segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oportunismo ambiental

O Estado de S. Paulo

Denis Lerrer Rosenfield

Se um extraterrestre aterrissasse no Brasil após a tragédia no Rio de Janeiro, lendo certos jornais e notícias de algumas ONGs ambientalistas, não hesitaria em considerar o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) um criminoso, responsável pela morte de mais de 780 pessoas. Espantado com a enormidade da tragédia, logo diria, sem hesitar, que a revisão do Código Florestal fora a grande culpada pelo acontecido.
Mas, curioso, o extraterrestre procuraria informar-se melhor, acessaria o site do Greenpeace e depararia com uma matéria intitulada A receita da tragédia, na qual a "turma da motosserra" seria, também, a verdadeira responsável por tudo. Ou seja, os ruralistas, o agronegócio e o deputado Aldo Rebelo seriam os culpados pela ocupação desordenada do solo nas regiões urbanas! Em apoio, a matéria cita ainda dois membros da mesma ONG com opiniões balizadas sobre o assunto. Isso seria o equivalente a pedir a uma mãe judia ou italiana uma opinião isenta sobre o seu filho. A parcialidade seria manifesta!
O extraterrestre, no entanto, não seria uma pessoa politicamente correta, que embarcaria em qualquer história que lhe fosse contada. Há muito se teria vacinado contra tal tipo de posição. Seria apenas uma pessoa interessada na verdade, atenta aos fatos e informando-se nas mais diferentes fontes.
Atento, começaria ele por se indagar sobre conexões causais mínimas, que devem, logicamente, seguir um critério de temporalidade. O efeito, por exemplo, deve ser - esta é uma condição lógica - posterior à causa. A filha não pode ser a causa do nascimento da mãe. A revisão do Código Florestal está em discussão na Câmara dos Deputados, não tendo sido ainda aprovada. Uma vez aprovada, deverá seguir para o Senado e, depois, para a sanção presidencial. Logo, se ela não vigora, como poderia ser a causa da tragédia? A causa deve ser necessariamente outra, que obedeça, pelo menos, a um nexo lógico e temporal.
Cidades têm uma legislação específica, que é a Lei de Parcelamento e Ocupação do Solo Urbano. É essa a lei que vigora nas áreas devastadas. Aliás, o próprio deputado Aldo Rebelo já se manifestou a respeito, declarando que seu parecer não introduz nenhuma alteração na lei em vigor, destinando-se à área rural. Uma questão sensata, portanto, é a de indagar se a lei foi seguida, a saber, fiscalizada, obedecida, nas cidades atingidas por essa tragédia. Talvez aí esteja a verdadeira receita da tragédia, e não em causas fantasiosas. Aliás, a quem interessa esse ataque despropositado à revisão do Código Florestal?
Tomemos um exemplo para melhor expor o absurdo do "argumento". Segundo alguns defensores ambientalistas, deveria ser proibido construir em topos de morros, aqueles que o tenham feito devendo restaurar a mata ou vegetação nativa. Tal medida valeria, ainda segundo eles, para cidades e para zonas rurais. Isso significa, então, que o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor deveriam ser removidos. O "argumento", levado a sério, leva a essa conclusão. Ainda do ponto de vista urbano, isso significaria, em muitas cidades brasileiras, como São Paulo, a remoção de casas e edifícios construídos à margem de rios, córregos e em várzeas. Ruas e avenidas de muitos centros urbanos simplesmente desapareceriam. Algumas cidades deveriam, mesmo, ser parcialmente reconstruídas.
Pessoas mais sensatas poderiam contra-argumentar que o que já foi feito, segundo a legislação vigente na época, deveria ser reconhecido como legalmente válido, não comportando nenhuma alteração. Ora, é isso que o deputado Aldo Rebelo defende em seu relatório, voltado, aqui, para a questão rural, atingindo agricultores familiares, pequenos, médios e grandes produtores, todos se encontrando numa mesma situação.
A sensatez, no entanto, não é um bem compartilhado pelo mundo do politicamente correto. Os seus defensores mais acerbos sustentam que, no que diz respeito ao direito ambiental, não há direito adquirido nem legislação que se contraponha a ele. O direito ambiental teria efeito retroativo, o que é uma enormidade, só defendida pelo nazismo.
O extraterrestre, além de afeito às leis da lógica, da temporalidade e causalidade, teria particular sensibilidade para fotos e imagens. Lendo jornais e vendo televisão, verificaria que áreas particularmente atingidas pelos deslizamentos são de mata nativa. Isso mesmo, mata nativa, e não áreas desmatadas. Talvez o problema tivesse origem, conforme essa ótica, num fenômeno natural, isto é, numa grande precipitação pluvial que teria encharcado uma terra de pouca espessura e densidade, sobre um terreno rochoso. A terra, encharcada, teria perdido a sua estabilidade e levado consigo a vegetação nativa.
As vítimas seriam pessoas cujas moradias foram irregularmente construídas abaixo dessa área instável, tendo sido levadas de roldão. Analogamente, isso seria o equivalente a "permitir" a construção dos mais diferentes tipos de moradia no sopé de vulcões ativos. Em consequência, a responsabilidade seria basicamente dos prefeitos e de suas equipes, que deixaram que essas construções fossem erigidas.
Primeiro, populações pobres começaram a levantar moradias em áreas de risco, com o beneplácito do poder público, graças a governantes populistas que pretendiam com isso faturar politicamente. Há discursos feitos em nome dos pobres que matam pobres. Segundo, moradias de ricos também foram construídas em algumas dessas áreas, graças, provavelmente, à venalidade da administração - e da fiscalização, em particular. Não há nenhuma relação com a revisão do Código Florestal.
Dotado de bom senso, o extraterrestre se perguntaria por que nenhum sistema de alerta funcionou a contendo. Já precavido, não culparia o deputado Aldo Rebelo, os ruralistas e o agronegócio, ainda que isso fosse "lógico", segundo o oportunismo ambiental. Saberia que projetos anunciados não foram realizados nem verbas federais, liberadas. Certos terráqueos têm cada uma!
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Senadora: "relacionar tragédia ao Código Florestal é sensacionalismo"

O Imparcial

Da Redação
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) contestou nesta semana, por meio de seu perfil na rede social Twitter, informações divulgadas pela organização não governamental (ONG) Greenpeace sobre o projeto do Novo Código Florestal. Segundo Kátia Abreu, a organização está usando a tragédia que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro - na qual já foram contabilizadas mais de 800 mortes até o momento - para divulgar informações inconsistentes a respeito das mudanças propostas para o código.
"Falar em tragédia versus Código Florestal é sensacionalismo descartável, disse a senadora à Agência Senado, em entrevista por e-mail".
Em sua página na internet, o Greenpeace alega que as mudanças propostas pelo Projeto de Lei PL 1.876/1999 legalizariam a ocupação de áreas de preservação permanente, como morros, encostas e várzeas em perímetros urbanos. Contudo, de acordo com a senadora, o argumento não condiz com substitutivo do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
De acordo com Kátia Abreu, o projeto do novo Código Florestal não foi estruturado para contemplar a prevenção de tragédias como a que abalou o Rio de Janeiro neste mês. Para evitar tragédias desse porte, são necessárias leis específicas, que sejam acompanhadas por mapas em escala 1:25.000 (um centímetro no mapa equivale a 250 metros), além da adoção de um programa para monitoramento climático de alta resolução.
A senadora também contesta o argumento de que o novo código vai legalizar a ocupação de áreas como encostas e morros, hoje protegidas pelas leis. Segundo ela, a legalização de ocupação de áreas teria que se dar nas esferas estaduais e municipais.
"Não há como se legalizar ocupação sem se ter conhecimento gerado em nível de detalhe. Portanto, nem o Código Florestal, nem o substitutivo aprovado na comissão especial da Câmara tratam do assunto. Ou o Brasil parte para este tipo de avanço na legislação, ou ficará eternamente neste disse-me-disse que não leva a nada", argumentou a senadora.
Na opinião de Kátia Abreu, os desastres que atingiram municípios como Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis são o resultado de ocupações de áreas indevidas com mudanças na vegetação original.
"Esse tipo de evento é cíclico e faz parte da dinâmica daquele ambiente. Atingiu tamanha gravidade em consequência de ocupações de áreas indevidas. Além disso, em décadas ou séculos passados, ocorreu alteração das florestas em determinados locais", apontou.
O texto do novo Código Florestal já foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados. Ele ainda será votado pelo Plenário daquela Casa e, se aprovado, será examinado pelo Senado Federal.

Colheita: Momento de Festa ou Frustração?

Esta semana foi de extremo calor e trabalho. Eu que amo chuva dei graças ao Senhor por uma semana de sol escaldante. O motivo? Colheita e beneficiamento do feijão.
É maravilhoso ver finalmente o resultado de três meses de trabalho sendo colocado à sua frente.
Infelizmente houve uma quebra razoável. E aí entra a frustração.
Deu muito trabalho, principalmente conseguir mão-de-obra.
É inacreditável o que uma cultura de preguiça pode fazer a quem quer trabalhar e oferecer trabalho. Fiquei ainda mais impressionada com a falta de compromisso das pessoas. Os valores estão se perdendo tanto! E um deles é o respeito. Porque é uma tremenda falta de respeito marcar um compromisso e depois não aparecer e nem dar satisfação... Foi um dos nossos problemas. Deve ser porque as pessoas daqui não precisam trabalhar, tem dinheiro sobrando...
Mas agora é comercializar. O preço não está ajudando para variar. Tanto trabalho deveria ser melhor recompensado.
E logo virá a colheita do milho, porém antes ainda queremos plantar a safrinha, se tudo der certo nesta semana. Dependerá do compromisso dos contratados...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Enquanto, pateticamente, a oposição se encarrega de eliminar os adversários internos…

Enquanto, pateticamente, a oposição se encarrega de eliminar os adversários internos…

Palmas para Hobsbawm: Lula é, de fato, a vanguarda do século 19!

Na manhã de hoje, publiquei um trecho da entrevista que Eric Hobsbawm, historiador marxista inglês, concedeu ao jornal Guardian, reproduzida pela Folha. Trata-se de uma cascata fenomenal, em que Karl Marx, o próprio, é reapresentado como visionário porque teria antevisto a globalização. Uau! Para quem não sabe, trata-se de uma alusão a um trechinho do pequeno Manifesto Comunista. Imaginem! Marx esmagou seus furúnculos anos a fio para escrever montanhas de páginas, coitado!, e acaba sendo exaltado por causa de umas três ou quatro. Sem contar que Camões previu a mesma coisa, mas em versos… Hobsbawm também é saudado como aquele que nunca desistiu da tese das crises cíclicas do capitalismo — e seria igualmente um visionário por isso. Pois é!
Se não me engano, e eu não me engano, na teoria marxista, as tais crises conduziriam esse “modo de produção” ao colapso. No mundo real, quem colapsou com as crises do capital foi o… socialismo! Algo saiu pela culatra… Mas os ingleses têm o direito de ter rainha, seus táxis, seus ônibus, sua batata com peixe e seus marxistas. Os povos e suas tradições… Encantador mesmo foi o elogio que o historiador fez à América Latina, onde, ele deixou claro, Lula é o grande destaque, a saber:
“Um bom exemplo é o Brasil, que tem um caso clássico de partido trabalhista nos moldes do fim do século 19 - baseado numa aliança de sindicatos, trabalhadores, pobres em geral, intelectuais e tipos diversos de esquerda - que gerou uma coalizão governista notável. E não se pode dizer que não seja bem-sucedida, após oito anos de governo e um presidente em final de mandato [a entrevista foi feita no final de 2010] com 80% de aprovação. Ideologicamente, hoje me sinto mais em casa na América Latina. É o único lugar no mundo em que as pessoas fazem política e falam dela na velha linguagem - a dos séculos 19 e 20, de socialismo, comunismo e marxismo”

Comento
Hobsbawm está coberto de razão. O PT é mesmo um partido típico do fim do século 19, e a América Latina é a única região do mundo onde se faz política falando a “velha linguagem”. O chato vai ser quando o século 21 vier cobrar o seu preço. Demora ainda um pouco, mas chega a hora.
Aplausos a Hobsbawm: Lula é um vanguardista do século 19!

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Uma economia viciada em juros elevados?

O Estado de S. Paulo

Antonio Corrêa de Lacerda - Opinião
O governo terá de ter cuidado na calibragem do aumento de juros, por dois principais motivos. O primeiro é que o Brasil já pratica a maior taxa de juro real do mundo e é preciso avaliar corretamente qual a necessidade de elevá-la ainda mais. A taxa Selic, que acaba de ser aumentada para 11,25% ao ano, representa um juro real de 5,5%, quando descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses. Isso é mais do que o dobro da média dos países em desenvolvimento e é incompatível com a melhora de todos os indicadores macroeconômicos da economia brasileira nos últimos anos.
O segundo ponto é que é preciso caracterizar claramente a causalidade da inflação atual, que decorre muito mais de choques de oferta do que de pressões de demanda. Grande parte da elevação de inflação decorre de fatores cuja influência da taxa de juros é muito limitada, para não dizer nula, e os quais não controlamos diretamente. É o caso do aumento observado no mercado internacional de commodities, basicamente grãos, combustíveis, metais e outros, que decorre não apenas do crescimento da demanda, mas também de especulação nos mercados financeiros internacionais.
As commodities se tornaram ativos disputados como alternativa de investimentos de grandes fundos, especialmente diante do quadro atual de baixíssimas taxas de juros na maioria dos países. Há ainda fatores sazonais internos, como o impacto das temporadas de chuvas que geram uma inflação localizada e episódica, também descolada de um aumento da demanda que exigisse medidas de contenção.
Seria um erro de diagnóstico, a partir dessas pressões, concluir equivocadamente que seria necessário aumentar a taxa de juros para combatê-las. Depois de um crescimento próximo de 8% em 2010, a economia brasileira deverá se acomodar nos próximos anos, com um crescimento mais perto dos 5%. Naturalmente já está havendo uma desaceleração da taxa de crescimento, o que também vai ocorrer com a restrição de crédito decorrente de medidas que foram tomadas anteriormente pelo governo.
Por último, mas não menos importante, é preciso destacar que o aumento de juros não se trata de uma medida neutra, pois causa tanto efeitos deletérios para a economia produtiva como promove a geração de lucros especulativos no mercado financeiro.
Há um verdadeiro lobby pró elevação de juros, orquestrado por parte daqueles que se beneficiam com a medida, como os credores da dívida pública, que são todos os que aplicam direta ou indiretamente em títulos da dívida pública, e o próprio mercado financeiro, que é intermediário do processo. Como parte desses títulos são pós-fixados, o aumento de juros representa diretamente uma elevação dos seus ganhos.
Não é por acaso que frequentemente assistimos a um aparente "consenso" pela elevação dos juros ou pela sua manutenção em níveis elevados. Há interesses fortíssimos envolvidos que acabam influenciando a opinião pública. Muito pouco se questiona a respeito da real necessidade de manter taxas de juros tão elevadas e, menos ainda, de elevá-las ainda mais. Há um claro processo de acomodação, como se a economia, outrora viciada em inflação, a tivesse substituído pelos juros altos.
Os dados são impressionantes. Como a dívida pública brasileira é da ordem de R$ 1,5 trilhão, seu financiamento tem custado cerca de R$ 190 bilhões ao ano. São recursos que pagamos sob a forma de impostos que o Estado arrecada e transfere aos seus credores.
Cada ponto porcentual de elevação da taxa de juros representa, potencialmente, um gasto adicional de R$ 15 bilhões a cada ano. Isso é mais do que o custo anual de todo o Programa Bolsa-Família, para se ter uma ideia do estrago para as contas públicas.
É muito importante que o Banco Central tenha autonomia, relativamente, ao governo. Mas é também fundamental que não se mantenha refém de movimentos especulativos que privilegiam uma pequena camada da sociedade em detrimento do interesse coletivo.
Por todos os motivos apontados, já passou da hora de uma mudança expressiva. Isso vale tanto para paradigmas que têm que ser questionados, como o piso para a redução dos juros no Brasil, quanto ao sistema de metas de inflação em si, que deve ser preservado, mas precisa ser aperfeiçoado. Há muito a ser feito, desde os indicadores e o prazo para o foco da meta, até a forma de captação das "expectativas" dos agentes do mercado.
É também urgente rever o elevado grau de indexação da economia brasileira, especialmente das tarifas públicas. A correção automática de preços baseada em indicadores que têm pouca relação com a estrutura de custos dos setores, como é o caso do IGP e do IGP-M utilizados na maioria dos contratos, representa uma anomalia, incompatível com a nossa realidade atual.
ECONOMISTA, DOUTOR PELO IE/UNICAMP E PROFESSOR-DOUTOR DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA PUC-SP, É COAUTOR, ENTRE OUTROS LIVROS, DE "ECONOMIA BRASILEIRA" (SARAIVA).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ser agricultor

Não entendo o que acontece no Brasil. A Folha, um jornal que eu respeitava, publica MENTIRAS sobre o Código Florestal e fica por isso mesmo. Nem uma retratação, nada!
Acho que muitos que se dizem "ecologistas" não têm noção do que isso significa. São esquerdopatas "ecoburritas", isso sim. Não há relação nenhuma do Novo Código Florestal com ocupações urbanas em morros. Até porque este código trata de área rural.
Os produtores rurais são o alicerce deste país. Produzimos alimentos de qualidade e baratos como nenhuma nação no mundo! Em todos os países existe apoio à agricultura, aqui no Brasil, existe perseguição.

Talvez muitos pensem que o arroz e feijão venha do supermercado ou é só abrir a geladeira e lá está a carne e leite. Gostaria que passassem um dia vendo como é trabalhoso e prazeroso plantar. É um milagre jogar uma sementinha no chão e, no tempo certo, colher as bênçãos em forma de alimento.
Ser agricultor é mais que uma profissão, é uma dádiva, um dom de Deus.
Deveria ser mais valorizado pois quem vive sem alimento?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Marta Suplicy quer ser relatora do PLC 122

Projeto anti-“homofobia” foi arquivado no Senado, mas Suplicy quer ressuscitá-lo
Julio Severo

O arquivamento do PLC 122 no final de 2010 não me passou despercebido, mas conhecendo o PT, eu achei que era cedo demais para comemorar. Mesmo derrotada na eleição, a ex-senadora Fátima Cleide está lutando para tirar da gaveta o projeto que colocará o Brasil no mesmo nível de países em que leis anti-“homofobia” estão sendo usadas para perseguir os cristãos.
A senadora Marta Suplicy, denunciada em meu livro “O Movimento Homossexual” (publicado pela Editora Betânia em 1998) como a “rainha do movimento gay”, quer ser a relatora do PLC 122, no lugar da derrotada Fátima Cleide. Suplicy terá de colher determinado número de assinaturas de senadores para desengavetar o projeto do PT.
Para ajudá-la, militantes do PT e do movimento homossexual estão preparando um documento público para entregar aos senadores.
Redes de televisão que recebem gordas propagandas de empresas estatais como a Petrobras estarão também dando sua contribuição para a campanha do PT em favor do PLC 122. Aliás, o Canal Notícias R7, do Bispo Edir Macedo e também favorecido por caras propagandas estatais, comenta: ‘O projeto de lei tenta conter o avanço dos crimes cometidos contra homossexuais. De acordo com levantamento do GGB (Grupo Gay da Bahia), 205 gays foram assassinados no Brasil só em 2010. Em 2009, foram 198, 11 a mais que em 2008’”.
O GGB é o grupo fundado por Luiz Mott, acusado de defender a pedofilia. Aliás, já são vários ativistas gays defendendo a pedofilia, mas nem PT, nem Bispo Macedo nem ninguém levanta a voz para denunciar.
Os homens que praticam atos homossexuais vivem um estilo de vida de risco, se prostituindo às altas horas das madrugadas em locais perigosos, e depois ainda querem transformar pacíficos cristãos, que nada têm a ver com sua imoralidade, em culpados pelas suas escolhas imprudentes.
Nós cristãos somos tão misericordiosos e passivos que não nos importamos de sermos feitos sistematicamente de bodes expiatórios. Daí, é fácil para os ativistas gays despejarem caminhões de lixo de acusações falsas em nós. É com essas acusações, estatísticas e informações mentirosas que insanas leis são aprovadas.
As leis pró-homossexualismo na Inglaterra, aprovadas na base da mesma “honestidade”, hoje estão trazendo perseguição— somente para os cristãos. Mas os militantes gays não têm tanta sorte quando lidam com muçulmanos. Quando o ativista homossexual Peter Tatchell e um grupo de militantes gays tentaram protestar num comício de 6 mil militantes islâmicos na Inglaterra, a reação foi imediata: os muçulmanos os ameaçaram de morte. Em seguida, a polícia veio e prendeu — não os que ameaçaram os homossexuais. A polícia prendeu somente os homossexuais que perturbaram o comício islâmico!
Mesmo com leis anti-“homofobia” na Inglaterra, os muçulmanos estão tranquilos. Só os cristãos estão em apuros.
Fonte: www.juliosevero.com

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Charadas da “religião verde”: reforma agrária socialista pode desmatar, produtores privados não!

Se for produtor rural, 'verdes' gritam crime!, pelo mundo todo.
Se for assentamento, agem como se nada fosse
Os assentamentos de reforma agrária figuravam havia mais de dois anos no topo da lista dos maiores desmatadores das florestas do país.
Mas, agora, um levantamento encomendado pelo jornal carioca “O Globo” constatou outra assustadora desordem: só 21% dos 8.763 assentamentos da reforma agrária brasileira têm licença ambiental.
Em outros termos, quatro em cada cinco assentamentos do INCRA estão na ilegalidade e nessas áreas também podem estar ocorrendo crimes ambientais, segundo o jornal.
Para o IBAMA, parte significativa dos crimes ambientais na Amazônia ocorre dentro dos assentamentos do governo federal. Em 2010, dos 1.326 autos de infração lavrados por desmatamento, 18,5% ocorreram nas áreas do governo onde funciona ‒ ou deveria funcionar ‒ a reforma agrária.
'Verdes' só fazem campanha contra o progresso da lavoura brasileira
A reportagem acrescenta que em setembro de 2008, segundo o Ministério do Meio Ambiente o INCRA reinava nas seis primeiras posições da lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia.
O órgão foi autuado pela destruição de 292.070 hectares de floresta em oito assentamentos.
Entre os crimes cometidos estavam a ausência de licença ambiental, a retirada de vegetação nativa sem autorização do IBAMA e das secretarias estaduais e o de impedir que matas primárias se regenerassem, escreveu “O Globo”.
Os então ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do INCRA, Rolf Hackbart alegaram que a lista do IBAMA continha erros crassos.
O então presidente Lula ordenou uma auditoria para checar os dados. O resultado, porém, foi mais grave para os assentamentos da reforma agrária. Estes, na realidade tinham cometido 18% mais desmatamentos que o constatado inicialmente.
A reportagem suscita uma reflexão óbvia: por que a propaganda verde, no Brasil e no mundo, tão contrária à iniciativa privada, quando se trata de desmatamento, não faz uma denúncia equânime dos maiores “criminosos ambientais” da Amazônia?
A resposta, porém, salta aos olhos: a afinidade ideológica entre o socialismo utópico e anticapitalista do movimento verde e do socialismo ‒ também utópico ‒, da reforma agrária socialista e confiscatória brasileira.
Na realidade, a Amazônia precisa ser salva do 'socialismo verde'
Em nome da utopia comum, “verdes” e revolucionários agraristas fazem vistas grossas para aquilo que segundo eles é um dos piores crimes contra o planeta.
Assim o qualificam quando os acusados ‒ verdadeiramente ou falsamente, aí pouco importa ‒ são cidadãos que procuram expandir a lavoura brasileira e adquirirem justa e merecidamente propriedades privadas para eles e suas famílias, beneficiando regiões empobrecidas e o próprio País.
Mas, se forem colegas de utopia 'sem-terra', 'índios', 'quilombolas', 'afetados pelas barragens' ou amigos dos teólogos da libertação vale tudo, e os “zelotas do planeta” fingem não perceber.
Fonte: blog 'Verde: a cor nova do comunismo'
http://www.paznocampo.org.br/Blog/blog_db.asp?notif=s

Flagrantes impressionantes da incompetência no Rio

Flagrantes impressionantes da incompetência no Rio

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Chuvas devem provocar alta da carne e soja

Expresso MT
Da Redação

As chuvas que têm castigado a região Sudeste devem atrapalhar a colheita do feijão, a plantação do milho de segunda safra e o transporte de gado para o abate. Isso poderia promover a queda na qualidade - e consequentemente no preço do feijão, mas também elevação no preço de outros itens, como a carne e soja.
O feijão deve ser o produto alimentício mais afetado, porque este é o período de colheita da leguminosa, explica o gerente de avaliação e acompanhamento das safras de COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB), Carlos Bestetti. "A qualidade do feijão cai porque o produtor não está conseguindo debulhar (tirar o feijão da vagem). Pode haver depreciação do preço", explica.
A CONAB ainda não atualizou as projeções para a colheita de feijão - a pesquisa será realizada nesta semana - mas já há sinais de prejuízo para os agricultores, segundo Bestetti.
A carne, que tem registrado seguidas altas de preço, pode ser mais um dos itens afetados pela chuva. "Na pecuária de corte, existe essa expectativa de que (a chuva) atrapalhe o transporte do animal até o frigorífico", afirma o zootecnista e consultor da Scot Consultoria em agronegócio, Rafael Ribeiro.
A colheita da soja também pode ser atrapalhada pelo mau tempo, já que as máquinas agrícolas não têm a mesma produtividade diante do clima ruim, na opinião de Ribeiro. Ainda, a combinação de calor e umidade favorece a proliferação de fungos, como a ferrugem asiática, que precisam ser prevenidas com uso mais intenso de agrotóxico, o que pode elevar o preço final do grão, de acordo com Bestetti.
O milho, que está bem cotado no mercado, é favorecido com o excesso de umidade. O atraso na colheita de soja, no entanto, pode atrapalhar a plantação da segunda safra do milho, conhecida entre os produtores como a safrinha, já que muitas vezes é plantada logo depois que a leguminosa é colhida.
Ainda, a produção de leite pode ser prejudicada se as chuvas nas regiões produtoras continuar intensa. "No caso do leite, (com as chuvas) tem formação de barro, um fator de estresse para o animal que interfere na produção", detalha Ribeiro.
De acordo com a Associação Paulista dos Supermercados (Apas), "no primeiro mês do ano, as chuvas excessivas provocaram perdas na lavoura e dificultaram a distribuição de produtos in natura". Com a menor oferta, os preços ficaram mais altos nas gôndolas já nos primeiros meses.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mistificadores aproveitam a tragédia do Rio para impor a sua pauta ideológica: a mentira absurda sobre o novo Código Florestal

Não bastasse a tragédia do Rio de Janeiro ceifar centenas de vidas, uma outra vai se desenhando, esta contra a inteligência e os fatos. Lobbies organizados os mais variados aproveitam os desastres que colhem a população para tentar impor a sua agenda. Há coisa de dois dias, os devotos da Igreja dos Santos do Aquecimento Global dos Últimos Dias, desmoralizados pelo frio de trincar catedrais do Hemisfério Norte (pelo terceiro anjo consecutivo), resolveram dirigir a sua litania para as chuvas do Hemisfério Sul, efeito, asseguram, do que chamam agora de “desordem climática”. Para eles, “desordem climática” são os eventos da natureza contra os quais se construiu a civilização humana. Muitos podem não acreditar, mas a Terra já foi um lugar mais inóspito - especialmente quando havia menos tecnologia para domá-la. Os tontos, ao ler comentários como este, imaginam que o mundo se divide em dois grupos: o deles, que quer preservar a natureza, e dos “outros”, que querem destruí-la. Adivinhem quem costuma contar com os milhões das ONGs…
Com o devido respeito aos profissionais, que certamente buscaram fazer um trabalho sério, asseguro que o lobby ambientalista conseguiu emplacar a manchete da Folha deste domingo com uma cascata formidável, que atenta de modo brutal contra os fatos e contra a lógica. Lemos na primeira página, em letras que antigamente se chamavam “garrafais”: “Novo Código Florestal amplia risco de desastre”. No texto, escrevem Vanessa Correa e Evandro Spinelli:
“As mudanças propostas pelo projeto de alteração do Código Florestal -pensadas para o ambiente rural e florestas- ampliam as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas.
O texto em tramitação no Congresso deixa de considerar topos de morros como áreas de preservação permanente e libera a construção de habitações em encostas.
Locais como esses foram os mais afetados por deslizamentos de terra na semana passada na região serrana do Rio, que mataram mais de cinco centenas de pessoas.
O projeto ainda reduz a faixa de preservação ambiental nas margens de rios, o que criaria brecha, por exemplo, para que parte da região do Jardim Pantanal, área alagada no extremo leste de São Paulo, seja legalizada.
A legislação atual proíbe a ocupação em áreas de encostas a partir de 45 de inclinação, em topo de morro e 30 metros a partir das margens dos rios -a distância varia de acordo com a largura do rio.”
Eu realmente não sei como os repórteres chegaram a essa conclusão. Ou melhor: sei. Eles resolveram endossar a leitura enviesada de Marcio Ackermann, geógrafo e consultor ambiental, autor do livro “A Cidade e o Código Florestal”, que fala à reportagem. A propósito: ELE É CONSULTOR DE QUEM? A íntegra do relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B) está aqui. Como assegura o próprio parlamentar à Folha, seu texto trata do código em face da agricultura e da pecuária; não procura arbitrar sobre áreas urbanas. Ele deu a devida explicação ao jornal. Ela bastava para que se concluísse: “Essa reportagem não existe”. Não adiantou nada! Ela foi publicada, os repórteres asseveraram que o texto diz o que ele não diz, e a coisa virou manchete.
Leiam vocês mesmos. Rebelo nem sequer menciona “construção de habitação em encostas”. Todas as vezes em que o texto se refere a “inclinação”, trata de atividade rural. IMPORTANTÍSSIMO: a proposta não “libera” área nenhuma, limitando-se a legalizar aquelas de cultura já consolidada.
E o mesmo vale para as parcas referências às áreas urbanas. O Inciso IV do Artigo 2º das Disposições gerais (página 245 do texto) define o que o é uma “área urbana consolidada”:
IV. área integrante do perímetro urbano, definido pelo plano diretor municipal referido no art. 182, § 1°, da Constituição Federal ou pela lei municipal que estabelecer o zoneamento urbano, que, além de malha viária implantada, tenha, no mínimo, três dos seguintes elementos de infraestrutura urbana implantados:
a) drenagem de águas pluviais urbanas;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica; ou
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.
Esse mesmo Artigo 2º, na página 246, estabelece, no Inciso VIII, os itens que compõem o chamado “Interesse social”. Na alínea “d”, lê-se:
“d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009;”
Sabem o que é a Lei 11.977? É a do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Só nessas circunstâncias Aldo Rebelo tratou da questão urbana.

Outro lado e outro-ladismo
Ouvir o “outro lado”, quando isso não é simples maneirismo, é essencial no jornalismo. Praticar “outro-ladismo” é um desastre para a inteligência. A proposta de Rabelo para o novo Código Florestal NÃO TEM QUALQUER RELAÇÃO, NEM A MAIS REMOTA, COM ÁREAS URBANAS. A Folha ouve o tal geógrafo, que vende seu peixe - exposto na vitrine - e depois ouve Rebelo, que, evidentemente, nega que uma coisa tenha relação com a outra. O jornal compra a versão errada.
“Versão errada?” Sim! Não se trata de questão de gosto. Desafia-se aqui alguém a demonstrar por que meios, SEGUNDO O QUE HÁ NO TEXTO, “as mudanças propostas pelo projeto de alteração do Código Florestal ampliam as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas”.
Pode-se gostar ou não da proposta de Aldo Rebelo - eu, por exemplo, a considero sensata. Insensato é mandar reflorestar áreas que dedicadas à agricultura há 100 anos, por exemplo… Mas que se desgoste do texto segundo o que nele vai, sem delírio militante. Parte do que foi destruído no Rio era, sim, “área urbana já consolidada”, segundo o que vai definido no texto, mas outra parte não: não reunia os requisitos ali dispostos.
Vênia máxima, a manchete da Folha não existe porque o problema que ela denuncia também não existe. Basta ler o relatório de Aldo Rebelo, entendendo o que nele vai escrito, para constatá-lo. Ou será que é impossível combater o novo Código Florestal dizendo só a verdade?
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Governo tenta equilibrar preços para produtores

O Estado de S. Paulo

Célia Froufe
Ministério interfere no mercado para garantir preço mínimo para arroz e trigo, mas também quer impedir alta excessiva do milho.
Com a gangorra dos preços dos alimentos e o temor da volta da inflação, o governo tem agido nas duas pontas para buscar o equilíbrio. De um lado, anunciou ontem que vai interferir no mercado no fim deste mês para aumentar o preço pago ao produtor pelo arroz e pelo trigo.
Com isso, espera não desestimular a produção em 2011 e agravar a alta dos preços com uma possível escassez de grãos no futuro. De outro, tem vendido estoques de milho e dado subsídios para evitar que os pecuaristas e fabricantes de ração tenham seus custos elevados e pressionem ainda mais a inflação em itens que já estão disparando, como a carne, por exemplo.
No começo do segundo semestre do ano passado, o Ministério da Agricultura ajudou a sustentar os preços do milho que estavam em trajetória de queda por causa da safra robusta do meio do ano. Passado esse período de normalização do abastecimento, os preços voltaram a subir. Mesmo não tendo faltado produto no mercado, quem tinha milho não se desfazia do grão prevendo elevação dos preços.
Foi exatamente isso o que ocorreu. A partir daí, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal comandada pela Agricultura, começou a se desfazer dos estoques e a oferecer subsídios. O processo ainda continua, com ênfase nas Regiões Norte e Nordeste, mais distantes do principal polo produtor do grão, o Centro-Oeste.
"Esses leilões são para conter a alta. Estamos buscando o equilíbrio, como sempre", disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Ontem, Rossi acertou com os representantes dos produtores de arroz que fará leilões para garantir o pagamento mínimo estipulado aos rizicultores, já que, no mercado, a cotação está inferior a R$ 25,80 por saca de 50 quilos.
Afetados pelas chuvas há exatamente um ano, os produtores do Rio Grande do Sul sofrem agora com a falta de interesse das indústrias pelo cereal. "Com isso, esperamos que o mercado se regularize e atinja um preço de equilíbrio", disse Rossi. De acordo com o ministro, o resultado da operação será monitorado pelo ministério e, se houver necessidade, outras medidas serão tomadas em "ocasião oportuna".
Enxugar gelo. Para o economista da Tendências Consultoria Integrada especialista em inflação, Thiago Curado, é compreensível a tentativa de equilíbrio dos preços pelo governo, principalmente após o papel preponderante dos alimentos na inflação do ano passado. "Houve um choque interno de oferta e entendo que o governo tende a querer interferir para buscar algum resultado", comentou, lembrando que os preços agrícolas superaram os 20% de aumento em 2010.
A questão, segundo ele, é que grande parte dessa alta é fruto de uma mudança estrutural mundial, que elevou o preço das commodities no mercado internacional. "Pode ser que o governo consiga algum impacto, mas os preços vão continuar pressionados, com aumento das compras por vários países, como a China", considerou. "Esse mercado é muito integrado. Não adianta o governo ficar na marra, pois é enxugar gelo com essa pressão externa muito forte", acrescentou.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Agronegócio prevê que vai exportar US$ 85 bi este ano

DCI
Daniel Popov
O agronegócio brasileiro pode movimentar US$ 85 bilhões com as exportações neste ano, afirmou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante apresentação do balanço do setor ontem, em Brasília. Esse montante representa um crescimento de 10% ante os US$ 76,4 bilhões obtidos em 2010. Entre os produtos que mais ampliaram as suas arrecadações estão o milho com 69,8% a mais que em 2009, seguido pelo açúcar com incremento de 52,3% e o café com 37,8%.
No ano passado, o agronegócio brasileiro registrou exportações recordes no setor agropecuário com US$ 76,4 bilhões, que representa um aumento de 18% ante os números vistos em 2009 (US$ 64,7 bilhões). Até então, o melhor ano para as exportações brasileiras, em termos de receita, foi 2008, com US$ 71,8 bilhões.
Além da previsão do ministério brasileiro quanto a alta das exportações de 10% para este ano, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), acredita que estes valores possam chegar a US$ 87 bilhões. "Nós calculamos um crescimento de até US$ 87 bilhões em 2011, porém temos de observar o cambio, pois isso pode atrapalhar os resultados. A previsão é que mesmo no período de colheitas teremos preços até 10% mais altos que 2010", disse Rosimeire dos Santos, superintendente técnica da CNA.
No mesmo período, o superávit da balança comercial do agronegócio alcançou a marca de US$ 63 bilhões, ante os US$ 54,9 bilhões vistos em 2009. Outra curiosidade é que esse saldo foi três vezes maior que os US$ 20 bilhões observados no superávit do comércio global do Brasil no mesmo período. "Esse desenvolvimento é muito raro em uma economia, principalmente na agrícola, e muito significativa em tão pouco espaço de tempo. Quase quadruplicamos nossas exportações nos últimos 10 anos, passamos de US$ 20,7 bilhões em 2000, para US$ 76,4 bilhões este ano", contou o coordenador geral de organização para exportação da Mapa, Eliezer Lopes.
Com vista à manutenção do ritmo de crescimento no setor, o ministério afirmou que já estuda um projeto para o sistema único de garantia ao produtor, que abrange o Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM) e o Seguro Rural.
"Os programas de apoio à Agricultura tendem a encontrar formas mais aperfeiçoadas e nosso objetivo é sair de uma política de apoio, no que diz respeito a preço mínimo e comercialização, para uma garantia mais ampla do que um seguro rural, que envolva riscos climáticos e mercadológicos", finalizou.
Apesar de uma receita de exportação ainda pequena em relação a outras commodities, o milho obteve o maior crescimento, ficando à frente do açúcar e do café. Em 2010, o grão bateu o recorde de exportação com US$ 2,1 bilhões, que representa um incremento superior a 69% ante 2009. Em termos de quantidade, o crescimento foi de 39%, passando de 7,7 milhões de toneladas (t), em 2009, para 10,8 milhões de toneladas em 2010.
Esse foi o segundo maior volume da série, superado apenas pelas 10,9 milhões de t de 2007. "O milho obteve um resultado melhor que o esperado, e muito desse resultado se deve ao governo que ajudou bastante o produtor na hora de comercializar", disse, Steve Cachia, analista da Cerealpar.
Já o açúcar, responsável por US$ 12,7 bilhões nas exportações do ano passado, cresceu 52,3% em sua receita, fruto do aumento da quantidade exportada e dos preços praticados, afirmou o analista.
Os preços do produto tiveram um incremento 32,2% em 2010, passando de US$ 345 em média por tonelada.
Para a superintendente da CNA, neste ano o algodão estará entre os cinco produtos que mais crescerão em renda.
Paralisação na Argentina
Os agricultores argentinos anunciaram ontem a suspensão, a partir da próxima segunda-feira, das vendas de grãos e oleaginosas para protestar contra políticas de exportação do governo.
A manifestação de sete dias foi convocada pelo descontentamento com as políticas governamentais, especialmente aquelas relacionadas ao trigo.
O superávit da balança comercial do agronegócio em 2010, mesmo com o dólar mais baixo, alcançou a marca de US$ 63 bilhões, ante os US$ 54,9 bilhões vistos em 2009. Esse saldo foi três vezes maior que os US$ 20 bilhões observados no superávit do comércio global do Brasil no mesmo período. Os números mostram que o agronegócio quase quadruplicou suas exportações nos últimos 10 anos: de US$ 20,7 bilhões em 2000 para US$ 76,4 bilhões em 2010.
E o cenário deverá melhorar em 2011. A projeção do agronegócio é de exportar US$ 85 milhões este ano, 10% acima dos US$ 76,4 bilhões do ano passado. A previsão do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, indica que as commodities, como o milho, açúcar e café, que foram as principais responsáveis pelo resultado positivo no ano passado, devem manter a importância na balança da agropecuária em 2011.
A previsão foi reforçada ontem depois que o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) anunciou que houve redução drástica dos estoques de milho e de soja do país, o que gerou aumento imediato nas cotações do mercado futuro desses grãos na Bolsa de Chicago, que chegaram a seu nível mais alto em 30 meses.
A Cargill, que anunciou ontem que os lucros triplicaram no segundo trimestre de seu ano fiscal, para US$ 1,49 bilhão, está vendo seus principais concorrentes -a Archer Daniels Midland Co., a Bunge e a Louis Dreyfus- seguirem de perto como principais beneficiários da falta de grãos. As quatro empresas dominam os fluxos globais de commodities agrícolas. Aproveitando o bom cenário, a JBS está em negociação com o BNDES para emitir debêntures conversíveis. O interesse da brasileira é a compra da norte-americana Sara Lee.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dinamarca: Cristãos e ateus são perseguidos pelos muçulmanos

De acordo com um relatório da Danish program Deadline (DR2), cristãos e ateus de países muçulmanos, como Afeganistão, Iraque e Irã são perseguidos na Dinamarca.
O programa entrevistou um homem chamado “Farood”, que fugiu do Afeganistão depois ter se convertido ao cristianismo. Ele pediu para permanecer anônimo, a fim de contar sua história. O afegão deixou sua esposa e filhos em sua terra natal, e fugiu pela Grécia e Itália, até a Dinamarca, onde ele pensou que poderia encontrar a paz. No centro de asilo a estrangeiros da Dinamarca, encontrou outros afegãos que descobriram que ele era um convertido. Uma noite Farood foi atacado por um dos seus conterrâneos, que o socou na cara, e mais tarde ameaçou matá-lo caso ele dissesse algo as autoridades.
O DR2 também entrevistou um sacerdote iraniano que diz ser ameaçado e correr risco constante de agressão.
O Partido do Povo Dinamarquês (PPD) diz que os cristãos e os ateus "estão cada vez mais" sujeitos ao assédio de grupos e indivíduos muçulmanos na Dinamarca.
O partido pretende levar a questão até o parlamento, e quer que o Ministro da Integração Birthe Rønn Hornbech fale claramente sobre isso.
Martin Henriksen, do comitê de integração: "Ele deve enfatizar para a comunidade muçulmana na Dinamarca o respeito à liberdade religiosa e tornar claro que esta liberdade não pode ser violada, porque um indivíduo ou família pretende deixar o Islã”.
Fonte: Dagblad Kristeligt (dinamarquês)/ Islam in Europe

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Indústria perde R$ 17,3 bi e deixa de criar 46 mil vagas com importações

Estado de São Paulo
Marcelo Rehder
Participação da indústria de transformação no PIB caiu de 27% para 16% nos últimos 20 anos; para setor, quadro é de difícil reversão
Pressionada pelas importações, a indústria brasileira de transformação perdeu R$ 17,3 bilhões de produção e deixou de gerar 46 mil postos de trabalho em apenas nove meses de 2010. A informação é de um estudo inédito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que mediu o impacto que o processo de perda relativa do setor na formação do Produto Interno Bruto (PIB) apresenta na economia brasileira.
Em dois anos, o chamado coeficiente de importação, que mede o porcentual da demanda interna suprido por produtos vindos do exterior, subiu quase dois pontos. Passou de 19,6%, no acumulado de janeiro a setembro de 2008 (pré-crise), para 21,2%, no mesmo período de 2010.
Se o setor não tivesse perdido participação para os produtos estrangeiros, as importações do setor cairiam de R$ 232,4 bilhões para R$ 215,1 bilhões, segundo a Fiesp. Ao mesmo tempo, a produção doméstica subiria de R$ 1,055 trilhão para R$ 1,072 trilhão. Esse crescimento da produção, de 1,6%, geraria aumento de 0,58% do emprego industrial.
"O País não pode se dar ao luxo de abrir mão de sua indústria na sua estratégia de desenvolvimento", afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
No fim dos anos 1980, a indústria de transformação representava 27% do PIB brasileiro. Hoje, baixou para 16%, calcula a Fiesp com base na nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia Estatísticas (IBGE), adotada a partir de 2007.
"É uma equação difícil de ser resolvida e não tem solução de curto prazo", diz Paulo Francini, diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. "Além do problema do cambio valorizado, há a questão do custo Brasil, que acentua a perda de competitividade da nossa indústria."
Não é de hoje que a indústria vem perdendo espaço. "O País está se desindustrializando desde 1992", diz o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Para ele, o Brasil perdeu a possibilidade de "neutralizar a tendência estrutural à sobreposição cíclica da taxa de câmbio" quando fez a abertura financeira, no quadro de acordo com o FMI. "Em consequência, a moeda nacional se apreciou, as oportunidades de investimentos lucrativos voltados para a exportação diminuíram, a poupança caiu, o mercado interno foi inundado por bens importados e muitas empresas nacionais deixaram de crescer ou mesmo quebraram."

domingo, 9 de janeiro de 2011

Notícias Importantes

UDR vê risco de confronto em invasões do MST

Movimento inicia neste mês jornada de ocupações conhecida como 'janeiro quente' para pressionar por reforma agrária
José Maria Tomazela, especial para o Estado de S. Paulo
SOROCABA - O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, alertou neste domingo para o risco de enfrentamento entre sem-terra e fazendeiros durante a jornada de ocupações conhecida como "janeiro quente" do Movimento dos Sem-Terra (MST).
Na semana passada, militantes invadiram três fazendas e dois prédios públicos no interior de São Paulo. A mobilização para pressionar o governo a acelerar a reforma agrária vai continuar até meados do mês, conforme anunciou o movimento. De acordo com Garcia, muitos fazendeiros que já sofreram invasões estão dispostos a impedir uma nova ocupação. "O proprietário pode exercer o direito legítimo de defesa da propriedade, mas nosso receio é de que possa acontecer alguma fatalidade."
Para o ruralista, como as invasões são anunciadas com antecedência, o governo tem o dever de agir para evitar que aconteçam. "As lideranças desses movimentos são conhecidas", disse. Ele criticou a decisão da nova secretária estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloísa de Souza Arruda, de convidar as lideranças dos movimentos para uma reunião, na próxima terça-feira. "É inaceitável que o governo chame para o diálogo quem está fora da lei." Segundo ele, o Estado contribui para o conflito no campo ao reivindicar terras supostamente devolutas, como as do Pontal do Paranapanema.
No ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou ação movida pelo Estado e declarou devolutos 92,6 mil hectares no Pontal. As terras se tornaram alvo do MST. "Os produtores trabalham nessas terras há mais de 100 anos, mas o governo se apega a um problema ocorrido nos tempos do império para alegar que são áreas públicas", reclama Garcia. A secretária da Justiça não foi localizada, mas a reportagem apurou que ela também se reunirá com representantes dos ruralistas, na próxima quinta-feira.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,udr-ve-risco-de-confronto-em-invasoes-do-mst,663964,0.htm

Embrapa fica onde está para não piorar conflito entre PMDB e PT
por João Bosco Rabello

Coube a Michel Temer o papel de articular junto à presidente Dilma Rousseff e ao chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o adiamento das nomeações para os cargos de segundo escalão para o fim do mês.
O objetivo é ganhar tempo a fim de aprofundar o diálogo e serenar os ânimos mais exaltados.
Uma das propostas que deixou peemedebistas de cabelos em pé, mas que não se concretizará, partiu do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que cogitou trazer para sua pasta a Embrapa.
A estatal, que é vinculada ao Ministério da Agricultura, sob controle do PMDB, tem orçamento milionário. Até o final do ano, o PAC da Embrapa, lançado em 2008, terá arrecadado cerca de R$ 600 milhões.
Fora de hora, a idéia, se consumada, seria a gota d’água na crise entre os dois partidos principais da aliança. Por isso, não durou 24 horas e sua autoria já é negada.
Agora, é tratá-la como algo que nunca existiu. Mais uma invenção da mídia.
http://blogs.estadao.com.br/joao-bosco/embrapa-fica-onde-esta-para-nao-piorar-conflito-entre-pmdb-e-pt/


Comento:
A Agropecuária, responsável por manter a balança comercial positiva, tem sido constantemente alvo de problemas e dificuldades. O MST, não bastasse ser mantido pelo governo Lula e agora pelo Dilma, avisa que vai pressionar -o que significa mais invasões e prejuízos para os agricultores- com o pretexto de acelerar a reforma agrária e o governo estadual de São Paulo chama para diálogo?
Não tem limites a impunidade no Brasil.
E o consolo??? Pensar que a EMBRAPA poderia ter ido parar na "administração" ministerial de Aloizio Mercadante e por interesses políticos não irá! Realmente estamos bem servidos!
Quando será que seremos reconhecidos pelo nosso trabalho?
Quando os ambientalistas verão que sem comida não haverá vida no planeta?
Se pudesse mandaria todos "plantar batatas" mas, como? Todos acham que a comida já vem pronta e é só comprar no supermercado!
Só Deus e quem tem o dom de plantar e colher pode realizar o milagre de produzir alimentos.
Só quem vive da terra e depende dela pode saber como é difícil ser agricultor no Brasil.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A farsa do vitimismo afro-descendente

João Carlos de Almeida
Semana passada traduzimos um post intitulado O que fazer a respeito da violência inter-racial negra?, do blog View from the Right. Paul K. começa afirmando que achava que os donos de cinema deveriam ter o direito de proibirem a entrada de grupos de adolescentes negros, por "serem escandalosos e incomodarem os outros" e terem "propensão à violência." Em seguida, ele menciona três episódios recentes de violência extrema cometidas por negros contra brancos e asiáticos nos Estados Unidos (registrados em vídeo) e chama atenção para o fato de que a imprensa nunca comenta o fato de que a violência inter-racial no país é praticamente sempre de negros contra brancos e amarelos e não o contrário.
Que algo em torno de noventa por cento de todos os crimes violentos cometidos nos Estados Unidos são obra de negros e latinos é fato que até os demagogos esquerdistas do partido Democrata sabem. Mas, para fazer justiça a Paul K., gostaríamos de deixar registrados dois eventos recentes.
Um é o fato de um marine recém-chegado do Afeganistão ter sido espancado na noite de Natal, juntamente com sua esposa, por um grupo de marginais adolescentes negros em Brandentown, na Flórida, ao saírem de um cinema. Motivo: ele havia pedido a eles, que estavam fazendo arruaça durante o filme que assistiam, que se aquietassem.
Como comenta o blogueiro Van Helsing, de cuja página tiramos esta matéria, "A razão pela qual este não foi um incidente racial é porque as vítimas eram brancas e os agressores, evidentemente, negros."
A outra matéria é esta sobre um arrastão de dezenas de (adivinhe) marginais adolescentes negros a um shopping em Milwaukee, no Winsconsin, no último domingo. A imprensa, em sua novilíngua esquerdista, se referiu ao bando como "jovens rebeldes" [unruly young people]. JOVENS REBELDES?
Vendo barbaridades como estas, dá para entender perfeitamente o que motivou as antigas leis de segregação racial nos estados do sul dos Estados Unidos. Os dados disponíveis sobre a criminalidade americana durante o século XIX e início do século XX já apontavam um envolvimento imensamente desproporcional da população negra em crimes violentos.
Eu mesmo que escrevo agora isto aqui não sou branco. Sou mestiço. Meu avô paterno era negro e meu pai é mulato. Não se trata aqui de um supremacista branco malhando os negros. Pelo contrário. Estes marginais aí são, de certa forma, meus "manos", como eles mesmos dizem. Daí meu nojo em relação à coisa toda. Nós negros e mestiços deveríamos dar graças a Deus todos os dias por podermos viver em nações ocidentais decentes ao invés de em alguma ditadura africana. Se estas pessoas aí de fato odeiam tanto os brancos, por que diabos preferem sofrer no meio deles, ao invés de voltarem para a África? Como disse o Michael Savage há uns meses atrás para um ouvinte negro, racista e revoltado com os brancos que governam o país, "Sob o governo de qual ditador africano você preferiria viver, então?"
Já passou da hora de nós "afro-descendentes" (o termo é demagógico e esquerdista, mas vai ele mesmo) pararmos com esta farsa de vitimismo e desejo de reparações. Os Estados Unidos e o Brasil não têm "dívida histórica" nenhuma conosco. Nós é que devemos e muito a estes países, que nos deram de presente verdadeiras civilizações já prontas, que jamais conseguiríamos construir se tivéssemos ficados no continente africano. Se nossos antepassados não tivessem sido trazidos como escravos para a América, estaríamos infinitamente pior hoje. E como é que demonstramos nossa gratidão a estas nações? Dê uma olhada nos dados disponíveis sobre criminalidade e nas pesquisas eleitorais de ambos os países e você vai ver.
Se há vítimas raciais hoje nos Estados Unidos e no Brasil são os brancos, não nós. Somos nós que estupramos, matamos e os roubamos, não o contrário.
Quem votou em massa no Lula e na Dilma, que estão comprometidos com a escravização socialista do país, só para ganhar esmolas do PT, foi a população negra e mestiça, pobre e analfabeta, que está se lixando para os rumos que a nação está tomando. Quem vota em massa nos democratas, que estão comprometidos com a depredação socialista dos Estados Unidos, é a população negra, numa proporção que não se vê em nenhum outro grupo étnico do país. Se depender dos negros americanos, o país vai virar um novo Zimbábue. Olhe aqui o que cinco administrações consecutivas de prefeitos democratas negros, eleitos com o voto maciço da população negra, fizeram com Detroit, que já foi uma das cidades mais ricas do país.
Chega dessa besteira de vitimismo, revanchismo e reparacionsimo negro. Nossa contribuição para nossos países foi mínima e o ônus que trazemos, imenso. Quem constrói os prédios bonitos somos nós negros e mestiços, sim, mas quem vai assaltar os moradores que vão morar lá e estuprar suas filhas também somos nós, além de votarmos em massa nos políticos esquerdistas que vão roubar o dinheiro deles por meio de impostos escorchantes. Impostos estes que, por sua vez, serão usados para pagar por projetos assistencialistas voltados para nossas "comunidades carentes" — o novo nome que inventaram para 'favelas' — e para construir escolas públicas que nós, negros e mestiços pobres, vamos depredar.
Vamos parar de fingir que não sabemos disto tudo.
João Carlos de Almeida é um dos editores do blog Dextra.
Fonte: Mídia Sem Máscara

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dilma, interrompida

Demétrio Magnoli
Ah, o exagero – a sombra monstruosa do exagero. “Lula estará conosco.” “Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade”: “o maior líder que este país já teve.” “Seu nome já está cravado no coração do povo.” Não é o elogio incisivo, mesmo mais que protocolar, ao presidente que saiu, companheiro de partido, responsável por seu triunfo. É a louvação desmedida, o adjetivo incontido, o culto despropositado, a metáfora de ressonâncias religiosas. “Sob sua liderança, o povo brasileiro fez a travessia para uma outra margem da história.” É Moisés, na travessia das águas e na jornada pelo deserto. Nos seus dois discursos de posse, Dilma Rousseff apalpou a linguagem das tiranias personificadas.
Condutor? Comandante? Eterno Presidente? Líder Genial dos Povos? Grande Timoneiro? A linguagem faz diferença, pois a política, em tempos de paz, é feita de palavras. Democracia é o regime das instituições, não dos líderes. Nas Repúblicas democráticas, nenhum líder sintetiza o povo – e exatamente por isso existem oposições legais. Delinquindo nos interstícios da lei, a Petrobrás batizou com o nome de Lula o campo petrolífero de Tupi. O culto a Lula é uma ferida na alma da democracia. Dilma subiu a rampa fazendo as orações desse culto bizarro.
Os discursos de posse de Dilma devem ser lidos como harmonias interrompidas. A presidente tenta desabrochar, insinua-se e esboça um aceno; ansiosa, tropeça e cai. Aqui e ali, por todos os lados, encontram-se os indícios da sua vontade de governar “para todos os brasileiros e brasileiras”. Mas o propósito se estiola no caminho, sempre que colide com um dogma do lulismo.
Há o desejo discernível e, contudo, frustrado de construir uma narrativa realista do período pós-ditadura militar. “Um governo se alicerça no acúmulo de conquistas realizadas ao longo da história. Por isso, ao saudar os avanços extraordinários recentes, é justo lembrar que muitos, a seu tempo e seu modo, deram grandes contribuições às conquistas do Brasil de hoje.” Ela poderia ter dito: José Sarney consolidou as liberdades políticas, Fernando Collor iniciou a abertura comercial, Itamar Franco fez o Plano Real, FHC ergueu o edifício da estabilidade econômica. Mas não disse, pois pronunciar o nome de um predecessor seria incorrer no pecado da apostasia: a negação da primazia de Lula.
Lula falou quase sempre como chefe de uma facção – e, no dia de passar a faixa, referiu-se ainda aos opositores como “inimigos”. Dilma, ao contrário, almeja falar como a “presidente de todos”. Ela estendeu a mão aos partidos de oposição, sem pedir a ninguém “que abdique de suas convicções”. Com o olho posto nas lições da campanha eleitoral, enfatizou o imperativo do combate à corrupção e declarou um compromisso “inegociável” com as liberdades individuais, de religião, de imprensa e de opinião. “Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”, assegurou, reproduzindo a fórmula empregada no discurso de vitória. A declaração será posta à prova logo mais, quando a presidente abrir a gaveta onde repousa o projeto de controle estatal de conteúdos dos meios de comunicação, um presente de grego deixado por Franklin Martins, em nome de Lula.
Dilma prometeu uma política externa “baseada nos valores clássicos da diplomacia brasileira”, oferecendo uma justificativa cifrada para o afastamento de Celso Amorim. Recitou, um a um, os princípios inscritos na Constituição: promoção da paz, não intervenção, defesa dos direitos humanos. “Direitos humanos”, ela disse! É uma censura indireta a Lula, que elogiava ditaduras e traçava paralelos abomináveis entre presos políticos e criminosos comuns.
Entretanto, os interditos pontilham a estrada como campos minados. Logo depois dos direitos humanos, apartando-se do texto constitucional, Dilma mencionou o “multilateralismo”. Em tese, o termo significa, apenas, o fortalecimento das instituições multilaterais, como a ONU, o FMI e o G-20. Na linguagem codificada do lulismo, condensa o impulso antiamericano que moldou a desastrada aproximação com o Irã. O “multilateralismo”, nessa acepção pervertida, combina com a permanência de Marco Aurélio Garcia no posto de chanceler fantasma. “Lula estará conosco”, lembrou a presidente que se sabe tutelada.
“Eu troquei meu nome e coloquei Dilma lá na cédula”, avisou Lula na campanha eleitoral. O ex-presidente interpreta o novo governo como seu terceiro mandato e para exercer a tutela nomeou dois primeiros-ministros informais: Antônio Palocci, tutor externo, e Gilberto Carvalho, tutor interno. Ambos cometeram atos falhos antes do encerramento do primeiro dia de governo. Palocci dirigiu um pedido aos ministros: “Tenham-me como um de vocês, um da equipe, um do time.” Ninguém que é “um de vocês” fala assim. Carvalho declarou em entrevista: “Lula não precisa de mim. Seria muita pretensão querer ser o espião do Lula no Planalto.” O sarcasmo involuntário continua a ser sarcasmo.
Marta Suplicy nunca aprendeu a arte política da sublimação do desejo: a senadora proclama, gritando, o que deve ser sussurrado. Certa vez, nos bastidores de uma reunião da Direção Nacional do PT, incorporou a persona da rainha de Alice para exigir, aos berros, a expulsão imediata de uma corrente minoritária. Agora, na posse da presidente, alertou para a presença perene de Lula – “ele estará sempre disposto a ajudar Dilma no que ela precisar” – e enviou uma mensagem a interlocutores genéricos: “Há uma parceria entre Dilma e Lula que ninguém quebra.”
Ninguém quebra? Se Marta tiver razão, Dilma não será, jamais, a “presidente de todos” – e não será nem mesmo a chefe de uma facção. Mas ela pode estar errada, pois a infalibilidade é um atributo exclusivo de Lula. Nessa hipótese, para o bem da democracia, o Brasil terá uma presidente, não um governo subterrâneo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 06/01/11
http://www.imil.org.br/artigos/dilma-interrompida/

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lula, Tiririca e Dilma fazem a festa no Brasil herdado de Portugal

Julio Severo
Num país sério, um palhaço seria eleito somente para o circo. Mas, já que o ex-presidente Lula, seus ex-ministros e o Congresso passaram anos governando sem seriedade, a população não se importou de votar num palhaço. Tiririca, pois, foi o mais votado para deputado federal em São Paulo em 2010.
Nesse clima de circo, Antonio Palloci, o ex-ministro de Lula cujos crimes e corrupções viraram piada que não faz ninguém rir, já está no governo de Dilma para mostrar que o show continua. Num país onde a lei valesse alguma coisa, ele estaria atrás das grades, sem mencionar sua atual chefona com horrendo histórico de terrorismo marxista. Mas pergunte para Tiririca se o Brasil é um país sério.
O povo brasileiro, moralmente anestesiado por uma propaganda ideológica alicerçada no engano e na mentira, não se importa mais se um homem ou mulher é uma vergonha para o governo brasileiro e para a ética, pois o que impera no Brasil é a lei do circo. É a desordem e o desprogresso sustentados em palhaçadas políticas.
No Brasil de hoje, o caráter e a integridade são tratados com deboche e a desonestidade vale ouro. Criminosos que lutaram no passado para impor no Brasil o mesmo sistema da ditadura comunista soviética podem hoje se gabar de terem feito parte de uma resistência “democrática”. Podem até mesmo desconversar, durante as eleições, suas reais posturas sobre aborto e união civil gay, para não entrarem em choque com os óbvios sentimentos conservadores da vasta maioria do povo brasileiro. Depois das eleições, mostram que foi tudo piada e voltam à obsessão pró-aborto e pró-homossexualismo.
Dilma Rousseff é a coroação desse circo, onde o horrível tem de ser considerado bonito e doce e onde a honestidade e a ética são tratadas com repugnância. Nesse paraíso das inversões, os terroristas marxistas são heróis.
No Brasil de Tiririca, o show das trambicagens e malandragens deve continuar, e o único papel do povo é chorar e lamentar o circo de horrores, depois de votar nos atores do espetáculo.
Tiririca, Lula e Dilma do pão e circo só tiveram muita popularidade porque jumentos e outros animais ainda não podem se candidatar a cargos públicos. O dia que isso acontecer, todos verão quem é que o povo realmente escolherá para ser campeão de popularidade no Brasil!
Onde foi que o Brasil errou? Onde poderia ter acertado?
A maior referência de transformação individual e nacional é a Bíblia Sagrada, que guia pessoas e nações ao Rei Jesus Cristo, Deus único e verdadeiro.
Nenhum outro livro moldou mais a fundação e história dos Estados Unidos e de outros países de língua inglesa do que a Bíblia KJV, ou a King James Version of the Bible (Bíblia Versão do Rei James).
A Bíblia KJV leva esse nome porque sua tradução para o inglês foi comissionada pelo Rei James I (1566–1625), da Inglaterra. A tradução foi completada em 1611, e neste ano de 2011 ela faz 400 anos! Sobre essa Bíblia, todos os presidentes dos Estados Unidos juraram na posse. Durante séculos, enquanto a Bíblia KJV era levada a sério, tudo foi bem para os Estados Unidos e para a Inglaterra. Seu nível de prosperidade estava diretamente ligado ao grau de importância que davam para ela.
“Righteousness exalteth a nation.” (Provérbios14:34 KJV) A tradução dessa passagem da Bíblia KJV é: “A justiça exalta uma nação”. A história passada dos EUA não é prova disso? George Washington (1732–1799), o primeiro presidente dos EUA, disse: “Sem Deus e a Bíblia é impossível governar com justiça o mundo”. (William Federer, America’s God and Country Encyclopedia of Quotations, pág. 660) Não existe justiça sem Deus e a Bíblia, e isso Washington compreendeu muito bem. Por isso, os Estados Unidos prosperaram sob a presidência dele, e a Bíblia KJV era amplamente lida pelo povo. Aliás, era o livro mais lido nos EUA.
É bem simples: a nação ou família que dá atenção à Bíblia e ao seu Autor prospera e se distingue. Não deu atenção, sofre decadência, como a própria Inglaterra experimentou ao perder o outrora poderoso Império Britânico. Os EUA estão no mesmo caminho. E o Brasil, que está longe de ser uma potência, está determinado a desafiar a Deus ao se aliar aos hostis inimigos islâmicos de Israel.
Os ingleses decadentes de hoje, que estão ocupadíssimos assistindo, de boca aberta, à acelerada colonização islâmica de seu país, não conseguiriam fundar colônias prósperas, porque eles não mais têm o que tinham quatro, três ou dois séculos atrás. Tudo o que sobrou são memórias do passado.
Em 1620, poucos anos depois da tradução da Bíblia KJV em 1611, ingleses evangélicos, mais conhecidos como os Peregrinos, fundaram a primeira colônia no que são hoje os Estados Unidos e criaram, com base na Bíblia, a primeira constituição americana. Na mesma época, o Rei James I já tinha enviado exploradores e soldados ingleses ao rio Amazonas, fundando vários fortes e se preparando para o envio de colonos. Mas os portugueses acabaram massacrando-os.
O que o Brasil perdeu com o extermínio dos ingleses enviados pelo Rei James I? Não sabemos. Mas sabemos o que “ganhamos” ficando com os portugueses, que não tinham nenhuma KJV e não tinham, ao contrário dos colonos ingleses, a consciência de que a leitura da Bíblia deveria ser plenamente acessível ao povo.
Um povo que não lê e estuda a Bíblia é um povo no escuro e vulnerável a toda e qualquer doutrinação e escravidão. Um povo que lê e segue a Bíblia é um povo que avança contra o mal e contra a tirania, seja de que espécie for.
A Bíblia Sagrada ajuda um indivíduo e nação a não se tornarem bobos de exploradores: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Isso explica por que em sua história passada os americanos conseguiram lutar contra impostos exagerados e evitar palhaços na presidência. Mas quando se perdeu o respeito por esse livro sagrado e seu Autor, a presidência dos EUA se tornou mero palco de oportunistas, onde hoje os impostos não param de crescer.
No caso do Brasil, o brasileiro gosta de ver o português como burro. Se isso for verdade, o Brasil então tem um sério problema hereditário. Esse DNA da estupidez garante elevada popularidade para qualquer trambiqueiro que consiga fazer os brasileiros de bobos. Os Tiriricas, os Lulas e as Dilmas não nascem do nada. São fruto de uma herança maldita.
O brasileiro herdou também de Portugal a ambição de viver nas mamas de um governo explorador, em vez de produzir num trabalho independente. E o Estado brasileiro herdou de Portugal a ganância voraz de sobrecarregar os cidadãos com impostos altos e exagerados e de sufocar pequenas e médias empresas livres com cargas opressivas e abusivas de taxas e tributos.
Desgraçadamente, até os líderes cristãos do Brasil alimentam a ambição herdada de Portugal de viver nas mamas do governo! A alma de Portugal paira e reina sobre o Brasil e suas igrejas e, por mais que os brasileiros façam piada de Portugal, não conseguem se livrar de sua herança maldita.
Se Portugal continua motivo de piada no Brasil, lembremo-nos de quem o Brasil é filho.
Como herdeiro de Portugal, o Brasil tem hoje uma região amazônica onde a pobreza predomina em grande parte da população. O Brasil nem sonha em chegar perto da prosperidade que tiveram os EUA no passado. Mas poderia, se a Inglaterra do Rei James I tivesse podido concretizar seu plano de enviar famílias de colonos ao rio Amazonas, com suas KJVs. Afinal, se os colonos ingleses nos EUA tiveram sucesso, por que não no Brasil também? Aliás, quem dera não só o Brasil, mas também a própria Inglaterra e os EUA tivessem hoje esses ingleses de fibra e Bíblia do passado!
Não dá para entender como, mesmo depois que a Bíblia se tornou amplamente acessível no Brasil, os evangélicos brasileiros nunca a deixaram levá-los à mesma postura de ação política que tiveram os primeiros evangélicos dos EUA. Por que eles não aceitavam tiranias e nós até hoje sim?
Eles leram a Bíblia, e agiram contra os lobos, chacais e abutres governamentais. Os americanos de hoje têm muito que aprender com seus antepassados.
Os brasileiros de hoje leem a Bíblia, mas não conseguem agir e muito menos se desacomodar do marxismo no governo, que vem se alastrando de forma assombrosa. Eles são totalmente submissos aos lobos, chacais e abutres, com os quais até bispos e pastores se aliam em troca de favores. Dá para se dizer que eles têm algo para aprender com os portugueses do passado?
Em vez de comemorar 400 anos de KJV e seu extraordinário progresso e liberdade para os EUA, tudo o que o Brasil pode fazer é recordar o que os portugueses fizeram com os ingleses do Rei James I há 400 anos.
Maldito o dia em que Portugal os assassinou no rio Amazonas!
Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Esperança

Primeiro dia útil do ano e não fiz nada! Com a bênção do Senhor choveu o dia inteiro e tem sido assim desde a zero hora desde 2011. Que legal, só assim para descansar um pouco.
Espero sinceramente que agora possamos melhorar muitas coisas aqui no sítio. Tenho muita fé de que tudo comece a caminhar de acordo com o que planejamos. Nosso ano-safra já se iniciou faz tempo... Temos duas colheitas bem próximas: feijão e milho verde. E ainda temos a Torrefação que tem aumentado seu número de clientes e, claro, a granja.
Tantos projetos, tantos sonhos.
Continuar estudando sempre é o objetivo, para nunca esquecer que sempre haverá algo a aprender. Buscar novos desafios com os pés no chão. Creio firmemente que podemos e faremos mais, com a graça de Deus.
Acredito em milagres mas não espero nada cair do céu. A luta é contínua.
Dar o melhor de si é fundamental. Quando olharmos para trás poderemos ver que o melhor foi feito e não há como não se obter resultados com este lema.
A mensagem é de esperança. Não poderia ser diferente.
Otimizar o trabalho, aumentar a renda e superar todas as barreiras. Para no final deste ano, quem sabe, fazer um balanço positivo e dar graças à Aquele que tudo nos provê!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Os desafios de Dilma

O Estado de S. Paulo

Editorial
Inflação, excesso de gasto público, buraco na conta externa e uma enorme carência de investimentos seriam desafios duros para qualquer novo chefe de governo. Mas a presidente que assume hoje, além de cuidar dessa herança maldita, ainda terá de resolver um problema incomum. Recebida a faixa presidencial, faltará assumir de fato a chefia do Executivo e neutralizar a influência e o apego ao poder de seu antecessor e grande eleitor, Luiz Inácio Lula da Silva. Dele dependeu direta ou indiretamente a formação da maior parte do Ministério. Na Pasta econômica mais importante, a da Fazenda, nem sequer foi trocada a figura principal.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, terá de assumir um novo papel, no mesmo cargo, se quiser cumprir as tarefas mais urgentes. Tesoureiro da gastança no segundo mandato do presidente Lula, precisará adotar a política da austeridade para corrigir os excessos do governo anterior.
Ele mesmo, pouco depois de convidado para continuar no posto, havia reconhecido a necessidade de ajuste nas contas públicas. Chegou a falar sobre a possibilidade de atraso do PAC. Foi logo desautorizado pelo presidente Lula. Naquele instante, Lula estava censurando não um membro de seu Ministério, mas o ministro indicado por ele para cuidar das finanças do governo Dilma.
Se o crescimento econômico for reduzido para 4,5% em 2011, como projetam o governo e o mercado, será difícil evitar a austeridade e, ao mesmo tempo, arrumar as contas públicas. A meta fiscal tem sido alcançada graças à ampliação da receita e não ao controle de gastos. Em 2010, o superávit primário acumulado até novembro chegou a 2,74% do PIB, bem longe da meta de 3,1%.
Um novo estilo de política fiscal será importante não só para o ajuste em 2011, mas também para a construção de uma economia mais saudável nos próximos quatro anos. A presidente Dilma Rousseff prometeu baixar a taxa real de juros. Se não quiser recorrer a truques de resultado efêmero, terá de implantar a disciplina financeira, abrindo espaço para uma política monetária mais branda. Mas o abrandamento dificilmente poderá ocorrer em 2011, porque a inflação projetada pelo mercado e pelo Banco Central está acima do centro da meta (4,5%). Os preços das matérias-primas, com alta de 33,57% no ano, indicam fortes pressões.
Moderação no gasto público será fundamental, também, para a redução da carga tributária e, principalmente, de impostos e contribuições sobre o investimento, a produção e a exportação. O governo tem realizado remendos fiscais para dar algum alívio ao setor produtivo, mas com resultados modestos.
O poder de competição nos mercados internacionais, indispensável à manutenção e à criação de empregos, dependerá também de outros fatores, como investimento em infraestrutura. Neste ano, o Tesouro investiu até 25 de dezembro só 58,6% do previsto para isso no orçamento. A maior parte do desembolso correspondeu a restos a pagar. Quanto ao investimento das estatais, foi realizado quase só pela Petrobrás.
No setor externo as projeções para 2011 apontam um déficit em conta corrente na faixa de US$ 64 bilhões a US$ 69 bilhões. O resultado dependerá em boa parte do esforço de exportação, mas um aumento duradouro da competitividade só virá com um amplo conjunto de políticas.
O novo governo terá de buscar o reequilíbrio econômico e, ao mesmo tempo, enfrentar enormes compromissos já assumidos. Caberá ao Tesouro e ao BNDES boa parte dos investimentos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Esses investimentos estão atrasados e provavelmente custarão mais que o previsto.
A tarefa do novo governo ficará incompleta se não for retomada a modernização institucional, necessária tanto à democracia quanto ao sistema produtivo. As reformas política e tributária, itens fundamentais dessa pauta, foram abandonadas pelo presidente Lula, provavelmente por envolverem negociações muito complexas. A presidente Dilma Rousseff deveria colocar essa pauta entre suas prioridades.