonhado. Não o tratamos como ele merecia...</span><br /><span style="color: black;">Um dos filhos esvaziou o baú, para ter certeza que não continha nenhum objeto de valor. Encontrou, no fundo, algo valioso. Era uma inscrição, na qual se lia: "Quinto mandamento: Honrará seu pai e sua mãe".</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
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<![endif]--> </td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Toldot (literalmente "Gerações"), que descreve o nascimento dos irmãos gêmeos Yaacov e Essav. Enquanto Yaacov se tornou um grande Tzadik (justo) e dedicou sua vida ao estudo da Torá e aos bons atos, Essav se tornou um grande Rashá (malvado), dedicado à caça e aos maus atos, como assassinato e adultério. Como Essav era o filho primogênito, ele merecia receber de seu pai Ytzchak a Brachá (benção) de primogenitura. Yaacov acabou comprando de Essav a primogenitura por um mísero prato de lentilhas, porém não teve coragem de contar ao pai que Essav desprezava a espiritualidade a este ponto.<br /> Porém, se Essav era alguém tão ruim, que cometia transgressões tão graves, como seu pai não conhecia sua má índole? Essav conseguia enganar seu pai, em especial porque ele cumpria a Mitzvá de "Kibud Av Ve Em" (honrar os pais) de maneira exemplar. Um exemplo do nível de honra que Essav dava ao seu pai pode ser visto no momento em que Ytzchak quis dar ao seu filho Essav a Brachá de primogenitura. Rivka, esposa de Ytzchak, sugeriu ao seu filho Yaacov que entrasse no lugar de seu irmão para receber a Brachá. Yaacov ficou com medo de ser desmascarado, apesar de Ytzchak já estar cego. Rivka o tranquilizou e, para garantir que não haveria problemas, ela vestiu Yaacov com algumas roupas de Essav que ela tinha em casa. Que roupas eram aquelas? De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), era um jogo de roupas limpas que Essav deixava na casa de seus pais e as vestia toda vez que servia seu pai. Segundo outra opinião mencionada por Rashi, aquelas eram roupas reais que Essav havia roubado do rei Nimrod. Ele fazia questão de usar estas roupas reais todas as vezes que servia seu pai. Isto significa que a dedicação de Essav por seu pai era algo incrível, a ponto dele se trocar e vestir roupas limpas e honrosas todas as vezes que ia cumprir a Mitzvá de "Kibud Av Ve Em".<br /> Há um Midrash (parte da Torá Oral) que ressalta ainda mais a perfeição de Essav no cumprimento da Mitzvá de "Kibud Av Ve Em". Raban Shimon ben Gamliel declarou: "Toda minha vida eu servi meu pai, mas nunca atingi nem um por cento do nível de como Essav servia seu pai. Eu não prestava atenção à limpeza das roupas que eu estava vestindo (quando eu servia meu pai), somente quando eu saía em público eu prestava atenção às condições da roupa que eu vestia. Mas Essav, ao contrário, era rigoroso ao servir seu pai sempre com roupas limpas, mas não se importava de andar pelo mercado (em público) vestindo trapos". Isto significa que, mesmo nos esforçando muito, dificilmente chegaremos perto do nível de honra que Essav dedicava ao seu pai.<br /> Porém, há alguns detalhes da Parashá que aparentemente contradizem este conceito. A Torá nos revela que quando Yaacov tentou se passar por Essav para receber a Brachá no lugar dele, Ytzchak suspeitou que havia algo errado. De acordo com a Torá, o que traiu Yaacov foi sua voz, como está escrito: "Então Yaacov aproximou-se de Ytzchak, seu pai, e ele o apalpou e disse: "A voz é a voz de Yaacov, mas as mãos são as mãos de Essav" (Bereshit 27:22). Porém, de acordo com o Ramban zt"l (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270), por Yaacov e Essav serem gêmeos, suas vozes eram idênticas. Então o que chamou a atenção de Ytzchak? Explica Rashi que enquanto Yaacov falava com seu pai de maneira respeitosa, pedindo a ele que por favor se sentasse para comer, Essav falava de forma impetuosa e sem educação. Mas como pode ser que Essav cumpria a Mitzvá de "Kibud Av Ve Em" de maneira tão completa e, ao mesmo tempo, falava com seu pai de maneira grosseira? <br /> Além disso, Essav se casou com mulheres indignas, o que causou muito desgosto aos seus pais. Nossos sábios ensinam que a fumaça produzida pelos serviços de idolatria feitos pelas esposas de Essav contribuíram para que Ytzchak perdesse precocemente a visão. Como Essav podia se comportar de maneira tão insensível em relação ao sentimento dos seus pais e, ao mesmo tempo, cumprir com perfeição a Mitzvá de "Kibud Av Ve Em"?<br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que, de acordo com os sábios do Talmud (parte da Torá Oral), nossos pais devem ser honrados pelo simples fato de terem nos dado a existência, isto é, por terem nos trazido ao mundo. Este reconhecimento de que devemos nossa própria vida aos nossos pais pode causar dois tipos de sentimentos: uma sensação de endividamento ou um profundo sentimento de gratidão. Mas o que isto muda na prática?<br /> Normalmente não gostamos de nos sentir endividados, isto nos causa uma sensação negativa, da qual queremos nos libertar. Uma pessoa que tem uma dívida preferia nunca ter se endividado. A cada parcela paga da dívida, ela se sente um pouco mais livre. Quando a pessoa finalmente consegue quitar sua dívida, ela se sente completamente libertada. Portanto, tudo o que ela faz em relação ao pagamento da dívida causa a ela uma sensação agradável de libertação e isenção e, portanto, ela faz de tudo para terminar a dívida o mais rápido possível. Paralelamente, uma pessoa que serve seus pais apenas porque sente um tremendo senso de endividamento servirá seus pais apenas como uma maneira de "pagar" esta dívida, pois se sente incomodado.<br /> Por outro lado, uma pessoa que sente profunda gratidão pelos pais quer dedicar sua existência a eles. Uma forma de retribuir aos nossos pais por terem nos dado a nossa própria existência é dar a eles também existência. Isto ocorre quando nos minimizamos perante eles, reconhecendo a superioridade deles sobre nós, o que se expressa na prática quando escutamos o que eles têm a nos ensinar e andamos nos caminhos que eles nos indicam. Podemos dar vida aos nossos pais mostrando nossa devoção e anulação perante eles.<br /> É claramente mais fácil realizar um serviço com entusiasmo quando percebemos que estamos nos libertando através de nossas ações, e não que estamos nos limitando e nos reduzindo. É por isto que vemos um entusiasmo nos atos de "Kibud Av Ve Em" de Essav. Não porque havia uma motivação verdadeira de honrar os pais e engrandecê-los. Essav não se importava de verdade com seus pais, por isso fazia escolhas equivocadas que causavam tanto sofrimento a eles. Essav não se submetia à vontade de seu pai quando ela ia contra seu modo de vida. Essav se sentia endividado e, procurando por sua independência, servia seu pai como forma de pagamento. Ele sabia que quanto mais perfeito fosse seu serviço, menos dívida restaria para pagar. Ele se esforçava em um nível sobre-humano para servir seu pai, mas não se esforçava em aprender o que seu pai lhe ensinava. Ele trocava suas roupas externamente para servir seu pai, mas não se interessava em se anular perante ele e mudar por dentro.<br /> A forma ideal de honrarmos nossos pais é, por um lado, fazermos com o mesmo entusiasmo de Essav, buscando a perfeição em cada detalhe de como servimos eles, porém junto com a motivação correta, que é a vontade de nos comportarmos com submissão perante eles, dando assim uma maior existência aos nossos pais.<br /> Honrar os pais não é uma Mitzvá fácil de ser cumprida, mas é uma das poucas Mitzvót da Torá cuja recompensa está explícita: "Honre seu pai e sua mãe, para que se alonguem seus dias" (Shemot 20:12). O Talmud (Kidushin 39b) ensina que esta recompensa se refere à vida eterna no Mundo Vindouro. Por que esta é a recompensa adequada? Pois quando os honramos nossos pais da maneira correta, estamos dando a eles vida. D'us então nos recompensa "medida por medida", nos dando um nível de existência máxima, a vida eterna no Mundo Vindouro.<br /> Pelo fato de Essav, um Rashá, ter conseguido se destacar nesta importante Mitzvá, isto torna a nossa responsabilidade e o nosso desafio ainda maiores. Os pais cuidam dos filhos desde o nascimento e literalmente dão a vida por eles. Temos, portanto, a obrigação de devolver isto aos nossos pais. Da mesma maneira que um bebê é frágil e precisa de cuidados, o mesmo ocorre com um idoso, que se torna frágil e precisa de atenção, carinho e cuidados da família. Da mesma forma que recebemos vida dos nossos pais, que possamos dar a eles vida e, assim, receber de D'us a vida verdadeira, a vida eterna.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Gn. 25:19-28:9, Ml. 1:1-2:7Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-53443126024948615622017-11-10T21:02:00.001-02:002017-11-10T21:02:35.810-02:00QUEM CONTROLA QUEM? - PARASHÁ CHAIE SARA 5778 (<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"O Rav Shlomo Brevda zt"l (EUA, 1931 - 2013) certa vez encaminhou um jovem estudante de Torá dos Estados Unidos, com um enorme potencial, para uma Yeshivá muito forte em Israel, para que ele pudesse continuar seu caminho de crescimento espiritual. Porém, pouco tempo depois, o rapaz voltou desanimado, dizendo que não estava interessado em continuar estudando naquela Yeshivá. O Rav Brevda não entendeu a decisão do rapaz, pois a Yeshivá era muito conhecida por seu estudo de Torá em altíssimo nível. Ele então perguntou ao jovem o que havia de errado e o rapaz explicou:<br /> <br /> - Rav, quando eu cheguei na Yeshivá, fiquei muito impressionado. Eu entrei no Beit Midrash e vi centenas de alunos completamente absortos em seus estudos, discutindo trechos da Guemará como se estivessem lutando por suas vidas. Foi algo que me deixou extremamente feliz e esperançoso de que aquele seria o lugar onde eu poderia crescer no meu estudo.<br /> <br /> - Então o que aconteceu para você ter voltado tão desanimado? - perguntou o Rav Brevda.<br /> <br /> - Da mesma maneira que eu me surpreendi quando eu entrei no Beit Midrash e vi os rapazes estudando, eu me surpreendi quando chegou a hora do almoço. Vi aqueles mesmos jovens que estudavam Torá com tanto vigor enchendo seus estômagos com o mesmo entusiasmo. Pareciam escravos de seus estômagos! Foi uma grande decepção. Não acho que é neste lugar que eu vou conseguir crescer espiritualmente".<br /> <br /> Ensinam nossos sábios que uma pessoa não consegue viver ao mesmo tempo em dois mundos. Uma pessoa que se entrega aos seus desejos materiais certamente nunca atingirá seu verdadeiro potencial espiritual.</span></div>
</td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A Parashá desta semana, Chaie Sara (literalmente "A vida de Sara"), nos ensina que, mesmo depois de passar o teste de sacrificar seu próprio filho, as dificuldades na vida de Avraham ainda não haviam terminado. Quando ele voltou para casa, feliz por trazer de volta seu filho, ele encontrou Sara, sua esposa, morta. Começaram então longas negociações com o astuto Efron, um Chitita que habitava na Terra de Israel, para adquirir dele o local para o enterro de Sara. Após Efron inicialmente oferecer a terra gratuitamente para Avraham, no final ele acabou cobrando um valor abusivo de 400 moedas de prata.<br /> <br /> Se prestarmos atenção nos versículos que descrevem a negociação de Avraham com Efron, perceberemos que sempre o nome Efron é escrito com a letra "vav" (<span dir="RTL">עפרון</span>), mas justamente no trecho que descreve que a transação foi finalmente realizada através da entrega do dinheiro (Bereshit 23:15), seu nome está escrito sem a letra "vav" (<span dir="RTL">עפרן</span>). Por que esta diferença, justamente neste versículo?<br /> <br /> De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), a falta de uma letra no nome de Efron vem nos ensinar que ele falou muito mas não fez nem mesmo um pouco. Inicialmente ele disse a Avraham que estava disposto a dar gratuitamente a terra, mas no final acabou cobrando um preço injusto, se aproveitando do momento delicado pelo qual passava Avraham.<br /> <br /> Já o Rav Yaakov ben Asher zt"l (</span><a href="https://blogspot.us9.list-manage.com/track/click?u=ad78353f5cb390050b380030e&id=f745e1b0fb&e=ed96d804fe" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #6dc6dd; font-weight: normal; text-decoration: underline; word-wrap: break-word;" title="Alemanha"><span style="color: black;">Alemanha</span></a><span style="color: black;">, </span><a href="https://blogspot.us9.list-manage.com/track/click?u=ad78353f5cb390050b380030e&id=c55983b46f&e=ed96d804fe" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #6dc6dd; font-weight: normal; text-decoration: underline; word-wrap: break-word;" title="1269"><span style="color: black;">1269</span></a><span style="color: black;"> - </span><a href="https://blogspot.us9.list-manage.com/track/click?u=ad78353f5cb390050b380030e&id=a9980f83cf&e=ed96d804fe" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #6dc6dd; font-weight: normal; text-decoration: underline; word-wrap: break-word;" title="Espanha"><span style="color: black;">Espanha</span></a><span style="color: black;">, </span><a href="https://blogspot.us9.list-manage.com/track/click?u=ad78353f5cb390050b380030e&id=430c568a9b&e=ed96d804fe" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #6dc6dd; font-weight: normal; text-decoration: underline; word-wrap: break-word;" title="1343"><span style="color: black;">1343</span></a><span style="color: black;">), mais conhecido como Baal HaTurim, explica que a Guemátria (valor numérico) de "Efron" sem a letra "vav" é 400, valor que coincide com a quantidade de moedas de prata que ele recebeu na venda de sua terra. Isto significa que quando Efron recebeu esta quantia enorme de dinheiro, isto deu a ele uma nova sensação de valor. A partir daquele momento ele passou a se enxergar como alguém que "valia" 400 moedas de prata, pois Efron se auto definia através do seu status financeiro. Efron foi vítima de uma das maiores enganações do nosso "Yetser Hará" (má inclinação), que nos faz enfatizarmos o nosso status material, ao invés de enfatizarmos nosso nível espiritual. Esta má inclinação atinge o ser humano desde o erro de Adam Harishon, quando o ser humano passou a ter mais consciência do seu corpo do que de sua alma. Tendemos a nos identificar como sendo um corpo, não uma alma. Por exemplo, quando uma pessoa está doente, ela diz: "Não me sinto bem", enxergando o corpo como sua principal identidade. Uma declaração mais precisa seria "meu corpo não se sente bem", o que implicaria que temos a consciência de que nossa alma é nossa essência. Portanto, uma das partes principais em nosso Serviço Divino é desenvolver uma maior consciência da nossa alma e de suas necessidades.<br /> <br /> Além disso, através da explicação do Baal HaTurim sobre a "Guemátria" do nome Efron, podemos ganhar um entendimento ainda mais profundo sobre o relacionamento entre o corpo e a alma. Quando Efron recebeu as 400 moedas de prata, certamente ele achou que sua importância no mundo havia aumentado, pois agora ele era um homem rico. Entretanto, a verdade é que ele perdeu uma letra no seu nome, e o nome de uma pessoa representa sua essência. Isto quer dizer que, enquanto Efron achava que havia aumentado seu valor, na realidade ocorreu justamente o contrário, seu valor verdadeiro como ser humano diminuiu. Além disso, a letra "vav" que ele perdeu em seu nome é a letra que representa a conexão. A letra "vav" significa "e", e é utilizada muitas vezes para conectar ideias e frases. O formato da letra "vav" também demonstra sua habilidade de conectar, pois se assemelha a um gancho, através do qual podemos conectar duas coisas. Quando Efron se aprofundou em seu materialismo, ele automaticamente diminuiu sua espiritualidade e perdeu seu "vav", isto é, seu elemento de conexão com D'us. Isto significa que, quando uma pessoa dá mais importância para o seu corpo e seus bens materiais, então automaticamente sua alma perde algo.<br /> <br /> Ensina o Rav Yehonasan Gefen que esta relação inversa entre o corpo e a alma também pode ser percebida na Parashá da semana que vem, Toldot. Nossa matriarca Rivka engravidou e ficou confusa, pois seu bebê se mexia quando ela passava diante de um Beit Midrash, mas também se mexia quando ela passava diante de um centro de idolatrias. Ela então foi se aconselhar com um dos profetas da época, que revelou que havia dois bebês no seu ventre e que deles sairiam duas nações que viveriam em constante conflito. Além disso, o profeta acrescentou que quando uma nação subisse, a outra automaticamente cairia. A explicação mais simples desta profecia é que, durante a história, as nações de Yaacov (Israel) e de Essav (Edom) se contrabalanceariam, isto é, quando uma subisse, a outra cairia. Porém, alguns comentaristas explicam que esta profecia se refere a outro tipo de batalha. Yaacov representa nossa alma, enquanto Essav representa nosso corpo, e há uma luta constante entre estas duas forças. Quando a alma se eleva, as forças de desejo do corpo consequentemente se enfraquecem, e quando a alma enfraquece, as forças de desejo do corpo dominam.<br /> <br /> Daqui aprendemos que é impossível a pessoa se dedicar, ao mesmo tempo, ao preenchimento das vontades de seu corpo e ao preenchimento da sua alma. Muitos pensam que não há nenhuma contradição, pois é possível viver uma vida de Torá e Mitzvót e, ao mesmo tempo, passar a vida correndo atrás da satisfação material. Entretanto, em última instância, esta pessoa é apenas escrava do seu corpo. Ela pode até permitir que seu corpo cumpra as Mitzvót, mas o fato dela não conseguir se desvencilhar dos desejos materiais em excesso, como a busca por prazeres gastronômicos e por dinheiro, é um sinal de que seu corpo está no controle, não sua alma.<br /> <br /> De acordo com o Rav Brevda, é importante que exista a consciência desta luta entre o corpo e a alma. O corpo é muito poderoso e muitas vezes supera nossa busca por espiritualidade, mas enquanto temos a consciência de que existe uma batalha, podemos nos esforçar para fortalecer nossa alma. O problema começa quando não existe nem mesma a consciência da batalha, e isto pode ocorrer até mesmo entre as pessoas que cumprem Torá e Mitzvót. Por exemplo, muitas pessoas não sentem nenhum tipo de conflito quando comem um bolo de chocolate mesmo quando não estão com fome, simplesmente devoram o bolo sem nem mesmo pensar no porquê estão comendo. Isto é sinal de que a pessoa não percebeu que seu corpo está no controle, não sua alma.<br /> <br /> O que devemos fazer para pelo menos "nos sentirmos" nesta batalha? David Hamelech nos ensinou que há duas maneiras de lutarmos contra o Yetser Hará: "Se afasta de mal e faça o bem" (Salmos 34:14). "Se afaste do mal" significa tirar um pouco da força do materialismo do nosso corpo. Mas como podemos fazer isso? O Rav Brevda sugere, por exemplo, que a pessoa se sirva com um prato generoso, mas nunca repita o prato, por mais gostosa que esteja a comida. Isto nos ajuda a controlar o impulso de querer pegar mais, o que já nos faz pelo menos sentir que estamos em guerra com as forças do nosso corpo. Além disso, temos que trabalhar o "Faça o bem", investindo no nosso crescimento espiritual, pois ao crescer espiritualmente, automaticamente estaremos enfraquecendo as forças de desejo do corpo e sua conexão com o materialismo. <br /> <br /> O Rav Yehuda Loew zt"l (Polônia, 1525 - República Checa, 1609), mais conhecido como Maharal de Praga, ressalta que quando Rashi explica sobre a profecia dos gêmeos na barriga de Rivka, ele apenas menciona que quando Yaacov cai, Essav se levanta, mas não menciona o outro lado. Isto nos ensina que é Yaacov que está no controle de quem vai prevalecer. Essav só pode subir quando Yaacov cai, mas quando Yaacov tem sucesso em seu crescimento, então Essav fica sem opção. O mesmo se aplica em relação à batalha entre o corpo e a alma. É nossa escolha quem vai vencer. Se nos esforçamos para fortalecer nossas almas, então a força do materialismo do nosso corpo automaticamente se enfraquecerá. A batalha entre o corpo e a alma é longa e desafiadora, mas, se se ao menos iniciarmos a batalha, então o sucesso estará em nossas mãos.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">http://ravefraim.blogspot.com.br/</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">Gn.23:1-25:18, 1Rs.1:1-31</span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-26186743562201670752017-08-26T19:16:00.001-03:002017-08-26T19:16:42.356-03:00ANDANDO COM D'US - PARASHÁ SHOFTIM 5777 <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Certa vez um policial antissemita viu dois judeus religiosos em uma moto. Ele quis dar uma multa naqueles judeus, mas precisava de algum motivo para isso. Montou em sua moto e começou a acompanhá-los, sabendo que mais cedo ou mais tarde eles fariam alguma manobra proibida. Provavelmente parariam a moto sobre a faixa de pedestres, ultrapassariam de maneira perigosa ou fariam uma conversão sem acionar o pisca alerta. Era só questão de tempo para poder multá-los.<br /> <br /> Porém, o tempo começou a passar e o policial não os via cometendo absolutamente nenhuma falha. Eles respeitavam todas as leis de trânsito, acionavam o pisca alerta antes de qualquer conversão, aguardavam pacientemente o sinal verde e não andavam entre os carros. Depois de mais de meia hora perseguindo os dois judeus, o policial não aguentou mais. Muito irritado, ele mandou-os descerem da moto e disse:<br /> <br /> - Vou falar a verdade para vocês. Estou há meia hora acompanhando a moto de vocês, de olho em tudo o que vocês fazem, e estou impressionado. Vocês não fizeram absolutamente nada errado! Como isto é possível?<br /> <br /> - É fácil para nós evitarmos fazer coisas erradas - respondeu um dos judeus - pois sabemos que D'us está nos observando o tempo inteiro. Quando andamos de moto, sabemos que D'us está conosco na moto.<br /> <br /> O policial, ao escutar isso, deu um sorriso maldoso, tirou do bolso seu talão de multas e disse:<br /> <br /> - 3 na moto? Estão multados..."<br /> <br /> Apesar da piada, o verdadeiro segredo de não cometermos transgressões é vivermos com a certeza de que a presença de D'us está sempre conosco, em tudo o que fazemos, mesmo nos pequenos detalhes do cotidiano.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> </td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Shoftim (literalmente "Juízes"), que começa nos ensinando sobre a importância de estabelecermos um sistema de justiça, com juízes para fazerem os julgamentos e policiais para fazerem a lei se cumprir na prática, como está escrito: "Vocês devem estabelecer para vocês juízes e policiais nas cidades que D'us está dando para vocês" (Devarim 16:18).<br /> <br /> De acordo com algumas opiniões, a divisão das Parashiót semanais da forma que nós seguimos atualmente ocorreu na época do Exílio da Babilônia, após a destruição do Primeiro Beit HaMikdash (Templo Sagrado). Porém, na própria Torá já há um sistema de divisão de assuntos, também chamado de "Parashiót". Em um Sefer Torá temos as "Parashiót Petuchót" (literalmente "trechos abertos") e as "Parashiót Stumót" (literalmente "trechos fechados"). Explicando de maneira superficial, no Sefer Torá uma "Parashá Petuchá" começa como uma nova linha em relação ao assunto anterior e define um novo capítulo, enquanto uma "Parashá Stumá", apesar de separada por alguns espaços em branco, começa na mesma linha do assunto anterior e define apenas um novo parágrafo.<br /> <br /> O primeiro assunto trazido na nossa Parashá, que fala sobre o estabelecimento de juízes, é uma "Parashá Stumá", isto é, não define um novo capítulo em relação ao assunto anterior, apenas um novo parágrafo. A Parashá da semana passada, Reê, terminou com o ensinamento dos "Shalosh Regalim", as três grandes Festividades (Pessach, Shavuót e Sucót) nas quais cada judeu tinha a obrigação de ir até Jerusalém para oferecer um Korban (sacrifício) no Beit Hamikdash. O último dos Shalosh Regalim mencionados na Parashá é a Festa de Sucót, na qual dormimos por uma semana em cabanas ao ar livre. Se a Torá não fez nenhuma "quebra" entre estes dois assuntos, significa que há alguma conexão forte entre eles. Qual é a mensagem que a Torá está nos transmitindo?<br /> <br /> Existem leis que definem como deveriam ser estabelecidos os Tribunais de Justiça em cada cidade da Terra de Israel. De acordo com o Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204), cada cidade deveria ter um "Pequeno Sanhedrin", composto por 23 juízes. Além disso, cada juiz precisava ter dois suplentes, chegando a um total de 69 juízes para compor o Tribunal de Justiça local. E a obrigação do estabelecimento de um "Pequeno Sanhedrin" se aplicava a qualquer cidade com mais de 120 habitantes.<br /> <br /> Porém, este ensinamento do Rambam desperta um grande questionamento. Qual é a lógica de estabelecer um Tribunal de Justiça composto por 69 juízes em uma cidade de 120 habitantes? Quantos casos judiciais este Tribunal teria que julgar para justificar este número tão grande de juízes em uma cidade com tão poucas pessoas? E se até pequenas cidades de 120 habitantes tinham um Tribunal de Justiça, então o número de Tribunais em toda a Terra de Israel chegava a milhares. Qual é a necessidade de tantos Tribunais de Justiça e de tantos juízes?<br /> <br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que a função de um Tribunal de Justiça não é apenas aplicar a lei e fazer a justiça prevalecer. Além de obviamente manter a ordem e a justiça, o juiz deve ser um canal para as palavras de D'us. Ele tem a obrigação de criar uma sociedade na qual presença de D'us pode ser constantemente sentida. Mas por que isto é tão importante? O papel do juiz não deveria ser apenas causar o temor nas pessoas de que o descumprimento da lei tem como consequência a aplicação de castigos pelo Tribunal?<br /> <br /> A experiência demonstra que um sistema de justiça construído apenas com base na premissa de que as pessoas não cometerão transgressões por medo das consequências normalmente não tem sucesso. Por exemplo, quando a pessoa percebe que há brechas na lei, ela se sente estimulada a transgredir. Quanto menores forem os riscos de ser pego e punido e maiores forem os ganhos com a transgressão, maior será o número de pessoas que optará por transgredir a lei. É justamente isto que está ocorrendo na atual crise política brasileira. A aplicação da lei no Brasil é extremamente falha e os políticos sabem que, enquanto a chance de realmente serem punidos é muito pequena, a possibilidade de desvio de dinheiro envolve milhões de reais. Isto causa com que a grande maioria dos políticos decida que vale a pena ser desonesto e desrespeitar a lei. Mesmo aqueles que são pegos pela justiça, principalmente através das delações, acabam sendo soltos pouco tempo depois ou pegam penas muito pequenas, desproporcionais aos milhões desviados. Em outras palavras, há muita corrupção no Brasil pois, na maioria dos casos, os crimes não são punidos pela justiça, fazendo com que o crime "valha a pena".<br /> <br /> Porém, isto não acontece apenas no Brasil. Em qualquer lugar do mundo, em épocas de desastres naturais, guerras ou apagões, aumenta muito o número de delitos, como saques a lojas e casos de violência. Por que? Quando a cidade está um caos, as pessoas sabem que a polícia não dará conta de prender todos os transgressores e, por isto, se sentem estimuladas a cometer maus atos. É o que nos ensinam os nossos sábios: "Se não fosse pelo temor (das autoridades), a pessoa engoliria seu companheiro vivo" (Pirkei Avót 3:2).<br /> <br /> Então qual é a solução para desenvolvermos uma sociedade justa e equilibrada? Enquanto no Brasil as manchetes dos jornais estão sempre recheadas de notícias sobre roubos e desvios, na cidade de Bnei Brak, em Israel, frutas são oferecidas na rua sem vendedor e livros são vendidos nas sinagogas sem ninguém vigiando. Há apenas uma caixinha onde o comprador deixa o dinheiro da compra, sem nenhum tipo de controle. E o mais incrível é que a cidade de Bnei Brak não tem nenhuma delegacia de polícia. Qual é o segredo? A Torá nos ensina que há apenas um sistema efetivo para impedir que as pessoas cometam transgressões: quando entendemos que há algo intrinsecamente errado em violar a lei, independente de qualquer futura punição aplicada pela Justiça ou pela polícia. Portanto, um judeu não deve cumprir as leis apenas pelo medo do castigo aplicado pelo Tribunal, mas principalmente pelo medo da transgressão por si só. Quando as pessoas vivem com a consciência de que D'us vê tudo o que ocorre e que todos os nossos atos têm consequências, desenvolvem uma sociedade verdadeiramente honesta.<br /> <br /> Podemos utilizar este conceito para responder os nossos questionamentos. Apesar de um juiz também ter como função a aplicação dos castigos aos que transgridem a lei, sua principal contribuição deve ser justamente criar esta atmosfera necessária de temor a D'us. Se o propósito do sistema judicial fosse apenas criar o medo do castigo, não seriam necessários tantos juízes, ao contrário, um reforço da força policial seria muito mais efetivo. Porém, como o propósito principal de um juiz é criar uma sociedade onde a presença de D'us é palpável, então é possível entender a necessidade de tantos juízes, até mesmo em cidades tão pequenas.<br /> <br /> Esta também é a conexão com a Festa de Sucót, na qual abandonamos nossas casas e, por uma semana, vivemos na "sombra de D'us". Da mesma forma que o propósito de um juiz é trazer à sociedade uma atmosfera da presença de D'us, a Sucá também é um lugar onde a presença de D'us é sentida de uma maneira mais palpável. E um dos principais motivos de passarmos uma semana inteira dentro da Sucá é para trazermos para o ano inteiro esta percepção mais palpável da presença de D'us entre nós.<br /> <br /> Estamos entrando no mês de Elul, o último mês antes do nosso julgamento de Rosh Hashaná. É a chance de consertarmos os nossos erros e fazermos decisões verdadeiras de melhorar. A claridade de que D'us está sempre perto é fundamental para evitarmos as transgressões e para nos incentivar no nosso crescimento espiritual. Normalmente erramos por termos sempre desculpas e justificativas para fugir das nossas responsabilidades. Mas com a consciência de que D'us está presente em cada momento podemos ser mais honestos com nós mesmos. Além disso, viver constantemente com D'us ao nosso lado nos dá muito mais segurança e tranquilidade. </span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<strong style="text-align: center;">"D'us está onde permitem que Ele entre" (Kotzke Rebe)</strong></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Dt. 16:18-21:9, Is. 51:12-52:12Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-15181001913328802672017-08-19T09:13:00.000-03:002017-08-19T09:13:08.123-03:00BONDADES VERDADEIRAS - PARASHÁ REÊ 5777 <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Um soldado americano que participou da terrível guerra do Vietnã, após meses sem contato com a família, conseguiu ligar para os seus pais, que viviam em São Francisco, e lhes disse:<br /> <br /> - Queridos pais, a guerra acabou, estou voltando para casa. Mas eu queria pedir a vocês um favor. Eu tenho um amigo, que lutou comigo na guerra, e queria que ele viesse morar conosco em casa. Ele não tem para onde ir.<br /> <br /> - Claro, meu filho, nós adoraríamos conhecê-lo! - disseram os pais.<br /> <br /> - Mas há algo que vocês precisam saber - disse o filho - Ele foi ferido na última batalha que participamos. Pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. O pior é que ele não tem família nem outro lugar para ir. Por isso eu gostaria que ele viesse morar conosco, para podermos ajudá-lo.<br /> <br /> - Eu sinto muito em ouvir isso, filho. Talvez nós podemos ajudá-lo a encontrar um lugar onde ele possa morar e viver tranquilamente. Mas alguém com tanta dificuldade seria um grande fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que alguém assim interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar pra casa e esquecer este amigo. Não se preocupe, ele encontrará uma maneira de viver...<br /> <br /> Neste momento o filho desligou o telefone. Alguns dias depois os pais receberam um telefonema da polícia de Nova York. O filho havia morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia acreditava em suicídio. Os pais, angustiados, voaram para Nova York e foram levados para identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram, mas descobriram algo terrível: o filho havia sido ferido na guerra e tinha perdido um braço e uma perna..."<br /> <br /> Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis. E você? O seu amor tem condições?</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> </td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Na Parashá desta semana, Reê (literalmente "Veja"), um dos assuntos trazidos é a Mitzvá de Tzedaká, ajudar e se importar com as pessoas necessitadas. E assim está escrito: "Se houver alguma pessoa destituída entre vocês, algum dos seus irmãos em alguma das suas cidades... você não deve endurecer seu coração nem fechar sua mão para seu irmão destituído. Ao contrário, você deve abrir sua mão para ele; você deve emprestar o que ele necessita, tudo o que está faltando para ele" (Devarim 15:7,8). É interessante perceber que o versículo começa com as palavras "você deve abrir sua mão para ele", como se estivesse referindo-se a uma doação generosa, um presente ao pobre destituído, mas depois o versículo continua com a linguagem "emprestar o que ele necessita", referindo-se apenas a um empréstimo. Por que o versículo aparentemente mudou o contexto da ajuda ao pobre?<br /> <br /> De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), das palavras "você deve abrir sua mão para ele" aprendemos que, quando estamos diante de alguém destituído, devemos ajudá-lo dando-lhe dinheiro com generosidade, sendo proibido comportar-se de maneira mesquinha. Porém, das palavras "você deve emprestar" aprendemos que, caso a pessoa se sinta humilhada por estar recebendo algo de presente, sem nenhum tipo de esforço, então devemos ajudá-la através de um empréstimo, permitindo que ela mantenha sua dignidade e sua autoestima.<br /> <br /> Nos versículos seguintes a Torá traz uma dura advertência em relação ao empréstimo de dinheiro a um necessitado: "Se cuide para que um pensamento ruim não suba ao seu coração e você diga: 'Se aproxima o sétimo ano, o ano da Shemitá', e seus olhos serão maldosos com seu irmão destituído e se recusará a dar para ele. E ele apelará contra você para D'us e será uma transgressão para você" (Devarim 15:9). O versículo está nos ensinando sobre uma pessoa que se recusa a emprestar dinheiro ao necessitado por causa da aproximação do ano de Shemitá. E por que a pessoa se recusaria a fazer um empréstimo a um necessitado? Pois a cada sete anos completamos um ciclo de Shmitá. No sétimo ano deste ciclo não podemos trabalhar nos campos e nem ter proveito financeiro das nossas colheitas na terra de Israel. Além das implicações agrícolas, também há implicações financeiras. Por exemplo, qualquer dívida é automaticamente anulada após a passagem do ano de Shemitá. Por isso a pessoa tem medo que, ao emprestar dinheiro próximo ao ano de Shemitá, não haverá tempo suficiente para que a dívida seja paga e ela será automaticamente cancelada, causando uma perda. A Torá então nos adverte a não sermos mesquinhos e não deixarmos de emprestar a um necessitado, mesmo quando o ano de Shmitá estiver próximo e a chance da pessoa não pagar a sua dívida for maior.<br /> <br /> Porém, é difícil entender por que a Torá traz esta advertência logo depois do ensinamento anterior. De acordo com a explicação de Rashi, o versículo estava falando sobre uma pessoa que estava disposta a doar seu dinheiro com generosidade para uma pessoa necessitada, sem exigir nada em troca, e decidiu fazer a bondade através de um empréstimo apenas pela dignidade da pessoa necessitada, para que ela não se sentisse humilhada. Então por que a Torá precisou logo depois dar esta advertência para que a pessoa não deixasse de ajudar com um empréstimo quando se aproximasse o ano de Shmitá? Se a pessoa já estava disposta a dar todo o dinheiro como presente, por que estaria preocupada com o cancelamento da dívida?<br /> <br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que D'us, nosso Criador, conhece todos os mecanismos psicológicos que atuam sobre o ser humano. Quando uma pessoa dá um presente a um necessitado, ela experimenta um sentimento de preenchimento e alegria, uma sensação de realização. Normalmente este sentimento de "nobreza da alma" que sentimos é o que nos motiva a fazermos atos de bondade, como doar dinheiro a um pobre. Mas quando a pessoa ajuda o próximo através de um empréstimo, este sentimento de preenchimento e "nobreza da alma" é diminuído. A pessoa já não sente de maneira tão forte esta sensação de realização.<br /> <br /> Além disso, se por algum motivo a dívida for cancelada, como acontecia após o ano de Shemitá, o destituído não reconhece a bondade daquele que "deu" o dinheiro e não atribui a ele a "boa sorte" de não precisar mais pagar a dívida. E o benfeitor, que fica sem o dinheiro do seu empréstimo, acaba sentindo que aquele que recebeu o dinheiro tirou vantagem dele. Certamente esta é uma experiência muito menos satisfatória do que quando a bondade é feita através de uma doação. Mesmo que, no final das contas, o efeito será o mesmo, isto é, nos dois casos a pessoa necessitada ficará com o dinheiro do benfeitor, quando o ato é feito através de uma doação ele vem com um sentimento de preenchimento, enquanto quando o ato é feito através da "doação forçada" de um empréstimo não pago ele vem acompanhado de um sentimento amargo.<br /> <br /> A Torá está nos revelando algo impressionante sobre a psicologia do ser humano: mesmo quando fazemos bondades ao próximo, um dos principais motivadores é o nosso próprio bem estar. Portanto, isto não é uma bondade completa, e sim uma bondade "condicional", que depende do quanto estamos sentindo que também estamos ganhando e nos sentindo preenchidos com o nosso ato de doação. É por isso que a Torá sentiu a necessidade de advertir a pessoa que faz a bondade ao necessitado através de um empréstimo de dinheiro. Por ser algo que causa uma experiência muito menos satisfatória, o empréstimo já não é feito com tanta alegria quanto uma doação. Associado com o iminente risco de perder o dinheiro do empréstimo no ano de Shemitá, a pessoa acaba se tornando egoísta e não tem mais vontade de emprestar. A Torá então afirma que isto é um mau ato, baseado no nosso egoísmo e com consequências espirituais negativas.<br /> <br /> A Parashá nos ensina que D'us também se importa com as nossas motivações quando fazemos bons atos. Obviamente que o ato de ajudar é importante, mas se não fazemos pelas motivações corretas, o ato fica vazio. Além disso, se a motivação dos nossos bons atos for apenas a nossa própria satisfação, deixaremos de fazer bondades quando elas não nos agradam. Escolheremos a quem ajudar de acordo com a nossa empatia com a pessoa e não de acordo com as necessidades de cada um. Deixaremos de fazer bondades caso nos causem dificuldades ou esforços. Isto certamente limita o nosso potencial de bondade e, portanto, nos afasta de D'us.<br /> <br /> D'us criou o mundo apenas por bondade e Sua bondade é infinita e incondicional. Se queremos que nossos atos emulem os atos de D'us, devemos nos esforçar para que nossas bondades sejam completas, tanto nos atos quanto nas intenções. Ao fazer a bondade, devemos pensar na satisfação daquele que recebe, não no nosso próprio preenchimento e bem estar. Normalmente traduzimos a palavra "Tzedaká" como "caridade", mas na realidade Tzedaká significa "justiça". Quando estamos ajudando um irmão necessitado, estamos fazendo apenas justiça, pois o que D'us nos dá "a mais" é apenas para que possamos ajudar as outras pessoas que necessitam. D'us intencionalmente faz uma distribuição desigual das rendas para que as pessoas possam se ajudar e se preocupar umas com as outras e, com isso, acumular méritos espirituais para o Olam Habá (Mundo Vindouro). Tudo o que temos foi dado por D'us e Ele quer que utilizemos nossos bens de forma a criar um ciclo de ajuda mútua. Desta maneira, cada um de nós pode contribuir para criar um mundo mais justo e mais feliz<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Dt. 11:26-16:17, Is. 54:11-55:5Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-88192127040532276282017-08-11T20:26:00.001-03:002017-08-11T20:26:22.336-03:00PASSANDO POR UMA PONTE ESTREITA - PARASHÁ EKEV 5777 <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Dois amigos, Avraham e Jacques, resolveram fazer uma viagem de navio. Estavam aproveitando cada segundo da viagem, até que o navio atravessou uma terrível tempestade. O mar estava revolto e enormes ondas golpeavam o casco. A água começou a entrar no convés, colocando em risco a segurança de todos os passageiros. Sentindo que a situação se complicava cada vez mais, o capitão do navio emitiu um pedido de socorro para todos os barcos da região. O navio começou a tombar para um dos lados, deixando todos apavorados. Estava claro que o naufrágio era iminente.<br /> Foi então que um barco da guarda costeira apareceu. Todos respiraram aliviados, estavam salvos. O barco encostou ao lado do navio e os marinheiros colocaram uma tábua de madeira ligando as duas embarcações, formando uma estreita ponte. Aos poucos cada um dos passageiros do navio foi atravessando por aquela tábua para chegar, são e salvo, ao barco de resgate.<br /> Quando chegou a vez de Avraham atravessar, ele sentiu muito medo. A tábua parecia instável e estreita. Olhando para baixo era possível ver o mar revolto e as ondas se chocando com força contra a embarcação. Precisava se concentrar, sem olhar para os lados, apenas para a frente. Cada passo que ele dava era cuidadoso e preciso. Somente assim ele conseguiu atravessar e chegar ao outro lado.<br /> Porém, Jacques não se importou com os perigos. Quis atravessar a estreita tábua de maneira "descolada". Apesar dos avisos dos marinheiros, ele não tomou nenhum cuidado. Atravessou olhando para os lados, mexendo no celular, com passos descuidados. Quase no meio da travessia ele pisou em falso e caiu no mar. Foi necessário jogar uma bóia para salvá-lo. Jacques saiu da água completamente encharcado. Mas o pior foi a vergonha e a humilhação de ver todos os passageiros do navio dando gargalhadas de sua situação"<br /> Nossa vida se assemelha a uma caminhada em uma ponte estreita. Podemos cumprir as Mitzvót de maneira cuidadosa, com a certeza de que assim chegaremos "ao outro lado", ou de uma maneira mecânica, sem atenção e sem as intenções corretas, correndo o grande risco de acabar tropeçando no caminho.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Ekev (literalmente "Se"), na qual Moshé continua seu discurso de encorajamento para o povo judeu, que estava prestes a entrar na Terra de Israel. Moshé tinha uma grande preocupação com o contato que os judeus teriam com os outros povos, que eram idólatras e poderiam influenciá-los de forma negativa, desviando-os do caminho de D'us.<br /> <br /> Uma das advertências que Moshé deu ao povo é parte dos versículos que compõem o Shemá Israel: "Se cuidem, para que seus corações não sejam enganados e vocês se desviem, sirvam outros deuses e se curvem para eles" (Devarim 11:16). Rashi (França, 1040 - 1105), comentarista da Torá, explica que a linguagem "se desviem" se refere a se afastar da Torá, tanto do seu estudo quanto do seu cumprimento. A consequência deste afastamento está na continuação do versículo, "e sirvam outros deuses". Rashi está afirmando que aquele que se afasta da Torá não fica no "vazio", ele automaticamente se encaminha para se conectar com as idolatrias.<br /> <br /> Quando escutamos esta afirmação de Rashi ficamos tranquilos, pois sentimos que estas palavras não se aplicam a nós. Pelo fato de cumprirmos as Mitzvót e nos cuidarmos das transgressões da Torá, que são as ferramentas para chegarmos à perfeição, acreditamos que estamos fazendo tudo o que necessitamos para o nosso crescimento espiritual. Do momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir estamos cercados de Mitzvót por todos os lados, que nos conectam com D'us. Mitzvót como Tzitzit, Tefilin, Mezuzá, Kriat Shemá e Brachót nos mantém conectados com D'us o dia inteiro. Por isso sentimos que não há com o que se preocupar em relação à esta advertência da Torá. Porém, não é tão simples assim.<br /> <br /> Ao explicar as terríveis consequências de se desviar da Torá, Rashi traz como exemplo uma situação vivida por David HaMelech, quando ele se afastou por um tempo do estudo da Torá, como está escrito: "Pois hoje me afastaram de me conectar com a herança de D'us e me disseram: 'Vá e sirva outros deuses'" (Shmuel 1 26:19). Com estas palavras, David HaMelech estava dando seu testemunho para as futuras gerações de como ele se sentiu espiritualmente prejudicado quando se afastou da Torá.<br /> <br /> Porém, deste versículo citado por Rashi surge um grande questionamento. Em que contexto isto ocorreu? Shaul HaMelech estava perseguindo David para matá-lo, pois algumas pessoas haviam falado mentiras para Shaul em relação a David. Para salvar sua vida, David teve que fugir e, por algum tempo, não pôde se dedicar como gostaria ao estudo de Torá. Mas se David não pôde se dedicar ao estudo da Torá por estar fugindo para salvar sua vida, então por que ele sofreu consequências espirituais? Entenderíamos se isto tivesse ocorrido em uma situação na qual ele tivesse intencionalmente abandonado o estudo da Torá, mas David HaMelech estava em uma situação na qual ele se afastou por motivos de força maior, para salvar sua própria vida!<br /> <br /> Existem muitos paralelos entre o mundo material e o mundo espiritual. Por exemplo, quando uma pessoa coloca a mão no fogo, ela se queima. Isto não ocorre como um castigo, e sim como uma consequência natural, pois o fogo queima. Mesmo se alguém coloca a mão no fogo porque está sendo obrigado, também vai se queimar. O mesmo ocorre com nossa espiritualidade. Quando a pessoa se afasta da Torá, a consequência natural é uma imensa queda espiritual. Rashi quis nos ensinar que mesmo se isto ocorre de uma maneira forçada, como no caso de David Hamelech, ainda assim as consequências espirituais são sentidas. David Hamelech não foi castigado espiritualmente por ter se afastado da Torá, mas sofreu as consequências espirituais naturais deste afastamento. E se isto se aplica a uma situação de "força maior", muito mais se aplica a uma situação na qual a pessoa se afasta da Torá por vontade.<br /> <br /> Imaginamos que o conceito de se afastar da Torá somente se refere àquele que não estuda Torá ou que não cumpre Mitzvót. Porém, nos ensina o profeta: "E disse D'us: 'Pois este povo se aproxima de Mim; com suas bocas e seus lábios eles Me honram, mas seus corações estão afastados de mim e seu temor a Mim se tornou "Mitzvót Anashim Melumadá" (literalmente "comandos de pessoas, aprendidos por hábito"). Portanto Eu continuarei trazendo escuridão sobre o povo, escuridão sobre escuridão, e se perderá a sabedoria dos sábios e o entendimento dos cultos se ocultará" (Yeshayahu 29:13).<br /> <br /> De acordo com os nossos sábios, a linguagem "Mitzvót Anashim Melumadá" utilizada no versículo se refere ao cumprimento das Mitzvót sem vitalidade e sem vontade. Uma Mitzvá feita sem Kavaná (intenção) se compara a um corpo sem alma. É como um corpo, com todos os seus membros e órgãos em perfeito estado, cada um em seu devido lugar, mas sem a alma que dá a vitalidade a todos eles. Portanto, pela rigorosidade da linguagem do profeta, vemos o quanto é grave cumprir as Mitzvót de maneira simplesmente mecânica. De acordo com o livro Lekach Tov, quando a pessoa cumpre as Mitzvót de maneira mecânica, sem sentimento, isto também é considerado um afastamento da Torá, com todas as suas implicações espirituais.<br /> <br /> David HaMelech, por seu afastamento da Torá, sentiu o quanto isto o aproximou de servir outros deuses. Ninguém o comandou a servir outros deuses, mas ele sentiu em sua espiritualidade uma queda tão grande que era como se alguém o tivesse aproximado de uma idolatria e o tivesse ordenado a servi-la. Ele não se apoiou em seu incrível nível espiritual e no seu vasto conhecimento de Torá para achar que estava protegido. E se isto ocorreu com David HaMelech, muito mais pode ocorrer com cada um de nós.<br /> <br /> Porém, não sentimos que o nosso afastamento da Torá, mesmo quando não ocorre por "força maior", nos aproxima das idolatrias. Podemos até sentir um pequeno "esfriamento" espiritual, mas com certeza não sentimos o mesmo que David HaMelech sentiu. Isto ocorre justamente porque, mesmo quando nós cumprimos as Mitzvót e estudamos Torá, fazemos como "Mitzvót Anashim Melumadá". Infelizmente já estamos tão afastados de D'us que nem mais sentimos, quando deixamos de estudar Torá ou cumprir Mitzvót, que algo nos falta. E talvez não há tragédia maior do que perder a nossa espiritualidade e nem mesmo sentir isto. <br /> <br /> No livro "Mito de Sísifo", Albert Camus descreve a realidade da grande maioria das pessoas: "Levantar, metrô, quatro horas no escritório ou na fábrica, refeição, mais quatro horas de trabalho, metrô, refeição e dormir. Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, no mesmo ritmo constante. Na grande maioria dos casos as pessoas seguem neste caminho facilmente. Mas um belo dia ela desperta e se questiona: Por que?". Infelizmente o que Albert Camus está descrevendo não se aplica apenas a pessoas afastadas da Torá e das Mitzvót. Muitas vezes nós cumprimos as Mitzvót apenas de maneira mecânica, dia após dia, ano após ano, sem sentimento e sem vivacidade. Deixamos nossa vida e nossas Mitzvót caírem no comodismo.<br /> <br /> Precisamos fugir deste tipo de "sonolência espiritual". Precisamos sair da indiferença e começar a cumprir as Mitzvót com seriedade e reconhecimento. Precisamos estudar as Halachót para saber como cumprir as Mitzvót da maneira correta. A vida é como uma ponte estreita, precisamos ser cuidadosos com cada passo, com cada Mitzvá. Mas, acima de tudo, precisamos viver com entusiasmo. Somente com esta energia, com concentração e com foco conseguiremos atravessar a estreita ponte da vida e atingir o nosso objetivo.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Dt. 7:12-11:25, Is. 49:14-51:3,<br />
<br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-35492534132238880412017-08-05T10:48:00.000-03:002017-08-05T10:48:15.842-03:00QUANTO VALE UMA TEFILÁ? - PARASHÁ VAETCHANAN 5777 <table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" id="templateBody" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; border-bottom: 0; border-collapse: collapse; border-top: 0; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 600px;"><tbody>
<tr><td class="bodyContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt;" valign="top"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Yaacov viveu uma vida de muita pobreza. Não havia comida suficiente para alimentar sua família, ele não conseguia pagar suas contas e nunca em sua vida conseguiu ajudar outros necessitados. Ele não tinha idéia de como mudar esta terrível situação. Tentou diversos tipos de trabalho, mas o dinheiro nunca era suficiente.<br /> <br /> Certa vez um amigo lhe contou que havia escutado que na casa onde Yaacov vivia havia um incrível tesouro enterrado sob as tábuas do assoalho, mas Yaacov não acreditou. Outras pessoas também comentaram a mesma coisa, mas Yaacov continuava cético. De tempos em tempos ele dava uma pancada no assoalho com o calcanhar, mas sem muita vontade, para ver se escutava o som de moedas, mas escutava somente um som oco.<br /> <br /> Quando Yaacov já estava velhinho, certo dia sentiu que suas forças terminavam. Em seu leito de morte, viu quando uma pessoa entrou em sua casa, levantou uma tábua solta do assoalho e retirou de lá um baú cheio de ouro e pedras preciosas. A riqueza que poderia ter dado a Yaacov e sua família uma vida digna estava dentro daquele baú. Diante dos seus olhos escurecidos passaram os detalhes de toda a sua vida miserável. O remorso de nunca ter procurado o tesouro foi uma facada no coração de Yaacov, que deu seu último suspiro e morreu". <br /> <br /> Este sentimento de remorso certamente estará presente em todos aqueles que não acreditam e não utilizam a força da Tefilá (reza). Muito do que a pessoa precisa na vida já está pronto para ela, só falta ela pedir para D'us. Mas nós não pedimos. Nos esforçamos, trabalhamos mais e mais, mas não fazemos o mais importante: Tefilá.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Vaetchanan (literalmente "Eu implorei"), na qual Moshé continuou recordando os principais acontecimentos dos 40 anos em que o povo permaneceu no deserto, entre eles a reclamação do povo por água, que causou com que Moshé batesse na pedra ao invés de falar com ela, recebendo o decreto espiritual de não entrar mais na Terra de Israel. Porém, mesmo assim Moshé não desistiu e continuou implorando para que D'us revogasse o decreto. Nossos sábios explicam que a linguagem "Vaetchanan" tem o valor numérico de 515, que corresponde ao número de vezes que Moshé Rabeinu rezou e implorou para que pudesse entrar em Israel, tamanho era o seu amor pela Terra e pelas Mitzvót que poderia cumprir lá.<br /> <br /> Porém, há alguns questionamentos em relação a este ensinamento. Moshé, apesar de se assemelhar a um anjo, fez um erro que, em seu nível, foi algo muito grave, pois perdeu a oportunidade de santificar o nome de D'us diante do povo, o que os ajudaria em sua elevação espiritual. Foi por isso que D'us o castigou com um decreto tão duro. Portanto, se D'us já havia feito um decreto nos mundos espirituais, de que adiantava Moshé rezar?<br /> <br /> Além disso, Rashi (França, 1040 - 1105) nos ensina que, em Lashon HaKodesh (língua através da qual D'us criou o mundo), existem 10 linguagens diferentes para reza. O que representa a linguagem "Vaetchanan" e por que Moshé escolheu justamente esta linguagem para transmitir ao povo que ele havia rezado?<br /> <br /> Outro questionamento surge quando observamos o conteúdo da reza de Moshé. A Parashá começa com as seguintes palavras: "Eu implorei a D'us naquele momento e disse: 'D'us, você começou a mostrar ao Seu servo a Sua grandeza e a Sua mão forte, pois quem é como D'us no Céu ou na terra que pode fazer como Suas ações e Seu poder? Por favor, deixe-me atravessar e ver a boa terra que está do outro lado do Jordão'" (Devarim 3:23-25). Percebemos que, antes de fazer seu pedido, Moshé se alongou em louvores a D'us. Mas D'us precisa de louvores? Por que Moshé não foi direto ao ponto?<br /> <br /> E, finalmente, se D'us sabe tudo, Ele já sabia que Moshé queria entrar na Terra de Israel, já conhecia o amor dele pela Terra e sua vontade de cumprir as Mitzvót. Então por que Moshé precisou pedir?<br /> <br /> Explicam os nossos sábios que da Tefilá de Moshé Rabeinu aprendemos muitos ensinamentos práticos para nossa própria Tefilá. Por exemplo, o Talmud (Brachót 10a) afirma que "mesmo que uma espada afiada esteja colocada sobre o pescoço de uma pessoa, ela não deve desistir da misericórdia de D'us". Isto vale para situações do mundo material, como uma pessoa literalmente em uma situação de perigo de vida, mas também vale em relação à anulação de decretos espirituais. Moshé, mesmo sabendo que havia um decreto espiritual que o impedia de entrar em Israel, não deixou de rezar.<br /> <br /> Mas de onde Moshé aprendeu que a Tefilá pode anular até mesmo decretos Celestiais? Observando os atos de D'us. Quando houve o decreto de destruição de todo o povo judeu, após a terrível transgressão do bezerro de ouro, D'us falou para Moshé "E agora Me deixe, e Minha fúria queimará sobre eles e Eu os destruirei, e Eu farei de você um povo grande" (Shemot 32:10). Moshé então se perguntou: "Por acaso eu estou segurando D'us e O impedindo de cumprir o Seu decreto? Por que Ele está dizendo 'Me deixe'?". Moshé entendeu que D'us estava dizendo: "Está nas suas mãos salvar o povo judeu. Depende da sua Tefilá. Se você Me deixar, isto é, se você não fizer nada, Eu destruirei o povo. Mas sua Tefilá pode anular o decreto Celestial". Por isso Moshé entendeu que a Tefilá também tinha força para cancelar o decreto de não poder entrar na Terra de Israel.<br /> <br /> Um segundo ponto que aprendemos da Tefilá de Moshé é a linguagem utilizada por ele. "Vaetchanan" vem da linguagem "Lechanen", que significa "agraciar". Rashi explica que esta expressão se refere a "Matanat Chinam", um "presente gratuito". Normalmente pedimos para D'us as coisas com o sentimento de que Ele está nos devendo, como se fosse obrigação Dele nos dar o que precisamos. Achamos que somos tão bons e corretos que temos o direito, pelos nossos méritos, de cobrar de D'us, como se disséssemos: "Minha parte eu já fiz, D'us. Agora faça a Sua parte". Porém, não é assim que os Tzadikim (Justos) se comportam. Quando eles pedem algo para D'us, o fazem com o sentimento de que receberão um presente gratuito, isto é, eles sabem que não merecem receber nada e que tudo o que D'us nos dá é apenas por causa da Sua infinita Misericórdia. Os Tzadikim sentem como se sempre estivessem devendo para D'us e nunca cobram nada Dele. Assim também deve ser a intenção dos nossos pedidos durante a Tefilá, não como uma cobrança de D'us, e sim como um pedido baseado na Sua misericórdia infinita.<br /> <br /> Aprendemos também de Moshé que, antes de pedir algo para D'us, devemos louvá-Lo e engrandece-Lo. É por isso que a nossa principal Tefilá, a Amidá, é dividida em três partes: Louvores, Pedidos e Agradecimentos. Antes de começarmos a pedir algo, louvamos a D'us e reconhecemos a Sua grandeza. D'us não precisa dos nossos louvores, mas nós precisamos, para que antes de nos dirigirmos a D'us possamos lembrar quem Ele é. Para falar com um presidente, uma pessoa precisa de meses de espera, além de passar por um verdadeiro exército de secretárias e assessores. Mas com D'us, o Rei dos reis, é o contrário. Apesar Dele ser infinito, enquanto nós somos insignificantes diante Dele, mesmo assim Ele nos escuta e anseia pela nossa Tefilá.<br /> <br /> Finalmente, se D'us sabe tudo, então por que precisamos pedir? Para que possamos colocar no nosso coração a certeza de que tudo vem Dele. Muitas vezes nos perdemos na escuridão e confusão do mundo material. Achamos que a cura vem do médico e dos remédios. Achamos que encontrar a nossa "alma gêmea" depende das pessoas que vão nos apresentar alguém que combina conosco. Achamos que o dinheiro vem do nosso esforço e da nossa inteligência. Tudo isso é uma grande enganação. A Tefilá nos dá a claridade de que tudo vem de D'us. Devemos fazer o nosso esforço, mas nunca esquecendo que tudo vem Dele. É por isso que, mesmo D'us sabendo o que necessitamos, nós precisamos pedir.<br /> <br /> O Rav Chaim Vologziner zt"l (Lituânia, 1749 - 1821) explica que as palavras do versículo "Ele (D'us) reconta para a pessoa quais foram os seus atos" (Amós 4:13) se referem à revelação que as pessoas terão, no Mundo Vindouro, em relação aos presentes que elas teriam recebido se tivessem acreditado na força da Tefilá e a tivessem utilizado. Será mostrado para estas pessoas como suas Tefilót teriam feito diferença se tivessem sido ditas com concentração e sinceridade. A pessoa doente poderia ter se curado, o casal sem filhos poderia ter sido atendido e a pessoa procurando por uma esposa poderia ter encontrado. Assim afirma o Talmud (Brachót 6b): "Há coisas que estão no topo do mundo, porém as pessoas desprezam". Rashi explica que este ensinamento se refere a coisas elevadas como a nossa Tefilá, que podem mudar a nossa vida, neste mundo e no Mundo Vindouro, e mesmo assim nós não damos o devido valor.<br /> <br /> De acordo com o Midrash (parte da Torá Oral), no versículo "Eu implorei a D'us naquele momento e disse", a linguagem "e disse" se refere a um ensinamento de Moshé para as futuras gerações. Moshé estava dizendo que ninguém deve se desesperar nem desanimar diante de uma situação difícil. Da mesma forma que ele nunca desistiu e continuou rezando mesmo após D'us ter decretado que os portões da Terra de Israel estavam trancados para ele, nós também nunca devemos desistir da misericórdia de D'us.<br /> <br /> Depois da destruição do nosso Beit Hamikdash (Templo Sagrado), uma divisória de ferro nos separou do nosso "Pai Celestial". Porém, um portão nunca foi fechado: o portão das lágrimas. A Tefilá é chamada de "o serviço do coração". Portanto, o principal é abrir o nosso coração, colocando toda a nossa confiança em D'us, cuja Misericórdia é infinita. Como um pai que ama seu filho, D'us quer nos dar tudo o que precisamos. Ele está ansiosamente aguardando apenas a nossa Tefilá.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Dt. 3:23·7:11, Is. 40:1-26Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-45040642985780721572017-06-23T21:32:00.002-03:002017-06-23T21:32:48.432-03:00O FOGO DAS DISCUSSÕES - PARASHÁ KORACH 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Por causa dos conflitos que ocorreram durante a Revolução Russa, em 1917, uma quantidade muito grande de judeus foi viver em Radin, na Polônia. Chegando lá, muitos dos novos moradores decidiram criar um novo "Chevra Kadisha" (entidade responsável pelos cuidados com os mortos e com os rituais de sepultamento) na cidade, apesar de já existir há muitos anos em Radim um "Chevra Kadisha". Um mal estar se formou na cidade, dando indícios de que uma grande Machloket (discussão destrutiva) se iniciaria por causa deste assunto.<br /> <br /> No Shabat, no final da Tefilá de Shacharit, o rabino Isroel Meir HaCohen (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, se levantou, se direcionou ao púlpito e pediu a permissão para falar algumas palavras. E assim ele começou:<br /> <br /> - Meus queridos irmãos, mesmo se tivessem me oferecido mil rublos para vir dar um discurso aqui na sinagoga, eu não teria aceitado. Eu já estou velho e cada instante da minha vida é tão precioso que por nenhum dinheiro do mundo eu venderia o meu tempo. Mas eu senti que há uma enorme necessidade de hoje dizer algumas palavras para vocês. Eu estou aqui na cidade há mais de 50 anos, eu me lembro de todos os judeus que passaram por esta sinagoga. Onde eles estão hoje? De alguns restaram apenas os túmulos no cemitério. Muitos de vocês ainda não haviam nem nascido. Outros, que eram apenas crianças, hoje estão entre os mais velhos da comunidade. Que D'us queira que todos possamos ter vidas longas, mas sabemos que no final das contas todos iremos para "lá" e teremos que prestar contas de tudo o que fizemos aqui.<br /> <br /> - E saibam, meus senhores - continuou o Chafetz Chaim, com a voz emocionada - que este assunto de Machloket é algo muito grave. Até mesmo aquele que cumpre muitas Mitzvót, quando se envolve em uma Machloket, é como se tivesse jogado seus méritos dentro de um pacote furado. Tenho certeza de que quando vocês entenderem "lá" o nível de rigorosidade do julgamento, tentarão de tudo para se salvar. Talvez vocês dirão no Tribunal Celestial: 'Havia um judeu na nossa cidade, chamado Isroel Meir, que o consideravam um grande sábio de Torá. Ele viu toda a Machloket e ficou em silêncio'. Por isso eu estou aqui hoje, para pedir por favor que vocês não mencionem meu nome. Eu já tenho o meu "pacote" e não sei como farei para passar o meu julgamento. Portanto, não posso receber sobre mim a responsabilidade dos outros.<br /> <br /> De repente, o Chafetz Chaim começou a chorar, um choro amargo e triste, e todo o seu corpo tremia de medo. As pessoas da cidade ficaram tão sensibilizadas que imediatamente receberam sobre si cancelar a criação da nova "Chevra Kadisha". Além disso, para trazer de volta a paz para a cidade de Radin, decidiram que nos próximos três anos ninguém teria que pagar os custos dos enterros, tudo seria feito apenas através de atos voluntários, um ato de "Chessed Shel Emet" (bondade verdadeira)".<br /> <br /> Infelizmente muitas vezes entramos em brigas e discussões por não saber a gravidade dos nossos atos. A Machloket é um fogo que queima e destrói, tanto neste mundo quando no Mundo Vindouro.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
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</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A Parashá desta semana, Korach, é uma incrível demonstração de que a nossa Torá é um livro de Emet (verdade). A Torá não esconde nem encobre nenhuma transgressão, mesmo as cometidas por Tzadikim (pessoas justas e corretas). Além disso, ao estudarmos sobre os erros cometidos por outras pessoas, podemos aprender valiosos ensinamentos para as nossas vidas, e de forma muito mais objetiva, pois é mais fácil enxergar os erros dos outros do que os nossos próprios erros.<br /> <br /> A Parashá descreve um triste episódio que envolveu inclusive pessoas da tribo espiritualmente mais elevada do povo judeu, a tribo de Levi. Motivado pela inveja e pela busca de honra, Korach, um homem da tribo de Levi, iniciou uma rebelião contra Moshé e Aharon, seus primos. Através de sua lábia, Korach conseguiu envolver mais 250 homens da tribo de Levi em uma disputa contra a liderança de Moshé. O principal argumento de Korach era que as escolhas de Moshé como líder e Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) haviam sido planejadas por eles mesmos e não haviam sido uma indicação de D'us. Para alcançar seu objetivo, Korach usou a força da "Leitzanut" (fazer palhaçada com coisas sérias), ridicularizando em público os ensinamentos de Moshé e tentando mostrar contradições que provavam que ele não era uma pessoa elevada.<br /><br /> Infelizmente as consequências desta rebelião foram trágicas. Os líderes da rebelião, Korach, Datan e Aviram, foram tragados pela terra junto com suas famílias e seus pertences, um milagre aberto de D'us, algo que nunca havia ocorrido na história. Além disso, os 250 homens da tribo de Levi que também participaram da rebelião, ao oferecerem um incenso que D'us não havia comandado, foram consumidos por um fogo celestial. D'us havia demonstrado, de maneira aberta e milagrosa, que Moshé estava certo e Korach e seus seguidores eram os verdadeiros transgressores. Porém, para a nossa surpresa, tudo isto não foi suficiente para acabar com a força da Machloket. Outros milagres e tragédias tiveram que acontecer para que a situação se acalmasse.<br /> <br /> Apesar de sabermos que as Machlokot criam desunião, algo que enfraquece muito o povo judeu, estamos longe de entender os verdadeiros efeitos do "fogo" de uma Machloket sobre o ser humano. De acordo com o <em>Rav Leib Chassman </em>zt"l (Lituânia,1869 - Israel, 1935), da nossa Parashá podemos entender a gravidade e a profundidade da transgressão de criar Machlokot. As Machlokot cegam e desviam o nosso coração, nos afastando dos caminhos de D'us. A prova disto é que, mesmo após todas as provas que D'us deu ao povo sobre a escolha Divina de Moshé e o quanto ele era correto, através da morte milagrosa de todos os rebeldes, mesmo assim o povo continuou reclamando, demonstrando que o fogo da Machloket ainda não havia se extinguido, como está escrito: "E no dia seguinte, reclamou toda a congregação dos Filhos de Israel sobre Moshé e Aharon, dizendo: 'Vocês mataram o povo de D'us'" (Bamidbar 17:6). Depois de um milagre tão grande, feito diante dos olhos de todo o povo, eles ainda não acreditaram em D'us, demonstrando que a Machloket cega os nossos olhos e entorpece o nosso coração. Esta obstinação custou caro ao povo judeu, que foi castigado com uma dura praga, como está escrito: "E foram os mortos na praga 14.700 pessoas" (Bamidbar 17:14).<br /> <br /> Porém, o mais assombroso é perceber que nem mesmo a morte de tantas pessoas foi suficiente para apagar o fogo da Machloket. Logo depois desta praga, D'us fez ainda mais uma demonstração milagrosa de que Aharon era o verdadeiro escolhido para ser o Cohen Gadol. O líder de cada tribo trouxe um cajado, com o nome da tribo escrito nele. Aharon, representando a tribo de Levi, também trouxe o seu cajado. Todos eles foram colocados dentro do Mishkan e, no dia seguinte, o cajado de Aharon milagrosamente tinha florescido e brotado amêndoas. Este era o sinal definido por D'us, como está escrito: "E será o homem que for o escolhido, seu cajado vai brotar, e Eu farei diminuir as reclamações dos Filhos de Israel" (Bamidbar 17:20). Destas palavras aprendemos que até este evento milagroso dos cajados o povo judeu continuava reclamando, mesmo que já haviam ocorrido diversas provas de que Moshé e Aharon estavam com a razão. Somente então terminou a força da Machloket, o "fogo" iniciado por Korach e seus seguidores.<br /> <br /> A Parashá, portanto, traz uma demonstração assustadora da força de uma Machloket, um fogo que, quando aceso, dificilmente consegue ser controlado e apagado, causando muitas tragédias dentro do povo judeu. Quando uma pessoa entra em uma discussão, dificilmente mantém a sua claridade e a sua objetividade, pois a partir deste momento ela não busca mais a verdade, e sim apenas vencer a discussão. Por isso, mesmo quando fica claro que a pessoa está errada, ela continua em sua cegueira, não querendo enxergar o que é óbvio.<br /> <br /> Pensamos que Machlokot destrutivas ocorrem apenas em grandes discussões. Mas a verdade é que mesmo dentro das famílias, dentro de grupos de amigos e dentro das sinagogas são criadas Machlokot, às vezes até mesmo por motivos banais. Enquanto um fogo está apenas no palito de fósforo, temos total controle sobre seus efeitos. Mas a partir do momento em que o fogo começa a se espalhar, com muita facilidade perdemos o controle. O fogo tem um incrível poder destruidor, causando dezenas ou centenas de vítimas em questão de minutos. Assim também são as Machlokot, mesmo quando achamos que elas estão "sob controle", com muita facilidade podem acabar se espalhando e deixando vítimas pelo caminho.<br /><br /> Como foi mencionado pelo Chafetz Chaim, após os 120 anos todos nós prestaremos contas dos nossos atos. A Machloket queima e destrói os nossos méritos. Mesmo Korach, um grande Tzadik, que certamente havia feito milhares de Mitzvót na vida, perdeu tudo por causa de sua Machloket. 250 homens da tribo de Levi, que não haviam participado de outras terríveis transgressões feitas pelo povo judeu no deserto, como o bezerro de ouro e o envio dos espiões, acabaram tropeçando por causa da Machloket. Por isso, não importa o nosso nível, devemos tentar fugir das discussões, para não termos problemas no nosso julgamento no Olam Habá e possamos ter o mérito de uma vida longa e cheia de Brachót neste mundo.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Nm. 16:1-18:32, 1 Sm. 11:14-12:22Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-49616930830905706152017-06-09T20:32:00.001-03:002017-06-09T20:32:44.400-03:00RECLAMANDO DE BARRIGA CHEIA - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Havia uma pequena cidade no Oriente Médio que era muito famosa por sua deliciosa carne de cervo. De várias partes do mundo as pessoas viajavam para lá somente para poder provar aquele sabor tão delicioso e especial. O povo judeu, ao sair do Egito, estava acampando no deserto não muito longe daquele lugar. Os judeus também escutaram sobre aquela carne gostosa e tiveram desejo de saboreá-la. Alguns judeus pensaram que seria uma boa ideia desviar-se um pouco da rota para poder ir àquele lugar e desfrutar da famosa carne de cervo. Porém, necessitavam da aprovação de Moshé Rabeinu, já que o povo judeu não fazia nada sem seu consentimento. Quando alguém por fim tomou coragem de pedir a Moshé permissão para ir àquele lugar, ele negou. Por mais que tentassem convencê-lo de que valeria a pena, não conseguiram. Até que um deles pediu a Moshé:<br /> <br /> - Por favor, Moshé, nos explique por que não! O que há de errado?<br /> <br /> Moshé, com enorme paciência, respondeu:<br /> <br /> - Vou explicar o que acontece. Todos os dias de manhã cai no nosso acampamento o Mán, um "pão do céu". Mesmo que já estamos acostumados, é um alimento milagroso em várias aspectos. Por exemplo, conforme os raios do sol começam a brilhar, o Mán que não foi recolhido pelo povo se derrete e forma um pequeno riacho, que flui para um rio. Então os cervos daquele lugar bebem a água desse rio e, consequentemente, parte do Mán derretido, diluído na água, entra em seus corpos. Por isso as pessoas desfrutam tanto do sabor desta carne. Por que vocês, que têm aqui todos os dias o Mán fresco, querem ir até lá comer resíduos?"<br /><br /> Esta história, adaptada de um Midrash, nos ensina que muitas vezes buscamos a felicidade e o propósito de nossas vidas em lugares distantes do judaísmo. Sacrificamos muitas coisas para isso, sem nos dar conta que dentro da Torá podemos encontrar a verdadeira felicidade. Então por que se contentar com os resíduos dela?</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Behaalotechá (literalmente "quando você acender"), que começa com o comando de D'us para que Aharon HaCohen fizesse o acendimento diário da Menorá. Depois disso a Parashá traz um versículo de louvor para Aharon, afirmando que "E assim fez Aharon... conforme D'us ordenou a Moshé" (Bamidbar 8:3). Mas o que este louvor tem de especial? Não era o esperado de Aharon, uma pessoa tão elevada espiritualmente, que ele cumprisse exatamente o que D'us ordenou? A resposta está na continuação da Parashá, que começa a descrever muitos atos de rebeldia do povo judeu. Por exemplo, a Parashá traz uma das reclamações que o povo judeu fez no deserto, por causa de comida, como está escrito: "E a multidão que estava entre eles sentiu um enorme desejo e mais uma vez também choraram os Filhos de Israel. E eles disseram: 'Quem nos alimentará com carne?'" (Bamidbar 11:4).<br /><br /> Quem era esta "multidão"? De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), comentarista da Torá, tratava-se dos "Erev Rav", egípcios que se misturaram com o povo judeu durante a saída do Egito. Eles estavam em um nível espiritual muito baixo, por isso começaram a reclamar e a chorar por causa do desejo de comer carne. Infelizmente o povo judeu acabou se unindo a eles no choro e foram duramente castigados.<br /> <br /> Mas como entender este comportamento do povo judeu? Imagine um grupo de banqueiros, vestidos com os ternos mais finos, saindo de uma importante reunião de negócios na qual fizeram transações de bilhões de dólares. Os banqueiros então olham para um grupo de crianças brincando na areia e subitamente desejam brincar junto com elas. Os banqueiros tiram seus ternos caros, arregaçam as mangas de suas camisas importadas e se sentam para brincar na areia. Porém, quando uma das crianças percebe que havia pouca areia para brincar, começa a chorar. Ao escutar o choro da criança, os banqueiros também ficaram tristes pela falta de areia e também começam a chorar. É difícil imaginar que um quadro destes possa realmente acontecer, a não ser que o grupo de banqueiros enlouqueça completamente.<br /> <br /> Da mesma forma, como podemos entender o comportamento do povo judeu, que se uniu aos "Erev Rav" para chorar por carne? Os judeus estavam em um nível muito elevado, haviam presenciado no Egito enormes milagres e tinham recebido a Torá diretamente de D'us no Monte Sinai. Além disso, não faltava nada de alimento para eles. Recebiam diariamente o Mán, um alimento que literalmente caía do céu para alimentá-los. Nem mesmo o prazer da gastronomia faltava ao povo judeu, pois além de o Mán conter todos os nutrientes necessários para manter o povo judeu saudável, ele também podia ter o gosto que as pessoas desejassem. Então qual era o problema do povo judeu? O que faltava para eles?<br /> <br /> A pergunta fica ainda mais forte quando lemos a continuação da reclamação do povo judeu: "Nos lembramos do peixe que nós comíamos de graça no Egito" (Bamidbar 11:5). Como pode ser que o povo judeu preferia a comida do Egito, que vinha misturada com lágrimas e com o sangue de suas feridas, ao invés do Mán, que era comido com gosto e com tranquilidade? Além disso, o que quer dizer que o peixe era "de graça"? A Torá nos ensina que nem mesmo a palha era dada de graça para que eles fabricassem os tijolos!<br /> <br /> Explica Rashi algo impressionante: a expressão "de graça" significa "sem Mitzvót". A comida que eles comiam no Egito não era gratuita, mas era sem Mitzvót, isto é, eles comiam sem obrigações. Podiam comer o que quisessem e da maneira que quisessem, não havia regras. Isto demonstra a força que o materialismo exerce sobre o ser humano. Mesmo que eles estavam em um nível espiritual elevado, mesmo que eles tinham tudo de bom, o materialismo os puxava para baixo, a ponto de reclamarem sobre a falta de carne mesmo tendo tudo de bom na vida. Pelo prazer de viver uma vida sem regras e sem leis, sentiram saudades dos dias de escravidão.<br /> <br /> Qual foi a resposta de D'us para a reclamação do povo judeu? O próximo versículo da Torá diz: "E o Mán era como a semente do coentro e sua cor era como a cor do cristal" (Bamidbar 11:6). Segundo Rashi, é como se D'us estivesse dizendo: "Vejam, seres humanos, sobre o que os Meus filhos estão reclamando!". D'us quis ressaltar como era uma reclamação sem cabimento, o famoso "reclamar de barriga cheia".<br /> <br /> O terrível efeito do materialismo e da busca por prazeres foi ressaltado na Parashá da semana passada, Nassó, com a justaposição de dois assuntos: a mulher "Sotá" e a pessoa que recebia sobre si o voto de "Nazir". A Sotá era uma mulher que, por causa de seus desejos materiais desenfreados, se colocou em uma situação de suspeita de infidelidade. Ela então precisava passar por uma degradante cerimônia pública para demonstrar sua inocência. Logo depois a Torá fala sobre o voto de Nazir, quando alguém voluntariamente recebia sobre si algumas proibições, como se abster do prazer de beber vinho. Por que a Torá juntou estes dois assuntos? De acordo com o Talmud (Sotá 2a), isto nos ensina que todo aquele que assistia uma mulher Sotá passando por aquela cerimônia degradante deveria imediatamente receber sobre si um voto de Nazir e se afastar do prazer do vinho, para diminuir sobre si o impacto do materialismo.<br /> <br /> É interessante perceber que, de acordo com a linguagem do Talmud, todas as pessoas que tivessem assistido a cerimônia de Sotá deveriam receber sobre si o voto de Nazir, inclusive se fossem pessoas muito elevadas espiritualmente, pessoas de comportamento impecável. Apesar de estarmos falando de uma mulher baixa e corrompida, que naturalmente não era um modelo de vida para ninguém, mesmo assim o Talmud ressalta que todos precisavam fazer o voto de Nazir. Isto nos ensina que a força do materialismo é tão intensa sobre o ser humano que mesmo uma pessoa elevada espiritualmente não está a salvo de se desviar e de sofrer um enorme tropeço. A Torá traz exemplos de gigantes espirituais, como Korach e os líderes das tribos que foram espionar a Terra de Israel, que após viverem uma vida inteira de santidade e retidão, acabaram em um instante se desviando e caindo em um abismo espiritual. Por isso nossos sábios ensinaram: "Não confie em você mesmo até o dia da sua morte" (Pirkei Avót 2:4).<br /> <br /> Se isto se aplica até mesmo a gigantes espirituais, certamente nós, pessoas comuns, devemos ser ainda mais cuidadosos com os tropeços do mundo material. Se o povo judeu caiu por influência dos Erev Rav, e se mesmo essoas grandes precisavam tomar uma atitude drástica após assistir uma cerimônia de Sotá, também devemos estar muito atentos com as influencias que recebemos. Acabamos nos expondo a notícias que banalizam a desonestidade, a traição e a promiscuidade. E o maior perigo vem do fato de vivermos em uma sociedade que justifica comportamentos distorcidos e os transformam em "corretos". Grandes transgressões se transformam em "parte da vida cultural e seus progressos".<br /> <br /> Aharon foi elogiado pela Torá pois, apesar de toda a pressão social, ele conseguiu se manter íntegro e cumpriu a vontade de D'us. É nossa obrigação se afastar das influências negativas. Devemos blindar nossas casas, não apenas pelas nossas crianças, mas também por nós mesmos, pois todos estamos expostos às forças do materialismo. Temos a nossa Torá, a fonte de toda a sabedoria. Não precisamos nos expor em busca de felicidade e prazer, procurando fontes duvidosas, sendo que temos a principal fonte de felicidade nas nossas mãos. Muitas vezes abandonamos a Torá em busca de novos prazeres, mas acabamos ficando apenas com os resíduos.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Nm. 8:1-12:16, Zc 2:10 -4:7Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-1616787427338673062017-05-26T20:17:00.000-03:002017-05-26T20:17:25.186-03:00O VALOR DA TORÁ - PARASHÁ BAMIDBAR E SHAVUÓT 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Certa vez um pobre bateu na porta de Shimon, um grande erudito de Torá, um homem extremamente justo e piedoso. Quando Shimon viu que não tinha nada para dar ao pobre, ficou muito triste. Em total desespero, viu na mesa da sala uma pulseira de sua esposa. Achou que era uma pulseira simples, algo de pouco valor. Sem pensar duas vezes, pegou a pulseira e deu ao pobre, que agradeceu e foi embora.<br /> <br /> Alguns minutos se passaram e a esposa de Shimon entrou em casa. Quando ela percebeu que a pulseira não estava na mesa, começou a procurar desesperada por toda a casa. Foi então que Shimon contou que um pobre faminto havia batido na porta e havia pedido dinheiro, mas como ele não tinha encontrado nada para dar ao pobre, acabou dando a pulseira. A mulher, não acreditando no que havia acabado de escutar, falou:<br /> <br /> - Shimon, você ficou louco? Aquela pulseira valia muito dinheiro! Custou mais de R$ 500,00!<br /> <br /> Quando Shimon escutou aquilo, imediatamente saiu correndo atrás do pobre, gritando. O pobre não estava muito longe quando viu Shimon correndo em sua direção, com o rosto desesperado. O pobre se assustou, achando que aquele homem havia se arrependido de sua doação e estava vindo pegar a pulseira de volta. Quase que instintivamente ele começou a correr, fugindo de Shimon. As pessoas da cidade, quando viram Shimon perseguindo o pobre aos berros, também se uniam à perseguição. Quando finalmente o pobre foi alcançado, ele gritou:<br /> <br /> - Me deixem! Por que vocês estão me perseguindo? Eu não sou ladrão! Este homem me deu a pulseira, ela é minha!<br /> <br /> Shimon tratou de acalmar os ânimos. Pediu desculpas a todos pelo transtorno causado. Depois, com uma voz tranquila e amigável, virou-se para o pobre e disse:<br /> <br /> - Meu querido, D'us me livre querer pegar a pulseira de volta. Eu dei de coração, ela é sua. Eu estou correndo atrás de você apenas porque descobri que a pulseira é valiosa, muito mais do que eu imaginei. Portanto, quando você for vender, não peça menos do que R$ 500,00".<br /> <br /> Esta é a essência de Shavuót, a Festa da entrega da Torá. Porém, mais do que nos entregar a Torá, D'us também quer que saibamos o verdadeiro valor dela, para que não a desprezemos ou a troquemos por coisas baratas.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana começamos um novo livro da Torá, Bamidbar (literalmente "No deserto"). Neste livro são detalhados muitos acontecimentos importantes que ocorreram durante os 40 anos em que o povo judeu permaneceu no deserto, como o erro dos espiões, as constantes reclamações por água e comida e as guerras contra outros povos. A Parashá desta semana, Bamidbar, descreve a formação do povo judeu durante as viagens e a forma como acampavam, divididos em tribos, cada tribo com sua posição muito bem definida.<br /> <br /> Quando refletimos sobre os 40 anos do povo judeu no deserto, algo nos chama a atenção. Foram anos de muitas dificuldades. O deserto é um local inóspito, difícil para o ser humano viver. É um local sem água, sem comida e com muitos perigos naturais. Além disso, D'us testou muitas vezes o povo judeu, fazendo-os acampar por longos períodos em locais não muito agradáveis, enquanto algumas vezes, quando chegavam a um oásis paradisíaco, ficavam apenas poucos momentos. Os judeus já haviam passado 210 anos como escravos, submetidos às maiores crueldades, com castigos físicos e psicológicos. Por que D'us não os tirou do Egito de uma maneira mais tranquila, sem tantas dificuldades?<br /> <br /> A resposta está na próxima Festividade do calendário judaico, Shavuót, o dia da entrega da Torá no Monte Sinai. Na próxima 3ª feira de noite (30 de maio) começa a Festa de Shavuót e os homens do povo judeu têm o importante costume de passar a noite inteira acordados, estudando Torá. Mas a entrega da Torá não foi um evento simples, envolveu detalhes que nos ensinam lições preciosas. Por exemplo, quando Moshé fez uma "revisão" de toda a Torá, no livro de Devarim, ele trouxe um ensinamento interessante: "E disse (Moshé): "D'us veio do Sinai. Ele brilhou para eles desde Seir, tendo aparecido para eles desde o Monte Paran" (Devarim 33:2). Rashi (França, 1040 - 1105) explica que este versículo se refere ao momento em que D'us, antes de entregar a Torá ao povo judeu, também a disponibilizou às outras nações do mundo. D'us ofereceu a Torá aos descendentes de Essav, que viviam na terra de Seir. Porém, quando eles descobriram que a Torá continha o mandamento de "Não assassinarás", eles a rejeitaram, argumentando que eles eram pessoas violentas por natureza e, portanto, não poderiam cumprir este mandamento. Algo similar aconteceu com os descendentes de Ishmael, que viviam no Monte Paran. Eles também rejeitaram a Torá ao escutar que ela continha o mandamento "Não furtarás", argumentando que o roubo era algo que já fazia parte de sua natureza.<br /> <br /> Porém, este ensinamento precisa de esclarecimentos. Em primeiro lugar, estas duas Mitzvót que os outros povos rejeitaram, "Não matarás" e "Não furtarás", também fazem parte das "7 Mitzvót de Bnei Noach", que são as Mitzvót que todos os povos do mundo têm obrigação de cumprir. Portanto, se eles já estavam automaticamente obrigados a cumprir estas Mitzvót, por que as utilizaram como justificativa para não receber a Torá?<br /> <br /> Além disso, as Mitzvót que aparecem nas "7 Mitzvót de Bnei Noach" são aparentemente muito mais rigorosas do que as Mitzvót da Torá. Por exemplo, de acordo com a Torá, se alguém furta, sua punição é pagar o dobro do valor furtado. Já as Mitzvót de Bnei Noach preveem uma punição capital para esta mesma transgressão, um castigo muito mais duro. Outra diferença importante é que, para uma pessoa ser condenada de acordo com a Torá, é necessário que o transgressor tenha sido previamente avisado de que seu ato é passível de castigo e que duas testemunhas tenham visto a transgressão. Isto não é exigido para aplicar uma punição de acordo com as Mitzvót de Bnei Noach. Portanto, por que os outros povos rejeitaram a Torá argumentando que eles não poderiam cumprir justamente as mesmas Mitzvót que eles já estavam obrigados a cumprir, e de uma maneira muito mais rigorosa?<br /> <br /> A resposta está em um interessante ensinamento do Rambam (Espanha, 1135 - Egito, 1204), na introdução dos seus comentários sobre o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas). Ele faz o seguinte questionamento: Qual é o maior nível espiritual no nosso serviço Divino, quando naturalmente não temos o desejo de fazer uma transgressão ou quando temos um intenso desejo e, após uma intensa luta interna, finalmente conseguimos vencer nosso Yetser Hará (má inclinação) e cumprir a vontade de D'us? O Rambam chega à conclusão de que há na Torá duas categorias de Mitzvót negativas (transgressões que devemos evitar). Há transgressões que naturalmente sentimos a obrigação de evitá-las, pois entendemos que não evitá-las é algo intrinsecamente errado, como assassinar, roubar ou cometer adultério. A segunda categoria de Mitzvót são aquelas que não teríamos intelectualmente a consciência de que são proibidas e somente evitamos porque D'us nos proibiu, como cozinhar carne com leite e vestir roupas com Shaatnez (mistura de lã com linho).<br /> <br /> Em relação às Mitzvót que não teríamos consciência de que são intrinsecamente erradas, o maior nível de cumprimento é, apesar de desejar transgredi-las, conseguir se conter porque D'us nos comandou, como diz o Midrash: 'Ensina o Rav Elazar ben Azaria: "A pessoa não deve dizer "Eu me abstenho de comer porco porque não gosto", e sim "Eu gosto de porco, é saboroso, mas eu não como apenas porque D'us me comandou a não comer"'. Já em relação às transgressões que naturalmente identificamos como sendo erradas, a Torá nos ordena a nem mesmo desejar fazê-las. A pessoa que evita fazer estes tipos de transgressão, mas no seu interior ainda deseja fazê-las, está cumprindo estas Mitzvót de maneira incompleta. O maior nível de cumprimento deste tipo de Mitzvá é a pessoa abominar estes atos errados em seu coração.<br /> <br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que a diferença entre as 613 Mitzvót da Torá e as 7 Mitzvót de Bnei Noach não é apenas quantitativa, mas também qualitativa. As 7 Mitzvót de Bnei Noach são essencialmente leis que garantem que a sociedade não se autodestruirá. Das pessoas que cumprem as Mitzvót de Bnei Noach é exigido apenas que elas façam ou deixem de fazer alguns tipos de atos, como não roubar ou não matar, mas não é exigido que elas transformem a Mitzvá em parte de suas próprias essências. Não há, nas Mitzvót de Bnei Noach, nenhuma obrigação em relação aos pensamentos e à sensibilidade. Já as Mitzvót da Torá são mais do que apenas garantias de uma sociedade harmônica e equilibrada. As Mitzvót da Torá exigem que nos transformemos em um reflexo do nosso Criador. Isto somente pode ser alcançado se incorporarmos as Mitzvót à nossa essência. Quando cumprimos o "Não furtarás", não estamos apenas deixando de cometer um crime, é exigido de um judeu que ele abomine o ato de furtar e que internalize isso em sua própria essência.<br /> <br /> As Mitzvót que os outros povos do mundo rejeitaram na entrega da Torá se enquadram na categoria das que naturalmente sentimos que são erradas. Na realidade, todas as Mitzvót de Bnei Noach estão nesta categoria. Porém, enquanto os povos cumprem estas Mitzvót como sendo Mitzvót de Bnei Noach, eles não entram na proibição de desejar transgredi-las. O que D'us estava oferecendo para os outros povos era um nível completamente diferente de cumprimento das Mitzvót, que causaria neles uma mudança qualitativa como seres humanos. Há uma enorme diferença entre ser comandado a evitar transgredir algo e ser comandado a repudiar este ato em sua essência, isto é, até mesmo em pensamentos. Foi este novo nível, o cumprimento das Mitzvót de maneira que elas nos transformem, que os outros povos rejeitaram.<br /> <br /> Quando D'us nos deu a Torá, Ele não nos deu apenas mandamentos. Ele nos deu a possibilidade de nos transformarmos em pessoas melhores, de quebrarmos os nossos traços de caráter negativos e transformá-los em características positivas. Isto não é algo fácil, exige trabalho e dedicação. A saída do povo judeu do Egito não foi através de um caminho fácil, pois D'us já estava nos preparando para uma vida de desafios e dificuldades, que é o que nos leva a um crescimento. O descanso e o comodismo podem ser agradáveis ao corpo, mas não nos leva a níveis mais elevados de espiritualidade.<br /> <br /> Shavuót significa receber novamente a Torá em nossas vidas. Não somente o cumprimento dos mandamentos apenas como atos no nosso cotidiano, mas como ferramentas para nos transformar em pessoas mais justas, mais honestas, mais tranquilas e mais bondosas. Em Shavuót podemos reconhecer o maravilhoso presente que D'us nos deu, de valor inestimável. E esta nova energia conquistada em Shavuót pode, e deve, ser levada para o nosso ano inteiro.<br /><br /> Shabat Shalom e Chag Sameach<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
NÚMEROS l:l – 4:20, Os 2:1-22Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-63971555222704697392017-05-19T20:22:00.000-03:002017-05-19T20:22:11.397-03:00TAPAS POR AMOR - PARASHIÓT BEHAR E BECHUKOTAI 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Reuven era um garoto muito agitado. Infelizmente não escutava os conselhos e broncas de seus pais e estava sempre metido em terríveis confusões. Certa vez Reuven foi jogar futebol no gramado em frente à sua casa. Apesar de seu pai tê-lo advertido muitas vezes sobre o cuidado com os carros da rua, todas as vezes em que a bola caía no meio da rua ele saía correndo feito um louco e atravessava a rua sem nem mesmo olhar para os lados.<br /> <br /> Da primeira vez em que a bola caiu na rua e Reuven atravessou sem olhar, um carro que estava passando teve que desviar com uma manobra arriscada. O motorista, muito irritado, parou o carro, abriu a janela e começou a gritar com Reuven, repreendendo-o por sua irresponsabilidade. Mas quando o carro partiu, Reuven simplesmente deu gargalhada do que havia acontecido. Alguns minutos depois a bola novamente caiu na rua e, sem pensar, Reuven foi mais uma vez atravessar de forma irresponsável. Um carro que passava naquele momento precisou dar uma freada brusca, deixando marcas de borracha no asfalto. O motorista saiu do carro, agarrou Reuven pelo braço e deu uma severa bronca nele. Porém, quando o motorista foi embora, mais uma vez o pequeno Reuven deu gargalhada, se divertindo com a situação.<br /> <br /> Porém, da terceira vez em que a bola caiu na rua e Reuven atravessou de maneira irresponsável, o motorista que vinha dirigindo precisou frear forte e desviar do garoto, quase causando um acidente mais grave. O homem saiu do carro com o rosto vermelho de raiva. Quando Reuven olhou para o motorista, ficou apavorado. Ele largou a bola no meio da rua e saiu correndo. Mas o motorista não deixou barato e saiu correndo atrás dele. Eles passaram por vários quintais, pularam várias cercas, até que, finalmente, Reuven se viu diante de um beco sem saída. Era o fim da linha, não havia mais para onde correr. O motorista então o alcançou e lhe deu uma bela surra por causa de seu ato irresponsável. Quem era este homem? Obviamente que era seu pai. Os outros motoristas ficaram irritados com o ato irresponsável de Reuven, mas somente um pai leva tão a sério atos perigosos dos filhos para querer que eles nunca mais se repitam. Um pai se irrita com atitudes perigosas de seu filho e dá duras broncas nele, mas isto é uma demonstração de amor, não de raiva".<br /> <br /> Existe um paralelo do mundo material com o mundo espiritual. Quando D'us nos vê cometendo erros que podem colocar nossa vida eterna em risco, Ele chama a nossa atenção, como um Pai responsável que ama seus filhos.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos duas Parashiót, Behar (literalmente "Na montanha") e Bechukotai (literalmente "Nas Minhas leis"). A Parashá Behar fala sobre a Mitzvá de Shmitá, que nos ensina que devemos deixar os campos que se encontram na Terra de Israel "descansando" uma vez a cada 7 anos, sem arar, plantar ou ter qualquer proveito financeiro de suas colheitas. Esta Mitzvá sempre foi difícil de ser cumprida, principalmente se nos lembrarmos que antigamente dependíamos basicamente da agricultura para nossa sobrevivência. Mesmo assim, cumprir esta Mitzvá e "descansar" nosso campo por um ano inteiro é uma demonstração de Emuná de que é D'us que controla tudo e que é Dele que vem o nosso sustento.<br /> <br /> Já a Parashá Bechukotai começa listando as Brachót (Bênçãos) que recebemos quando andamos nos caminhos corretos e cumprimos as Mitzvót contidas na Torá. Porém, depois disso a Parashá muda o tom e começa a descrever, de forma profunda e detalhada, as terríveis tragédias que futuramente atingiriam o povo judeu caso nos desviássemos dos comandos de D'us. Mas como pode ser que um D'us bondoso permite tantas tragédias e sofrimentos? Quando vemos esta parte da Parashá fora de contexto, podemos chegar a conclusões completamente equivocadas.<br /> <br /> Imagine um dia no qual você está em casa, conversando tranquilamente com seus amigos, quando seu pai entra. Ele está visivelmente irritado e começa a se comportar com você de maneira estranha. Ele está muito bravo, quase descontrolado. Mesmo que você tenha esquecido de arrumar seu quarto ou tenha tirado uma nota baixa na escola, nada justificaria este tipo de reação dele. Com este comportamento ele se parece um total estranho, alguém que você nem conhece. Você chegaria à conclusão de que aquele na verdade não é seu pai, ou você procuraria alguma explicação lógica para o comportamento dele? Certamente tentaríamos entendê-lo. E mesmo que não conseguíssemos entender naquele momento, esperaríamos que ele futuramente viesse explicar seu comportamento atípico. Daríamos crédito ao nosso pai, pois ele certamente conquistou, ao longo dos muitos anos de convivência, a nossa confiança.<br /> <br /> Assim acontece com o povo judeu. D'us nos tirou do Egito, nos salvou dos nossos inimigos, nos sustentou no deserto por 40 anos, nos deu a Sua Torá, um tesouro que pode ser utilizado para trazer vida ao mundo, e nos deu a Terra de Israel, uma terra especial e sagrada. Definitivamente parece que D'us é bom e se preocupa com o nosso bem estar. Ele já tem créditos conosco. Portanto, se de repente este mesmo D'us muda de tom e nos avisa que coisas terríveis nos atingirão, devemos também presumir que existe uma explicação e uma bondade por trás. Há coisas que entenderemos sozinhos durante a vida, outras teremos que esperar até um momento futuro no qual D'us mesmo colocará as coisas no seu devido contexto. Mas uma coisa podemos ter certeza: da mesma maneira que ocorre em relação aos nossos pais, sempre há um significado nos atos de D'us e, em última instância, tudo foi planejado com amor, para o nosso bem verdadeiro.<br /> <br /> Parte da nossa falta de entendimento do contexto dos atos de D'us está na nossa falta de compreensão da gravidade dos nossos atos e do que é esperado de nós durante a vida. Imagine uma pessoa muito simples, do interior, que vem à cidade grande visitar seu amigo no hospital. O doente está em estado grave, respirando com a ajuda de aparelhos. Por causa do tubo em sua boca, o doente não consegue falar nada. O amigo, em um ato de "bondade", quer ajudá-lo a falar e tira o tubo de sua boca. Apesar das melhores intenções contidas neste ato, em alguns minutos o doente morre por falta de oxigênio. Pelo fato de o amigo não enxergar o quadro completo, ele não consegue entender a consequência dos seus atos. Aos seus olhos, ele está apenas ajudando seu colega, de maneira inofensiva, retirando de sua boca o tubo que o impedia de falar. Ele faz isso com a mesma naturalidade do que alguém que tira uma sujeira do casaco de seu companheiro. Sem perceber e sem entender as consequências de seu ato, ele cometeu um assassinato.<br /> <br /> Da mesma maneira, sem saber e sem entender as conseqüências dos nossos atos, podemos estar até matando outras pessoas. Por exemplo, o Rav Isroel Meir HaCohen zt"l (Bieloríssia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, explica a gravidade do nosso Lashon Hará (causar danos a outras pessoas, que podem ser físicos, monetários ou psicológicos, através do mau uso da nossa fala). Ele diz que toda vez que alguém fala Lashon Hará, três pessoas morrem: aquele que fala, aquele que escuta e sobre quem está sendo dito coisas negativas. Porém, acabamos falando muito Lashon Hará sem perceber o mal que estamos causando ao mundo. Sempre temos justificativas para os nossos maus atos, sempre temos desculpas para enganar aos outros e a nós mesmos, nos convencendo de que o nosso ato não foi uma transgressão, e sim uma Mitzvá.<br /> <br /> Mas pior do que o mal que causamos aos outros com nossas transgressões é o mal que causamos a nós mesmos. A forma como utilizamos equivocadamente nosso bem mais precioso, o tempo, se compara a uma pessoa que comprou um caríssimo computador de última geração e o utiliza como peso de papel, por não saber o que este computador pode produzir. Viver a vida sem ter a claridade de para onde estamos indo é uma forma lenta de suicídio, algo que muitas pessoas fazem sem perceber.<br /> <br /> O povo judeu tem uma missão especial no mundo. Somos parte da "tripulação do barco da vida", o exército de D'us cuja principal missão é transmitir ao mundo o sentido da vida. Porém, infelizmente para D'us, para nós mesmos e para o mundo inteiro, esquecemos o nosso papel e pensamos que somos apenas passageiros do barco. Ao invés de ajudar o barco a chegar ao seu destino, passamos o dia jogando boliche no convés. Se não cumprimos o nosso papel, o barco pode acabar afundando. Mas D'us nunca vai deixar isto acontecer. Ele nunca vai deixar destruirmos a nós mesmos e ao Seu barco. Ele muitas vezes precisa nos relembrar que não somos apenas passageiros curtindo a viagem. Este é o ponto de partida para entender as dificuldades pelas quais o povo judeu passou durante sua história. Apesar de ser trágico, o antissemitismo acaba trazendo um benefício para nós. Nada tem mais força para unir o povo judeu do que as ameaças externas. Não é o que D'us gostaria de fazer, mas muitas vezes nós O deixamos "sem escolha".<br /> <br /> Muitas pessoas questionam como D'us pôde permitir que tragédias tão grandes recaíssem sobre o povo judeu. A implicação filosófica para quem faz este tipo de pergunta é que talvez não exista D'us. Porém, imaginar isto é como o caso de um pai que tem um filho rebelde. Repetidas vezes o pai adverte o filho que, caso ele se comporte de maneira indesejável, receberá um duro castigo. Quando este filho desobedece a ordem do pai, ele fica surpreso por receber os castigos? Certamente que não, pois ele foi avisado. A única questão válida seria "Qual é o propósito destes castigos?". Mas certamente nunca viria à cabeça do filho a pergunta se o pai existe ou não. A verdade é justamente o contrário. Se o pai avisou que um castigo recairia sobre o filho caso ele fizesse coisas erradas, não há prova maior da existência e da autoridade do pai do que os castigos realmente acontecerem após os atos de rebeldia.<br /> <br /> Explica o Rav Simcha Barnett que este é o entendimento por trás de todas as tragédias que recaíram sobre o povo judeu durante a história. Elas vieram justamente para comprovar a existência de D'us, não para negá-la. Como um povo poderia, durante os milênios de sua existência, passar por tantas tragédias e ainda se manter de pé, firme e forte, se não fosse por uma intervenção Divina? Portanto, a chave para colocar os sofrimentos do povo judeu na perspectiva correta é entender o contexto nos quais eles nos atingem e o papel fundamental do povo judeu no palco do mundo. Muitas vezes nos comportamos como um mensageiro que esqueceu sua mensagem. Mas D'us não desiste de Seus mensageiros. Por isso, algumas vezes Ele é "forçado" a nos dar um "tapa", para nos acordar do nosso sono espiritual e nos recordar do nosso papel de mensageiros. O mais impressionante é perceber que Ele nos avisou com antecedência que isto aconteceria.<br /> <br /> Sem esta perspectiva correta, muitos acham que a forma de escapar do antissemitismo é sendo menos judeus, isto é, se assimilando e tentando se encaixar no mundo não judaico à nossa volta, abandonando de vez a nossa identidade e as nossas diferenças. É uma estratégia que talvez funcionaria com outros povos, mas não com o povo judeu. A Parashá Bechukotai afirma que a única maneira de prevenir as tragédias é sendo mais judeus. Através do estudo da Torá podemos entender o que D'us considera importante neste mundo. Somente então ficará mais fácil de entender as tragédias profetizadas na Parashá Bechukotai, que já se cumpriram diversas vezes durante a história do povo judeu. E com este entendimento também poderemos nos esforçar para viver a vida da maneira correta, de forma que poderemos receber as Brachót também profetizadas no início da Parashá.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Lv 25:1-26:2, Jr 32:6-27 (Shabat Mevarchim)<br />Lv 26:3-27:34, Jr 16:19-17:14Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-44749890141697986362017-05-12T21:24:00.000-03:002017-05-12T21:24:06.355-03:00APROVEITANDO AS OPORTUNIDADES ESPIRITUAIS - PARASHÁ EMOR 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Era um fim de tarde normal, como qualquer outro dia. Yaacov estava dirigindo de volta para casa, após um dia difícil de trabalho. Ele ligou o rádio para escutar o noticiário, que falava sobre coisas de pouca importância. Entre elas, o repórter noticiou que em uma cidadezinha distante da Índia haviam morrido 3 pessoas de uma gripe desconhecida.<br /> <br /> Alguns dias se passaram. Yaacov escutou nas notícias que já não eram mais apenas três mortos por causa daquela gripe misteriosa, mas trinta mil. Um grupo do Controle de Doenças dos Estados Unidos foi acionado para investigar o caso. Em poucos dias aquela já era a noticia mais importante, ocupando a primeira página de todos os jornais, pois a gripe havia começado a se espalhar pelo mundo. Já não era mais só na Índia, mas também no Paquistão, Irã e Afeganistão. Todos se perguntavam: "O que faremos para controlar esta epidemia?". A Europa fechou suas fronteiras, seguida pelos Estados Unidos e Japão. Mas um doente com os sintomas da gripe misteriosa apareceu em um hospital da França. Começou o pânico, o vírus havia se alastrado por todo o mundo. Quando a pessoa contraía o vírus, após quatro dias de terríveis sofrimentos ela morria. O mundo todo assistia, sem poder fazer nada, milhares de pessoas morrendo diariamente. Cientistas trabalhavam dia e noite em busca de um antídoto, mas nada funcionava. De repente, veio a notícia mais esperada: haviam conseguido decifrar o código de DNA do vírus. Seria possível fabricar o antídoto, mas ainda era preciso conseguir a doação de células da medula óssea de alguém compatível e que não tivesse sido infectado pelo vírus.<br /> <br /> Todos levaram suas famílias aos hospitais, para que os médicos pudessem identificar um doador compatível. A filha de Yaacov foi a escolhida entre milhares de pessoas. A notícia se espalhou por todos os lados de que um doador havia sido encontrado. O médico então se aproximou de Yaacov e da sua esposa e disse: "Não sabíamos que o doador seria uma criança. A quantidade de medula óssea necessária para a doação é muito grande, provavelmente ela não sobreviverá. Mas estamos falando de uma cura para toda a humanidade. Por favor, vocês concordam?" Foi uma difícil escolha para Yaacov e sua esposa. A filhinha foi consultada e aceitou doar sua vida para salvar a humanidade. E assim foi feito, a medula óssea foi retirada e o antídoto pôde ser fabricado, mas a pequena menina infelizmente não sobreviveu.<br /> <br /> Na semana seguinte, a situação já estava sob controle. Apesar do enorme número de mortos, o vírus havia sido neutralizado e não oferecia mais perigo. A ONU decidiu então fazer uma cerimônia para honrar a filha de Yaacov. Mas nem todos foram à homenagem. Algumas pessoas ficaram em casa dormindo, outras preferiram fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na televisão. Agora que tudo estava tranquilo, não souberam dar valor àquela valente menina, que havia dado sua própria vida pela continuidade da humanidade"<br /> <br /> Nossos bisavós e avós morreram para transmitir o judaísmo aos seus descendentes. Em épocas de perseguição, preferiram dar a vida a abandonar sua fé. Será que estamos honrando o que eles fizeram por nós? Em épocas de tolerância e tranquilidade, sentimos orgulho de sermos e vivermos como judeus?</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Emor (literalmente "Diga"), que começa descrevendo a importância de os Cohanim (sacerdotes) manterem um nível muito elevado de pureza e espiritualidade. A Parashá também descreve detalhes das Festas do ciclo do calendário judaico, como Pessach, Shavuót, Sucót e Rosh Hashaná.<br /> <br /> Um dos detalhes que a Parashá nos ensina é a Mitzvá de "Sefirat HaOmer", a contagem diária que conecta a Festa de Pessach, que representa a liberdade física do povo judeu, com a Festa de Shavuót, o dia da entrega da Torá ao povo judeu no Monte Sinai, que representa a nossa liberdade espiritual. A Mitzvá consiste em fazer uma contagem diária progressiva, como uma pessoa que está ansiosa para receber um presente valioso. Porém, este período de contagem, que deveria ser um período de alegria, se transformou em uma época de luto e tristeza. Vinte e quatro mil alunos de Rabi Akiva, um dos maiores sábios da história do povo judeu, morreram durante uma terrível praga justamente durante os dias da Contagem do Omer. Nossos sábios explicam o motivo pelo qual eles morreram: não honravam uns aos outros.<br /> <br /> Porém, este ensinamento não é fácil de ser entendido. Certamente os alunos do Rabi Akiva eram gigantes espirituais, pessoas quase no nível de anjos. Não honrar uns aos outros certamente não quer dizer que eles se ofendiam de maneira baixa e descontrolada. No enorme nível espiritual no qual eles se encontravam, houve alguma fagulha de falta de honra entre eles. Mas se foi apenas algo tão pequeno, por que eles morreram de forma tão prematura e trágica? Além disso, se eles estavam cometendo este erro, certamente não foi algo que começou do dia para a noite. Então por que D'us "guardou" a punição justamente para esta época do ano, nos dias da contagem do Omer?<br /> <br /> Para responder estas perguntas, antes de tudo precisamos entender dois conceitos espirituais importantes. Em primeiro lugar, de acordo com o Rav Elyahu Dessler zt"l (Império Russo, 1892 - Israel, 1953), o objetivo de tudo o que existe no mundo material é que isto se transforme em um "receptáculo de santidade". Por exemplo, quando uma pessoa utiliza um objeto de acordo com o seu propósito, então este objeto se eleva e se santifica. Mas quando algo não atinge seu objetivo, então a impureza espiritual se espalha sobre ele. Quanto maior o potencial de santidade, pior é o nível de impureza caso seu objetivo não seja atingido. É por isso que um corpo morto é a maior fonte de impureza existente, pois o objetivo do corpo é algo muito elevado: se transformar em uma "carruagem" para a nossa alma. Este potencial gigantesco termina no momento em que a pessoa morre e sua alma se separa do seu corpo, fazendo com que aquele corpo morto, que já não pode mais cumprir seu objetivo, se torne uma enorme fonte de impureza espiritual. Outro exemplo é quando o povo judeu está no exílio. Pelo fato de não estarmos cumprindo o nosso objetivo, então ficamos com um status de impureza espiritual. Foi isto o que ocorreu no exílio egípcio, no qual o povo judeu atingiu o nível 49 de impureza espiritual. É por isso que os dias após a saída do Egito rumo ao Monte Sinai se transformaram em uma época de purificação e preparação para o recebimento da Torá, pois era o fim do exílio e a volta ao nosso objetivo.<br /> <br /> Outro conceito espiritual importante é explicado pelo Rav Shlomo Alkabetz zt"l (Grécia, 1500 - Israel, 1576). Segundo ele, todo rabino que ensina Torá aos seus alunos alimenta-os com sua alma, isto é, com a essência da sua própria espiritualidade. Este é um dos motivos pelo qual os alunos de Torá de uma pessoa são considerados como se fossem seus próprios filhos. Porém, cada aluno pega apenas uma pequena faísca desta espiritualidade. Somente quando estão todos os alunos unidos é que a influência espiritual do rabino consegue brilhar sobre eles em seu máximo potencial. Se por causa de um comportamento indevido os alunos causam uma separação entre si, acabam perdendo a influência espiritual plena que poderiam receber do rabino e fazem com que ela perca seu propósito.<br /> <br /> Os alunos da Rabi Akiva, apesar de toda a sua grandeza espiritual, ao não honrarem uns aos outros no nível em que poderiam, causaram um afastamento entre eles. A consequência foi que eles não permitiram que a influência espiritual de Rabi Akiva, um gigante espiritual, um verdadeiro pilar do povo judeu, atingisse seu propósito. E, conforme explicado pelo Rav Dessler, quando algo não atinge seu objetivo surge a impureza espiritual. Quando chegaram os dias da Contagem do Omer, nos quais brilham as luzes da entrega da Torá e temos a oportunidade de aproveitar o brilho desta luz tão sagrada, se não nos esforçamos para aproveitar os méritos desta luz, isto se torna uma enorme acusação espiritual contra nós. Foi isto o que aconteceu com os alunos do Rabi Akiva. Por um erro que cometeram, eles fizeram com que o seu potencial de Torá diminuísse. Nos dias da Contagem do Omer, o desperdício do potencial espiritual fez com que eles acabassem pagando um preço muito caro.<br /> <br /> Este conceito espiritual não se aplica somente à época da Contagem do Omer e à trágica morte dos alunos do Rabi Akiva. Ele nos ajuda a entender muitas épocas de tragédia que recaíram sobre o povo judeu durante a nossa história. Conforme nos ensinou Shlomo Hamelech (Rei Salomão), "Não há nada de novo sob o sol" (Kohelet 1:9), isto é, as coisas no mundo material se repetem em ciclos. Se quisermos aprender sobre o futuro, devemos estudar sobre o passado. Há algo que nos chama a atenção na história do povo judeu por ter se repetido diversas vezes: em geral, as grandes tragédias que recaíram sobre o povo judeu foram precedidas por épocas de tranquilidade, na qual os outros povos nos aliviaram do peso do exílio. Por exemplo, na época da Idade Média os judeus estavam completamente excluídos da sociedade, sendo desprezados e não tendo nenhum tipo de direito. Então chegou a época do Iluminismo, o fim da "Idade das trevas", e os judeus começaram a se emancipar. Todos os países da Europa passaram a aliviar o peso sobre o povo judeu. Recebemos direitos de cidadania e passamos a ser tratados como iguais perante a lei.<br /> <br /> Como D'us controla cada pequeno detalhe de tudo o que ocorre, é óbvio que todos os períodos de tranquilidade e de emancipação que tivemos na história foram "encomendados" por Ele, para que pudéssemos nos preparar para a vinda do Mashiach. Em alguns momentos o peso do exílio foi intencionalmente aliviado, pois a preparação para os dias do Mashiach exige um enorme trabalho espiritual para chegarmos ao nível de merecermos a redenção, e viver imerso em problemas frequentes e degradações constantes nos impede de atingir o impulso necessário para o nosso crescimento.<br /> <br /> Isto significa que estes períodos de "luz" e alívio na situação do povo judeu vieram para que pudéssemos ter a tranquilidade para investir no nosso crescimento espiritual. Porém, ao invés de reconhecer a mensagem celestial e nos prepararmos para a redenção com alegria e com o aumento do conhecimento, infelizmente o povo judeu algumas vezes utilizou esta nova situação para se assimilar e perder sua essência espiritual. Como são épocas de muito potencial, então a consequência desta perda espiritual acabou sendo trágica. D'us sempre utiliza Sua Misericórdia para adiar a tragédia, dando tempo ao povo judeu de se arrepender de seu desvio. Porém, quando infelizmente o povo judeu não se arrepende, as consequências nos atingem de maneira dolorosa.<br /> <br /> Estamos novamente em uma época de tranquilidade e liberdade religiosa. Apesar de o antissemitismo colocar às vezes a cabeça para fora, fantasiado de "antissionismo", os judeus espalhados pelo mundo têm a liberdade de cumprir Torá e Mitzvót sem nenhum tipo de perseguição. Porém, toda oportunidade vem junto com uma cobrança. Será que estamos utilizando esta tranquilidade para nos aproximarmos de D'us, ou infelizmente estamos nos assimilando, nos acomodando e repetindo o mesmo erro dos nossos antepassados? É responsabilidade de cada um de nós cuidar para que esta fase de tranquilidade possa ser um trampolim para o nosso crescimento espiritual e possa nos levar, em breve, para os dias da nossa redenção final.<br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Lv 21:1-24:23, Ez 44:15-31Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-11948312323618100072017-05-05T19:54:00.000-03:002017-05-05T19:54:17.382-03:00GARANTINDO UM BOM LUGAR - PARASHIÓT ACHAREI MÓT E KEDOSHIM 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"A filha do homem mais rico daquela pequena cidade ficou noiva. Todos os moradores da cidade se alegraram muito, em especial pois sabiam que a festa de casamento seria grandiosa e inesquecível. Uma das pessoas mais ricas e importantes da cidade era Joseph, o banqueiro. O dono da festa, querendo demonstrar seu apreço por Joseph, enviou um funcionário, muito bem vestido, para convidá-lo pessoalmente. No dia da festa, Joseph chegou ao salão vestindo seu terno mais elegante. Quando o dono da festa soube da chegada de Joseph, foi pessoalmente recebê-lo na porta, dando-lhe muitas honrarias. Após agradecer imensamente a sua presença, o dono da festa levou-o para se sentar em uma mesa especial, em um lugar de honra reservado apenas para as pessoas mais importantes da cidade.<br /> <br /> Mas esta não foi a sorte de Levi, um dos pobres da cidade que pedia esmolas de porta em porta. Quando ele soube da festa, se animou muito, apesar de nem mesmo ter sido pessoalmente convidado. Ele sabia que o dono da festa era um homem generoso e que mesmo os pobres eram bem-vindos em suas festas. Quando Levi chegou ao salão, vestindo suas roupas velhas e rasgadas, não foi recebido por ninguém. Não foi chamado para se sentar nem mesmo nas mesas onde ficavam os convidados mais simples. Levi ficou de pé, em um canto do salão, junto com os outros pobres da cidade, avançando sobre todos os restos de comida que os garçons levavam de volta para a cozinha".<br /> <br /> Explicam os nossos sábios que esta será a diferença no Mundo Vindouro entre os que chegarem "ricos", isto é, cheios de méritos espirituais, e os que chegarem "pobres", isto é desprovidos de méritos espirituais. E devemos lembrar que enquanto a diferença entre ricos e pobres neste mundo material é por apenas alguns anos, a diferença no Mundo Vindouro será por toda a eternidade.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Acharei Mót (literalmente "Depois da morte") e Kedoshim (literalmente "Sagrados"). A Parashá Acharei Mót descreve os serviços realizados pelos Cohanim no dia mais sagrado do ano, Yom Kipur, e traz a lista de muitos tipos de relacionamentos íntimos proibidos pela Torá. Já a Parashá Kedoshim traz uma série de Mitzvót, em especial "Bein Adam Lehaveiró" (entre a pessoa e seu semelhante), tais como ajudar os pobres, ser honesto nos negócios, não adulterar pesos e medidas e amar o próximo.<br /> <br /> A Parashá Acharei Mót começa nos recordando sobre a trágica morte dos filhos de Aharon, que ocorreu justamente no dia da inauguração do Mishkan (Templo Móvel), por eles terem oferecido um incenso que D'us não havia ordenado. Quando estamos diante da morte, normalmente paramos para refletir. Será que estamos aproveitando bem a vida? Será que nossos esforços estão sendo bem aplicados? O que acontecerá conosco depois da nossa morte?<br /> <br /> O judaísmo nos tranquiliza ao ensinar que a vida não termina com a morte, ao contrário, a morte é o início da nossa vida verdadeira, a vida espiritual eterna. Porém, há uma aparente contradição entre as fontes que falam sobre a nossa vida eterna. Um Tratado do Talmud (Sanhedrin 90a) afirma que "Todo judeu tem uma porção no Mundo Vindouro", nos ensinando que todos nós já temos a vida eterna garantida. Porém, outro Tratado do Talmud (Nidá 73a) afirma que "Todo aquele que estuda Halachót (neste caso referindo-se às partes de transmissão oral da Torá) todos os dias, é garantido que ele será um "morador" do Mundo Vindouro", nos ensinando que aquele que quer ter parte no Mundo Vindouro deve diariamente estudar Torá. Como entender esta contradição entre as duas citações do Talmud? Afinal, todos nós já temos automaticamente o Mundo Vindouro garantido ou é necessário estudar Torá todos os dias para garantir nossa porção no Mundo Vindouro?<br /> <br /> A resposta está em um versículo da Parashá Acharei Mót: "E cuidem das Minhas leis e juízos, que o ser humano cumprirá e viverá com elas" (Vayikrá 18:5). Unkelos (Roma, 35 - Israel, 120), um grande sábio que foi responsável pela tradução de toda a Torá para o aramaico, traduz a expressão "Vechai Bahem" (E viverá com elas) como "Veiechei Behon Bechaiei Alma", que significa "E viverá com elas a vida eterna". Mas o que Unkelos nos ensina ao acrescentar palavras, explicando que o versículo não se trata da vida neste mundo, e sim no Mundo Vindouro?<br /> <br /> Explica o Rav Israel Meir HaCohen (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, que todas as criaturas, desde as mais baixas que vivem na Terra, como o ser humano e as outras criaturas abaixo dele, até as criaturas que vivem nos Céus, chamadas de "exército celestial", que inclui até as criaturas espirituais mais elevadas, todos necessitam do "sustento" de D'us, como está escrito: "Você fez os Céus, e os Céus dos Céus e todos os seus exércitos. A terra e tudo o que está contido nela, os mares e tudo o que está contido neles. E Você sustenta a todos eles" (Nechemia 9:6). Isto quer dizer quer todas as criaturas, sem distinção, necessitam do "sustento" de D'us para se manterem. A diferença está no tipo de "alimento" que cada criatura necessita. Enquanto as criaturas que vivem na Terra dependem de alimentos materiais para se manterem vivas, as criaturas que vivem nos Céus dependem de um alimento espiritual refinado, como está escrito: "O ser humano comeu o pão dos poderosos" (Tehilim 28:25). Rashi (França, 1040 - 1105) explica que "pão dos poderosos" trata-se do alimento dos anjos.<br /><br /> Portanto, desta explicação do Chafetz Chaim aprendemos que a nossa Neshamá (alma), que é completamente espiritual, também precisa de um alimento para o momento em que ela se desconectar do nosso corpo. Os alimentos do mundo materiais não podem alimentar a nossa Neshamá, pois ela é espiritual e eterna e, portanto, necessita de um alimento espiritual para se saciar. Por isso D'us nos deu a Torá, que também é eterna, e através do seu cumprimento podemos despertar a Luz de D'us sobre nossa Neshamá. Esta Luz nos traz um imenso prazer espiritual, como explica o Talmud (Brachót 17a): "No Mundo Vindouro não haverá comida nem bebida... ao invés disso, os Tzadikim se sentarão, com suas coroas sobre suas cabeças, e terão prazer do brilho da Presença Divina". Este prazer é muito maior do que qualquer prazer limitado do mundo material e é isto o que alimentará nossa Neshamá por toda a eternidade.<br /> <br /> É isto que dizemos quando pronunciamos a Brachá justamente depois da leitura da Torá em público: "E a vida eterna Você plantou dentro de nós". D'us plantou dentro do povo judeu algo que poderemos "colher" no Mundo Vindouro e viver para sempre. Esta força vital espiritual não trará apenas vitalidade eterna para a Neshamá, mas também para o corpo, como afirma o Talmud (Ketubot 111a) que a Luz da Torá também dará vida eterna ao nosso corpo no Mundo Vindouro. Porém, infelizmente este não será o destino dos ateus e daqueles que dedicarem suas vidas às idolatrias, pois não estão "plantando" nada neste mundo e não terão o "sustento" necessário para a vida eterna. Por isso, enquanto suas almas estiverem conectadas aos seus corpos, a pessoa será alimentada pelo alimento do corpo. Porém, no momento em que a alma se desconectar do corpo, não terá mais nenhum tipo de "alimento" para manter sua vitalidade e, portanto, deixará de existir.<br /> <br /> Esta é a explicação das palavras do versículo da nossa Parashá: "E cuidem das Minhas leis e juízos, que o ser humano cumprirá e viverá com elas". Somente o cumprimento das Mitzvót da Torá poderá garantir a nossa vida verdadeira, a vida eterna no Mundo Vindouro. E isto explica as lindas palavras que pronunciamos diariamente em Arvit (Tefilá da noite), imediatamente antes da leitura do Shemá Israel: "Um amor eterno pelo povo judeu, Teu povo, Você amou. Torá e Mitzvót, leis e juízos, Você nos ensinou... Pois esta é a nossa vida e a longevidade dos nossos dias". Como o amor de D'us é um amor eterno, então Ele nos deu a Torá, para que sua Luz possa nos dar vitalidade para sempre. Pois a vida eterna é a vida verdadeira, e com a Torá nossa vida limitada e finita no mundo material se alonga e se transforma em vida eterna.<br /> <br /> Da mesma forma que o pão é o alimento para o corpo, a Torá é o alimento para a nossa Neshamá, como ensina Shlomo HaMelech: "Venha, coma do Meu pão e beba do vinho que Eu misturei" (Mishlei 9:5). "Pão" é uma alusão às Halachót (Leis) que estão na Torá, enquanto "vinho" é uma alusão aos segredos que estão ocultos dentro da Torá, como o vinho que está escondido dentro das uvas. Da mesma forma que a pessoa coloca todos os seus esforços para conseguir seu sustento, com o objetivo de conseguir dinheiro para ao menos comprar pão para manter seu corpo, para que não se enfraqueça e não se encurtem seus dias, muito maior deve ser seu esforço para preparar o alimento de sua Neshamá, através do cumprimento da Torá e das Mitzvót, para que quando termine seu tempo de vida neste mundo sua Neshamá não deixe de existir.<br /> <br /> É muito grande o mérito do estudo de Torá, como ensinam os nossos sábios (Mishná Peá 1:1): "Estas são as coisas que a pessoa já come os frutos neste mundo, mas o "fundo" fica guardado para ela para o Mundo Vindouro: Honrar os pais, Fazer Chessed (bondade), Trazer a paz entre a pessoa e seu companheiro; e o Estudo da Torá é equivalente a todos eles juntos". Apesar de a lista conter Mitzvót importantes, vemos o incrível valor do estudo da Torá. Um dos principais motivos desta afirmação é trazida pelo Rav Eliahu (Lituânia, 1720 - 1797), mais conhecido como Gaon MiVilna. Quantas vezes podemos fazer Chessed ou fazer paz entre duas pessoas que brigaram? Poucas vezes por dia. Mas o estudo da Torá é algo que pode nos trazer méritos incríveis, pois cada palavra e palavra é uma Mitzvá por si só. Por isso, através do estudo da Torá podemos aumentar os nossos méritos de forma quase infinita.<br /> <br /> Mas precisamos saber que o principal objetivo do estudo da Torá deve ser o estudo que leve aos atos. Através do estudo das Halachót a pessoa garante a sua vida eterna. Como na história do rico e do pobre na festa, apesar de todos terem uma porção garantida no Mundo Vindouro, aqueles que estudam Halachót todos os dias e, portanto, cumprem as Mitzvót da maneira correta, está garantido que estarão no Olam Habá como convidados de honra. O mesmo não ocorre com aqueles que não estudam Halachót e, portanto, não cumprem as Mitzvót da maneira correta. Elas também estarão no Mundo Vindouro, mas como pobres, envergonhados no canto do salão de festas, comendo apenas os "restos". Portanto, apesar de estar garantido que teremos uma parte no Mundo Vindouro, vale a pena se esforçar nesta vida para que possamos ter uma boa porção guardada para nós. <br /><br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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Acharêi MôtLv 16:1-18:30, Am 9:7-15 <br />
K’doshímLv 19:1-20:27, Ez. 22:1-l9 (Ash.), Ez 20:2-20 (Sef.)Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-33907945858224462342017-04-28T18:47:00.001-03:002017-04-28T19:49:37.854-03:00MATERIALISMO EXCESSIVO - PARASHIÓT TAZRIA E METZORÁ 5777<span style="color: black;"></span><br />
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="color: black;"><strong><u><br /></u></strong></span></span></div>
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<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="color: black;">Yossef era uma pessoa extremamente materialista. Ele era comerciante e estava sempre pensando em como ganhar mais e mais dinheiro. Costumava se aproveitar do desespero das pessoas, cobrando dos clientes preços exorbitantes. Quanto maior a necessidade do cliente, maior o preço que ele cobrava. Mas algo fez Yossef mudar sua atitude.<br /><br /> Há cerca de 20 anos, Yossef estava com sua família de férias em um local de acampamento. Depois de alguns dias muito agradáveis, era hora de voltar para casa. Yossef tentou dar a partida no carro, mas nada aconteceu. Desesperado, ele caminhou para fora do acampamento em busca de ajuda, porém não havia mais ninguém. Sem alternativa, Yossef decidiu ir a pé até a vila mais próxima e procurar ajuda.<br /><br /> Depois de uma hora de caminhada e um tornozelo torcido, Yossef se alegrou muito ao avistar um posto de gasolina. Porém, ao se aproximar, percebeu que estava fechado. Lembrou-se então, desesperado, que era domingo. Yossef não tinha mais forças para continuar caminhando. Foi então que viu um telefone público e uma lista telefônica com as folhas tão velhas que já estavam rasgando. Conseguiu ligar para a única companhia de auto-socorro que encontrou na lista, que se localizava a cerca de 30 quilômetros dali. "Não tem problema", disse a pessoa do outro lado da linha, de forma muito simpática, "normalmente estou fechado aos domingos, mas posso ajudar. Chego aí em mais ou menos meia hora".<br /> <br /> Yossef se sentiu momentaneamente aliviado. Porém, começou a ficar preocupado com as implicações financeiras que aquela oferta de ajuda causaria. Se o homem do telefone fosse como ele, aproveitaria a situação de desespero para cobrar uma fortuna.<br /><br /> Algum tempo depois Yossef escutou uma buzina e viu um caminhão-guincho se aproximando. Marcos, o mecânico, se apresentou e foram juntos ao acampamento. Quando desceram do caminhão, Yossef observou que Marcos andava com a ajuda de muletas. Foi então que Yossef percebeu que Marcos não tinha uma perna. Yossef voltou aos cálculos de quanto aquela ajuda custaria e foi ficando cada vez mais preocupado. Certamente aquele homem "enfiaria a faca" na hora de cobrar. Então Marcos chamou-o, interrompendo seus pensamentos:<br /> <br /> - Não se preocupe, senhor, é só uma bateria descarregada. Vou dar uma pequena carga, deixamos o motor ligado para recarregar um pouco a bateria e em 10 minutos vocês podem seguir viagem.<br /> <br /> Marcos era impressionante. Enquanto a bateria recarregava, distraiu o filho de Yossef com truques de mágica e chegou a tirar uma moeda da orelha, presenteando-a ao garoto. Enquanto ele colocava os cabos de volta no caminhão, Yossef tomou coragem e perguntou quanto devia pelo serviço. Marcos respondeu que não devia nada. Yossef não entendeu, achou que tinha escutado errado e insistiu mais uma vez. Marcos então falou:<br /> <br /> - Há muitos anos, alguém me ajudou a sair de uma situação de desespero, quando perdi a minha perna. A pessoa que me socorreu simplesmente disse: "Somos todos anjos de uma asa só, precisamos nos abraçar para alçar vôo. Quando tiver uma oportunidade, passe isso adiante". Esta é a minha oportunidade.<br /> <br /> Aquilo foi um verdadeiro "tapa na cara" de Yossef. A partir daquele dia, ele mudou a forma de viver sua vida. Parou de se aproveitar do desespero dos outros para ganhar mais dinheiro e passou a pensar mais em como ajudar as pessoas em situações de necessidade.</span></span></div>
<span style="color: black;">
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
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</table>
<![endif]--> </div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <br />
<table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Tazria (literalmente "Concebe") e Metzorá (literalmente "Pessoa contaminada com Tzaráat"). O ponto em comum entre as duas Parashiót é que elas descrevem uma terrível doença espiritual chamada Tzaráat, que contaminava pessoas que cometiam certos tipos específicos de transgressão. A manifestação física desta doença era através de manchas que podiam atingir as paredes da casa, as roupas e até mesmo a própria pele do transgressor. A Parashá Metzorá descreve o difícil e doloroso processo de purificação quando a Tzaráat atingia as paredes da casa. Neste processo estava incluída a retirada de todas as pedras da parede que estavam manchadas, exigindo a substituição por novas pedras, e a retirada de todos os objetos de dentro da casa, que precisavam ficar do lado de fora até o final do processo de purificação, pois tudo o que ficasse dentro da casa com Tzaráat automaticamente também ficava espiritualmente contaminado.<br /> <br /> Porém, há uma aparente contradição sobre o motivo pelo qual D'us mandava a Tzaráat que atingia as paredes das casas. De acordo com o Talmud (Arachin 16a), a Tzaráat era uma punição pela transgressão da mesquinhez. O castigo que D'us mandava estava conectado com a transgressão cometida. Uma pessoa que é mesquinha não gosta de dividir o que é seu com os outros. Quando alguém pedia algo emprestado ao mesquinho, ele negava ter em casa o objeto pedido. Como punição, sua casa era atingida pela Tzaráat e o mesquinho tinha que colocar todos os seus objetos para fora de casa. Consequentemente, todos os que tinham pedido objetos emprestados viam que o mesquinho tinha o objeto em casa e que não havia emprestado por puro egoísmo. Portanto, de acordo com o Talmud, fica claro que a Tzaráat era a punição por uma transgressão.<br /> <br /> Mas Rashi (França, 1040 - 1105), citando um Midrash (parte da Torá Oral), explica que a Tzaráat que atingia a casa das pessoas era algo bom. Os Emorim, que moravam na Terra de Knaan, quando viram o povo judeu se aproximando, esconderam todos os seus objetos de valor dentro das paredes de casa, na esperança de algum dia voltar para reaver seus bens. Quando os judeus conquistaram Knaan, foram morar nas casas construídas pelos Emorim, sem saber que aquelas paredes escondiam incríveis tesouros. De maneira natural seria impossível encontrar aqueles objetos de valor, pois estavam muito bem escondidos. Porém, D'us fazia com que as manchas da Tzaráat aparecessem justamente nas partes das paredes que ocultavam os tesouros. Assim, quando as pedras manchadas eram retiradas, revelavam incríveis fortunas. Isto implica que a Tzaráat nas casas não era uma punição por algum mau ato, e sim uma recompensa, uma forma de dar às pessoas grandes riquezas.<br /> <br /> Portanto, existe uma enorme contradição entre a explicação trazida pelo Midrash e a explicação trazida pelo Talmud. Afinal, a Tzaráat que aparecia nas casas era uma recompensa ou era um castigo? Além disso, se era uma recompensa, por que vinha junto com o terrível sofrimento da Tzaráat? E se era um castigo, por que a pessoa terminava encontrando um enorme tesouro nas paredes da sua casa?<br /> <br /> Explica o Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) que a pessoa que recebia a Tzaráat na sua casa e depois encontrava o tesouro merecia as duas coisas, isto é, o castigo e a recompensa. Se a pessoa não tivesse cometido uma transgressão, D'us teria dado o dinheiro que ela merecia de outra maneira, certamente muito mais prazerosa. E se a pessoa tivesse cometido alguma transgressão e não merecesse encontrar o tesouro dos Emorim, então D'us teria feito com que as manchas aparecessem em outros lugares da parede e não nos lugares onde os tesouros estavam escondidos. Portanto, a pessoa cuja casa teve suas paredes atingidas pela Tzaráat e, ao fazer os procedimentos de purificação, encontrou os tesouros dos Emorim, deveria olhar para ambos os aspectos da Providência Divina. Por um lado deveria se alegrar por D'us ter concedido a ela a bondade de encontrar os tesouros. Porém, ao mesmo tempo, deveria fazer Teshuvá (se arrepender e consertar seu erro), não permitindo que as "boas notícias" o distraíssem de escutar a "bronca" de D'us.<br /> <br /> Desta explicação aprendemos algo incrível. A Providência Divina é tão espetacular que D'us pode, em Sua Sabedoria Infinita, recompensar e castigar uma pessoa ao mesmo tempo. De acordo com a Torá, os castigos não são simplesmente formas de D'us nos causar dor sem nenhuma justificativa. Ao contrário, as punições de D'us são formas Dele se comunicar conosco, nos permitindo mudar e melhorar em certas áreas. Portanto, devemos estar sempre atentos às mensagens de D'us. Mesmo quando ocorrem coisas boas em nossas vidas, é sempre importante observar se estas coisas boas também carregam certos aspectos negativos. Muitas vezes há mensagens de consertos necessários que estão ocultas dentro das recompensas, como no caso dos tesouros encontrados nas paredes das casas com Tzaráat.<br /> <br /> De acordo com o Rav Yehonasan Gefen, há ainda outro ensinamento importante que aprendemos do fato da recompensa da Tzaráat nas paredes de casa estar conectada com o castigo. De acordo com o Talmud, a pessoa teve Tzaráat por ter sido excessivamente mesquinha e por ter recorrido a táticas desonestas para proteger seus bens. Seu erro está baseado em olhar para suas posses e bens de uma maneira exclusivamente material, esquecendo que há um lado espiritual por trás de tudo o que ocorre. A pessoa seguiu apenas as "leis da natureza" que dizem, por exemplo, que dar Tzedaká (caridade) e emprestar objetos aos outros causa uma diminuição das nossas posses. A pessoa acredita que, sendo mesquinha e egoísta, ela pode proteger suas riquezas. Por isto o castigo vem "Midá Kenegued Midá" (medida por medida), com o transgressor passando por uma substancial perda financeira através dos danos nas paredes da sua casa. Além disso, o transgressor passa pela vergonha de ser exposto como uma pessoa desonesta e egoísta, que evita emprestar seus bens com mentiras.<br /> <br /> Talvez a própria recompensa de encontrar o tesouro era um "tapa na cara" que o transgressor recebia de D'us, para ajudá-lo a enxergar a fonte do seu erro. A pessoa que foi mesquinha acreditou que precisava recorrer a métodos desonestos para manter seu dinheiro, mas D'us o ensinava que Ele, em Sua infinita bondade, pode dar riquezas de diversas maneiras, como ensinam os nossos sábios: "Muitos são os 'mensageiros' que podem cumprir a vontade de D'us". É por isso que a pessoa encontrava uma fortuna de maneira completamente improvável, até mesmo irônica: dentro das paredes da sua própria casa. Além de beneficiar a pessoa, este tesouro trazia consigo a importante mensagem de que não devemos gastar energias de forma excessiva para adquirir riquezas, pois é D'us Quem nos provê tudo o que necessitamos.<br /> <br /> A Tzaráat nos ensina que se esforçar demasiadamente para adquirir bens materiais é vão e inútil. Isto se aplica ainda mais nos casos de pessoas que juntam riquezas de maneira desonesta ou através de mesquinharia. Devemos ser sempre retos e honestos, utilizando nosso dinheiro e nossos bens para fazer bondades com os outros. E com Emuná (fé) completa de que D'us sempre vai nos mandar o que necessitamos, principalmente se estivermos utilizando o que temos em prol dos outros.<br /> <br /> Shabat Shalom<br /><br /><span style="font-family: "arial" , "helvetica neue" , "helvetica" , sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span><br />
<span style="color: black; font-family: Arial;">http://ravefraim.blogspot.com.br/</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
</div>
</span><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
</div>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <br />
<table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial";">TazríaLv l2:1-13:59, 2 Rs. 4:42·5:19<br />Metsorá Lv14:1-15:33, 2 Rs. 7:3-20</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-63888826865301370892017-04-21T20:34:00.001-03:002017-04-21T20:34:32.877-03:00QUEM É O TOLO? - PARASHÁ SHEMINI 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Conta-se que há muito tempo, em uma pequena cidade do interior, um grupo de jovens se divertia diariamente com um tolo que vivia na região. Era um pobre coitado, que aparentava pouca inteligência e vivia de pequenos trabalhos e de esmolas nas ruas. Todos os dias os jovens da cidade chamavam o tolo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande, de quatrocentos réis, e outra menor, de dois mil réis. O tolo sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos jovens do grupo de zombadores chamou o tolo e disse:<br /> <br /> - Desculpe perguntar, mas depois de tanto tempo você ainda não percebeu que a moeda maior vale menos?<br /> <br /> - É claro que eu percebi - respondeu o homem, demonstrando não ser tão tolo assim quanto parecia - eu sei que ela vale cinco vezes menos do que a moeda pequena.<br /> <br /> - Se você sabe, então por que toda vez você pega a moeda menos valiosa?<br /> <br /> - Pois eu sei que, no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda..."<br /><br /> Qual é a conclusão desta história? Que os zombadores, que achavam que estavam se divertindo e enganando, eram os verdadeiros tolos que estavam sendo enganados. Assim também acontece em nossas vidas. Não nos preocupamos com as pequenas transgressões que cometemos no dia-a-dia. Porém, de pequenos em pequenos erros, vamos deixando o nosso Yetser Hará (má-inclinação) nos controlar.</span></div>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> <br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Shemini (literalmente "Oitavo"). Por que este nome? Pois a Parashá começa descrevendo o processo de inauguração do Mishkan (Templo Móvel). Por sete dias Moshé montou sozinho o Mishkan, fez os serviços diários e o desmontou. No oitavo dia Moshé montou definitivamente o Mishkan e os Cohanim (sacerdotes) assumiram os serviços diários, como a oferenda dos Korbanót (sacrifícios) e do incenso.<br /> <br /> Em relação ao momento em que o serviço do Mishkan foi oficialmente passado aos Cohanim, há um versículo interessante que nos chama a atenção: "E disse Moshé para Aharon: Aproxime-se do Mizbeach e faça a sua oferenda de pecado e a sua oferenda de elevação" (Vayikrá 9:7). Mas por que Moshé precisou pedir para que Aharon se aproximasse do Mizbeach? Não era óbvio que para fazer os Korbanót ele deveria se aproximar do Mizbeach?<br /><br /> Explica o Midrash (parte da Torá Oral) que Aharon, ao entrar no Mishkan, viu que o Mizbeach tinha o formato de um touro e por isso teve medo de se aproximar. Moshé, vendo o receio de Aharon de se aproximar do Mizbeach, o tranquilizou. Somente então Aharon se aproximou do Mizbeach. É por isso que a Torá precisou ressaltar que Moshé pediu para que Aharon se aproximasse do Mizbeach.<br /> <br /> Porém, este Midrash é difícil de ser entendido. O que significa que Aharon viu que o altar tinha o formato de um touro? Além disso, por que isto teria deixado Aharon com medo de se aproximar? E, finalmente, como Moshé fez para convencer Aharon a se aproximar do Mizbeach?<br /> <br /> De acordo com o Ramban zt"l (Nachmânides) (Espanha, 1194 - Israel, 1270), pelo fato de Aharon ser uma pessoa tão sagrada e elevada, não havia em sua alma nenhuma marca de transgressão, com exceção de sua participação na construção do bezerro de ouro. Este erro estava muito fixo em seus pensamentos o tempo inteiro, a ponto de Aharon enxergar o Mizbeach como se ele tivesse o formato de um touro, tamanha era sua preocupação que a sua participação na construção do bezerro de ouro pudesse impedir sua expiação espiritual. Foi então que Moshé o consolou e disse: "Acalme-se e não fique tão triste, pois D'us já te perdoou e já aceitou seus atos novamente". Somente então Aharon concordou em se aproximar do Mizbeach.<br /><br /> Porém, esta explicação do Ramban também é difícil de ser entendida. A participação de Aharon na construção do bezerro de ouro foi algo quase irrelevante. Quando o povo errou as contas e achou que Moshé havia morrido no Monte Sinai, os judeus exigiram que Aharon construísse para eles um bezerro de ouro. Hur, o sobrinho de Aharon, tentou se levantar contra o povo para impedi-los, mas foi assassinado. Aharon percebeu que não adiantava usar a força, pois o povo estava obstinado. Era necessário utilizar a astúcia para tentar impedir o povo de fazer o bezerro de ouro. Por diversas vezes ele tentou ganhar tempo, na esperança que Moshé chegaria a qualquer instante, mas mesmo assim o bezerro acabou sendo construído. Por isso, apesar das boas intenções, a Torá considera que Aharon teve certa responsabilidade na construção do bezerro de ouro. Mas foi certamente uma participação secundária, com a intenção de fazer o bem, e não um erro intencional.<br /> <br /> Além disso, quando Moshé bateu na pedra para dar água ao povo, ao invés de falar com a pedra, Aharon também foi duramente castigado e nenhum dos dois entrou na Terra de Israel. Os comentaristas da Torá se esforçam muito para descobrir exatamente qual foi a "fagulha" de erro cometido por Aharon neste episódio da pedra. Se no caso do bezerro de ouro Aharon não recebeu um castigo tão duro, isto significa que certamente o erro foi algo ainda menor do que o erro cometido no episódio da pedra. Então por que Aharon teve medo de se aproximar do Mizbeach por causa de sua participação na construção do bezerro de ouro se foi algo tão insignificante? E mesmo se ele realmente tivesse feito algum "estrago" espiritual com seu erro, D'us já tinha demonstrado que o havia perdoado ao escolhê-lo como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote). Então por que tanta preocupação?<br /><br /> Responde o Rav Leib Chassman zt"l (Lituânia,1869 - Israel, 1935) que desta atitude de Aharon podemos aprender algo muito importante para nossas vidas. Mesmo que foi um erro muito pequeno, este erro doeu tanto em Aharon e causou nele uma impressão tão forte que ele chegou ao ponto de ver o Mizbeach com a forma de um touro e não quis nem se aproximar dele. Este era o nível no qual Aharon aprofundava seus pensamentos de arrependimento e amargura pelo erro cometido, cumprindo as palavras de David Hamelech: "Minhas transgressões estão sempre diante de mim" (Tehilim 51:5).<br /> <br /> Se isto se aplica a alguém tão sagrado quanto Aharon, que fez um erro tão pequeno e ainda rodeado de boas intenções, o quanto deve ser grande a preocupação de quem cometeu uma transgressão intencional? Quanto devemos nos envergonhar por termos ido contra a vontade de D'us? Infelizmente vemos pessoas que caminham na direção oposta de Aharon, pessoas que chegam ao nível de "um homem que bebe como água suas transgressões" (Yov 15:16). Por que a comparação do transgressor com aquele que bebe água? Pois da mesma forma que a pessoa bebe água com facilidade, sem grandes esforços, assim também é aquele que faz transgressões sem sentir nenhuma amargura ou arrependimento.<br /> <br /> O que faz uma pessoa chegar neste nível espiritual tão baixo? De acordo com o Rav Leib Chassman, quanto mais a pessoa reflete sobre os seus atos e sobre a grandeza de D'us, mais ela vai ser cuidadosa com cada pequeno ato. Porém, a pessoa que não fica atenta aos seus atos e aos caminhos que está seguindo em sua vida acaba vivendo apenas de acordo com as vontades do seu coração. Seus pequenos maus atos cotidianos vão bloqueando seu coração de perceber a grandeza de D'us e, automaticamente, de perceber a gravidade dos estragos causados por cada transgressão que comete. Como na história do tolo, o nosso Yetser Hará vai nos fazendo tropeçar em pequenas transgressões, que vão se acumulando. Aquele que não reflete, quando percebe já está atolado de transgressões até o pescoço. Apesar de achar que está enganando seu Yetser Hará ao evitar as grandes transgressões, na verdade é ele quem está sendo feito de tolo.<br /> <br /> Nossos sábios comparam nossa vida com uma corda que está esticada desde o dia do nosso nascimento até o nosso último dia de vida, e sobre ela nós precisamos caminhar, como um equilibrista que caminha sobre a corda bamba esticada sobre um abismo. Quando prestamos atenção em um equilibrista que caminha sobre a corda bamba, percebemos sua incrível concentração a cada passo dado. Por que ele se concentra tanto? Pois ele sabe que apenas um único passo errado pode custar sua vida. Ele precisa de foco e de todo o cuidado. Assim era o sentimento de Aharon, completamente concentrado e focado em cada pequeno passo. Por isso ele sentiu tanto o peso de sua participação na construção do bezerro de ouro. Como ele refletia e se sentia em uma corda bamba sobre um abismo, mesmo seu pequeno erro pareceu aos seus olhos algo gigantesco.<br /> <br /> Aquele que reflete sempre e acerta a cada instante seu passo conseguirá terminar sua travessia com segurança e alcançará uma incrível recompensa pela travessia de sucesso. Mas aquele que deixa a vida levá-lo corre o enorme risco de cometer, mais cedo ou mais tarde, um tropeço fatal.<br /><br /> SHABAT SHALOM<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Lv 9:1-11:47, 2 Sm. 6:1-7:17Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-71399387915785400382017-04-14T19:59:00.001-03:002017-04-14T19:59:42.487-03:00TROPEÇANDO NO PRÓPRIO ORGULHO - PESSACH II 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<span style="color: black;"><strong><u>TROPEÇANDO NO PRÓPRIO ORGULHO - PESSACH II 5777 (14 de abril de 2017)</u></strong></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"David foi ao barbeiro para cortar o cabelo, como sempre fazia todo mês. Ele começou a conversar com o barbeiro sobre vários assuntos. A conversa então tomou um rumo mais espiritual e eles começaram a falar sobre D'us. Enquanto David era uma pessoa de imensa Emuná (fé) em D'us, o barbeiro era um ateu convicto. O barbeiro disse:<br /> <br /> - Eu não preciso deste seu D'us para nada. Através do meu esforço eu consigo garantir meu sustento e manter minha família e minha saúde. Além disso, eu não acredito que seu D'us realmente exista. Você só precisa sair na rua para ver que D'us não existe. Se D'us existisse, você acha que haveria tantas pessoas doentes? Haveria crianças abandonadas? Haveria dor e sofrimento? Eu não consigo imaginar um D'us que permite todas essas coisas.<br /> <br /> David não quis dar imediatamente uma resposta, para evitar uma discussão mais acalorada. Quando o barbeiro terminou o corte e David se preparava para sair, passou na rua um homem com barba e cabelos longos. Ele tinha uma aparência péssima, parecia que não cortava o cabelo ou fazia a barba há um bom tempo. Então David disse ao barbeiro:<br /> <br /> - Sabe de uma coisa, acho que são os barbeiros que não existem.<br /> <br /> - Como assim os barbeiros não existem? - perguntou o barbeiro - Eu estou aqui e sou um barbeiro!!!<br /> <br /> - Não! - afirmou David - Os barbeiros não existem, porque se existissem, não haveria pessoas com barba e cabelos tão longos como aquele homem que está andando ali na rua. Veja, que homem de aparência horrível! Se os barbeiros existissem, eles permitiriam uma pessoa andar pela rua desta maneira?<br /><br /> - Que argumento mais tolo - disse o barbeiro para David - é óbvio que barbeiros existem, mas há pessoas não procuram os barbeiros. Isto é uma opção delas. Se a pessoa quer ficar com a aparência desleixada como este jovem que passou na rua, isto é uma escolha dela, não tem nada a ver com a existência dos barbeiros.<br /><br /> - Que seus ouvidos escutem o que diz a sua boca! - respondeu David - Suas palavras são a resposta ao seu questionamento. D'us existe, mas há muitas pessoas não O procuram, por opção delas. Pessoas como você, que acham que tem tudo na vida por seu próprio esforço e mérito. E é justamente por isso que há tanta dor e sofrimento no mundo.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Neste Shabat continuamos revivendo a Festa de Pessach, na qual comemoramos a liberdade do povo judeu da terrível escravidão egípcia. E no domingo de noite (16 de Abril) novamente é Yom Tov, um dia com mais santidade, no qual nos abstemos de trabalhos construtivos. O primeiro dia de Pessach é um dia de santidade especial, pois foi neste dia que saímos do Egito, mas por que o sétimo dia também é um dia de mais santidade? Pois neste dia D'us fez o incrível milagre da abertura do Mar Vermelho. Por diversas vezes D'us ordenou ao Faraó que deixasse o povo judeu sair. Porém, em sua obstinação e orgulho, ele não escutava os avisos e ameaças. As pragas destruíram a infraestrutura do Egito, mas mesmo assim o Faraó se recusava a se curvar diante da demonstração de força de D'us. Depois que os judeus saíram do Egito, o Faraó ainda reuniu seu exército para persegui-los. O orgulho do Faraó só acabou quando D'us abriu o mar, para que os judeus passassem em terra firme, e fechou-o sobre os egípcios, afogando-os e terminando para sempre a escravidão.<br /> <br /> Porém, observando o processo de salvação do povo judeu, há algo que nos chama muito a atenção. Em todos os acontecimentos, há um foco muito maior no Faraó do que no próprio povo judeu. Por exemplo, nas dez pragas, a Torá sempre descreve a reação do Faraó, mas raramente menciona o que estava acontecendo com o povo judeu. Por que a Torá colocou os "holofotes" sobre as reações do Faraó, ao invés de ressaltar as reações do povo judeu? Afinal, quem é o protagonista principal da saída do Egito, o Faraó ou o povo judeu?<br /> <br /> Explica o Rav Shlomo Wolbe zt"l (Alemanha, 1914 - Israel, 2005) que a resposta está no entendimento da diferença entre as primeiras gerações da humanidade e as gerações mais recentes. Nas primeiras gerações, como a geração do dilúvio, a geração da Torre de Babel e a geração de Sdom (Sodoma), havia muitas pessoas com consciência plena da existência de D'us. Apesar disso, estas gerações intencionalmente se rebelaram contra Ele. Já nas gerações mais recentes, apesar do ateísmo ainda estar presente, não vemos movimentos organizados de rebelião contra D'us. Por que as primeiras gerações, que compreendiam a Onipotência de D'us, se rebelaram contra Ele, enquanto as gerações mais recentes não?<br /> <br /> Além disso, o nível de rebeldia das primeiras gerações é assustador. Rashi (França, 1040 - 1105), ao comentar sobre o dilúvio (Bereshit 6:6), afirma que, apesar de D'us ter planejado a destruição de toda a humanidade através de um dilúvio, Ele se "consolou" pelo fato de ter criado o ser humano na terra e não nos céus, pois se o homem tivesse sido criado nos céus, ele teria convencido até mesmo os anjos a se rebelarem contra D'us. Rashi está nos ensinando até onde chegava o orgulho e a arrogância da geração do dilúvio. Mesmo sabendo da Onipotência de D'us, as pessoas daquela geração desejavam ser independentes a qualquer custo. Mesmo se o homem morasse nos céus, ainda assim ele não se subjugaria a D'us, apesar da certeza de que é Ele que controla os céus e a terra.<br /> <br /> Algo semelhante podemos enxergar também na história do povo judeu. Quarenta dias depois de D'us ter se revelado ao povo inteiro e ter transmitido pessoalmente os 10 Mandamentos, os judeus fizeram o bezerro de ouro. Como pode ser que o povo judeu, após a maior revelação de D'us na história da humanidade, após ter visto D'us "face a face", construiu um bezerro de idolatria? Se era para seguir uma divindade, qual era a diferença entre servir a D'us ou ao bezerro de ouro?<br /> <br /> Responde o Rav Wolbe que é mais fácil para o ser humano servir algo que foi criado com as suas próprias mãos do que servir a D'us. As gerações passadas sabiam que foi D'us quem nos criou e que é Ele quem dita as regras. É por isso que era mais fácil servir o bezerro de ouro, que não tem nenhuma força real e não exige nada de nós, do que servir a um D'us Onipotente e que definiu regras para o mundo. Quando D'us quis destruir o povo judeu após a construção do bezerro de ouro, Ele explicou a Moshé o motivo: "Eu vi esta nação, e eis que eles são uma nação de pessoas obstinadas" (Shemot 32:9). D'us quis deixar claro que a raiz da transgressão do bezerro de ouro não era a vontade de fazer idolatria, e sim a obstinação, uma consequência do orgulho e da arrogância do ser humano.<br /> <br /> Agora podemos entender a diferença entre as primeiras gerações, que reconheciam a existência de D'us e mesmo assim se rebelavam contra Ele, e as gerações mais recentes. As primeiras gerações reconheciam a grandeza de D'us e Sua Onipotência e, justamente por isso, tinham dificuldade de se subjugar a uma Força que eles sabiam ser muito maior do que sua própria força. Já as gerações mais recentes estão tão afastadas da espiritualidade que nem reconhecem mais a verdadeira grandeza de D'us. Portanto, as gerações mais recentes não sentem a necessidade de se rebelar, pois não se sentem ameaçadas pela Onipotência de D'us.<br /> <br /> Este também é o motivo pelo qual a Torá colocou os holofotes sobre o Faraó e não sobre os judeus quando descreveu o processo de libertação da escravidão. Os longos e terríveis anos de escravidão quebraram os judeus, fisicamente e espiritualmente. O único apoio dos judeus para continuarem vivos no inferno egípcio era a esperada redenção, prometida desde os dias de Avraham. Quando finalmente D'us se revelou, o povo judeu aceitou sobre si prontamente e de bom grado o jugo de D'us. Portanto, durante as pragas, a Torá não precisou focar no povo judeu, pois eles não se rebelaram contra a força de D'us. Eles não tinham nenhum tipo de orgulho que bloqueasse a conexão com o Criador. Já o Faraó, ao contrário, era muito orgulhoso e preferia afirmar: "Não conheço D'us" (Shemot 5:2). Ele se vangloriava que o Nilo, uma das maiores divindades egípcias, foi criado por ele, como está escrito: "Eis que o Nilo é meu. Eu o fiz, para o meu uso e proveito" (Yechezkel 29:3). Por isso a Torá coloca o foco sobre o Faraó, para nos ensinar que as pragas foram direcionadas de forma a sistematicamente subjugá-lo, quebrando sua arrogância e mostrando a ele a grandeza de D'us.<br /> <br /> Portanto, uma das principais lições que a Torá quis nos ensinar foi a terrível consequência da falta de humildade. Não importa quão grande uma pessoa pensa que é, a realidade é que ela é apenas uma criação e, por isso, deve ser submissa e humilde perante seu Criador. Podemos aprender isto por bem ou, como o Faraó, por mal, através de sofrimentos que são enviados para quebrar a arrogância daqueles que se afastaram de D'us por causa de sua própria honra. Os ateus são, acima de tudo, pessoas arrogantes, pois mesmo diante das provas mais contundentes, ainda assim preferem continuar negando a força de D'us. Um exemplo impressionante é Francis Crick, o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina em 1953 pela descoberta da estrutura do DNA. Alguém que entendeu neste nível a complexidade e a perfeição do corpo humano deveria automaticamente entender que existe um "Desenhista" que projetou o mundo. Alguém que entende profundamente de microbiologia sabe que não existe acaso. Porém, Francis Crick preferiu explicar a criação do mundo através da "Panspermia Dirigida", uma teoria na qual credita-se a seres de outros planetas o início da vida na Terra, quando foram "plantadas" no mundo sementes de vida geneticamente programadas para evoluir até chegar ao ser humano. Para Francis Crick, vencedor do Prêmio Nobel, é mais fácil aceitar que fomos criados por seres de outro planeta, limitados e que não exigem nada de nós, do que por um Criador Onipotente, que tem exigências de conduta moral. O problema não é a falta de inteligência, e sim a falta de vontade de enxergar. O pior cego é aquele que não quer ver.<br /> <br /> Mas isto não acontece somente com os ateus. Até mesmo aqueles mais conectados com as Mitzvót sentem as consequências de não trabalhar o traço de caráter da humildade. Pessoas podem estudar Torá por horas completamente concentradas, mas quando chega o momento da Tefilá (reza) sentem uma enorme dificuldade de concentração, pois são bombardeadas com incontáveis pensamentos aleatórios. Por que isto acontece? Quando fazemos Tefilá, estamos reconhecendo que existe uma Força Superior que controla tudo. Na Tefilá pedimos, entre outras coisas, sustento, saúde e conhecimento, demonstrando que tudo o que temos na vida vem de D'us. Mas o ser humano tem a tendência de "fugir" deste reconhecimento e, por isso, mesmo de forma subconsciente, permitimos que sentimentos de rebeldia surjam em nossas cabeças durante a Tefilá. Isto é uma consequência do nosso orgulho, de esquecermos que tudo vem de D'us.<br /> <br /> A humildade verdadeira é saber que é D'us que dá tudo o que precisamos. É ele que nos dá a força para trabalharmos e a inteligência para entendermos. Aqueles que acham, como o Faraó, que não precisam de D'us, são justamente aqueles que descobrem, da pior maneira possível, que não somos nada sem Ele.<br /> <br /> Shabat Shalom e Pessach Kasher VeSameach<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Ex 33:12-34:26; Nm 28:19-25, Ez 36:37-37:14<br />
<br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-36432259962201575852017-04-02T10:50:00.001-03:002017-04-02T10:50:38.317-03:00SEJA CUIDADOSO NA VIDA - PARASHÁ VAYIKRÁ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"O Rav Yossef Dov Soloveitchik zt"l (Bielorrússia, 1820 - 1892), mais conhecido como "Beis Halevi", era um grande sábio de Torá e o juiz da cidade onde morava. Certo dia ele foi para a sinagoga estudar com seu filho pequeno. Era um dia muito quente de verão e o Rav Yossef Dov retirou seu terno e seu chapéu, sentou-se e em poucos instantes estava completamente imerso no estudo de Torá com seu filho. De repente, entrou na sinagoga um dos açougueiros da cidade e começou a gritar e a ofender o Rav Yossef Dov. Entre as ofensas, o açougueiro começou a acusar o rabino de ser desonesto e ter desviado intencionalmente um julgamento. No dia anterior, este açougueiro havia ido ao Beit Din (Tribunal Rabínico) do Rav Yossef Dov para uma disputa com outro açougueiro. O Rav Yossef Dov, de acordo com os dados que foram trazidos pelas duas partes, deu a razão ao outro açougueiro. O homem ficou muito irritado, pois ele tinha certeza absoluta de que estava com a razão. Por isso, começou a acusar o Rav Yossef Dov de ter sido subornado pelo outro açougueiro com uma enorme quantia de dinheiro.<br /> <br /> Quando o Rav Yossef Dov escutou as acusações que estavam sendo proferidas contra ele, levantou-se, vestiu seu terno e seu chapéu e ficou de pé, olhando para o chão, completamente em silêncio. No momento em que o açougueiro viu que o rabino havia ficado de pé, começou a ofendê-lo ainda mais, falando palavras de desprezo e proferindo maldições, além de chamá-lo de ladrão. O açougueiro chegou inclusive a levantar a mão, ameaçando agredir o rabino. Mas enquanto o açougueiro despejava suas ofensas e maldições, o Rav Yossef Dov se controlava e escutava as humilhações em completo silêncio. Quando finalmente o açougueiro virou-se para ir embora, o Rav Yossef Dov caminhou lentamente na direção dele e da sua boca saíram as seguintes palavras: "Eu te perdoo, eu te perdoo, não quero que você seja castigado por causa dos meus sofrimentos".<br /> <br /> No dia seguinte, o açougueiro estava caminhando por uma das ruas da cidade, levando para o abatedouro alguns bois que havia acabado de comprar no mercado. De repente, um dos bois começou a se comportar de maneira estranha, como se tivesse enlouquecido, e se jogou sobre o açougueiro, matando-o imediatamente. Quando o Rav Yossef Dov escutou a notícia da morte do açougueiro, ele ficou arrasado, imerso em uma terrível tristeza, e repetiu algumas vezes ao seu filho: "Eu suspeito que, por ter ficado chateado com este homem, eu causei a morte dele". Seu filho respondeu que ele não devia pegar para si a culpa, pois havia perdoado o homem. O Rav Yossef Dov não queria acreditar nas palavras do seu filho, achando que ele estava inventado apenas para acalmá-lo. Quando seu filho começou a descrever as palavras que ele havia utilizado para perdoar o açougueiro e o lugar exato da sinagoga onde ele estava quando disse aquelas palavras, somente então ele se acalmou um pouco. Apesar disso, ficou extremamente triste com o ocorrido.<br /> <br /> O Rav Yossef Dov participou do enterro do açougueiro e chorou amargamente sobre seu caixão. Ele recebeu sobre si falar o "Kadish" pelo falecido durante os 11 meses de luto e também estudar diariamente "Mishnaiót" em elevação da alma dele. Além disso, ano após ano, até o último ano de sua vida, o Rav Yossef Dov jejuava, falava Kadish e estudava Mishnaiót no "Yortzait" (dia do falecimento) do açougueiro, com as mesmas rigorosidades que fazia no dia do Yortzait do seu próprio pai."<br /> <br /> Mesmo após ter sido duramente ofendido e humilhado, o Rav Yossef Dov não se consolava pela remota possibilidade de que ele havia causado a morte do açougueiro. Assim vemos o temor a D'us verdadeiro de uma pessoa, através dos cuidados e da preocupação que ela tem com as consequências dos seus atos e pensamentos.</span></div>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana começamos o terceiro livro da Torá, Vayikrá, que nos ensina sobre os Serviços espirituais feitos no Mishkan (Templo Móvel). E a Parashá desta semana, Vayikrá (literalmente "E chamou"), traz detalhes de um dos principais Serviços: os Korbanót (sacrifícios) oferecidos no Mizbeach (altar). O nome "Korban" vem de "Karóv", que significa "perto", demonstrando que a principal função dos Korbanót era nos aproximar de D'us. Em especial esta aproximação era necessária quando uma pessoa transgredia, pois toda transgressão causa um afastamento espiritual. O Korban vinha consertar o estrago espiritual e reaproximar a pessoa de D'us.<br /> <br /> Um dos Korbanót mais interessantes trazidos nesta Parashá é o "Asham Talui", oferecido por alguém que tinha dúvidas se havia cometido ou não uma transgressão, como está escrito: "Se a pessoa pecar e cometer uma das Mitzvót de D'us que não podem ser feitas, mas ele não souber e se tornar culpado, ele carregará sua transgressão" (Shemot 5:17). Este versículo refere-se, por exemplo, ao caso de alguém que está comendo tranquilamente sua refeição, seguro de que está consumindo apenas alimentos Kasher, como "Shuman" (um tipo de gordura permitida). Porém, depois de terminar sua refeição, surge uma dúvida se aquela gordura que ele comeu era realmente "Shuman" ou se era "Chelev", uma gordura cujo consumo é proibido pela Torá. É justamente neste caso de dúvida que a Torá obriga a pessoa a trazer o Korban "Asham Talui", que literalmente significa "culpa pendente". Uma das funções deste Korban é proteger a pessoa de sofrimentos de expiação que poderiam vir sobre ela caso tenha realmente cometido a transgressão.<br /> <br /> Porém, por que viriam sofrimentos sobre a pessoa? Mesmo que tenha comido o "Chelev", o versículo mesmo diz de forma explícita que trata-se de algo completamente sem intenção, sem o desejo de transgredir. Durante a refeição a pessoa estava tranquila e segura de que estava comendo algo permitido, a dúvida só surgiu depois. Então por que o Korban precisava ser trazido para proteger o transgressor de um possível castigo Celestial?<br /> <br /> Explica o Rav Yechezkel Avramsky zt"l (Bielorrússia, 1886 - Israel, 1976) que o ser humano precisa estar sempre preocupado com suas responsabilidades na vida e com as consequências físicas e espirituais de seus atos. O erro expiado através do Korban "Asham Talui" é o fato da pessoa não ter sido suficientemente rigorosa com seus atos, a ponto de ter comido algo que era possivelmente uma grande transgressão da Torá sem ao menos ter suspeitado disso. Se tivesse sido mais cuidadosa, se tivesse se certificado de que realmente o que estava consumindo era Kasher, não teria nem se aproximado da transgressão. Por isso, este desleixo tem consequências espirituais negativas e poderia causar com que sofrimentos de expiação viessem sobre aquele que comeu algo proibido, mesmo que sem intenção.<br /> <br /> Nos ensina o Talmud (Kidushin 81b) que quando Rabi Akiva chegava a este versículo da Torá, "mas ele não souber e se tornar culpado, ele carregará sua transgressão", ele chorava e dizia: "Se é tão rigoroso quando uma pessoa tem intenção de comer "Shuman" e acaba sem intenção comendo "Chelev", a ponto de a Torá afirmar que ele "carregará sua transgressão", quanto mais e mais a Torá é rigorosa com aquele que tem a intenção de transgredir e comer "Chelev". O choro do Rabi Akiva nos ensina a refletir sobre o quanto devemos nos preocupar com nossos atos, lembrando que tudo o que fazemos tem consequências.<br /> <br /> Este conceito também é ensinado em relação às consequências físicas dos nossos atos. O Talmud (Baba Kama 26a) afirma que "Adam Muad Leolam", isto é, o ser humano é responsável por seus atos e é considerado como se estivesse sempre "pré-advertido" em relação às possíveis consequências negativas de seus atos. Se uma pessoa com uma mochila nas costas entra em uma loja de cristais e, ao virar-se de forma descuidada, derruba uma prateleira inteira, quebrando vários cristais caros, ela está obrigada a pagar pelos danos causados. Mas por que, se foi um ato sem intenção, um mero acidente? Pois de acordo com o Talmud, desde o Har Sinai D'us já nos avisou: "Quebrou, pagou". O ser humano tem que ser extremamente cuidadoso com cada um dos seus atos. Por exemplo, quando estamos dirigindo, devemos lembrar que o carro é uma arma letal, pronta a causar, a qualquer instante, danos irreversíveis. Um veículo, pesando mais de uma tonelada e viajando a 60 km/h, tem uma força destruidora imensa. Passar um sinal vermelho por estar com pressa é o mesmo do que dar um tiro para cima sem se preocupar em quem vai cair. Uma pessoa que matou de forma não intencional é chamada pela Torá de "Rotzeach", que significa "assassino". Apesar de ter sido "sem querer", a pessoa é responsável pelas consequências de seus atos. Por isso, precisamos sempre fazer tudo de maneira bem pensada e calculada.<br /> <br /> O Talmud (Baba Kama 26a) chega ao ponto de afirmar que uma pessoa é responsável pelas consequências negativas de seus atos até mesmo se estiver dormindo. Por exemplo, se uma pessoa deitou-se ao lado de um vaso caríssimo e, enquanto estava dormindo, rolou na cama e quebrou o vaso, ela está obrigada a pagar. Por que? Pois antes de se deitar ela deveria ter levado em consideração a possibilidade de quebrar o vaso. Em outras palavras, em termos das consequências negativas que um ser humano pode causar através de seus atos, não existe o conceito de "foi sem querer". D'us nos deu um intelecto muito poderoso e Ele espera que o utilizemos também para evitar causar danos aos outros e a nós mesmos.<br /> <br /> Se isto é verdade em relação aos atos com consequências materiais, muito mais devemos ser cuidadosos com os nossos atos que têm consequências espirituais. Nunca podemos fazer nada na vida sem pensar nas futuras consequências. Qualquer ato impensado e qualquer atitude sem a devida seriedade pode ter consequências espirituais muito negativas. O Korban "Asham Talui", oferecido pela simples possibilidade da pessoa ter cometido uma transgressão, é um lembrete de como as pessoas devem ser rigorosas e cuidadosas com seus atos. Somente com responsabilidade e seriedade podemos viver uma vida na qual estaremos livres de transgressões e de possíveis danos, a nós mesmos e às outras pessoas.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
LEVÍTICO l:1-6:7, Is. 43:21-44:23Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-66475669849692129972017-03-26T20:00:00.000-03:002017-03-26T20:00:01.115-03:00CONTANDO NOSSO DINHEIRO - PARASHIÓT VAYAKEL E PEKUDEI 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<strong style="color: black;"><u><br /></u></strong></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Rafael, nos seus quase oito anos, já tinha adquirido um hábito nada saudável. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via e, se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum. Rafael não entendia que há muitas coisas que o dinheiro não compra. E, dentre estas coisas, algumas são as melhores da vida.<br /> <br /> Certo dia, no café da manhã, Rafael colocou cuidadosamente sobre o prato da sua mãe um papelzinho dobrado. Quando a mãe chegou, ela viu o bilhete, abriu e leu: "Mamãe, você me deve: Três reais por levar recados. Dois reais por tirar o lixo. Dois reais por varrer o chão. Dois reais por arrumar a cama. Total da dívida: Nove reais".<br /> <br /> A mãe espantou-se em um primeiro momento. Depois sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada. O garoto foi para a escola e retornou faminto. Correu para a mesa do almoço e viu, sobre o seu prato, o seu bilhetinho com nove reais em cima. Os seus olhinhos brilharam. Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquele dinheiro. Foi então que ele percebeu que havia outro papel ao lado do seu prato, igualzinho ao seu e bem dobrado. Curioso, abriu e leu. Era um bilhete escrito pela sua mãe: "Meu querido filhinho, você me deve: Por cuidar da sua catapora e das suas gripes: nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos: nada. Pelas três refeições diárias e pelo lindo quarto: nada. Total que você me deve: nada, pois tudo o que eu faço para você, eu faço por amor".<br /> <br /> Rafael ficou sentado, lendo e relendo a sua conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os nove reais e os colocou na mão da sua mãe. A partir daquele dia, Rafael passou a ajudar sua mãe por amor."<br /> <br /> Não é apenas com as crianças que isto ocorre. Infelizmente, pelo amor aos nossos bens e o desejo de sempre termos mais, nos desconectamos da nossa espiritualidade e nos tornamos pessoas mal agradecidas.</span></div>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> <br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos duas Parashiót juntas, Vayakel (literalmente "E reuniu") e Pekudei (literalmente "Contas"). Apesar de a Torá ter dado detalhadas instruções sobre a construção do Mishkan (Templo Móvel) nas Parashiót anteriores (Terumá, Tetsavê e Ki Tissá), nas duas Parashiót desta semana a Torá repete os detalhes construtivos do Mishkan, porém desta vez não apenas como uma ordem de D'us, e sim como a efetiva execução.<br /> <br /> A Parashá Pekudei começa com um detalhe interessante. Moshé prestou contas de todos os materiais que foram doados, como está escrito: "Estas são as contas do Mishkan, o Mishkan do Testemunho, que foram contadas sob o comando de Moshé" (Shemot 38:21). Apesar de ser uma pessoa acima de qualquer suspeita, Moshé achou que era importante para o povo a comprovação de que toda a doação havia sido efetivamente utilizada na construção do Mishkan. Não se tratavam de materiais simples e baratos, como tijolos e cimento, e sim materiais caros, como ouro, prata, pedras preciosas, tecidos e couros. Nada havia sido desviado para usos particulares.<br /> <br /> O Midrash (parte da Torá Oral) conecta este versículo sobre a prestação de contas de Moshé com outro versículo, ensinado por Shlomo Hamelech (Rei Salomão): "Um homem de confiança terá muitas Brachót (bênçãos)" (Mishlei 28:20). Isto quer dizer que justamente pelo fato de uma pessoa ser confiável é que virá para ela uma abundância de Brachót. O Midrash diz que este versículo de Mishlei se refere a Moshé Rabeinu, que se tornou uma pessoa de integridade inigualável e, por isso, foi apontado como o tesoureiro responsável pela contabilidade de todas as doações feitas pelo povo para a construção do Mishkan. Para trazer um apoio de que o versículo de Mishlei se refere a Moshé, o Midrash traz outro versículo: "Não é assim Meu servo Moshé. Ele é confiável em toda a Minha casa" (Bamidbar 12:7). Mas qual é a conexão entre ser uma pessoa confiável e receber uma abundância de Brachót? E por que o versículo "Ele é confiável em toda a Minha casa" é utilizado para atestar a integridade financeira de Moshé, se o versículo se refere à singularidade da profecia de Moshé, única e inigualável, e não à sua honestidade? E por que Moshé era a única pessoa confiável para este cargo? Não havia outras pessoas honestas em sua geração?<br /> <br /> Outro questionamento surge ao analisarmos um ensinamento do Talmud (Taanit 8b), que afirma que as Brachót somente repousam sobre as coisas que estão escondidas dos nossos olhos. A partir do momento que algo é contado, o seu potencial de Brachá se perde. Mas se este conceito do Talmud é verdadeiro, então por que a nossa Parashá começa justamente apresentando a contabilidade dos materiais doados para a construção do Mishkan? Se contar as coisas tira o seu potencial de Brachá, não é uma enorme contradição os materiais do Mishkan terem sido contados?<br /> <br /> De acordo com o Zohar (parte mística da Torá), pelo fato desta contagem ter um propósito sagrado, então neste caso a contagem era permitida, como também ocorre, por exemplo, na contagem dos rebanhos para a retirada do "Maasser" (dízimo). Porém, como podemos entender este conceito do Talmud, de que algo deve ficar oculto dos nossos olhos para que receba Brachá, mas que isto não se aplica se a contagem é feita por motivos sagrados?<br /> <br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que a resposta está em outro interessante ensinamento do Talmud (Baba Metsia 21b). Quando uma pessoa encontra na rua um objeto perdido sem nenhum tipo de sinal que o identifique, mesmo assim a pessoa ainda não tem a permissão de pegar para si este objeto, a não ser que tenha certeza que já passou bastante tempo desde o momento da perda, o suficiente para que o dono do objeto já tenha sentido sua falta e já tenha desistido dele. Entretanto, o Talmud afirma que se o objeto encontrado for dinheiro e não houver no dinheiro nenhum sinal de identificação, então a pessoa pode imediatamente ficar com ele. Porém, como podemos ter a certeza de que a pessoa já percebeu que perdeu o dinheiro? Responde o Talmud que "a pessoa constantemente checa seus bolsos para se certificar que seu dinheiro ainda está lá". Isto quer dizer que, quando encontramos dinheiro sem sinal de identificação, sempre podemos ter a certeza de que a pessoa que perdeu já está ciente de sua perda e já desistiu de procurar seu dinheiro e, por isso, podemos ficar com o dinheiro.<br /> <br /> O Talmud não está apenas nos ensinando uma Halachá (lei) em relação a objetos perdidos, mas também está nos ensinando algo incrível sobre a psicologia do ser humano. É inerente a qualquer ser humano a insegurança em relação às suas posses, algo que se manifesta através da necessidade que o ser humano tem de sentir o domínio sobre todas as suas propriedades. Ficar constantemente mexendo nos bolsos para checar se o dinheiro ainda está lá é um exemplo da necessidade que o ser humano tem de se sentir conectado às suas posses. Para atender esta necessidade de domínio, a pessoa fica constantemente contando o que tem, pois contar o que é seu traz ao ser humano um forte senso de domínio e posse. Algumas pessoas chegam ao absurdo de checar várias vezes no dia quanto dinheiro elas têm na conta ou na carteira, enquanto outros abrem o dia inteiro as notícias para saber o valor do dólar e das bolsas.<br /> <br /> A palavra Brachá, que significa "Benção", vem da mesma raiz da palavra "Breichá", que significa "Reservatório, Fonte". As Brachót são uma conexão com a nossa Fonte de existência, isto é, D'us. Se uma planta está conectada à terra, que é sua fonte, então ela se desenvolve e floresce. D'us é a fonte de toda a vitalidade. Quando o ser humano conecta algo à sua Fonte, ele recebe Brachá. Por outro lado, quando um ser humano quer demonstrar sua dominação sobre certo objeto, ele está separando este objeto de sua Fonte e, portanto, a Brachá é perdida. É por isso que a Brachá somente repousa sobre os objetos que estão escondidos dos nossos olhos, isto é, que não foram contados pelo ser humano, pois a contagem é uma maneira de demonstrar sua dominação sobre o objeto.<br /> <br /> Esta é a diferença entre alguém que conta para si mesmo, de uma maneira dominadora, e alguém que conta "Leshem Shamaim" (em nome de D'us). Quando a contagem é para cumprir uma Mitzvá, então o próprio ato de contar conecta o objeto a D'us. Mas não adianta apenas o ato ser voltado a cumprir a vontade de D'us, pois mesmo quando uma pessoa recolhe e conta doações feitas para uma Mitzvá, como ocorreu na construção do Mishkan, existe o perigo do responsável por esta função sentir uma dominação ou uma conexão mais forte com estes fundos coletados. É por isso que o responsável por coletar as doações do Mishkan precisava ser alguém espiritualmente elevado. Moshé estava muito conectado com D'us, o que é atestado pelo versículo no qual D'us afirma que o nível de profecia dele era algo único e inigualável. Moshé estava tão elevado que é considerado como se ele estivesse na "casa de D'us". Por isso Moshé era a pessoa mais adequada para ser o tesoureiro responsável por coletar e contar as doações que o povo judeu fez ao Mishkan, pois seus atos eram completamente puros e direcionavam todos os objetos doados diretamente para D'us, a Fonte de toda a Brachá.<br /> <br /> Assim conseguimos entender a explicação do versículo "um homem de confiança terá muitas Brachót". Aquele que é honesto, que faz tudo "Leshem Shamaim", sem motivações pessoais, se torna uma pessoa completamente íntegra. Desta maneira, ele conecta todo o fruto dos seus esforços a D'us, a Fonte de toda a vitalidade, e pode florescer e crescer abundantemente, como uma planta conectada à terra que lhe dá os nutrientes necessários ao seu crescimento.<br /> <br /> Desta explicação do Rav Yohanan Zweig fica um ensinamento muito importante e atual. Vivemos em uma sociedade completamente conectada aos valores materiais. O valor das pessoas é medido de acordo com a quantidade de bens que elas têm. Isto faz com que as pessoas se tornem conectadas aos bens materiais de uma maneira negativa, de uma forma dominadora, se desconectando da sua espiritualidade e da Fonte de vida, D'us. Para termos Brachá na vida, é preciso usar o mundo material de forma que ele seja canalizado para nossa espiritualidade. Quando colocamos no coração que tudo vem de D'us, quando somos honestos nos negócios, quando utilizamos o que temos para também ajudar os outros e quando valorizamos as pessoas pelos que ela são e não pelo que elas têm, certamente isto nos traz muitas Brachót na vida.<br /><br /><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">http://ravefraim.blogspot.com.br/</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">Ex. 35:1-38:20, 1 Rs 7:13-26, 40-50 e Ex. 38:21-40:38, I Rs 7:51-8:21</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">É costume, após a leitura da última Parashá de cada Livro (Gn., Ex., Lv., Nm. e Dt.), dizer-se: CHAZÁK, CHAZÁK, VENITCHAZÊK! – FORÇA, FORÇA, E QUE SEJAMOS FORTALECIDOS!</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;"><br /></span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-127747623070558952017-03-18T11:06:00.000-03:002017-03-18T11:06:06.681-03:00NÃO SEJA PRECIPITADO - PARASHÁ KI TISSÁ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Rubens chegou cedo à sinagoga na manhã de Shabat. Ele estava apenas de passagem por aquela pequena cidade e era a primeira vez que ia àquela sinagoga. A reza ia bem até que chegou o momento da leitura da Torá, quando Rubens começou a achar tudo muito estranho. O Cohen e o Levi chamados para as duas primeiras leituras foram escolhidos entre as pessoas que se sentavam no fundo da sinagoga. Para as próximas três leituras foram escolhidos frequentadores que se sentavam na parte direita da sinagoga, enquanto para as últimas duas leituras foram escolhidos frequentadores que se sentavam na parte esquerda da sinagoga.<br /> <br /> Rubens ficou muito irritado com o Gabai (pessoa responsável pela escolha das pessoas chamadas para cada leitura da Torá), pois não fazia sentido a ordem na qual ele havia escolhido as pessoas. Por que o Cohen e o Levi chamados eram pessoas do fundo da sinagoga e não pessoas que se sentavam na frente? E por que os outros três chamados foram da direita e não da esquerda? E por que os dois últimos foram da esquerda e não do fundo? Ele estava tão incomodado que começou a fazer suas reclamações em voz alta, incomodando os outros frequentadores. Então um senhor idoso muito sábio chegou perto dele e disse:<br /> <br /> - Senhor, me desculpe, mas você veio nesta sinagoga apenas um único Shabat e já se acha no direito de reclamar da ordem na qual as pessoas foram chamadas na Torá? Se você estivesse aqui há alguns meses, acompanhando semana a semana o funcionamento da sinagoga, eu entenderia suas reclamações, mas não tem sentido você reclamar tendo pisado aqui apenas uma única vez! Se você tivesse vindo nas semanas anteriores, você teria entendido que a escolha segue uma ordem correta e bem planejada. Por exemplo, na semana passada já haviam dado a honra ao Cohen e ao Levi que se sentam na parte da frente da sinagoga e, por isso, desta vez foi chamado alguém da parte de trás. Os outros três chamados foram escolhidos da direita pois, na semana passada, os escolhidos haviam sido da parte da frente da sinagoga. E assim acontece todas as semanas, as pessoas que foram chamadas na semana anterior são puladas para dar oportunidade àquelas que ainda não tiveram o mérito de serem chamadas na Torá.<br /> <br /> - O problema não está na ordem na qual as pessoas foram chamadas - concluiu o senhor idoso - O problema está na sua falta de paciência, no seu equívoco de achar que em apenas um único Shabat você já sabe o suficiente para criticar o Gabai. Na sua impaciência, você não conseguiu entender que ele leva em consideração muitos dados e detalhes para fazer a escolha da maneira mais justa possível, dando a devida honra a todos os frequentadores. </span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Reuven se sentiu envergonhado por sua reclamação impetuosa. Daquele dia em diante, ele tentou ser mais paciente e não julgar mais nenhuma situação na vida de forma precipitada". <br /> <br /> Explica o Rav Israel Meir HaCohen zt"l (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, que nos comportamos exatamente da mesma maneira. Em poucos anos de vida neste mundo e com nosso intelecto completamente limitado, nos achamos no direito de questionar e criticar os atos perfeitos de D'us.</span></div>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> <br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Ki Tissá (literalmente "Quando fizer o levantamento"), que descreve o terrível erro do bezerro de ouro. O povo judeu, ao se desesperar com o atraso de Moshé em descer do Monte Sinai, construiu um bezerro de ouro para que fosse, no lugar de Moshé, um novo intermediário entre o povo e D'us. Isto foi considerado um erro muito grave, a ponto de D'us decidir destruir todo o povo judeu e reiniciar um novo povo a partir de Moshé. Depois de muitas súplicas de Moshé, D'us decidiu revogar Seu decreto e perdoar o povo. D'us então chamou Moshé mais uma vez ao Monte Sinai e ensinou a ele os "13 Atributos de Misericórdia", para que o povo judeu utilizasse todas as vezes em que estivesse em situações delicadas e necessitando de Misericórdia Divina. Como Moshé entendeu que aquele era um momento especial de "Graça Divina", ele aproveitou para fazer um pedido especial para D'us: "Por favor, me mostre Seus caminhos" (Shemot 33:13). Porém, o que significou este pedido de Moshé?<br /> <br /> Explica o Talmud (Brachót 7a) que Moshé estava fazendo a D'us uma pergunta que há milênios incomoda a humanidade: "Por que há pessoas boas que tem coisas ruins na vida e pessoas ruins que tem coisas boas na vida?". Em outras palavras, se D'us é bondoso e misericordioso, esperaríamos que as boas pessoas tivessem apenas alegrias e prazeres, enquanto as pessoas ruins tivessem apenas sofrimentos e tristezas. Porém, ao olharmos para o mundo, percebemos que muitas vezes o que ocorre é justamente o contrário. Vemos pessoas boas passando por muitos sofrimentos, enquanto pessoas ruins aproveitam a vida sem preocupações. Aparentemente estas situações contradizem a lógica humana e parecem negar a bondade de D'us.<br /> <br /> Mas é permitido fazer este tipo de questionamento a D'us? Tudo depende da nossa intenção. O pedido de Moshé não se tratava de um questionamento em relação à bondade e a perfeição dos atos de D'us. Ele tinha uma Emuná (fé) completa e a certeza absoluta em seu coração de que tudo o que D'us faz é para o bem. Porém, Moshé queria um pouco mais do que esta certeza no coração. Ele queria que D'us mostrasse, de maneira lógica e racional, quais são os cálculos levados em consideração em cada decreto. Ele queria entender o que está por trás das situações nas quais a lógica humana não consegue entender a bondade de D'us.<br /> <br /> Porém, precisamos tomar muito cuidado para não questionar "Por que boas pessoas sofrem e pessoas ruins tem tranquilidade na vida?" com intenções não tão puras quanto as de Moshé, pois algumas vezes acabamos realmente questionando a bondade de D'us. Normalmente isto acontece quando estamos passando por situações de sofrimento ou quando ficamos inconformados com situações nas quais pessoas ruins parecem estar se dando bem, apesar de estarem agindo de forma desonesta. Portanto, o primeiro passo é entender que estes questionamentos são provenientes das nossas limitações e da nossa falta de Emuná (fé). Somos muito imediatistas e acabamos decidindo as coisas de forma precipitada.<br /> <br /> Quando questionamos "Por que coisas ruins acontecem com boas pessoas?", o que é considerado algo bom e o que é considerado algo ruim? Por exemplo, ganhar na loteria é necessariamente algo bom? Muitos ganhadores de loteria descrevem que suas vidas se transformaram em verdadeiros infernos depois de receberem quantias muito grandes de dinheiro. E sentir dor é necessariamente algo ruim? Existe uma doença chamada "Síndrome de Riley-Day", na qual a pessoa não tem sensibilidade à dor. Em uma análise superficial, parece um paraíso viver sem dor, mas normalmente quem sofre desta doença morre jovem, de maneiras até banais. Quando encostamos sem querer a mão no fogo, a dor aciona imediatamente nosso sistema nervoso e um ato reflexo nos faz tirar a mão do fogo quase imediatamente, evitando consequências mais graves. Porém, pessoas com esta síndrome somente percebem que a mão estava sobre o fogo quando grande parte do corpo já está completamente queimada.<br /> <br /> Isto significa que somos muito precipitados quando questionamos D'us. Vivemos neste mundo por apenas poucos momentos e mesmo assim queremos respostas para todos os nossos questionamentos. Por que esta pessoa nasceu rica enquanto aquela outra pessoa nasceu pobre? Por que esta pessoa é saudável enquanto aquela outra pessoa é doente? Se a pessoa tivesse vivido centenas de anos, teria visto a história completa. Por exemplo, teria visto que aquele rico em outra vida foi um pobre, enquanto aquele pobre foi um rico. Cada um deles havia passado por um tipo específico de teste, sendo que um precisou vencer o teste da riqueza, de não se tornar mesquinho, egoísta e desconectado de D'us, enquanto o outro precisou vencer o teste da pobreza, de não questionar os caminhos de D'us e não chegar ao nível de roubar. Porém, depois dos dois vencerem seus testes em vidas anteriores, a situação foi invertida, para que aquele que venceu o teste da riqueza possa vencer o teste da pobreza e vice-versa.<br /> <br /> Pelo fato do tempo de vida do ser humano ser tão curto, estamos sempre vendo a história de maneira muito limitada, sem conseguir enxergar as coisas de forma completa. Podemos chamar este fenômeno de "síndrome do buraco da fechadura", pois se assemelha a uma pessoa que quer entender tudo o que acontece dentro de uma casa, com toda a sua dinâmica complexa, apenas observando por alguns instantes através do buraco da fechadura. Enquanto a pessoa não abrir a porta para enxergar o quadro completo, é óbvio que ela estará sempre chegando a conclusões precipitadas, sem o mínimo de dados para tomar decisões racionais e equilibradas. Vemos o mundo de forma limitada e, portanto, distorcida, mas pensamos que é a realidade. E isto se conecta com o outro assunto da Parashá, que foi a construção do bezerro de ouro. A fonte deste erro tão grave foi justamente a precipitação do povo judeu, a pressa de querer entender tudo em um único instante, a falta de Emuná de que tudo o que D'us faz é para o bem.<br /> <br /> David Hamelech também nos ensinou este conceito: "Cântico dos degraus: Quando D'us trouxer de volta a Tzion os retornados, seremos como sonhadores. Então nossas bocas se encherão de riso e nossas línguas de alegria" (Salmos 126:1,2). O que significa "seremos como sonhadores"? Na época da vinda do Mashiach, quando D'us se revelar e "acender a luz" deste mundo de tanta escuridão, perceberemos que tudo não passou de uma ilusão de ótica, apenas para nos dar livre arbítrio. Enxergaremos o quadro completo e nos alegraremos de verdade, a alegria imensa de entender os motivos pelos quais passamos por todas as dificuldades e sofrimentos na vida. Será a alegria de finalmente encontrar a resposta de "Por que pessoas boas sofrem enquanto pessoas ruins tem sucesso na vida?".<br /> <br /> Quando D'us faz decretos, Ele leva em consideração muitos dados. Por exemplo, nossos atos durante vidas passadas, nosso objetivo nesta vida e o objetivo da humanidade como um todo. Diante de D'us está o passado, o presente e o futuro. Portanto, somente Ele sabe de verdade o que é o melhor para nós. Além disso, todos os nossos atos nesta vida são levados em consideração, pois nos esquecemos de muitas coisas que fizemos, mas D'us nunca se esquece de nada. Por isso, precisamos ter Emuná e a certeza de que tudo é para o bem e que tudo é decretado através de cálculos precisos e corretos. </span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<span style="color: black;"><strong>"Se agora nós entendermos que não podemos entender tudo, então teremos entendido tudo"</strong></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Ex. 30:11-34:35, 1Rs. 18:1-39Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-61200954174234286882017-03-11T13:17:00.000-03:002017-03-11T13:17:28.100-03:00MÃO OCULTA DE D'US - PARASHÁ TETZAVÊ, PARASHÁ ZACHOR E PURIM <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Um enterro foi realizado em São Paulo, no cemitério judaico do Embu. Era uma segunda-feira de tarde e parecia um enterro normal, como qualquer outro. Mas a história por trás deste enterro é incrível.<br /> <br /> Há alguns anos, na Santa Casa de São Paulo, faleceu um homem chamado Samuel Fishman. O hospital procurou por parentes e familiares, mas não encontrou ninguém. Eles então anunciaram sua morte em um jornal por seis meses, mas infelizmente ninguém veio para reivindicar o corpo. O hospital então solicitou à justiça permissão legal para utilizar o corpo na faculdade da Santa Casa e recebeu a permissão. O corpo foi colocado em um freezer, aguardando o momento em que seria dissecado e utilizado para estudos de medicina.<br /> <br /> Certo dia, quase um ano e meio depois, uma mulher judia foi ao mercado para comprar bananas. Quando ela chegou em casa, olhou sem querer para o jornal no qual as bananas haviam sido embrulhadas. Era um jornal bem antigo, mas um pequeno anúncio chamou sua atenção. Era o anúncio do hospital à procura da família de Samuel Fishman. Sem nem sequer saber quem era Samuel Fishman, ela foi ao hospital e começou a fazer perguntas para obter mais informações. Ela foi informada que o corpo estava congelado e aguardando para ser utilizado em estudos. Desesperada, ela acionou o Chevra Kadisha de São Paulo para que se envolvesse no caso e fizesse os trâmites legais necessários para liberar o corpo. O Chevra Kadisha apelou aos tribunais para que o corpo fosse liberado e, após três meses de esforços incansáveis, conseguiu liberá-lo para o sepultamento no cemitério judaico.<br /><br /> Voluntários do Chevrah Kadisha participaram da purificação do corpo do Sr. Samuel Fishman na véspera de Tishá Be Av. Eles ficaram surpresos ao perceber que, por um ano e meio, o corpo havia permanecido intacto e nenhum estudo havia sido feito.<br /><br /> Esta história mostra como D'us faz as coisas acontecerem sem mostrar a Sua "face". Uma mulher passou para comprar bananas, naquele horário, naquele dia, com aquele vendedor, envoltas naquele velho jornal. Tudo para que Samuel Fishman z"l pudesse ter um enterro digno em um cemitério judaico.</span></div>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Nesta semana lemos a Parashá Tetzavê (literalmente "Ordene"), que começa descrevendo as maravilhosas roupas que os Cohanim (sacerdotes) utilizavam para realizar os serviços do Mishkan (Templo Móvel). Já no final da Parashá, a Torá também fala sobre um dos principais serviços espirituais feitos no Mishkan: a oferenda dos Korbanót (sacrifícios). A palavra "Korban" vem da raiz "Karov", que significa "perto, próximo". Os Korbanót eram uma maneira de nos aproximarmos espiritualmente de D'us. Por exemplo, quando alguém comete uma transgressão, isto causa um imediato afastamento espiritual. Quando ainda existiam os Templos, a pessoa se arrependia e oferecia um Korban, reconstruindo assim seu relacionamento com D'us.<br /> <br /> E ao final deste Shabat (11 de março) começamos a reviver Purim, uma festa muito alegre na qual recordamos o grande milagre da salvação do povo judeu das mãos dos nossos inimigos durante o Exílio Persa. O povo judeu estava se assimilando e começando a se afastar cada vez mais de seus objetivos espirituais. Foi neste cenário que Haman, um terrível Rashá (malvado), odiador dos judeus, começou a crescer e se tornou o principal ministro do rei Achashverosh. Haman aproveitou-se de sua influência e de seu poder para decretar a morte de todos os judeus. O decreto de morte, com data marcada para ocorrer no dia 13 de Adar, sacudiu o povo judeu de sua apatia espiritual. Eles entenderam seu desvio, se arrependeram de seus erros, rezaram e foram perdoados. A desgraça iminente se transformou em salvação e a tristeza se transformou em uma alegre comemoração da vitória do povo judeu sobre os seus inimigos. Normalmente a festa de Purim cai junto com a Parashá Tetzavê. Qual é a conexão entre as duas?<br /> <br /> Logo no início do reinado do rei Achashverosh, ele quis demonstrar seu poder dando um enorme banquete, aberto a todos os súditos. Esta festa, na qual as conversas giravam em torno de promiscuidades e futilidades, certamente não era o ambiente adequado ao povo judeu. Mas apesar da proibição de Mordechai, o líder espiritual dos judeus, eles participaram desta festa e não escutaram o grande sábio da geração, deixando D'us aborrecido. Todo o decreto de morte foi uma consequência do mau comportamento do povo judeu. Quando os judeus se arrependeram, o decreto Celestial foi revogado e, como consequência, o decreto físico de morte dos judeus também foi revogado.<br /> <br /> Porém, algo nos chama a atenção ao refletirmos sobre os detalhes da história de Purim. Por que foi necessário que D'us elevasse Haman a um cargo tão alto e desse a ele tanta honra e poder, como está escrito: "Depois destas coisas o rei Achashverosh engrandeceu Haman, o elevou e colocou sua cadeira acima de todos os ministros que estavam com ele" (Ester 3:1)? Se o propósito era apenas despertar o povo judeu, não era necessário elevar Haman, D'us poderia ter feito com que o próprio rei Achashverosh fizesse o decreto! Como a elevação de Haman, um completo Rashá, um homem que apenas buscava honra, poder e prazeres, está conectada com a salvação do povo judeu?<br /><br /> Explica o livro "Meam Loez", escrito por vários autores por volta do ano de 1730, que era necessário elevar Haman por um tempo limitado para que o povo judeu fizesse Teshuvá (se arrependesse e consertasse seus maus atos), e somente depois derrubá-lo e salvar os judeus. O Meam Loez está explicando dois aspectos interessantes sobre o crescimento meteórico de Haman. O primeiro aspecto é que D'us eleva os Reshaim antes de derrubá-los, como diz Shlomo HaMelech: "Antes da quebra, a grandeza" (Mishlei 16:18). De acordo com o Rav David Altshuler zt"l (século 18), mais conhecido por sua obra "Metsudat David", o Rashá é elevado e recebe honrarias e poder para que assim sua posterior queda seja muito mais dolorosa, como diz o ditado: "Quanto mais alto, maior é a queda".<br /> <br /> Outro aspecto importante apontado pelo Meam Loez é o fato do povo judeu ter feito Teshuvá com a ascensão de Haman ao poder. Haman já era um conhecido odiador do povo judeu. O susto que foi causado aos judeus pelo fato de alguém tão perverso ter chegado a um cargo tão alto, com tanto poder e honra, certamente ajudou a despertar o coração adormecido deles. Em outras palavras, Haman foi apenas um fantoche, um instrumento nas mãos de D'us para trazer de volta o povo judeu que havia se desviado.<br /> <br /> Há uma terceira e surpreendente resposta trazida pelo Rav Alexander Ziskind (Bielorússia, falecido em 1794), em sua famosa obra "Iessod VeShoresh Haavodá". Ele explica que podemos colocar no coração uma alegria especial ao refletirmos sobre o crescimento de Haman, pois estava de acordo com os decretos e a Supervisão Particular de D'us. E por que D'us fez isto? Para que o futuro milagre da salvação do povo judeu fosse ainda maior e mais divulgado no mundo inteiro. Através da elevação do grande inimigo e opressor do povo judeu, o Nome de D'us, que protege o povo judeu como um pastor que protege sua ovelha do ataque de 70 lobos, foi santificado entre todos os povos do mundo. Quanto mais Haman se elevou, quanto mais poder ele conseguiu, mais o Nome de D'us foi santificado. Toda a grandeza e honra alcançadas por Haman se voltou contra ele, pois a queda de Haman fez com que fosse sabido e difundido entre todos que realmente Haman não tinha nenhum poder verdadeiro e que é D'us o único que tem controle sobre tudo o que acontece.<br /> <br /> Este ensinamento também nos foi transmitido por David Hamelech (Rei David): "O homem simplório não saberá nem o tolo entenderá isso. Quando os Reshaim desabrocham como grama e florescem aqueles que fazem o mal, é somente para destruí-los para sempre. E Você permanece para sempre nas alturas" (Tehilim 92:7-9). David Hamelech está nos ensinando que os tolos não conseguem perceber que D'us tem controle sobre tudo o que ocorre no mundo. Mesmo quando parece que os Reshaim têm sucesso, mesmo quando aparentemente eles têm poder e honra, é apenas uma preparação de D'us para destruí-los, não apenas no Mundo Vindouro, mas também neste mundo. E quando isto acontece, D'us eleva Seu nome. Portanto, quanto mais o Rashá se eleva, mais sua queda causa uma santificação do Nome de D'us.<br /> <br /> Se pararmos para refletir sobre os acontecimentos da Meguilá, perceberemos que a subida meteórica de Haman teve ainda outro desenrolar importante para o povo judeu. Assim diz a Meguilá: "E o rei tirou o seu anel que tinha tirado de Haman e deu-o a Mordechai, e Ester deu a Mordechai o comando da casa de Haman" (Meguilat Esther 8:2). Mordechai foi elevado a ministro do rei e assumiu exatamente o mesmo posto de Haman. Isto quer dizer que, quanto mais Haman subiu, maior foi a "herança" recebida por Mordechai. O Midrash (parte da Torá Oral) explica, no versículo "Depois destas coisas, o rei Achashverosh engrandeceu Haman", que ao dar grandeza a Haman, D'us pensou: "Virá Haman, e o Rashá (malvado) apenas preparará, mas será o Tzadik (Justo) que vestirá. Virá Mordechai e pegará tudo dele e construirá o Beit Hamikdash". Justamente a grandeza dada a Mordechai após a morte de Haman fez com que ele fosse muito respeitado, trazendo aos judeus uma época de muita tranquilidade e liberdade.<br /> <br /> Um dos motivos que normalmente Purim cai junto com a Parashá Tetzavê é que a Parashá termina falando sobre os Korbanót. D'us quer que Seu povo esteja sempre conectado com Ele. Infelizmente, se não nos conectamos através das Mitzvót e da nossa Avodat Hashem (Serviço Divino), D'us tem outras maneiras de nos despertar e de nos trazer de volta. Muitos dos sofrimentos que passamos na vida poderiam ter sido evitados se nos comportássemos da maneira correta. D'us quer a nossa proximidade e está sempre cuidando de nós com um carinho especial.<br /><br /> A história de Purim se repete constantemente. Em todas as gerações Reshaim se levantam para destruir o povo judeu, mas D'us sempre nos salva de todos eles. E D'us nos protege sem que Sua mão possa ser vista abertamente. Porém, quem procura nas entrelinhas da história encontra D'us manejando tudo o quer acontece a cada instante. Mesmo nas situações nas quais parece que os Reshaim estão crescendo, devemos confiar em D'us, pois tudo faz parte dos Seus planos. Até mesmo um pequeno detalhe, como o enterro honroso de um simples judeu, não passa despercebido pelos Seus olhos. E D'us tem muitos intermediários para cumprir a Sua vontade, como falamos todos os dias na nossa Tefilá (reza): "Muitos são os pensamentos no coração do homem, mas é a vontade de D'us que sempre se cumpre". Esta é a essência de Purim.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM E PURIM SAMEACH<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
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Ex. 27:20-30:10, Ez.43:10-27Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-48048944774059568832017-03-03T21:25:00.001-03:002017-03-03T21:25:52.608-03:00VENCENDO A PREGUIÇA - PARASHÁ TERUMÁ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Era uma vez um grande palheiro que ficava perto de uma aldeia. Vários animais de pequeno porte haviam construído suas casas naquele palheiro e ali habitavam de forma harmoniosa, sem serem molestados pelos seres humanos. Entre os habitantes daquele palheiro estavam três grandes amigos: o jabuti, a tartaruga e o esquilo. O esquilo era agitado e ágil, enquanto o jabuti e a tartaruga eram muito lentos e preguiçosos.<br /> <br /> Certo dia, os três estavam conversando animadamente no palheiro quando, de repente, ouviram pessoas gritando: "Fogo! Fogo!". Muitos animais ficaram assustados e começaram a correr para salvar suas vidas. O jabuti não se incomodou, afirmando que estava tranquilo porque sabia mais de cem maneiras de lidar com o fogo. A tartaruga também não se preocupou e disse que sabia mais de mil maneiras de como acabar com um incêndio. Somente o esquilo percebeu o real perigo e, após tentar convencer seus amigos, fugiu para salvar sua vida. Enquanto todos os animais corriam, o jabuti e a tartaruga ficaram ali, discutindo e comparando seus conhecimentos sobre combate a incêndios.</span><br /><br /><span style="color: black;">Infelizmente, dos três amigos, o esquilo foi o único que sobreviveu ao incêndio."</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Esta pequena fábula ilustra a terrível influência da preguiça em nossas vidas. O preguiçoso, mesmo diante de um terrível fogo, não toma atitudes. Ao invés de correr, de se movimentar, o preguiçoso procura justificativas lógicas para continuar parado. E é por isso que o preguiçoso acaba se queimando tanto na vida.</span></div>
<!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
</table>
<![endif]--> <br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A Parashá desta semana, Terumá (literalmente "Porção"), descreve uma das realizações mais incríveis do povo judeu: a construção do Mishkan, o Templo Móvel que funcionava como "residência" da Presença Divina no meio do povo no deserto. O Mishkan foi construído com materiais nobres, que foram prontamente doados pelo povo, como está escrito: "E esta é a porção que você pegará deles: ouro, prata e cobre; lã turquesa, lã púrpura e lã escarlate; linho e pelo de cabra; couro de carneiro tingido de vermelho; couro de Tachash (animal multicolorido, já extinto); madeira de acácia; óleo para a iluminação, especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; pedras de Shoham e pedras de preenchimento, para o Avental e para o Peitoral" (Shemot 25:3-7).<br /> <br /> Há algo nesta lista que nos chama muito a atenção. Aparentemente a ordem dos materiais listados está de acordo com o seu valor monetário, começando com os metais mais preciosos e terminando com o óleo. Porém, no final da lista aparecem as pedras de Shoam e as pedras de preenchimento, que eram pedras preciosas de valor inestimável. Então por que, se tinham um valor tão alto, elas apareciam apenas no final da lista, como se fossem materiais sem valor?<br /> <br /> Responde o Rav Chaim ben Atar zt"l (Marrocos, 1696 - Israel, 1743), mais conhecido como Ohr HaChaim Hakadosh, que os Nessiim, príncipes das tribos, as pessoas mais influentes e ricas do povo judeu, ao escutarem que o Mishkan seria construído com as doações do povo, disseram: "Deixe o povo doar o que eles puderem e tudo o que faltar nós completaremos". Porém, no final o plano deles deu errado, pois o povo doou com tanta alegria e entusiasmo que Moshé precisou até mesmo pedir para que as doações parassem de ser trazidas. Quando os Nessiim perceberam, todos os materiais já haviam sido doados e eles acabaram ficando de fora. D'us ficou muito aborrecido com o comportamento deles e castigou-os, fazendo com que a palavra "Nessiim", normalmente escrita com a letra "Iud", fosse escrita incompleta, sem a letra "Iud" (ver Shemot 35:27). Porém, ao perceber que os Nessiim estavam arrependidos do seu erro, D'us permitiu que eles trouxessem as pedras preciosas do Avental e do Peitoral, que faziam parte das roupas do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote). Pelo fato da doação das pedras preciosas envolver algum tipo de transgressão, elas são mencionadas por último na lista de materiais doados ao Mishkan, pois apesar de seu grande valor material, a imperfeição espiritual da doação causou com que as pedras preciosas fossem inferiores aos outros materiais da lista.<br /> <br /> Porém, ainda não está claro qual foi exatamente o erro dos Nessiim. Qualquer pessoa responsável pela captação de fundos de uma sinagoga ou de uma instituição filantrópica sonharia em escutar este tipo de oferta. Um doador que se dispõe a cobrir tudo o que falta parece ser uma pessoa muito caridosa, um verdadeiro Tzadik (Justo). Se o aborrecimento de D'us foi com o atraso das doações dos Nessiim, aparentemente eles adiaram suas doações com motivações nobres e compreensíveis. Qual foi exatamente o erro que eles cometeram? E se foi apenas um pequeno deslize, por que eles foram punidos de maneira tão dura por D'us.<br /> <br /> Rashi (França, 1040 - 1105), no versículo no qual a palavra Nessiim aparece faltando o "Iud", nos traz a seguinte explicação: "Pelo fato dos Nessiim terem sido preguiçosos no início, eles perderam um "Yud" no seu nome". Rashi está trazendo uma explicação incrível, que demonstra que D'us vê inclusive os pensamentos mais íntimos do coração de cada ser humano. D'us revelou que, mesmo revestido por justificativas corretas, o argumento dos Nessiim era, na verdade, apenas uma desculpa. Embora os Nessiim estivessem justificando que não estavam levando imediatamente suas doações por motivos nobres, D'us sabia que no fundo o motivo era a preguiça.<br /><br /> O Rav Moshe Chaim Luzzatto zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746) explica em seu livro "Messilat Yesharim" (Caminho dos Justos) que mesmo os motivos aparentemente mais válidos para não assumirmos responsabilidades na vida normalmente não passam de desculpas que encobrem nossa preguiça e nosso desejo de não sair do lugar. Um exemplo impressionante que ilustra esta força do nosso Yetser Hará (mau instinto) é o livro "Chovot Halevavot" (Deveres do coração), uma das maiores obras de Mussar (Ética) já escritas, que certamente já teve uma incrível influência espiritual sobre dezenas de gerações de judeus. O Rav Bahya ibn Paquda (Espanha, início do século 11), autor do "Chovot Halevavot", detalhou na introdução do seu livro quantas dificuldades ele venceu para escrevê-lo. Uma das principais dificuldades foi que, depois de ter decidido escrever o livro, ele acabou mudando de ideia, baseando-se em uma série de motivos lógicos e aparentemente racionais. Por exemplo, ele imaginava que não tinha força nem entendimento suficientes para captar profundamente os ensinamentos da Torá e transmiti-los em um livro. Além disso, o livro deveria ser escrito em árabe, a língua que a grande maioria dos judeus falava na região em que ele vivia, porém ele não dominava um estilo elegante da escrita árabe. Ele também tinha medo de assumir a responsabilidade de uma difícil tarefa cuja consequência poderia ser a exposição pública de seus próprios defeitos e limitações. Por estes e outros motivos, o Rav Bahya decidiu abandonar o projeto. Os judeus de todas as gerações teriam perdido uma incrível fonte de ensinamentos espirituais.<br /> <br /> O que levou o Rav Bahya a mudar de ideia e novamente investir em sua obra? Ele parou para refletir sobre sua decisão e chegou à conclusão que talvez suas motivações não estavam sendo completamente puras. Ele começou a suspeitar que havia escolhido a opção mais confortável, buscando apenas tranquilidade na vida. Ele chegou à conclusão que, por trás das razões aparentemente racionais, o que realmente havia motivado o cancelamento do projeto era o desejo de ficar parado na vida. Para o eterno benefício do povo judeu, ele acabou juntando forças, teve a coragem de encarar os desafios e, apesar das dificuldades, escreveu o "Chovot Halevavot". Não podemos nem imaginar o povo judeu desprovido das incríveis orientações espirituais contidas neste livro.<br /> <br /> As razões do Rav Bahya para não escrever o livro pareciam realmente corretas e lógicas, mas ele conseguiu reconhecer, em sua grandeza espiritual, que eram razões "manchadas" pelo desejo de conforto na vida. Se alguém grande como o Rav Bahya estava sujeito às influências das nossas características negativas, em especial a preguiça, muito mais nós, em nosso nível espiritual tão baixo, devemos nos preocupar com os riscos de cairmos nas armadilhas da preguiça, um traço de caráter destruidor. Cada um de nós sempre tem razões aparentemente válidas e corretas para ignorar possíveis caminhos de melhoria na vida, mas devemos estar conscientes que, na grande maioria das vezes, é apenas a preguiça nos convencendo a ficarmos parados.<br /> <br /> O Yetser Hará da preguiça é tão astuto que pode vir disfarçado de traços de caráter admiráveis, como a humildade. O Rav Moshe Feinstein zt"l (Lituânia, 1895 - EUA, 1986) nos ensina que temos a tendência comum de subestimarmos o nosso potencial, argumentando que temos poucos talentos e que não estamos destinados à grandeza espiritual. Mas o que parece humildade é, na verdade, o nosso Yetser Hará querendo nos enganar. Esta tendência de subestimar o nosso potencial vem da nossa preguiça, uma manifestação do nosso desejo por conforto. Atingir a grandeza espiritual requer muito esforço e disposição para encarar contratempos e até mesmo fracassos. Isto não é uma tarefa fácil, o que torna ainda mais tentador para a pessoa "se liberar" de suas responsabilidades na vida e escolher os caminhos mais fáceis e cômodos. Muitas "almas de ouro" do povo judeu podem simplesmente ter se apagado por terem se acomodado na vida.<br /> <br /> Constantemente surgem oportunidades de crescimento e melhoria. Estas oportunidades servem para podermos crescer no nosso nível espiritual e também para influenciarmos positivamente outras pessoas em volta. A dura lição aprendida pelos Nessiim é eterna e também serve para cada um de nós. Talvez o mais poderoso fator que pode nos impedir de atingir a grandeza espiritual é o desejo pelo conforto, que deriva da preguiça. Isto faz com que a pessoa crie inúmeras razões para justificar a sua inabilidade de crescer tudo o que poderia. Foi por isso que D'us castigou os Nessiim de forma tão dura, para mostrar o quanto esta característica da preguiça é terrível e pode nos impedir de crescer e de cumprir o nosso objetivo na vida. O livro "Messilat Yesharim" nos ensina a identificar estas razões e justificativas como sendo "conselhos do Yetser Hará". Devemos, portanto, ignorá-las e continuar os nossos esforços para alcançar os nossos objetivos. Para vencer este terrível Yetser Hará, cada um precisa se esforçar, antes de tudo, para ser sincero consigo mesmo. Precisamos refletir e saber identificar quando realmente nossos argumentos são verdadeiros e quando são apenas desculpas para nos manter parados.<br /><br /> Viemos ao mundo material justamente para crescer, mas não há crescimento sem esforço. Fracassos são parte da vida, ninguém chega ao sucesso sem tropeços e dificuldades. Quando tentamos fazer nosso trabalho espiritual e surgem dificuldades, isto é um sinal de que estamos indo no caminho correto, pois o Yetser Hará está tentando nos impedir de alcançar nosso objetivo. Quando alguém está cavando em busca de um tesouro e bate com a pá em algo duro, é um sinal de que o tesouro está perto. O mesmo vale para a nossa vida, pois quando surgem grandes desafios e dificuldades, isto é um sinal de que o sucesso está muito perto.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Ex. 25:1-27:19, 1 Rs. 5:12 -6:13Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-53349634684984941082017-02-24T20:01:00.001-03:002017-02-24T20:01:33.792-03:00DOAR COM O CORAÇÃO - PARASHÁ MISHPATIM 5777 Foi em um dia qualquer, no meio do verão, na cidade de Angra dos Reis. Um lugar paradisíaco, que estamos acostumados a ver estampado nas páginas das revistas. O garoto pobre aproximou-se da mansão, colocou o rostinho entre as grades do portão alto e ficou olhando. Evelyn, a dona da casa, uma senhora distinta, regava o jardim. Fazia a tarefa devagar, como quem distribui as gotas com carinho. O menino, em seus nove anos, segurando as grades com as duas mãos, pediu:<br /> <br /> - Ei, dona, tem pão velho?<br /> <br /> Ela olhou surpresa. Fechou a mangueira e começou a se aproximar do garoto. Desde a sua infância aquele tipo de situação a incomodava. Trazia uma mensagem dentro de si de que, quando alguém pedia pão velho, na verdade estava dizendo: "Me dá o pão que era meu e ficou na sua casa e você esqueceu de comer porque tem muitas outras coisas deliciosas para saborear". Ela caminhou até o portão e perguntou:<br /> <br /> - Por que você não está na escola?<br /> <br /> - Minha mãe não tem dinheiro para comprar o material - respondeu o garoto, com sinceridade.<br /> <br /> Evelyn já estava tão próxima dele que quase o podia tocar. Ele tinha um rostinho tão delicado. Pena que estivesse tão sujo. Pensou nos próprios filhos, tão bem cuidados, penteados, roupas limpas, calçados brilhantes e lancheira cheia para ir para a escola. Do rostinho miúdo do garoto se destacavam os olhos. Espertos, inteligentes e sofridos.<br /> <br /> - Seu pai mora com vocês? - arriscou Evelyn.<br /> <br /> - Ele sumiu há muitos anos. Não sabemos onde ele está - respondeu o garoto, com voz triste.<br /> <br /> A conversa prosseguiu. Evelyn até se esqueceu do jardim e das flores. Diante dela estava uma flor muito mais importante e com muito mais necessidades. Finalmente, Evelyn se recordou da fome do menino e, fazendo um gesto de quem se dirigia para dentro de casa a fim de buscar alguma coisa, exclamou:<br /> <br /> - Espere um pouco, vou buscar o pão. Mas não tenho pão velho, serve novo?<br /> <br /> - Não precisa não, a senhora já conversou comigo. Tchau - respondeu o garoto, e desapareceu ladeira abaixo.<br /> <span style="color: black;">Aquela resposta caiu como um raio no coração de Evelyn. Ela teve a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança. Um menino de nove anos já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de carinho e de uma conversa amiga. Naquele dia Evelyn aprendeu um novo significado para o pedido de pão velho. Significa "converse comigo, me dê atenção". Por isso, ela continua dando pão novo, fresquinho. Mas, antes de tudo, compartilha o pão das pequenas conversas, um pão que nunca fica velho. O pão mata a fome do corpo, mas a palavra carinhosa nutre o coração entristecido e traz de volta a esperança de um mundo melhor.</span><!--[if mso]> </td> <![endif]--> <!--[if mso]> </tr>
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<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnImageBlockOuter">
<tr><td class="mcnImageBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding: 9px;" valign="top"><table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnImageContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnImageContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 0; padding-left: 9px; padding-right: 9px; padding-top: 0; text-align: center;" valign="top"><img align="center" alt="" class="mcnImage" src="https://gallery.mailchimp.com/ad78353f5cb390050b380030e/images/085be91b-a059-420a-bc26-9895f930b457.png" style="-ms-interpolation-mode: bicubic; border: 0; display: inline !important; max-width: 495px; outline: none; padding-bottom: 0; text-decoration: none; vertical-align: bottom;" width="495" /> </td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextBlock" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody class="mcnTextBlockOuter">
<tr><td class="mcnTextBlockInner" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-top: 9px;" valign="top"><!--[if mso]> <table align="left" border="0" cellspacing="0" cellpadding="0" width="100%" style="width:100%;">
<tr> <![endif]--> <!--[if mso]> <td valign="top" width="600" style="width:600px;"> <![endif]--> <table align="left" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="mcnTextContentContainer" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; border-collapse: collapse; max-width: 100%; min-width: 100%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; width: 100%px;"><tbody>
<tr><td class="mcnTextContent" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; mso-table-lspace: 0pt; mso-table-rspace: 0pt; padding-bottom: 9px; padding-left: 18px; padding-right: 18px; padding-top: 0; text-align: left;" valign="top"><div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A Parashá desta semana, Mishpatim (literalmente "Juízos"), nos ensina diversos tipos de leis, em especial as que envolvem os relacionamentos interpessoais, nos ajudando a entender o quanto a Torá é rigorosa com o nosso comportamento em relação ao nosso semelhante e o quanto devemos nos esforçar para sermos pessoas corretas e honestas. São dezenas de leis, com muitos detalhes de como devemos nos comportar mesmo nas situações difíceis que ocorrem no nosso cotidiano.<br /> <br /> A Parashá também desperta o lado misericordioso do ser humano, ao nos ensinar leis referentes aos cuidados que devemos ter com os pobres. Por exemplo, a Torá diz que é uma obrigação emprestar dinheiro a alguém necessitado e nos ensina como fazer isso da melhor maneira, como está escrito: "Quando você emprestar dinheiro ao Meu povo, ao pobre que está com você, não se comporte com ele como um credor... se você pegar a roupa de seu companheiro como garantia, você deve devolvê-la até o por do sol. Pois esta é a sua única coberta, a veste para sua pele, com o que ele dormirá? Se ele gritar a Mim, Eu escutarei, pois Eu sou misericordioso" (Shemot 22:24-26).<br /> <br /> Este versículo descreve detalhes importantes da Mitzvá de emprestar dinheiro a alguém necessitado. Em primeiro lugar, a Torá ressalta que não devemos nos comportar como credores, nos ensinando que quando uma pessoa não tem condições de devolver o empréstimo na data combinada, não devemos pressioná-la. Devemos deixá-la à vontade, para que ela não se sinta humilhada toda vez que nos encontrar. Além disso, a Torá nos ensina que o devedor deve deixar um objeto como garantia, para caso não consiga pagar sua dívida. Porém, se a pessoa for tão pobre que este objeto de garantia for algo que ela precisa para o seu dia-a-dia, como a roupa que ela veste para dormir, então devemos constantemente devolvê-lo, para que a pessoa possa utilizá-lo sempre que necessário.<br /> <br /> Mas o que realmente nos chama a atenção são as palavras finais do versículo: "Se ele gritar a Mim, Eu escutarei, pois Eu sou misericordioso". Aparentemente a Torá está deixando claro que, caso o credor não devolva o objeto de garantia para o devedor quando este necessitar, causando com que o devedor grite desesperadamente para D'us, então Ele escutará e castigará o credor. Porém, o credor cometeu alguma transgressão somente por ter pressionado o devedor, retendo o objeto de garantia? O credor fez a sua parte e emprestou seu dinheiro. O grito é apenas entre o devedor e D'us, pois o credor não tem culpa do devedor não ter dinheiro para pagar suas dívidas. Então por que o versículo dá a entender que o credor será castigado caso pressione o devedor?<br /> <br /> De acordo com o Rav Ovadia Sforno zt"l (Itália, 1475-1550), após escutar o grito do pobre, D'us fala para o credor: "Quando o pobre grita para Mim, Eu darei a ele um pouco do que teria dado a você, pois Eu dou a você mais do que você precisa justamente para que você possa ajudar a sustentar os outros". Isto quer dizer que D'us deveria mandar para cada ser humano exatamente o que ele precisa para as suas necessidades básicas, como ocorria no deserto, quando o "Man" caía diariamente e cada um recebia exatamente a quantidade que necessitava para sua alimentação diária. Porém, olhamos para o mundo e vemos que a distribuição das riquezas não é igual. Para alguns D'us manda "a mais", enquanto para outros D'us manda "a menos". Devemos ter a claridade de que quando recebemos "a mais", isto não é para nós mesmos, para os nossos luxos, e sim para podermos ajudar a sustentar outras pessoas. É por isso que o versículo utiliza as palavras "Eu escutarei", pois D'us escutará que o credor tem mais do que precisa para suas próprias necessidades e, mesmo assim, fica pressionando o devedor, que tem menos do que precisa. Qual será a consequência? D'us tirará o dinheiro do credor e dará ao devedor.<br /> <br /> Este conceito foi ensinado pelo mais sábio dos homens, Shlomo Hamelech (Rei Salomão): "O rico e o pobre serão visitados. D'us é quem faz todos eles" (Mishlei 22:2). O Talmud (Temurá 16a), ao explicar este versículo, relata o que acontece quando um pobre se dirige a um rico e pede "por favor, me ajude no meu sustento". Caso o rico o ajude, então está tudo bem, mas caso o rico não o ajude, sofrerá consequências. "D'us é quem faz todos eles" significa que, da mesma forma que D'us fez a pessoa ficar rica, então Ele fará esta pessoa empobrecer, e da mesma forma que D'us fez a outra pessoa ser pobre, Ele a fará enriquecer.<br /> <br /> Mas será que isto realmente pode acontecer? A pessoa rica já tem muito dinheiro acumulado, enquanto o pobre não tem nada! Como pode ser que esta situação vai se inverter? Estamos tão imersos nas ideias equivocadas do mundo material que nos esquecemos de que as regras espirituais são diferentes do que os nossos olhos enxergam. D'us recria tudo a todo instante. O que a pessoa tem neste momento não diz nada em relação ao que vai ocorrer em um próximo momento. Nada é garantido, pois se D'us não recriar a riqueza do rico, no próximo instante ele estará completamente pobre. Portanto, D'us, que controla tudo, pode fazer o rico perder tudo e o pobre enriquecer da noite para o dia.<br /> <br /> O mesmo conceito também se aplica em relação aos assuntos espirituais. Assim nos ensina Shlomo Hamelech: "O pobre e o homem de pensamentos profundos são visitados. D'us é quem ilumina os olhos dos dois" (Mishlei 29:13). O Talmud (Temurá 16a) explica que este versículo se refere a um aluno que vai ao seu professor e pede "por favor, me ensine Torá". Caso o professor o ensine, então está tudo bem, pois D'us iluminará os olhos dos dois, tanto do professor quanto do aluno. "Pobre", neste caso, se refere ao aluno, alguém ainda pobre em Torá. "Homem de pensamentos profundos" se refere ao professor, neste caso alguém que já tem bastante conhecimento, mas que ainda precisa crescer muito espiritualmente. Caso o professor aceite dedicar parte do seu tempo para ensinar ao seu aluno, abrindo mão do seu próprio tempo de estudo, então D'us iluminará os olhos dos dois. O professor não perderá nada, ao contrário, ganhará conhecimento e sabedoria junto com o aluno.<br /> <br /> Porém, o Talmud continua explicando que, caso o professor se recuse a ensinar seu aluno, preferindo dedicar seu tempo apenas ao seu próprio crescimento em Torá, então D'us, quem transformou aquela pessoa em um sábio, pode transformá-lo em um grande tolo, enquanto aquele que foi criado tolo pode se transformar em um sábio. Quando alguém não é misericordioso e se recusa a dividir o que recebeu "a mais", D'us o castiga e retira dele parte do seu dinheiro e dá ao pobre. O mesmo acontece com aquele que se recusa a ensinar seu companheiro, ele é castigado e perde parte de sua sabedoria, que é dada àquele que quer aprender. É como se D'us estivesse dizendo: "Eu te dei condições financeiras, Eu te dei sabedoria e força para você poder ensinar também aos outros, então por que você quer pegar tudo apenas para você mesmo? Você acha que tem algo? Quem deu tudo isto a você fui Eu. E como a cada momento Eu renovo o que Eu dou para as pessoas, a partir deste momento eu deixarei de dar para você e começarei a dar para ele".<br /> <br /> Este é um grande ensinamento para conseguirmos vencer o nosso egoísmo. Vivemos com excessos e luxos, enquanto muitas pessoas não têm nem mesmo o básico. E o pior de tudo é que não nos importamos com os outros. Não apenas não repartimos a parte "a mais" do nosso dinheiro, como também não dedicamos nem mesmo o nosso tempo aos outros, para ensinar algo ou simplesmente para dar atenção a quem necessita. Precisamos lembrar que tudo o que temos é por bondade de D'us, mas se não soubermos utilizar o que recebemos, podemos perder tudo. A palavra "Tzedaká" normalmente é traduzida como "caridade", mas a tradução literal é "justiça". Quando ajudamos alguém que tem menos do que nós não estamos apenas fazendo caridade, estamos fazendo justiça. Este "a mais" somente veio até nossas mãos para podermos ter o mérito de ajudar os outros e, assim, criar um mundo mais justo.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/<br />
Ex 21:1-24:18, Jr 34:8-22, 33:25-26Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-76520388811497084112017-02-17T21:17:00.000-02:002017-02-17T21:17:18.077-02:00A DIFÍCIL ARTE DE ESCUTAR - PARASHÁ ITRÓ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Yossef Goldman (nome fictício) estava se despedindo da Yeshivá. Após alguns anos de estudo em Israel, ele havia crescido muito espiritualmente. Porém, agora era hora de voltar aos Estados Unidos, para dar continuidade ao seu crescimento ao lado da família. A Yeshivá organizou uma linda festa de despedida para ele. Todos os seus amigos de anos de Yeshivá estavam presentes. Mas certamente um dos mais emocionados era Avraham Katz (nome fictício), seu "Chavruta" (colega de estudos) por muitos anos. Horas por dia eles passavam juntos, imersos no estudo da Torá, e a despedida agora era dura. Em certo momento da festa, começaram os discursos de despedida. Então chegou a vez de Avraham discursar:<br /> <br /> - Não preciso me estender nos elogios ao Yossef - começou Avraham, visivelmente emocionado - Todos que conviveram com ele conhecem suas incríveis qualidades, como sua bondade, sempre pronto a ajudar todos que necessitam, e sua seriedade no cumprimento das Mitzvót e no estudo da Torá. Mas ele tem uma qualidade que eu, como seu Chavruta de muitos anos, fui um dos poucos privilegiados a perceber. Certo dia, nós estávamos entretidos em uma passagem do Talmud muito difícil. Tínhamos visões completamente distintas sobre como entender aquela passagem. Por muito tempo ficamos em uma discussão acalorada, cada um trazendo argumentos para defender seu ponto de vista. Era uma verdadeira "guerra de Torá" que estávamos travando. Apesar de ter defendido meu ponto de vista com unhas e dentes, Yossef é uma pessoa com uma incrível capacidade de argumentação. Mesmo me esforçando muito, parecia que ele havia saído vitorioso da discussão. Porém, no final do dia ele me chamou e disse: "Avraham, depois de refletir muito sobre seus argumentos, eu entendi os cálculos que você fez para chegar às suas conclusões. E, entendendo a forma como você chegou à sua conclusão, eu percebi que realmente é você que está certo no entendimento desta passagem que estudamos".<br /> <br /> - Quando escutei aquilo - concluiu Avraham - eu entendi a verdadeira grandeza do meu Chavruta. Mesmo defendendo o seu ponto de vista, ele soube escutar os meus argumentos. Mas, acima de tudo, ele teve a humildade de assumir que estava errado. Não é fácil, em especial em uma discussão, alguém assumir que o outro está certo. E tenho certeza que estas duas incríveis qualidades de Yossef, a humildade e ouvidos que escutam de verdade, vão fazê-lo se tornar um dia um grande Talmid Chacham (Erudito de Torá).</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
<span style="color: black;">***************************************************************</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">A Parashá desta semana, Itró, começa descrevendo a vinda de Itró, sogro de Moshé, ao acampamento do povo judeu no deserto. Ele trouxe também a esposa de Moshé e seus filhos, que haviam ficado em Midian enquanto Moshé foi ao Egito salvar o povo judeu. Itró havia escutado sobre o grande milagre da abertura do mar e sobre a guerra contra o povo de Amalek, e escutou de Moshé também todos os detalhes da salvação do povo judeu no Egito. Ele se surpreendeu com todos os milagres e com a incrível salvação do povo judeu. Depois disso, a Parashá descreve que Itró percebeu que Moshé julgava sozinho todo o povo, algo que era pesado para ele e para o povo, e por isso sugeriu que Moshé apontasse pessoas aptas a julgar o povo junto com ele, dividindo o peso e a responsabilidade. Moshé escutou os conselhos de seu sogro e, depois de se aconselhar com D'us, criou tribunais de instâncias menores, de forma que apenas os casos mais difíceis chegavam até ele. Por último, a Parashá também traz um dos eventos mais importantes da história do povo judeu: a entrega da Torá no Monte Sinai, diante de todo o povo judeu. Mas qual é a conexão entre a visita de Itró, o seu conselho dado a Moshé e a entrega da Torá no Monte Sinai?<br /> <br /> Quando estamos em uma discussão importante e sentimos que não estamos conseguindo transmitir nosso ponto, como reagimos? Em um primeiro momento, repetimos e insistimos. Porém, se mesmo assim não conseguimos ter sucesso em convencer o outro de que estamos certos, o que fazemos? Começou a gritar: "Você está ouvindo o que estou dizendo? Você está prestando atenção?" Todo mundo alguma vez já tropeçou neste tipo de erro. Mas por que isto acontece? Por que às vezes queremos mostrar o nosso ponto, mas parece que a outra pessoa não está nem ouvindo nossos argumentos. O mais impressionante é perceber que nós fazemos exatamente a mesma coisa. Quantas vezes achamos que estamos ouvindo a outra pessoa mas, de repente, descobrimos que nossa cabeça estava em outro lugar e não prestamos atenção em nenhuma palavra do que o outro falou? A grande pergunta que surge é: por que é tão difícil escutar os outros?<br /> <br /> Explica o Rav Yehonasan Gefen que o ser humano tem uma tendência natural de bloquear qualquer tipo de informação que contradiz a sua própria forma de ver as coisas. Isto porque, de maneira até inconsciente, nunca queremos assumir que estamos errados, pois os erros são um ataque direto à nossa autoestima. Portanto, acabamos bloqueando qualquer tipo de informação que vá contra o que acreditamos ser o correto. Mesmo quando estamos diante das provas mais convincentes, preferimos bloquear nossos ouvidos e não escutar.<br /> <br /> Isto é algo muito ruim para nossa vida em geral, mas há uma área em particular que é profundamente afetada por este tipo de "bloqueio": o nosso estudo de Torá. E isto pode acontecer não apenas com alunos iniciantes, mas até mesmo com grandes estudantes de Torá. De acordo com o Rav Elyahu Lopian zt"l (Polônia, 1876 - Israel, 1970), mesmo pessoas que estudam com constância e se esforçam muito no estudo da Torá podem acabar se tornando incapazes de escutar outras opiniões e de se conectar com o que dizem outras pessoas. Eles ficam completamente bloqueados, absorvidos em seus próprios pensamentos e opiniões. Pessoas com este tipo de atitude não apenas serão severamente punidas por seu comportamento inadequado, mas também nunca terão sucesso em seu aprendizado de Torá. A pessoa naturalmente é tendenciosa a ser favorável às suas próprias opiniões. Portanto, caso ela não consiga escutar o que os outros dizem, nunca conseguirá esclarecer as coisas de forma precisa.<br /> <br /> O contrário também é válido. O Rav Chaim Ozer Grodzinsky zt"l (Bielorússia, 1863 - Lituânia, 1940) foi um dos maiores sábios de Torá de sua geração. Todos conhecem a sua grandeza no domínio da Torá, sua incrível genialidade e sua habilidade de pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, poucos sabem como ele chegou a este nível tão elevado. Contam que desde muito jovem o Rav Chaim Ozer podia sempre ser encontrado entre os grandes sábios de Torá da geração. Porém, em uma discussão, o Rav Chaim Ozer nunca dizia para eles "aceitem minha opinião". Ao contrário, ele se transformou em um recipiente que reunia e acumulava todas as opiniões e explicações que ele escutava dos sábios de Torá. Ele absorveu todo o conhecimento que escutou e transformou-o em parte de sua própria essência. O segredo da grandeza do Rav Chaim Ozer foi a disposição de aprender com absolutamente tudo o que ele escutava. <br /> <br /> É por isso que a Parashá que fala sobre a entrega da Torá no Monte Sinai começa com as seguintes palavras: "Vaishmá Itró" (E escutou Itró). Itró se reuniu ao povo judeu após ter escutado sobre o incrível milagre da abertura do mar e sobre a vitória do povo judeu contra Amalek. Mas apenas Itró escutou? O mundo inteiro havia escutado, mas Itró foi o único que internalizou a mensagem. Os nossos sábios explicam no Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas) que existem 48 ferramentas para verdadeiramente adquirir os conhecimentos da Torá. A segunda ferramenta é "Shmiat Haozen", que literalmente significa "escutar com os ouvidos". Toda vez que a Torá utiliza a palavra "Shemá", como em "Shemá Israel", isto implica um nível mais profundo de escuta, que envolve focar, prestar atenção, entender e colocar em ação. Escutar de verdade é deixar a mensagem penetrar em nossos pensamentos e nos influenciar na prática. O mundo inteiro escutou sobre os milagres que ocorreram ao povo judeu, mas somente Itró internalizou e tomou uma atitude.<br /> <br /> Porém, há um nível ainda maior do que saber escutar as opiniões de pessoas mais elevadas do que nós: saber escutar as opiniões daqueles que estão em um nível mais baixo do que nós. Normalmente, quando escutamos uma pessoa mais baixa expressando sua opinião, nós "desligamos" os nossos ouvidos. Ao invés de escutar, nossa cabeça está focada em procurar argumentos para derrubar o que o outro está falando. Além de ser uma tremenda demonstração de falta de educação, esta atitude dificulta nossa possibilidade de crescimento em sabedoria.<br /> <br /> Assim aprendemos daqueles que atingiram a grandeza: "Quem é o sábio? Aquele que aprende com todos" (Pirkei Avót 4:1). Mas o que significa aprender com todos? O que pessoas com menos sabedoria podem acrescentar em nossas vidas? Esta pergunta foi feita certa vez a um grande rabino, que respondeu contando algo muito interessante que havia acontecido em sua vida. Ele era um rabino muito respeitado, grande conhecedor da Torá. Certa vez ele foi convidado a dar aulas de Mishná Brurá, um livro de Halachót (leis) extremamente profundo escrito pelo Chafetz Chaim, a um grupo de Baalei Teshuvá (pessoas afastadas do judaísmo que decidiram se reaproximar da Torá). Apesar de serem pessoas ainda com pouco conhecimento de Torá, eles abordavam as Halachót através de ângulos muito diferentes do rabino e traziam questionamentos que ele nunca havia parado para pensar. Após um ano de aulas, o rabino chegou a uma incrível conclusão: por causa daquelas aulas, ele havia repensado seriamente sobre muitos fundamentos que ele já havia aceitado em sua vida, e havia chegado a um nível muito mais profundo e abrangente no entendimento das Halachót da Mishná Brurá. Ao saber escutar mesmo das pessoas com menos conhecimento, ele havia elevado de maneira significativa seu conhecimento de Torá.<br /> <br /> É por isso que a Torá também traz como introdução à entrega da Torá o conselho de Itró a Moshé Rabeinu. Moshé foi o maior profeta da história da humanidade, havia recebido pessoalmente de D'us toda a Torá. Apesar de Itró ser uma pessoa sábia, que havia dedicado sua vida a buscar conhecimento, ele não chegava aos pés da grandeza de Moshé. Escutar Itró foi uma monumental demonstração da grandeza espiritual de Moshé. Foi a maior demonstração de que "sábio é aquele que aprende com todas as pessoas".<br /> <br /> A Parashá nos ensina que a única maneira de se tornar grande em Torá é sendo humilde e estando com os ouvidos abertos a todos. Por educação e por sabedoria, precisamos aprender a escutar. Precisamos saber deixar o outro falar a frase até o fim e não interrompê-lo no meio já com a nossa resposta. Há muitas pessoas que fazem questão de repetir o argumento do seu companheiro antes de dar a sua opinião, para ter certeza que realmente entendeu o que o outro quis dizer. D'us não vai cobrar de nós por não estarmos sempre com a razão, mas certamente Ele nos cobrará se não soubermos escutar todas as pessoas. É sabendo escutar que se criam gigantes espirituais.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;"><span style="color: #606060; font-family: Helvetica;">http://ravefraim.blogspot.com.br/</span></span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;"><span style="color: #606060; font-family: Helvetica;">Ex. 18:1-20:26, Is. 6:1-7:6; 9:6-7</span></span></span></div>
Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-27058087753853249872017-02-11T17:29:00.000-02:002017-02-11T17:29:00.444-02:00RESPEITANDO O PRÓXIMO - PARASHÁ BESHALACH 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Depois de alguns meses se conhecendo, Joel e Miriam ficaram noivos. Eles não cabiam em si de contentamento, pois sentiam que finalmente haviam encontrado suas metades. Como ainda estavam se conhecendo, combinaram de fazer um passeio em um parque no alto da cidade, um lugar com uma vista maravilhosa. Após passearem e conversarem muito, ao perceberem que estava anoitecendo, decidiram voltar. Foi então que Miriam comentou com Joel que a lua havia sumido. Muito romântico, Joel respondeu:<br /> <br /> - A lua deve ter ficado envergonhada diante da sua beleza e por isso se escondeu.<br /> <br /> Miriam se sentiu lisonjeada com a resposta tão galanteadora do seu noivo. Que homem educado e delicado. Havia ganhado um prêmio de loteria ao ter conhecido alguém assim tão especial. Alguns meses depois eles se casaram e, com o tempo, começaram a se conhecer cada vez mais e a ganhar intimidade. Após alguns anos de casamento, Miriam quis resgatar um pouquinho do romantismo da época de noivado. Ela convidou Joel para passear naquele mesmo parque. No final do passeio, quando já estava anoitecendo, novamente Miriam virou-se para Joel e comentou que a lua havia desaparecido. Ele então virou-se para ela e disse:<br /> <br /> - Sua tonta, você não percebeu que hoje está nublado???"<br /> <br /> Apesar de ser uma piada, muitas vezes a convivência com as pessoas faz com que deixemos de tratá-las com o devido respeito. Temos que nos cuidar muito, principalmente com as pessoas mais próximas, para nunca ofender ou destratar ninguém, em especial as pessoas mais queridas. </span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
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<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Na Parashá desta semana, Beshalach (literalmente "Quando enviou"), finalmente o povo judeu saiu em liberdade, acabando com 210 anos de uma brutal escravidão. Mas a alegria do povo judeu durou pouco, pois logo o Faraó se arrependeu de ter libertado seus escravos e saiu em sua perseguição. Os judeus se viram presos no meio do deserto, com o Mar Vermelho diante deles e os egípcios fortemente armados se aproximando ameaçadoramente. D'us então fez o grande milagre da abertura do mar, para que os judeus pudessem passar com segurança em terra firme, e depois fechou-o sobre os egípcios, matando-os e deixando seus corpos expostos na praia, para que os judeus pudessem se sentir livres de verdade ao ver seus opressores mortos.<br /> <br /> Quando os judeus viram o grande milagre e salvação que D'us havia feito, se sentiram tão felizes que de seus corações saiu um cântico de agradecimento, o "Shirat Haiam" (Cântico do Mar). A abertura do mar foi um incrível momento de revelação e proximidade de D'us. Dentro deste Cântico estão as seguintes palavras de louvor: "Este é o meu D'us e eu O exaltarei" (Shemot 15:2). A explicação mais simples é que as pessoas puderam ter uma visão mais clara de D'us durante aquele milagre e puderam reconhecer toda a Sua bondade.<br /> <br /> O Talmud (Shabat 133b) aprende outro ensinamento deste versículo. A palavra "Anvehu", que significa "Eu O exaltarei", vem da mesma raiz da palavra "Noi", que significa "Beleza". O Talmud nos ensina que este versículo é uma exigência de nos esforçarmos para cumprir as Mitzvót de D'us da maneira mais agradável esteticamente. Por exemplo, quando cumprimos a Mitzvá de "Arbaat HaMinim" (4 espécies), devemos procurar um Lulav de aparência bonita. Também quando construímos uma Sucá e adquirimos um Talit, devemos nos esforçar para que eles sejam visualmente bonitos. De acordo com o Rabeinu Bechaya zt"l (Espanha, 1255 - 1340), este embelezamento das Mitzvót é uma maneira através da qual nós podemos demonstrar o nosso amor por D'us.<br /> <br /> Porém, esta explicação parece ser contraditória com um conceito ensinado pelo Rav Moshe Chaim Luzzato zt"l (Itália, 1707 - Israel, 1746), mais conhecido como Ramchal, em seu livro "Messilat Yesharim" (Caminho dos Justos). Ele divide o Serviço Divino em duas categorias: "Ahavat Hashem" (Amor a D'us) e "Irat Hashem" (Temor a D'us). Dentro do amor a D'us ele incluiu a alegria no cumprimento das Mitzvót. Sob a categoria de temor a D'us ele incluiu a submissão perante D'us e honrar as Mitzvót. Ao explicar o conceito de honrar as Mitzvót, o Ramchal traz justamente o mesmo ensinamento do Talmud que nos incentiva a embelezarmos as Mitzvót. Portanto, de acordo com o Ramchal, o embelezamento das Mitzvót estaria incluído dentro da categoria de "temor a D'us". Porém, não seria muito mais lógico enquadrar o embelezamento das Mitzvót como uma demonstração de amor a D'us, como fez o Rabeinu Bechaya? Como entender esta opinião do Ramchal?<br /> <br /> Além disso, por que a primeira reação do povo judeu após a incrível salvação através da milagrosa abertura do mar foi o compromisso de embelezar as Mitzvót? Não seria mais apropriado em primeiro lugar eles se comprometerem a simplesmente cumprir as Mitzvót? Qual a conexão entre embelezar as Mitzvót e a incrível revelação de D'us que ocorreu na abertura do mar?<br /> <br /> Finalmente, o Talmud (Shabat 133b) aprende outro ensinamento da palavra "Anvehu", que pode ser dividida em duas palavras: "Ani" "Vehu", que significa "Eu e Ele". Isto nos ensina que, para nos assemelharmos a D'us, devemos imitar Seus caminhos. Por exemplo, da mesma forma que Ele é misericordioso, também devemos ser misericordiosos. Mas por que aprendemos o conceito de como devemos nos relacionar com D'us da mesma palavra que aprendemos o conceito de embelezar as Mitzvót? Qual é a conexão entre os dois conceitos?<br /> <br /> Explica o Rav Yohanan Zweig que no começo de qualquer relacionamento interpessoal há uma certa distância natural entre as duas partes. Esta distância faz com que cada uma das partes respeite a outra e esteja disposta a se relacionar de acordo com os termos da outra parte. Porém, com o tempo e a convivência, as pessoas começam a ganhar confiança e a distância natural se dissipa. Neste momento, normalmente o respeito mútuo também vai diminuindo e cada uma das partes começa a exigir que o outro se ajuste ao seu comportamento. É este "choque de vontades" que acaba alimentando o sentimento de desprezo após algum tempo de convivência. <br /> <br /> Os nossos relacionamentos interpessoais são um modelo do nosso relacionamento com D'us. Portanto, da mesma forma que isto ocorre entre as pessoas, esta perda de respeito também pode ocorrer no nosso relacionamento com D'us. De acordo com o Talmud (Sotá 30b), o relacionamento do povo judeu com D'us durante a abertura do mar se tornou algo tão próximo, tão tangível, que até mesmo os bebês foram capazes de perceber a presença de D'us. A percepção de D'us transcendeu, de algo apenas intelectual para algo muito mais tangível e concreto. Automaticamente a distância entre o povo judeu e D'us diminuiu. Nestas circunstâncias, esta proximidade poderia ter causado com que as sementes do desprezo tivessem sido espalhadas. O povo judeu entendeu que a única solução para este problema era imediatamente receber sobre si o compromisso de embelezar as Mitzvót.<br /> <br /> Mas como isto resolveria o problema da falta de respeito por causa da maior proximidade? Quando vemos algo muito bonito, nosso instinto faz com que consideremos como sendo algo inacessível. A beleza eleva um objeto e cria naturalmente uma distância. Nosso objetivo na vida é construir com D'us um relacionamento de amor. Ao embelezar as Mitzvót, nós inserimos respeito no relacionamento, e é o respeito que preserva o amor. De acordo com o Ramchal, como o propósito do embelezamento das Mitzvót é inserir respeito no relacionamento entre nós e D'us, então ele considera como sendo parte do "temor a D'us". Ao embelezá-las, nós inserimos nas Mitzvót uma dignidade que cria reverência e admiração aos olhos de quem as realiza.<br /> <br /> A fundação do amor verdadeiro em qualquer relacionamento é o respeito. O respeito garante que não haverá nenhum tipo de desprezo. Desenvolver nossa religiosidade através de emular os atos de D'us nos permite desenvolver o respeito que preservará o nosso relacionamento. É por isso que o mesmo versículo que ensina sobre o nosso relacionamento com D'us é também uma fonte da exigência de embelezar as Mitzvót, pois este ato de embelezar as Mitzvót cria o respeito necessário para manter um relacionamento saudável.<br /><br /> Esta Parashá traz um ensinamento extremamente importante para nossas vidas. É muito comum sermos desrespeitosos justamente com as pessoas mais próximas, pois é justamente a proximidade que acaba causando com que nos acostumemos e deixemos de respeitar os outros da maneira correta. Isto ocorre dentro das nossas casas e nos ambientes de trabalho. A Parashá nos ensina que esta é uma característica natural do ser humano e, justamente por isso, se não tomarmos nenhuma atitude, acabaremos desrespeitando e ofendendo pessoas queridas. Da mesma forma que o povo judeu procurou uma forma de manter o respeito com D'us apesar da proximidade, precisamos pensar em maneiras de como sempre manter o respeito com as pessoas que são mais próximas, pois são elas que justamente mais merecem o nosso respeito e consideração.</span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica neue" , "helvetica" , sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica neue" , "helvetica" , sans-serif;"></span></span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>http://ravefraim.blogspot.com.br/</div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
Ex. 13:17-17:16, Jz. 4:4-5:31</div>
Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5447430024088716180.post-67443908134262858152017-02-03T20:53:00.001-02:002017-02-03T20:53:32.759-02:00SANTIFICANDO O NOME DE D'US - PARASHÁ BÔ 5777 <div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">"Josh Glick, um judeu religioso, foi logo cedo alugar um carro em uma pequena cidade dos Estados Unidos. Ele precisava urgentemente do carro para resolver assuntos importantes do trabalho. Quando chegou a sua vez na fila, abriu a carteira para pegar seu cartão de crédito e sua carteira de identidade. Encontrou rapidamente o cartão de crédito mas, para seu desespero, não encontrava a carteira de identidade. Revirou todos os bolsos, procurou se tinha caído no chão da loja, mas simplesmente não encontrava. Sabia que nunca alugariam para ele um carro sem o documento, mas estava tão desesperado que resolveu tentar. Se aproximou do homem no balcão e explicou a situação. O homem então lhe fez um pedido estranho:<br /> <br /> - Senhor, me desculpe, mas você pode arregaçar a manga esquerda do seu terno para que possa ver seu braço?<br /> <br /> Josh achou que tinha entendido errado. O que aquele pedido estranho tinha a ver com o aluguel do carro e com a falta da carteira de identidade? Seu olhar de espanto foi percebido pelo funcionário da loja, que explicou:<br /> <br /> - Eu só quero ver se você tem aquelas marcas no braço (que ficam por algum tempo depois que a pessoa coloca o Tefilin). Se você tiver aquelas marcas, eu sei que posso confiar em você e posso alugar o carro mesmo sem a sua carteira de identidade.<br /> <br /> Josh, muito feliz, mostrou suas marcas de Tefilin no braço esquerdo e saiu de lá com o carro alugado. Naquele dia ele percebeu a importância de fazer "Kidush Hashem" (santificar o Nome de D'us), se comportando sempre de maneira honesta e digna, para que o povo judeu se torne, diante dos outros povos, um modelo de honestidade e retidão" (História Real, retirada do livro "Impact Stories!", de autoria do Rav Dovid Kaplan). </span></div>
<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: center;">
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<div style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #606060; font-family: Helvetica; font-size: 15px; line-height: 150%; margin: 1em 0; padding: 0; text-align: justify;">
<span style="color: black;">Na Parashá desta semana, Bô (literalmente "Venha"), D'us castigou os egípcios com as últimas três pragas, quebrando de vez a resistência do Faraó. Não suportando mais os sofrimentos, ele finalmente libertou os judeus. O auge do sofrimento dos egípcios foi a última praga, a Morte dos Primogênitos, quando todos os primogênitos egípcios morreram de uma só vez, enquanto os primogênitos judeus foram poupados. Em cada praga, D'us ia demonstrando um pouco mais Seu controle sobre as forças da natureza. Nesta última praga, D'us demonstrou ser o único dono da vida e da morte. Mesmo para aqueles que ainda insistiam em procurar explicações naturais para as pragas e para os milagres abertos que aconteciam no Egito, a morte dos primogênitos foi uma revelação inegável do poder de D'us. Tanto para os egípcios como para os judeus, esta última praga transformou a percepção humana em relação à presença de D'us, de algo abstrato e subjetivo em algo muito mais visível e palpável.<br /> <br /> Esta revelação do poder de D'us acabou se transformando em um grande "Kidush Hashem", quando o Nome de D'us é santificado no mundo. E por causa deste Kidush Hashem criado, os primogênitos do povo judeu foram elevados e ganharam um status de santidade eterna. Deste momento em diante, os primogênitos se dedicariam aos Serviços Divinos. Por exemplo, eles seriam os responsáveis por todos os trabalhos feitos nos Templos Sagrados. Infelizmente, após o desastroso tropeço do povo judeu com o bezerro de ouro, no qual os primogênitos também participaram, eles perderam este grande privilégio, que foi passado para a Tribo de Levi, os únicos que não haviam se envolvido na terrível transgressão.<br /> <br /> Porém, esta santidade recebida pelos primogênitos era tão forte que, mesmo com o bezerro de ouro, ela não foi anulada. Foi necessária uma "cerimônia" para que os primogênitos fossem "liberados" deste privilégio e ele fosse passado à Tribo de Levi. Até hoje, quando um primogênito completa 30 dias de vida, ele passa por uma cerimônia chamada "Pidion Haben", justamente para "resgatá-lo" deste nível diferenciado de santidade.<br /> <br /> Mas este conceito desperta uma grande questão: afinal, o que os primogênitos fizeram para merecer este status espiritual tão especial? D'us mandou uma praga que matou os primogênitos egípcios, e tudo o que os primogênitos judeus fizeram foi não morrer junto com eles! Se foi uma participação tão passiva dos primogênitos judeus, então por que eles tiveram o mérito de receber tanta santidade?<br /> <br /> Explica o Rav Yssocher Frand que este tipo de questionamento é decorrência da nossa falta de entendimento da enorme importância de fazermos Kidush Hashem. Um ato de Kidush Hashem é algo tão grande que, mesmo quando é feito de forma passiva, como ocorreu no caso dos primogênitos judeus, pelo fato de resultar em uma santificação do Nome de D'us no mundo, isto automaticamente causa um aumento da santidade daquele que participou dele. Isto quer dizer que, se os primogênitos foram recompensados de uma maneira tão grandiosa mesmo sendo meros coadjuvantes na santificação do Nome de D'us, certamente muito maior será os ganhos daqueles que conseguirem criar uma santificação do Nome de D'us de maneira ativa.<br /> <br /> Mas como podemos santificar o Nome de D'us? Quando pensamos no conceito de "Kidush Hashem", sempre nos vêm à cabeça a ideia de pessoas fazendo grandes atos, às vezes entregando até mesmo suas próprias vidas para engrandecer o Nome de D'us. Foi o que ocorreu durante toda a história do povo judeu, como nas épocas das conquistas do Império Romano e da Inquisição, quando muitos judeus preferiram entregar suas vidas e morrer em "Kidush Hashem" do que se converter para outras religiões.<br /> <br /> Porém, a verdade é que não é necessário morrer para fazer Kidush Hashem. Na realidade, não é necessário nem mesmo grandes atos para isto. Pequenos atos de retidão e justiça podem ter um impacto incrível no mundo. E quanto mais o mundo se afunda na escuridão da corrupção, mentira e egoísmo, maior o brilho dos nossos bons atos. As pessoas estão tão acostumadas com a desonestidade que um pequeno ato de honestidade se transforma em manchete principal da capa do jornal.<br /> <br /> Um exemplo interessante ocorreu com o Rav Simcha Barnett. Certa vez ele estava em uma loja e, após pagar por um produto adquirido, ele recebeu de volta o seu troco. Por engano, ele contou o troco e pensou que a mulher do caixa havia se equivocado e devolvido troco a mais. Ele voltou ao caixa, comunicou à mulher o equívoco dela e devolveu parte do dinheiro. A mulher checou novamente às contas e mostrou ao rabino que o troco estava correto. O que poderia parecer um pequeno ato, quase insignificante, tomou outras proporções. A mulher, deslumbrada pela honestidade do rabino, agradeceu-o pelo incrível ato de cidadania. Ainda não satisfeita, ela agradeceu mais uma vez ao rabino pela grande gentileza. Então o rabino disse: "Senhora, eu não estou sendo gentil. Eu estou fazendo a coisa certa, apenas a coisa certa". O rabino conta que foi visível o impacto que estas palavras tiveram sobre aquela mulher. Após alguns instantes de reflexão, ela disse: "Realmente, o senhor tem razão. Isto não se trata de gentileza. Isto é apenas fazer o que é certo".<br /> <br /> Por um lado, este tipo de acontecimento nos causa certo desânimo. Vivemos em uma sociedade com valores morais tão distorcidos que um simples ato de retidão é visto como uma incrível gentileza, algo que é "mais do que nossa obrigação". Por que devolver dinheiro que recebemos a mais seria um ato de gentileza? É um ato de justiça, é apenas ser correto, fazer o que precisa ser feito. Não devolver o troco a mais é roubo, é uma enganação! Então por que o mundo atualmente se perdeu tanto moralmente a ponto de não saber mais identificar a diferença entre fazer o que é correto e fazer o que é mais do que o necessário?<br /> <br /> Por outro lado, este exemplo nos desperta para o incrível impacto positivo que um simples e pequeno ato de retidão pode causar nas pessoas. Quando uma pessoa vê seu companheiro fazendo atos justos e corretos, ela vê de forma um pouco mais palpável a bondade e a perfeição de D'us, expressados através do bom ato desta pessoa. Isto é chamado Kidush Hashem, a santificação do Nome de D'us.<br /> <br /> A verdade é que esta é uma das principais missões do povo judeu neste mundo, o que é confirmado pelas palavras do nosso profeta: "Eu sou D'us. Eu chamei vocês com justiça e Eu fortalecerei sua mão; e Eu formei você, e Eu fiz de você um povo do pacto, uma luz para as nações" (Yeshayahu 42:6). Ser uma "luz para as nações" significa se transformar em um modelo através do qual todas as nações do mundo verão a justiça, a retidão e a moralidade, e serão atraídas por elas e por D'us, quem as ordenou.<br /><br /> Os primogênitos, com um ato passivo, receberam o mérito de uma santidade mais elevada e eterna. Pequenos atos de retidão e honestidade, feitos de forma ativa e consciente, certamente trarão muito mais mérito a cada um de nós. Para santificar o Nome de D'us não é necessário mais do que pequenos atos de bondade e de sensibilidade, utilizando com todas as pessoas palavras e gestos gentis e solidários. Tratar bem os funcionários, ser educado com o motorista do ônibus, cumprimentar o porteiro ao sair e entrar no prédio e ser solidário com os colegas de trabalho são pequenos atos que podem transformar o mundo. Isto não é fazer mais do que a nossa obrigação. Isto é cumprir a missão que viemos fazer no mundo.</span></div>
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<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;">SHABAT SHALOM<br /><br /> R' Efraim Birbojm</span></span></div>
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<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;"><span style="color: #606060; font-family: Helvetica;">http://ravefraim.blogspot.com.br/</span></span></span></div>
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<span style="color: black;"><span style="font-family: arial,helvetica neue,helvetica,sans-serif;"><span style="color: #606060; font-family: Helvetica;">Ex. 10:1-13:16, Jr 46:13-28</span></span></span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike></div>
Cristinahttp://www.blogger.com/profile/00875162044214096736noreply@blogger.com0