sexta-feira, 23 de junho de 2017

O FOGO DAS DISCUSSÕES - PARASHÁ KORACH 5777

"Por causa dos conflitos que ocorreram durante a Revolução Russa, em 1917, uma quantidade muito grande de judeus foi viver em Radin, na Polônia. Chegando lá, muitos dos novos moradores decidiram criar um novo "Chevra Kadisha" (entidade responsável pelos cuidados com os mortos e com os rituais de sepultamento) na cidade, apesar de já existir há muitos anos em Radim um "Chevra Kadisha". Um mal estar se formou na cidade, dando indícios de que uma grande Machloket (discussão destrutiva) se iniciaria por causa deste assunto.

No Shabat, no final da Tefilá de Shacharit, o rabino Isroel Meir HaCohen (Bielorússia, 1838 - Polônia, 1933), mais conhecido como Chafetz Chaim, se levantou, se direcionou ao púlpito e pediu a permissão para falar algumas palavras. E assim ele começou:

- Meus queridos irmãos, mesmo se tivessem me oferecido mil rublos para vir dar um discurso aqui na sinagoga, eu não teria aceitado. Eu já estou velho e cada instante da minha vida é tão precioso que por nenhum dinheiro do mundo eu venderia o meu tempo. Mas eu senti que há uma enorme necessidade de hoje dizer algumas palavras para vocês. Eu estou aqui na cidade há mais de 50 anos, eu me lembro de todos os judeus que passaram por esta sinagoga. Onde eles estão hoje? De alguns restaram apenas os túmulos no cemitério. Muitos de vocês ainda não haviam nem nascido. Outros, que eram apenas crianças, hoje estão entre os mais velhos da comunidade. Que D'us queira que todos possamos ter vidas longas, mas sabemos que no final das contas todos iremos para "lá" e teremos que prestar contas de tudo o que fizemos aqui.

- E saibam, meus senhores - continuou o Chafetz Chaim, com a voz emocionada - que este assunto de Machloket é algo muito grave. Até mesmo aquele que cumpre muitas Mitzvót, quando se envolve em uma Machloket, é como se tivesse jogado seus méritos dentro de um pacote furado. Tenho certeza de que quando vocês entenderem "lá" o nível de rigorosidade do julgamento, tentarão de tudo para se salvar. Talvez vocês dirão no Tribunal Celestial: 'Havia um judeu na nossa cidade, chamado Isroel Meir, que o consideravam um grande sábio de Torá. Ele viu toda a Machloket e ficou em silêncio'. Por isso eu estou aqui hoje, para pedir por favor que vocês não mencionem meu nome. Eu já tenho o meu "pacote" e não sei como farei para passar o meu julgamento. Portanto, não posso receber sobre mim a responsabilidade dos outros.

De repente, o Chafetz Chaim começou a chorar, um choro amargo e triste, e todo o seu corpo tremia de medo. As pessoas da cidade ficaram tão sensibilizadas que imediatamente receberam sobre si cancelar a criação da nova "Chevra Kadisha". Além disso, para trazer de volta a paz para a cidade de Radin, decidiram que nos próximos três anos ninguém teria que pagar os custos dos enterros, tudo seria feito apenas através de atos voluntários, um ato de "Chessed Shel Emet" (bondade verdadeira)".

Infelizmente muitas vezes entramos em brigas e discussões por não saber a gravidade dos nossos atos. A Machloket é um fogo que queima e destrói, tanto neste mundo quando no Mundo Vindouro.

A Parashá desta semana, Korach, é uma incrível demonstração de que a nossa Torá é um livro de Emet (verdade). A Torá não esconde nem encobre nenhuma transgressão, mesmo as cometidas por Tzadikim (pessoas justas e corretas). Além disso, ao estudarmos sobre os erros cometidos por outras pessoas, podemos aprender valiosos ensinamentos para as nossas vidas, e de forma muito mais objetiva, pois é mais fácil enxergar os erros dos outros do que os nossos próprios erros.

A Parashá descreve um triste episódio que envolveu inclusive pessoas da tribo espiritualmente mais elevada do povo judeu, a tribo de Levi. Motivado pela inveja e pela busca de honra, Korach, um homem da tribo de Levi, iniciou uma rebelião contra Moshé e Aharon, seus primos. Através de sua lábia, Korach conseguiu envolver mais 250 homens da tribo de Levi em uma disputa contra a liderança de Moshé. O principal argumento de Korach era que as escolhas de Moshé como líder e Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) haviam sido planejadas por eles mesmos e não haviam sido uma indicação de D'us. Para alcançar seu objetivo, Korach usou a força da "Leitzanut" (fazer palhaçada com coisas sérias), ridicularizando em público os ensinamentos de Moshé e tentando mostrar contradições que provavam que ele não era uma pessoa elevada.

Infelizmente as consequências desta rebelião foram trágicas. Os líderes da rebelião, Korach, Datan e Aviram, foram tragados pela terra junto com suas famílias e seus pertences, um milagre aberto de D'us, algo que nunca havia ocorrido na história. Além disso, os 250 homens da tribo de Levi que também participaram da rebelião, ao oferecerem um incenso que D'us não havia comandado, foram consumidos por um fogo celestial. D'us havia demonstrado, de maneira aberta e milagrosa, que Moshé estava certo e Korach e seus seguidores eram os verdadeiros transgressores. Porém, para a nossa surpresa, tudo isto não foi suficiente para acabar com a força da Machloket. Outros milagres e tragédias tiveram que acontecer para que a situação se acalmasse.

Apesar de sabermos que as Machlokot criam desunião, algo que enfraquece muito o povo judeu, estamos longe de entender os verdadeiros efeitos do "fogo" de uma Machloket sobre o ser humano. De acordo com o Rav Leib Chassman zt"l (Lituânia,1869 - Israel, 1935), da nossa Parashá podemos entender a gravidade e a profundidade da transgressão de criar Machlokot. As Machlokot cegam e desviam o nosso coração, nos afastando dos caminhos de D'us. A prova disto é que, mesmo após todas as provas que D'us deu ao povo sobre a escolha Divina de Moshé e o quanto ele era correto, através da morte milagrosa de todos os rebeldes, mesmo assim o povo continuou reclamando, demonstrando que o fogo da Machloket ainda não havia se extinguido, como está escrito: "E no dia seguinte, reclamou toda a congregação dos Filhos de Israel sobre Moshé e Aharon, dizendo: 'Vocês mataram o povo de D'us'" (Bamidbar 17:6). Depois de um milagre tão grande, feito diante dos olhos de todo o povo, eles ainda não acreditaram em D'us, demonstrando que a Machloket cega os nossos olhos e entorpece o nosso coração. Esta obstinação custou caro ao povo judeu, que foi castigado com uma dura praga, como está escrito: "E foram os mortos na praga 14.700 pessoas" (Bamidbar 17:14).

Porém, o mais assombroso é perceber que nem mesmo a morte de tantas pessoas foi suficiente para apagar o fogo da Machloket. Logo depois desta praga, D'us fez ainda mais uma demonstração milagrosa de que Aharon era o verdadeiro escolhido para ser o Cohen Gadol. O líder de cada tribo trouxe um cajado, com o nome da tribo escrito nele. Aharon, representando a tribo de Levi, também trouxe o seu cajado. Todos eles foram colocados dentro do Mishkan e, no dia seguinte, o cajado de Aharon milagrosamente tinha florescido e brotado amêndoas. Este era o sinal definido por D'us, como está escrito: "E será o homem que for o escolhido, seu cajado vai brotar, e Eu farei diminuir as reclamações dos Filhos de Israel" (Bamidbar 17:20). Destas palavras aprendemos que até este evento milagroso dos cajados o povo judeu continuava reclamando, mesmo que já haviam ocorrido diversas provas de que Moshé e Aharon estavam com a razão. Somente então terminou a força da Machloket, o "fogo" iniciado por Korach e seus seguidores.

A Parashá, portanto, traz uma demonstração assustadora da força de uma Machloket, um fogo que, quando aceso, dificilmente consegue ser controlado e apagado, causando muitas tragédias dentro do povo judeu. Quando uma pessoa entra em uma discussão, dificilmente mantém a sua claridade e a sua objetividade, pois a partir deste momento ela não busca mais a verdade, e sim apenas vencer a discussão. Por isso, mesmo quando fica claro que a pessoa está errada, ela continua em sua cegueira, não querendo enxergar o que é óbvio.

Pensamos que Machlokot destrutivas ocorrem apenas em grandes discussões. Mas a verdade é que mesmo dentro das famílias, dentro de grupos de amigos e dentro das sinagogas são criadas Machlokot, às vezes até mesmo por motivos banais. Enquanto um fogo está apenas no palito de fósforo, temos total controle sobre seus efeitos. Mas a partir do momento em que o fogo começa a se espalhar, com muita facilidade perdemos o controle. O fogo tem um incrível poder destruidor, causando dezenas ou centenas de vítimas em questão de minutos. Assim também são as Machlokot, mesmo quando achamos que elas estão "sob controle", com muita facilidade podem acabar se espalhando e deixando vítimas pelo caminho.

Como foi mencionado pelo Chafetz Chaim, após os 120 anos todos nós prestaremos contas dos nossos atos. A Machloket queima e destrói os nossos méritos. Mesmo Korach, um grande Tzadik, que certamente havia feito milhares de Mitzvót na vida, perdeu tudo por causa de sua Machloket. 250 homens da tribo de Levi, que não haviam participado de outras terríveis transgressões feitas pelo povo judeu no deserto, como o bezerro de ouro e o envio dos espiões, acabaram tropeçando por causa da Machloket. Por isso, não importa o nosso nível, devemos tentar fugir das discussões, para não termos problemas no nosso julgamento no Olam Habá e possamos ter o mérito de uma vida longa e cheia de Brachót neste mundo.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com.br/
Nm. 16:1-18:32, 1 Sm. 11:14-12:22

sexta-feira, 9 de junho de 2017

RECLAMANDO DE BARRIGA CHEIA - PARASHÁ BEHAALOTECHÁ 5777

"Havia uma pequena cidade no Oriente Médio que era muito famosa por sua deliciosa carne de cervo. De várias partes do mundo as pessoas viajavam para lá somente para poder provar aquele sabor tão delicioso e especial. O povo judeu, ao sair do Egito, estava acampando no deserto não muito longe daquele lugar. Os judeus também escutaram sobre aquela carne gostosa e tiveram desejo de saboreá-la. Alguns judeus pensaram que seria uma boa ideia desviar-se um pouco da rota para poder ir àquele lugar e desfrutar da famosa carne de cervo. Porém, necessitavam da aprovação de Moshé Rabeinu, já que o povo judeu não fazia nada sem seu consentimento. Quando alguém por fim tomou coragem de pedir a Moshé permissão para ir àquele lugar, ele negou. Por mais que tentassem convencê-lo de que valeria a pena, não conseguiram. Até que um deles pediu a Moshé:

- Por favor, Moshé, nos explique por que não! O que há de errado?

Moshé, com enorme paciência, respondeu:

- Vou explicar o que acontece. Todos os dias de manhã cai no nosso acampamento o Mán, um "pão do céu". Mesmo que já estamos acostumados, é um alimento milagroso em várias aspectos. Por exemplo, conforme os raios do sol começam a brilhar, o Mán que não foi recolhido pelo povo se derrete e forma um pequeno riacho, que flui para um rio. Então os cervos daquele lugar bebem a água desse rio e, consequentemente, parte do Mán derretido, diluído na água, entra em seus corpos. Por isso as pessoas desfrutam tanto do sabor desta carne. Por que vocês, que têm aqui todos os dias o Mán fresco, querem ir até lá comer resíduos?"

Esta história, adaptada de um Midrash, nos ensina que muitas vezes buscamos a felicidade e o propósito de nossas vidas em lugares distantes do judaísmo. Sacrificamos muitas coisas para isso, sem nos dar conta que dentro da Torá podemos encontrar a verdadeira felicidade. Então por que se contentar com os resíduos dela?

Nesta semana lemos a Parashá Behaalotechá (literalmente "quando você acender"), que começa com o comando de D'us para que Aharon HaCohen fizesse o acendimento diário da Menorá. Depois disso a Parashá traz um versículo de louvor para Aharon, afirmando que "E assim fez Aharon... conforme D'us ordenou a Moshé" (Bamidbar 8:3). Mas o que este louvor tem de especial? Não era o esperado de Aharon, uma pessoa tão elevada espiritualmente, que ele cumprisse exatamente o que D'us ordenou? A resposta está na continuação da Parashá, que começa a descrever muitos atos de rebeldia do povo judeu. Por exemplo, a Parashá traz uma das reclamações que o povo judeu fez no deserto, por causa de comida, como está escrito: "E a multidão que estava entre eles sentiu um enorme desejo e mais uma vez também choraram os Filhos de Israel. E eles disseram: 'Quem nos alimentará com carne?'" (Bamidbar 11:4).

Quem era esta "multidão"? De acordo com Rashi (França, 1040 - 1105), comentarista da Torá, tratava-se dos "Erev Rav", egípcios que se misturaram com o povo judeu durante a saída do Egito. Eles estavam em um nível espiritual muito baixo, por isso começaram a reclamar e a chorar por causa do desejo de comer carne. Infelizmente o povo judeu acabou se unindo a eles no choro e foram duramente castigados.

Mas como entender este comportamento do povo judeu? Imagine um grupo de banqueiros, vestidos com os ternos mais finos, saindo de uma importante reunião de negócios na qual fizeram transações de bilhões de dólares. Os banqueiros então olham para um grupo de crianças brincando na areia e subitamente desejam brincar junto com elas. Os banqueiros tiram seus ternos caros, arregaçam as mangas de suas camisas importadas e se sentam para brincar na areia. Porém, quando uma das crianças percebe que havia pouca areia para brincar, começa a chorar. Ao escutar o choro da criança, os banqueiros também ficaram tristes pela falta de areia e também começam a chorar. É difícil imaginar que um quadro destes possa realmente acontecer, a não ser que o grupo de banqueiros enlouqueça completamente.

Da mesma forma, como podemos entender o comportamento do povo judeu, que se uniu aos "Erev Rav" para chorar por carne? Os judeus estavam em um nível muito elevado, haviam presenciado no Egito enormes milagres e tinham recebido a Torá diretamente de D'us no Monte Sinai. Além disso, não faltava nada de alimento para eles. Recebiam diariamente o Mán, um alimento que literalmente caía do céu para alimentá-los. Nem mesmo o prazer da gastronomia faltava ao povo judeu, pois além de o Mán conter todos os nutrientes necessários para manter o povo judeu saudável, ele também podia ter o gosto que as pessoas desejassem. Então qual era o problema do povo judeu? O que faltava para eles?

A pergunta fica ainda mais forte quando lemos a continuação da reclamação do povo judeu: "Nos lembramos do peixe que nós comíamos de graça no Egito" (Bamidbar 11:5). Como pode ser que o povo judeu preferia a comida do Egito, que vinha misturada com lágrimas e com o sangue de suas feridas, ao invés do Mán, que era comido com gosto e com tranquilidade? Além disso, o que quer dizer que o peixe era "de graça"? A Torá nos ensina que nem mesmo a palha era dada de graça para que eles fabricassem os tijolos!

Explica Rashi algo impressionante: a expressão "de graça" significa "sem Mitzvót". A comida que eles comiam no Egito não era gratuita, mas era sem Mitzvót, isto é, eles comiam sem obrigações. Podiam comer o que quisessem e da maneira que quisessem, não havia regras. Isto demonstra a força que o materialismo exerce sobre o ser humano. Mesmo que eles estavam em um nível espiritual elevado, mesmo que eles tinham tudo de bom, o materialismo os puxava para baixo, a ponto de reclamarem sobre a falta de carne mesmo tendo tudo de bom na vida. Pelo prazer de viver uma vida sem regras e sem leis, sentiram saudades dos dias de escravidão.

Qual foi a resposta de D'us para a reclamação do povo judeu? O próximo versículo da Torá diz: "E o Mán era como a semente do coentro e sua cor era como a cor do cristal" (Bamidbar 11:6). Segundo Rashi, é como se D'us estivesse dizendo: "Vejam, seres humanos, sobre o que os Meus filhos estão reclamando!". D'us quis ressaltar como era uma reclamação sem cabimento, o famoso "reclamar de barriga cheia".

O terrível efeito do materialismo e da busca por prazeres foi ressaltado na Parashá da semana passada, Nassó, com a justaposição de dois assuntos: a mulher "Sotá" e a pessoa que recebia sobre si o voto de "Nazir". A Sotá era uma mulher que, por causa de seus desejos materiais desenfreados, se colocou em uma situação de suspeita de infidelidade. Ela então precisava passar por uma degradante cerimônia pública para demonstrar sua inocência. Logo depois a Torá fala sobre o voto de Nazir, quando alguém voluntariamente recebia sobre si algumas proibições, como se abster do prazer de beber vinho. Por que a Torá juntou estes dois assuntos? De acordo com o Talmud (Sotá 2a), isto nos ensina que todo aquele que assistia uma mulher Sotá passando por aquela cerimônia degradante deveria imediatamente receber sobre si um voto de Nazir e se afastar do prazer do vinho, para diminuir sobre si o impacto do materialismo.

É interessante perceber que, de acordo com a linguagem do Talmud, todas as pessoas que tivessem assistido a cerimônia de Sotá deveriam receber sobre si o voto de Nazir, inclusive se fossem pessoas muito elevadas espiritualmente, pessoas de comportamento impecável. Apesar de estarmos falando de uma mulher baixa e corrompida, que naturalmente não era um modelo de vida para ninguém, mesmo assim o Talmud ressalta que todos precisavam fazer o voto de Nazir. Isto nos ensina que a força do materialismo é tão intensa sobre o ser humano que mesmo uma pessoa elevada espiritualmente não está a salvo de se desviar e de sofrer um enorme tropeço. A Torá traz exemplos de gigantes espirituais, como Korach e os líderes das tribos que foram espionar a Terra de Israel, que após viverem uma vida inteira de santidade e retidão, acabaram em um instante se desviando e caindo em um abismo espiritual. Por isso nossos sábios ensinaram: "Não confie em você mesmo até o dia da sua morte" (Pirkei Avót 2:4).

Se isto se aplica até mesmo a gigantes espirituais, certamente nós, pessoas comuns, devemos ser ainda mais cuidadosos com os tropeços do mundo material. Se o povo judeu caiu por influência dos Erev Rav, e se mesmo essoas grandes precisavam tomar uma atitude drástica após assistir uma cerimônia de Sotá, também devemos estar muito atentos com as influencias que recebemos. Acabamos nos expondo a notícias que banalizam a desonestidade, a traição e a promiscuidade. E o maior perigo vem do fato de vivermos em uma sociedade que justifica comportamentos distorcidos e os transformam em "corretos". Grandes transgressões se transformam em "parte da vida cultural e seus progressos".

Aharon foi elogiado pela Torá pois, apesar de toda a pressão social, ele conseguiu se manter íntegro e cumpriu a vontade de D'us. É nossa obrigação se afastar das influências negativas. Devemos blindar nossas casas, não apenas pelas nossas crianças, mas também por nós mesmos, pois todos estamos expostos às forças do materialismo. Temos a nossa Torá, a fonte de toda a sabedoria. Não precisamos nos expor em busca de felicidade e prazer, procurando fontes duvidosas, sendo que temos a principal fonte de felicidade nas nossas mãos. Muitas vezes abandonamos a Torá em busca de novos prazeres, mas acabamos ficando apenas com os resíduos.

Shabat Shalom

R' Efraim Birbojm
http://ravefraim.blogspot.com.br/
Nm. 8:1-12:16, Zc 2:10 -4:7