quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Carta aberta de Julio Severo: prudência eleitoral

Quinze anos atrás, Marta Suplicy (conhecida na minha cidade de São Paulo como Martaxa Suplício e rainha do movimento homossexual) introduziu, como deputada federal, um projeto de lei para legitimar a união civil homossexual. A proposta, segundo ela, não era legalizar o chamado “casamento” gay, mas apenas tratar de questões como herança, previdência, etc.
Suplicy sabia que seu projeto fatalmente levaria ao “casamento” gay. Mas a bancada evangélica não estava cega à astúcia dela. Até hoje o projeto dela está emperrado, graças ao contínuo esforço da bancada evangélica..
No entanto, os tempos mudaram. O mesmo discurso de defesa de união civil homossexual já não causa repulsa, principalmente quando vem da boca de Marina Silva, que alega ser contra o “casamento” gay. O que Suplicy fazia e alegava há 15 anos, agora Marina repete. O que o público evangélico não aceitou de Suplicy aceita agora de Marina.
Apesar do forte e esotérico apoio de Caio Fábio, Leonardo Boff e Valnice Milhomens, o messianismo político de Marina tende mais para o radicalismo e fanatismo do PT e do PV do que para esferas espirituais. E tende também para discursos ambíguos. Mesmo assim, congregações evangélicas humildes em todo o Brasil estão sendo doutrinadas a votar na “missionária” Marina.
Em sua recente carta aberta, Silas Malafaia também falou de modo muito acertado sobre as incoerências das posturas de Marina. Alio-me a ele nesses questionamentos e o congratulo pela clareza diante das incoerências de Marina. Mas distancio-me da opinião dele quando diz que votará em Serra. A carta dele está aqui: http://www.vitoriaemcristo.org.br/_gutenweb/_site/pdf/carta_mudanca_voto.pdf
Não voto em Serra nem no PSDB por motivo de consciência. Sob o PSDB, foi implantada em São Paulo em 2001 a pior lei anti-“homofobia” do Brasil, e recentemente sob o mesmo PSDB, sob Alberto Goldman (vice de Serra e antigo comunista), São Paulo fortaleceu sua obsessão pró-sodomia. Veja aqui: http://www.abglt.org.br/docs/PlanoLGBT-SP.pdf
Sobre Dilma Rousseff nem é preciso comentar. Ela dará continuidade a um governo pró-sodomia, pró-aborto, anti-Israel, pró-Fidel Castro, pró-Hugo Chavez, etc. Será um governo essencialmente pró-satanás, comprometido com todo tipo de iniquidade.
Para entender os desafios desta eleição, por favor assista a estes dois vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=GZbkctNw5kE
http://www.youtube.com/watch?v=ykUkxwh6RQs
Para entender o atual processo eleitoral, recomendo ler estes dois artigos:
Vinacc lança carta aberta sobre Eleições
http://www.conscienciacrista.com.br/geral/layout.php?subaction=showfull&id=1285348608&archive=&start_from=&ucat=14,15,18,78&
O voto consciente e o exercício da cidadania
http://juliosevero.blogspot.com/2010/09/o-voto-consciente-e-o-exercicio-da.html
O que recomendo então?
Para presidente, não vejo ninguém em quem votar. De uma forma ou de outra, Serra, Marina e Dilma têm compromissos preocupantes com a iniquidade institucionalizada. Pelo menos no meu caso, eu faço assim nas eleições: Digo para Deus que não há em quem votar e voto 7777... Voto em quantos setes for possível. Sete é o número de Deus, é o número da perfeição.
Prefiro fazer isso a deliberadamente colocar um ímpio para me representar.
Mas para outros cargos, há umas poucas opções disponíveis.
Para ajudar você a escolher bem, faço as seguintes recomendações:
1ª opção: Sugestão de candidatos que podem merecer nosso voto: http://brasilsemaborto.com.br/index.php?action=campanha&cache=0.4742984801022597
2ª opção: Em quem não votar: http://blogdehoje.wordpress.com/2010/09/16/em-quem-nao-votar-lista-de-politicos-gayzistas-lista-completa/
Na primeira opção, recomendo avaliar bem, pois o site Brasil Sem Aborto não inclui a posição de candidatos em questões importantíssimas como “casamento” gay e adoção homossexual. Portanto, é preciso conferir se os candidatos escolhidos por eles defendem realmente a família. Na segunda opção, recomendo rejeitar todos os candidatos.
Que Deus use cada um de nós nestas eleições,
Julio Severo
Fonte: http://www.juliosevero.com/

Botox nas contas públicas

O Estado de S. Paulo

Editorial
O governo federal está usando botox nas suas contas. Inventou um jeito de gastar, endividar-se e deixar o resultado fiscal mais bonito. A Petrobrás ainda vai precisar de muitos anos para começar a explorar comercialmente o pré-sal, mas sua capitalização já rende benefícios ao governo. A operação de embelezamento contábil envolve o BNDES e o Fundo Soberano do Brasil (FSB).
O resultado previsto inclui uma receita não tributária de uns R$ 30 bilhões para o Tesouro, a obtenção mais fácil do superávit primário programado para o ano e um resultado neutro no endividamento líquido. A dívida bruta aumentará, naturalmente, mas em Brasília não se dá muita importância a esses detalhes prosaicos da realidade.
O BNDES comprará ações da Petrobrás com financiamento da União. Para conceder esse crédito, o Tesouro foi autorizado a emitir papéis da dívida pública no valor de até R$ 30 bilhões. A emissão foi autorizada pela Medida Provisória n.º 505, assinada em 24 de setembro. O texto saiu no Diário Oficial do dia 27 e foi republicado, com retificação, no dia seguinte.
Com esse empréstimo se realizará a primeira parte da operação. O banco deverá ao Tesouro um montante igual ao valor dos títulos, acrescido de um custo equivalente à Taxa de Juros de Longo Prazo. Assim, a dívida líquida não será aumentada e os analistas, segundo o cálculo do governo, continuarão julgando a situação do Tesouro tão boa quanto antes.
Mas especialistas divergem dessa interpretação. A dívida bruta crescerá e não há como descartar esse fato. O exame das contas públicas, na maior parte dos países, tem como referência a dívida representada por todos os papéis emitidos. É uma questão de bom senso. O governo poderá desperdiçar seus créditos ou simplesmente não recebê-los, mas continuará tendo de pagar a dívida bruta. É essa, compreensivelmente, a perspectiva dos credores.
O outro lance da operação envolve as transações contábeis entre o Tesouro, os agentes financeiros do governo e a Petrobrás. A União vende à empresa 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal, ao preço total de R$ 74,8 bilhões. A Petrobrás paga esse montante ao Tesouro. Ao mesmo tempo, a empresa vende ações no mesmo valor. Mas o Tesouro compra apenas uma parte desses papéis, gastando US$ 45 bilhões. O resto é comprado pelo BNDES e pelo FSB.
A diferença - cerca de R$ 30 bilhões - entre o total vendido pela Petrobrás e a parcela comprada pelo Tesouro é um ganho fiscal para o governo. Esse valor é contabilizado como parte do superávit primário. Com isso, fica muito mais fácil atingir a meta fixada para o ano, um resultado primário equivalente a 3,3% do PIB.
Até julho, o superávit primário de todo o setor público ficou em apenas 2% do PIB, por causa do grande aumento dos gastos governamentais. O resultado teria sido pior, se os lucros das estatais não reforçassem as contas. Mas o ministro da Fazenda e o secretário do Tesouro têm reiterado sua confiança na obtenção do resultado fiscal programado para o ano. Mas essa previsão não se baseia num plano de contenção dos gastos do governo.
Ao contrário, o Tesouro deverá continuar gastando livremente nos próximos meses. Novas despesas foram autorizadas há poucos dias, com base numa reavaliação da receita e na expectativa de um resultado um pouco menos negativo nas contas da Previdência. Um governo comprometido com a austeridade aproveitaria essa oportunidade para ajustar suas contas. Nem seria necessário um sacrifício significativo. Bastaria não gastar o dinheiro extra.
A nova transferência de até R$ 30 bilhões será somada aos R$ 180 bilhões emprestados ao BNDES pelo Tesouro desde o ano passado. Numa declaração recente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dado por encerradas essas operações de ajuda ao banco. Talvez estivesse sendo sincero naquela ocasião. Nesse caso, terá mudado de ideia com uma rapidez notável. Mas isso é compreensível. Estranho, mesmo, seria o governo adotar uma política fiscal mais séria neste momento.
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=24208&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-09-29

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quem manda nesta coisa

Olavo de Carvalho

É esse o homem que hoje, diante de acusações mais que justas - e dirigidas nem mesmo a ele, mas à sua candidata -, choraminga, num show de autopiedade histérica, que levou mais chibatadas que Jesus Cristo e, ao mesmo tempo que clama pelo controle estatal da mídia.
As denúncias que hoje circulam contra o PT, e que tanto enfurecem o sr. Presidente da República, não se comparam, em número e virulência, às que o próprio PT espalhou na mídia e alardeou no Parlamento, ao longo de vinte anos, destruindo ou subjugando as lideranças políticas que pudessem se opor aos seus intentos.
Se hoje um Collor, um Sarney, um Maluf e inumeráveis líderes empresariais beijam a mão do presidente da República (como até o valentão Antônio Carlos Magalhães chegou a beijá-la pouco antes de morrer), é porque o partido dele lhes mostrou quem é o chefe, quem é que manda nesta coisa. E o mostrou a gritos e cusparadas, à força de acusações escabrosas, ameaças e escândalos fabricados, tão numerosos e persistentes que os anos 90 ficariam marcados como a década da bandalheira se depois não viessem o Mensalão, os dólares na cueca, os assassinatos dos prefeitos de Campinas e Santo André, etc. etc., reduzindo a corrupção anterior à escala de roubo de chicletes na cantina da escola.
Ao queixar-se da mídia, o sr. Presidente se esquece de que foi ela a sua principal aliada não só na destruição maciça de reputações perigosas, mas na construção da imagem do PT como paladino da justiça, sem o que jamais esse partido poderia ter chegado ao poder em 2002 nas asas da "Campanha pela Ética na Política", uma apoteose de denuncismo e moralismo hipócrita como raramente se viu.
Sem a transformação da mídia inteira em instrumento da indústria petista do escândalo, o sr. Presidente não teria chegado a ser o sr. Presidente: seria o derrotado de sempre até o momento em que seu partido, superando a repugnância da esquerda pela tradição udenista de combate à corrupção, descobriu o poder criador da difamação e da calúnia.
Longe de tratar o sr. Presidente a chicotadas, como ele se queixa, a mídia, que o criou, sempre procurou poupá-lo e afagá-lo. Vocês já se esqueceram do petismo desbragado da Globo, a mais poderosa rede de TV do País, onde até poucos anos atrás não se podia falar do "presidente operário" sem voz embargada e lágrimas mal contidas de comoção cívica?
Naquela época, o sr. Lula não falava de "mídia golpista" nem se queixava de que "oito famílias" monopolizavam a imprensa deste país. Ele deixava isso para os "radicais", para os jovens enragés que rosnavam no fundo do porão da esquerda, enquanto ele, apadrinhado e beneficiário número um do monopólio, brilhava no palco com a nova identidade tranquilizante de "Lulinha Paz e Amor", pronto a imitar mais tarde o discurso dos enfezados, quando o fim do segundo mandato lhe desse certeza de não precisar mais da ajuda dos protetores de ontem.
Em setembro de 2004 escrevi: "No tempo de Collor, a conversa vagamente suspeita entreouvida por um motorista indiscreto desencadeou a mais vasta investigação que já se fez contra um presidente. Hoje em dia, seis testemunhas mortas no caso Celso Daniel não abalam em nada a reputação de governantes ungidos pelo dom da inatacabilidade intrínseca."
Referindo-me às CPIs de 1993, quando os srs. Dirceu e Mercadante berravam acusações do alto das tribunas como se fossem reencarnações de Marat e Robespierre, prossegui: "É impossível não perceber, hoje, que tudo isso foi apenas um pretexto para aplanar a estrada para o PT, colocá-lo no poder e nunca mais fazer perguntas, aceitando dos novos patrões, com docilidade incuriosa e muda, condutas muito mais suspeitas e extravagantes que as de todos os seus antecessores."
Assim foi em todos os escândalos do governo Lula. Por mais que se revelassem os crimes dos aliados e colaboradores mais próximos do sr. Presidente, o cuidado obsessivo da mídia era um só: preservar a pessoa dele, aceitar como cláusula pétrea do jornalismo nacional a hipótese louca de que ele nunca, nunca sabia de nada.
É esse o homem que hoje, diante de acusações mais que justas - e dirigidas nem mesmo a ele, mas à sua candidata -, choraminga, num show de autopiedade histérica, que levou mais chibatadas que Jesus Cristo e, ao mesmo tempo que clama pelo controle estatal da mídia, diz que o exercício do mero direito de cobrar explicações do seu partido é "uma ameaça à liberdade de imprensa".
Vejam a enxurrada de livros investigativos que espalharam acusações temíveis contra Fernando Collor, contra os militares, contra o Congresso, contra as empreiteiras, e comparem-na ao destino do livro que ousou provar a responsabilidade do sr. Presidente no caso do Mensalão: "O Chefe", de Ivo Patarra, não encontrou um só editor com coragem para publicá-lo. Circula pela internet, como um sussurro proibido.
Liberto de adversários substantivos e elevado ao posto supremo da Nação pelos bons serviços da mídia, esse homem se acostumou de tal modo à subserviência da classe jornalística que já não suporta da parte dela a menor desobediência. E de nada adianta apelar à "opinião pública". Ele, e só ele, é a opinião pública.
Mas, afinal, quem criou as condições para isso foi a própria mídia. Invertendo o senso moral normal, que desprezava os medalhões de cabeça oca e louvava os pobres estudiosos, ela convenceu o país inteiro de que a coisa mais linda, mais louvável, mais meritória, é subir na vida permanecendo analfabeto. Se você cria um monstrengo desses, não tem muito direito de reclamar quando ele, inflado dos aplausos imerecidos com que você mesmo o alimentou, manda você calar a boca e proclama que quem manda é ele
http://www.midiasemmascara.org/artigos/eleicoes-2010/11463-quem-manda-nesta-coisa-.html

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Em ano ruim, agronegócio pode salvar contas externas do país

A exportação de cana trará us$ 12 bi, a de laranja, us$ 2 bi, a de carne bovina, us$ 5 bi, a de café, us$ 5 bi. É provável que o agronegócio traga mais de us$ 70 bi ao país neste ano.
Quero compartilhar com o leitor da Folha um incômodo. Por interesses distintos e por falta de conhecimento, insiste-se em contrapor no Brasil três coisas que não são contrapostas e que atrapalham nosso planejamento e nosso desenvolvimento.
A primeira é "agricultura contra ambiente" ou "ruralistas contra ambientalistas".
O agricultor tem de ser ambientalista.
A segunda é "agricultura familiar contra agricultura empresarial".
Passa a impressão de que, se é familiar, não pode ser empresarial. Se é assentado, o agricultor não pode ser competitivo.
No Brasil, existe uma só agricultura, a líder mundial. Somos também um caso raro de país que tem dois ministérios para o mesmo assunto.
A terceira é a ignorância em relação ao conceito de agronegócio. Somos obrigados a ver propaganda eleitoral dizendo que "somos contra o agronegócio, contra a opressão, contra a violência..." e contra tudo o que gera renda -provavelmente a favor apenas da perpetuação da miséria.
É importante que essas lideranças que criticam o agronegócio entendam que esse conceito foi criado em 1957 nos Estados Unidos (apenas em 1990 no Brasil) para dar o caráter de integração à agricultura.
Agricultura integrada com o comércio, com a indústria, com os serviços, com a pesquisa, com os insumos e com os produtores.
Na definição, não existe a palavra "tamanho". É preciso entender que agronegócio não significa algo grande, e sim algo "integrado". Há dez anos festejávamos quando uma cadeia produtiva passava do US$ 1 bilhão em exportação. Éramos o gigante adormecido. Neste ano, que será desastroso para as contas externas, o país pode ser salvo pelo agronegócio. A cana trará US$ 12 bilhões, a laranja, US$ 2 bilhões, a carne bovina, US$ 5 bilhões, o café, US$ 5 bilhões.
E ainda temos o frango, o papel e a celulose, as frutas, o fumo, os couros, o milho, os lácteos e muitos outros.
É provável que entrem mais de US$ 70 bilhões em 2010. E, nos próximos dez anos, o agronegócio trará mais, devido ao consumo mundial de alimentos e graças à distribuição da renda.
O agronegócio brasileiro vem conquistando respeito internacional. Todos querem saber mais para entender o que fizemos e nossa capacidade de suprir o mundo de alimento e energia renovável de maneira sustentável.
Exemplo é a reportagem feita pela revista "The Economist" em 26 de agosto, que diz que "o mundo está enfrentando uma crise na produção de alimentos e deveria aprender com o Brasil".
O agronegócio gera renda para ser distribuída no Brasil. É um setor que merece respeito e admiração.

Folha de S. Paulo
MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento na FEA/USP (Campus de Ribeirão Preto) e coordenador científico do Markestrat.
Internet: www.favaneves.org
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=24023&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-09-25

A arrogância é o grande risco

O governo Lula tem mostrado arrogância ímpar ao pretender enganar a sociedade por meio da manipulação dos resultados fiscais. Em sua arrogância, o governo parte do princípio de que ninguém vai se dar conta da perda consistente de qualidade da gestão das finanças públicas, todos se deixando enganar pelos "maravilhosos" resultados divulgados pelo governo. São várias as evidências do processo de gradual e lenta destruição do edifício de responsabilidade fiscal construído ao longo dos últimos anos. Como exemplos, vale mencionar as exceções à legislação fiscal e, principalmente, o uso e abuso da contabilidade criativa na apuração dos principais indicadores de acompanhamento das finanças públicas.
A recém-editada Medida Provisória (MP) n.º 500 ilustra bem o absurdo a que chegou a gestão das finanças públicas no Brasil. Ao autorizar que a União vendesse receitas futuras da Eletrobrás para o BNDES, a citada MP criou artificialmente receitas primárias para o Tesouro, para auxiliar no fechamento das contas em agosto. O mais grave é que o dinheiro utilizado pelo BNDES para fazer tal aquisição veio dos cofres do próprio Tesouro, que desde o ano passado vem fazendo generosos aportes ao banco sob a forma de capital e de empréstimos, com recursos oriundos de emissão de dívida pública. Além disso, o mesmo instrumento legal embute outro mecanismo de criação artificial de resultados, caso o Tesouro não utilize integralmente os recursos da cessão onerosa à Petrobrás dos direitos de exploração das reservas do pré-sal na subscrição de ações da empresa.
Como se observa, a referida MP formaliza a criação de um verdadeiro motoperpétuo de geração de resultados fiscais primários, a partir do aumento do endividamento, o que torna as contas públicas ainda mais opacas. Vale ressaltar que a transparência dos resultados fiscais já se encontrava bastante prejudicada pelo uso de abatimentos contábeis dos gastos do PAC e pela expansão da dívida bruta para suprimento de recursos ao BNDES.
Com isso o governo se julga capaz de seguir expandindo seus gastos, sem se preocupar com a repercussão da divulgação de resultados fiscais ruins. Ocorre que tudo isso são artificialismos contábeis que não têm o condão de alterar a natureza real do processo de piora da qualidade das contas públicas no Brasil. O que é certo é que o real superávit fiscal tem minguado nos últimos anos, por força da expansão desmedida da despesa pública.
Outro recente atentado à responsabilidade fiscal foi a brecha aberta pelo governo na legislação vigente para permitir a contração, pelas cidades-sede de jogos da Copa do Mundo de 2014, de financiamentos vinculados às obras necessárias à realização do torneio. O afrouxamento dos limites de endividamento é um preocupante precedente que abre o caminho para novas exceções, todas elas justificáveis com "bons argumentos", como o utilizado no caso da Copa.
Agrava esse quadro a crescente tendência de expansão da participação do Estado na economia, com a criação ou ressurreição de empresas estatais em variados setores da atividade empresarial. Não apenas tais projetos estatizantes são equivocados sob o ponto de vista da eficiência econômica, como também ensejam riscos fiscais elevados, como ensina nossa experiência histórica. Afinal de contas, grande parte dos esqueletos fiscais no Brasil foi gerada pela atuação equivocada de empresas estatais em projetos mirabolantes de baixo retorno econômico.
Esse quadro de deterioração fiscal, se não revertido a tempo, trará prejuízos macroeconômicos sérios, em que pese o emprego de expedientes variados para mascarar o aumento do gasto. Em algum momento os agentes econômicos vão perceber que o rei está nu e o ambiente hoje favorável se reverterá para um de crescente desconfiança quanto à manutenção da estabilidade da economia no futuro. Com isso as perspectivas de crescimento da economia ficarão comprometidas.
O Estado de S. Paulo
Gustavo Loyola
Sócio Diretor da Tendências Consultoria, foi presidente do Banco Central

http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=24008&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2010-09-25

domingo, 26 de setembro de 2010

Início de uma nova etapa

Ontem iniciei mais uma etapa em minha vida. Estou começando a subir mais um degrau na minha escada acadêmica. Fiquei chateada porque meu amor não está comigo ainda, mas se Deus quiser, ainda existe uma chance, só preciso que alguns desistam porque ele está nas vagas de espera.
Passei o dia todo na primeira aula presencial da  minha Pós-Graduação em Educação Ambiental pela UFLA. Gostei muito dos professores, do conteúdo, enfim, do conjunto elaborado por uma das melhores faculdades federais do Brasil.
Quero me dedicar e aproveitar ao máximo esta oportunidade.
Adquirir conhecimento em todas as instâncias sempre foi um lema para mim. Como dizia minha vó: "Saber não ocupa lugar!" Sei que devo muito aos meus pais também. Imagino se meu pai estivesse aqui comigo, como ele estaria orgulhoso e contando para os seus amigos da filha que sempre busca o sucesso.
À minha mãe devo mais ainda. Pois ela sempre me incentivou e principalmente, me financiou em todos os meus primeiros empreendimentos tais como como Informática (lembra do MS-DOS? foi o primeiro curso que fiz há quase 20 vinte anos!), Inglês, cursinho no Objetivo... Sem ela seria mais difícil. Obrigada, mamãe!
É só mais passo dos muitos que ainda pretendo caminhar e  chegar talvez a um mestrado. Basta dedicação e estudo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dia de Pescaria

Ao entardecer estávamos pescando e num clima muito agradável resolvemos esticar. Ligamos o holofote, fiz uns tira-gostos, meu amor bebendo cerveja e eu na minha Coca-Cola. Passamos bons momentos.
A semana foi um tanto dura, mas consegui a vaga na pós-graduação de Educação Ambiental que eu já tinha procurado tanto em uma faculdade federal, neste caso, UFLA, que melhora meu CV e aumenta meu conhecimento.
Pena que meu amor ficou na lista de espera. Torçam comigo para que 14 pessoas desistam! Como sempre fazemos tudo juntos eu gostaria muito que pudéssemos realizar mais este projeto.
Vamos agora relaxar e descansar neste final de semana. Porque a próxima promete...
Como não conseguimos instalar a irrigação devido a N problemas, e jeito é esperar pela chuva e plantar logo.
A primavera chegou e com ela minhas dulcíssimas amoras. Todo dia uma festa de passarinhos de todas as cores e cantos. Tem situações que só aqui mesmo para vivenciarmos, absorvendo o melhor deste contato direto com a natureza e nestes momentos sempre penso no meu pai. Sinto muita falta dele...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ato Insensato

Dora Kramer
O Estado de S.Paulo
O PT quer constranger os veículos de comunicação. É nítida a intenção de fazer com que a imprensa pegue mais "leve" em relação aos fatos novos de cada dia sobre corrupção, nepotismo, empreguismo e o uso partidário do espaço público no governo Luiz Inácio da Silva.
O presidente fala alto e fala grosso na tentativa de levar jornais, revistas e emissoras a acharem "melhor" deixar esses assuntos para depois da eleição a fim de não serem acusados de favorecer candidaturas de oposição.
Como se fosse aceitável suspender os fatos para não atrapalhar os atos de interesse oficial.
A ofensiva é tão agressiva que leva a pensar se não se trata de medida preventiva contra algo que seja do conhecimento do presidente e os demais brasileiros ainda ignoram.
De outro modo não se pode explicar com argumentos minimamente razoáveis a fúria e o desassombro que tomam conta de Lula e companhia.
Zangado poderia estar José Serra, cuja candidatura é dada como morta e enterrada todos os dias nos meios de comunicação, nunca o presidente Lula, cujo plano de eleger Dilma Rousseff se materializa com pleno êxito.
A imprensa, no caso de Serra, lida com informações transmitidas pelas pesquisas e estas mostram uma dianteira mais do que significativa de Dilma. É o que registram os jornais, as rádios e as televisões: se as eleições fossem hoje, ela estaria eleita em primeiro turno.
Da mesma forma acompanham o desenrolar dos demais acontecimentos: quebras de sigilo fiscal, confecção de dossiês, violação da legalidade por parte do governo em geral e do presidente em particular e mais recentemente a descoberta da central de negócios montada na Casa Civil sob a gerência de Erenice Guerra, a segunda na hierarquia durante a gestão de Dilma e sua substituta depois da saída para a campanha eleitoral.
Disso temos as seguintes consequências: dois inquéritos na Polícia Federal, sindicância na Receita Federal, dois indiciamentos na PF por causa das quebras de sigilo, demissão do primeiro (Luiz Lanzetta) encarregado da comunicação no comitê de Dilma Rousseff, sete multas da Justiça Federal ao presidente da República e cinco demissões de funcionários em função do escândalo Erenice.
Pois diante de tantas informações concretas, Lula afirma e dá fé pública que a imprensa "mente" e "inventa". Ora, se mesmo vitorioso o presidente acha que é preciso valer-se de sua popularidade para ele sim maquiar a realidade é porque vê razões para isso.
Ou teme o que ainda poderia vir por aí e por isso tenta desqualificar a imprensa ou não tem tanta certeza de que o resultado das urnas seja esse mesmo que indicam as pesquisas e por isso se arrisca a um fim de mandato melancólico jogando seu prestígio num lance de pura, e injustificável, histeria.
Até agora o presidente não condenou. Lícito, portanto, presumir que avalize a decisão do PT de organizar um ato público contra a imprensa. Na verdade, convocado sob inspiração presidencial.
O ato seria apenas uma manifestação normal de um grupo que defende determinada posição, não fosse pelo envolvimento do governo na questão. Sendo, é caso de abuso de poder, improbidade e ataque à Constituição.
De acordo com que argumentam os organizadores da manifestação, é preciso reagir "à tentativa da velha mídia de forçar um segundo turno".
Alto lá, a eleição ainda não aconteceu. Como, forçar? Segundo a lei o processo eleitoral em colégios de mais de 200 mil habitantes é composto de dois turnos e o primeiro ainda não aconteceu. Se for necessário ocorrer o segundo, onde está a ilegalidade, o golpismo?
Se alguém está querendo forçar alguém é o governo que usa a sua força - monumental, no presidencialismo imperial brasileiro - para sufocar o contraditório.
Volver. Se Lula olhar bem a lista de signatários do manifesto em defesa da democracia - Hélio Bicudo, d. Paulo Evaristo Arns, Ferreira Gullar, Paulo Brossard -, notará que há 30 anos era gente que sustentava o início de sua trajetória.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100923/not_imp614015,0.php

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Lula é um fenômeno religioso

 Arnaldo Jabor
 O Estado de S.Paulo
Lula não é um político - é um fenômeno religioso. De fé. Como as igrejas que caem, matam os fiéis e os que sobram continuam acreditando. Com um povo de analfabetos manipuláveis, Lula está criando uma igreja para o PT dirigir, emparedando instituições democráticas e poderes moderadores.
Os fatos são desmontados, os escândalos desidratados para caber nos interesses políticos da igreja lulista e seus coroinhas. Lula nos roubou o assunto. Vejam os jornais; todos os assuntos são dele, tudo converge para a verdade oficial do poder. Lula muda os fatos em ficção. Só nos resta a humilhante esperança de que a democracia prevaleça.
Depois do derretimento do PSDB, o destino do País vai ser a maçaroca informe do PMDB agarrada aos soviéticos do PT, nossa direita contemporânea. Os comentaristas ficam desorientados diante do nada que os petistas criaram com o apoio do povo analfabeto. Os conceitos críticos, como "razão, democracia, respeito à lei, ética", ficaram ridículos, insuficientes raciocínios diante do cinismo impune.
Como analisar com a Razão essa insânia oficial? Como analisar o caso Erenice, por exemplo, com todas as provas na cara, com o Lula e seus áulicos dizendo que são mentiras inventadas pela mídia? Temos de criar novos instrumentos críticos para entender esta farsa. Novos termos. Estamos vendo o início de um "chavismo light", cordial, para que a "massa atrasada" seja comandada pela "massa adiantada" (Dilma et PT). Os termos têm de ser mudados. Não há mais "propina"; agora o nome é "taxa de sucesso". A roubalheira se autonomeia "revolucionária" - assalto à coisa pública em nome do povo. O que se chamava "vítima" agora se chama "réu". Os escândalos agora são de governos inteiros roubando em cascata, como em Brasília, Rondônia e Amapá - são "girândolas de crimes". Os criminosos são culpados, mas sabem tramar a inocência. O "não" agora quer dizer "sim".
Antigamente, se mentia com bons álibis; hoje, as tramoias e as patranhas são deslavadas; não há mais respeito nem pela mentira. Está em andamento uma "revolução dentro da corrupção", invadindo o Estado em nossa cara, com o fito de nos acostumar ao horror. Gramsci foi transformado em chefe de quadrilha.
Nunca antes nossos vícios ficaram tão explícitos, nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Já sabemos que a corrupção no País não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime; é a norma mesmo, entranhada nos códigos e nas almas. Nosso único consolo: estamos aprendemos muito sobre a dura verdade nacional neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Por exemplo: ganhamos mais cultura política com a visão da figura da Erenice, a burocrata felliniana, a "mãe coragem" com seus filhos lobistas, com o corpinho barbudo do Tuminha (lembram?), com o "make-over" da clone Dilma (que ama a ex-Erenice, seu braço direito há 15 anos), com o silêncio eufórico dos Sarneys, do Renan, do Jucá... Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!
Ao menos, estamos mais alertas sobre a técnica do desgoverno corrupto que faz pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, esgotos à flor da pele, tudo proclamado como plano de aceleração do crescimento popular.
Nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades imundas, mas fecundas como um adubo sagrado, belas como nossas matas, cachoeiras e flores.
Os canalhas são mais didáticos que os honestos. Temos assistido a um show de verdades mentirosas no chorrilho de negaças, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Como é educativo vermos as falsas ostentações de pureza para encobrir a impudicícia, as mãos grandes nas cumbucas e os sombrios desejos das almas de rapina. Que emocionante este sarapatel entre o público e o privado: os súbitos aumentos de patrimônio, filhinhos ladrões, ditadura dos suplentes, cheques podres, piscinas em forma de vaginas, despachos de galinhas mortas na encruzilhada, o uísque caindo mal no Piantela, as flatulências fétidas no Senado, as negaças diante da evidência de crime, os gemidos proclamando "honradez" e "patriotismo".
Talvez esta vergonha seja boa para nos despertar da letargia de 400 anos. Através deste escracho, pode ser que entendamos a beleza do que poderíamos ser!
Já se nos entranhou na cabeça, confusamente ainda, que enquanto houver 20 mil cargos de confiança no País, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse código penal, nunca haverá progresso.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas, sem saneamento, com o Lula brilhando na TV, xingando a mídia e com todos os mensaleiros, sanguessugas e aloprados felizes em seus empregos e dentro do ex-partido dos trabalhadores. E é espantoso que este óbvio fenômeno político, caudilhista, subperonista, patrimonialista, aí, na cara da gente, seja ignorado por quase toda a intelligentsia do País, que antes vivia escrevendo manifestos abstratos e agora se cala diante deste perigo concreto que nos ronda. No Brasil, a palavra "esquerda" ainda é o ópio dos intelectuais.
A única oposição que teremos é o da imprensa livre, que será o inimigo principal dos soviéticos ascendentes. O Brasil está evoluindo em marcha à ré! Só nos resta a praga: malditos sejais, ó mentirosos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, e vos devorem a alma.
Os soviéticos que sobem já avisaram que revistas e jornais são o inimigo deles.
Por isso, "si vis pacem, para bellum", colegas jornalistas. Se quisermos a paz, preparemo-nos para a guerra.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100921/not_imp612779,0.php

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Chefe Supremo e a Casa Vil

Outra vez depois do almoço, sempre suando a camisa num palanque a muitas léguas do local do emprego, o presidente Lula incorporou neste sábado o companheiro Hugo Chávez e, em mau português, sucumbiu a outro surto de autoritarismo bolivariano: “Nós não precisamos de formadores de opinião, nós somos a opinião pública”, exaltou-se no comício em Campinas, consumido em desatinos contra a imprensa independente. Estava especialmente irritado com a reportagem de capa de VEJA, mas evitou identificar o alvo com todas as letras. Se o fizesse, teria de dizer alguma coisa sobre o que a revista descobriu e divulgou.

Como José Dirceu na segunda-feira, Lula fez de conta que o problema do Brasil é a liberdade de imprensa. Imprensa livre e notícia correta são soluções. O problema, não o único, é a liberdade dos bandidos de estimação, que se valem do salvo-conduto garantido pelo Padroeiro dos Pecadores Companheiros para espancar a lei impunemente. Indignado com a revelação de que os gatunos agora embolsam propinas até em salas do Palácio do Planalto, o Brasil que presta exige a punição dos delinquentes. Atropelado pela descoberta de que a roubalheira continua comendo solta um andar acima do que deveria frequentar com muito mais assiduidade, o presidente tenta matar o mensageiro.
Como todo governante primitivo, Lula odeia a liberdade de imprensa. Mas tem um motivo adicional para sonhar com a erradicação do que chama de “formadores de opinião”: a existência de gente com autonomia intelectual reitera o tempo todo que a unanimidade é inalcançável — mesmo por quem se considera emissário da Divina Providência. O presidente talvez morra sem saber que os governos passam e as discurseiras são esquecidas, mas a palavra escrita fica.
Daqui a muitos anos, os interessados em compreender estes tristes tempos não perderão tempo com improvisos eleitoreiros, versões cafajestes, álibis mambembes ou hinos ao cinismo. Vão procurar a verdade que estará nos textos publicados por jornais e revistas que não se sujeitaram à Era da Mediocridade. A releitura das três últimas edições de VEJA, por exemplo, será suficiente para atestar que a Casa Civil foi rebaixada a covil da família da ministra Erenice Guerra — infâmia que reafirmou a lição antiga como o mundo: a cabeça e a alma de um governante se traduzem nas escolhas que faz.
Como registrou a coluna do ótimo Ricardo Setti, a chefia do ministério mais importante da República foi quase sempre confiada a juristas notáveis, articuladores sagazes ou administradores públicos brilhantes. Lula escolheu, sucessivamente, um farsante, uma nulidade e uma delinquente. Por ter escolhido três afrontas, deve-se debitar na conta do presidente a gangrena que surgiu com José Dirceu, expandiu-se com Dilma Rousseff e, depois de Erenice, tornou inadiável a amputação de uma sílaba da Casa Civil. Três ministros e cinco escândalos depois, hoje só existe a Casa Vil.
Nomeado por Lula, José Dirceu produziu em 2004 o vídeo protagonizado pelo amigo íntimo Waldomiro Diniz e, no ano seguinte, estrelou o escândalo do mensalão. Nomeada por Lula, Dilma Rousseff, em parceria com a melhor amiga Erenice Guerra, fabricou o dossiê contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso e se enrascou na história do suspeitíssimo encontro com Lina Vieira. Grávida de confiança e gratidão, a doutora em nada fez questão de ser substituída por Erenice. Nomeada por Lula, a advogada de porta de cadeia completou o serviço iniciado quando virou secretária-executiva.
Seis anos antes de saber que o braço direito de Dilma Rousseff transformou o gabinete no Planalto em arma dos muitos crimes e esconderijo, o Brasil soube que o braço direito de José Dirceu embolsava propinas para facilitar negociatas. “Um por cento é pra mim”, balbucia Waldomiro Diniz para o bicheiro Carlinhos Cachoeira no vídeo inverossímil divulgado pela TV. Velho amigo de Dirceu, o vigarista promovido a assessor para Assuntos Parlamentares da Casa Civil protagonizou o primeiro dos escândalos que o presidente, com a cumplicidade ativa da companheirada e nas barbas de um Brasil abúlico, tentou criminosamente acobertar.
A bandalheira inaugural desenhou a fórmula que seria utilizada nas seguintes. Pilhado em flagrante, Waldomiro pôde redigir em sossego o pedido de exoneração. Oficialmente, não foi demitido. Saiu porque quis, como Erenice agora. Saiu como sairia Dirceu em agosto de 2005, quando as investigações sobre o escândalo do mensalão revelaram que o chefe da Casa Civil era sobretudo o chefe da “organização criminosa sofisticada” que a Procuradoria Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal e os ministros prometem julgar em 2011. Ou mais tarde. Depende da coluna cervical do ministro Joaquim Barbosa.
O escândalo da Casa Civil avisa que a gula dos ladrões se agigantou com o incessante aparelhamento da máquina estatal. Erenice só precisou da lista de telefones e endereços para escancarar aos parentes as portas dos Correios, da Anac, da Infraero e do BNDES. Já desbastara o caminho do cofre quando era tecnicamente subordinada a Dilma Rousseff. Se não soube de nenhuma pilantragem da vizinha de sala e acompanhante, a sucessora que Lula inventou é inepta. Se soube, é cúmplice. Não existe uma terceira opção.
Erenice é Dilma. E as duas são Lula. Foi ele quem nomeou os inquilinos do gabinete desonrado. É ele o fundador e o chefe supremo da Casa Vil. O Ministério Público e o Poder Judiciário precisam acordar, antes que a nação anestesiada perca de vez os sentidos e a democracia entre em estado de coma.
Augusto Nunes
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

sábado, 18 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

França ataca acordo com o Mercosul

Duas semanas depois de o ministro da Indústria da França, Christian Estrosi, defender o protecionismo econômico, agora o ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, vai mais longe: ele garantiu aos produtores rurais que a França vai lutar contra o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, cujas negociações estão em andamento nesta semana. A justificativa: "A Europa não é o lixão de produtos agrícolas da América do Sul".
As declarações foram feitas em Rennes, onde se realizava um salão de agricultura. Le Maire foi recebido por militantes de sindicatos agrícolas, que protestavam contra a queda da renda dos produtores rurais. Enquanto os sindicalistas entravam em confronto com a polícia, o ministro discursou para líderes rurais.
Na saída do encontro, Le Maire falou à imprensa. Defendeu uma "Europa firme" nas negociações entre a União Europeia e o Mercosul visando a um acordo de livre comércio, garantindo que pelo menos 15 países do bloco evitarão assiná-lo. "O agricultor não é moeda de troca. Não iremos adiante nas negociações com a Organização Mundial do Comércio (OMC), nem nas negociações com o Mercosul."
A seguir, Le Maire deixou claro que a resistência da França tinha endereço: "A Europa não é o vertedouro dos produtos agrícolas da América do Sul". Em referência indireta, o ministro do governo de Nicolas Sarkozy ainda ironizou o Brasil, país para o qual o Palácio do Eliseu tenta vender 35 aviões de caça fabricados na França, em decisão que segue na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não podemos trocar carne bovina por Rafales."
Além de descartar o acordo com o Mercosul, o ministro ainda anunciou novos subsídios aos produtores franceses. Pecuaristas receberão nos próximos três anos 300 milhões em subsídios. O objetivo é reduzir as perdas agrícolas do país, onde a renda média teria caído 50% em 2009, segundo afirmam sindicatos e o Ministério da Agricultura.
Ao Estado, um assessor de Le Maire afirmou que as posições do ministro são apoiadas por 15 países da UE . "A Europa já enfrenta um déficit na balança comercial agrícola de 25 bilhões em favor dos países do Mercosul", disse assessor. Contatada, a assessoria do Palácio do Eliseu não retornou aos pedidos de esclarecimentos sobre a posição do ministro.
O Estado de S. Paulo

Andrei Netto
EMAIL: noticiasdodia@cna.org.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Por que não sou socialista

Por que não sou socialista

Acordo de livre comércio sai em 2011

A União Europeia está confiante que conseguirá fechar um acordo de livre comércio com o Mercosul até meados de 2011. "Esperamos fechar um acordo dentro de um prazo razoável, até meados do próximo ano", afirmou na tarde desta terça-feira (14), o Comissário para Comércio da UE, Karel de Gucht. As declarações do novo comissário foram dadas após encontros, em Brasília, com os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Gucht reconhece que ainda existem dificuldades consideráveis entre os 2 blocos econômicos para se chegar a uma proposta definitiva de livre comércio. Agricultura e propriedade intelectual são alguns dos temas que emperram as conversas entre os 2 lados. Ainda assim, o comissário mostrou-se confiante na possibilidade das negociações caminharem, a partir de agora, para um desfecho mais concreto. "O clima geral mudou e o que vejo é uma abertura para as discussões", afirmou Gucht.
As negociações entre Mercosul e União Europeia ficaram suspensas por 5 anos e só foram retomadas em maio. Uma primeira rodada de negociações foi feita em julho e, entre os dias 11 e 15 de outubro, um novo encontro ocorrerá em Bruxelas. No entender de Gucht, os 2 blocos têm condições de apresentar suas ofertas até o fim do ano. Com isso, os negociadores teriam a primeira metade de 2011 para aparar arestas e fazer o desenho final do acordo. O fracasso das negociações da Rodada Doha, que sucumbiu em julho de 2008, é um dos elementos que sustentam o otimismo de Gucht em relação à possibilidade de União Europeia e Mercosul conseguirem fechar um acordo de livre comércio.

Na avaliação do comissário, a importância dada à Doha em 2004 foi um dos fatores que contribuíram para que as negociações entre os 2 blocos fossem suspensas naquele ano. Além disso, a situação econômica mundial também sofreu bruscas alterações ao longo do período, o que contribui para que um acordo seja fechado agora. Além da rápida visita aos ministros, Gucht se encontrou com empresários em São Paulo. Depois o comissário seguiu para a Argentina.
Renato Andrade
A Gazeta
http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=7095&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2010-09-15 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pesquisa orienta produtor a minimizar efeitos do fenômeno La Niña: O fenômeno climático

La Niña causa sérios efeitos na agricultura

Créditos: Ceptec
A previsão de chuvas irregulares e abaixo da média histórica – ocasionadas pelo fenômeno La Niña – pode trazer riscos à atividade agrícola para as culturas de verão. Em texto publicado no Sistema de Alerta, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) orientam produtores e técnicos a reduzir perdas em Soja, em decorrência desse fenômeno climático.
O texto reúne algumas orientações técnicas como definição de época de semeadura de Soja, escolha de cultivares, manejo de pragas e doenças, além dos benefícios do tratamento de sementes com fungicidas.
Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja, Divania de Lima, para minimizar os riscos de perda de produtividade os produtores podem adotar práticas como o escalonamento de épocas de semeadura, aliada a utilização de cultivares de diferentes ciclo de maturação.
"Utilizando essas práticas o produtor terá num mesmo período lavouras em diferentes estádios de desenvolvimento, evitando assim que o déficit hídrico atinja toda a lavoura em fases críticas de desenvolvimento, como por exemplo no enchimento de grãos", explica a pesquisadora Divania.
O extensionista da Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), Nelson Harger, lembra que as áreas de plantio direto bem-estruturadas têm menor probabilidade de prejuízo com a estiagem. "Isso porque esses solos têm maior capacidade de retenção de água e de aprofundamento de raízes", explica.
Além disso, o clima seco pode favorecer a incidência de duas pragas (lagarta elasmo e os ácaros da família dos Tetraniquídeos). E condições de baixa umidade relativa do ar e temperaturas amenas podem favorecer o surgimento do oídio, doença que pode afetar a produtividade de Soja.
Confira o texto completo no Sistema de Alerta da Embrapa Soja.


http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=7017&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2010-09-14

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Você é Uma Raridade

Temos a tendência de ser ingratos. Ficamos chateados com minúcias. Se as coisas não acontecem conforme planejamos, ficamos aborrecidos, reagimos com exagerada sensibilidade, resmungamos, reclamamos, ficamos melindrados e insatisfeitos. Mas nem nos damos conta como nossa vida é boa. Espero que as comparações que li recentemente em uma revista abram nossos olhos para a realidade:

A Bíblia nos exorta: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5.18). Veja a seguir alguns dos motivos para dar graças a Deus.
Se, para efeito de comparação, reduzirmos a 100 pessoas a população mundial de mais de seis bilhões, aplicando os mesmos critérios de proporcionalidade hoje vigentes no mundo, chegaremos aos seguintes dados: Nesse grupo de 100 pessoas teríamos 57 asiáticos, 21 europeus, 14 americanos e 8 africanos. Entre as 100, 52 seriam mulheres e 48 homens, 30 brancas e 70 de cor, 30 cristãs e 70 não-cristãs. Seis pessoas deteriam 59% do capital mundial, e estas seriam de origem européia. Oitenta pessoas viveriam em situações quase insuportáveis. Setenta seriam analfabetas e 50 não teriam roupas para se vestir adequadamente. Uma pessoa estaria morrendo e outra nascendo. Apenas uma teria computador e outra teria diploma universitário.
Pense no fato de que você – muito provavelmente – faz parte dos poucos privilegiados que vivem nesta terra e alegre-se por ser uma raridade. Pois, caso tenha acordado com saúde hoje pela manhã, você estará em melhor situação que milhões de pessoas que não sobreviverão à próxima semana. Se nunca esteve exposto ao perigo de uma guerra, à solidão de uma prisão, ao tormento da tortura ou à fome insuportável, então você vive muito melhor do que 500 milhões de outras pessoas. Se você pode ir à sua igreja sem ter medo de ser molestado, preso ou perseguido, ou até de ser morto por sua fé, estará vivendo melhor que três bilhões de pessoas. Se tem comida na geladeira, roupas em seu guarda-roupas, um teto sobre a cabeça e um lugar para dormir, então você é mais rico que 75% dos habitantes da terra. Se tem dinheiro no banco, na poupança ou em sua carteira, então você faz parte dos 8% de abastados deste planeta. Caso seus pais ainda sejam vivos e ainda estejam casados um com o outro, então, realisticamente, você faz parte de uma rara minoria. Se consegue entender estas linhas, você é um abençoado que sabe ler, entre bilhões de pessoas analfabetas.
Com certeza temos todas as razões do mundo para praticarmos aquilo que lemos em Efésios 5.20: "dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Ao mesmo tempo, devemos dedicar-nos inteiramente à tarefa de levar a mensagem da salvação, libertação e vida plena em Jesus a tantas pessoas que ainda não têm acesso a ela. (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)
http://www.apaz.com.br/mensagens/raridade.html

sábado, 11 de setembro de 2010

O Inferno Brasileiro

Calou-se, na alma de cada cidadão, a voz da consciência que, na escura solidão da sua alma, lhe trazia a lembrança amarga de seus delitos e de seus vícios.

A toda hora aparecem pastores, padres e, sobretudo, jornalistas e políticos - sim, jornalistas e políticos, essas personificações supremas da moralidade - clamando contra "a degradação dos costumes". O próprio termo, completamente deslocado, que empregam para nomear o mal, prova que são parte dele. "Degradação dos costumes" é uma expressão quantitativa, escalar: supõe a vigência permanente de uma escala contra a qual se mede o decréscimo da obediência rotineira aos valores que ela quantifica.
O que se passa no Brasil não é uma "degradação dos costumes": é, sim, a destruição premeditada de todas as escalas, a inversão sistemática de todos os valores.
Os costumes degradam-se quando a população já não consegue imitar, nem de longe, os modelos melhores de conduta que a História consagrou e que, ante o olhar de cada geração, se reencarnam de novo e de novo nas figuras das personalidades admiráveis, dos sábios, dos heróis e dos santos.
Quando, ao contrário, todas as personalidades admiráveis desapareceram ou foram postas para escanteio, e em seu lugar se colocam simulacros grotescos ou inversões caricaturais, o problema já não é a desobediência, mesmo generalizada, a valores que todos continuam reconhecendo da boca para fora; é, ao contrário, a obediência a modelos de malícia, perversidade e covardia que se impuseram, pela força da propaganda e da mentira, como as únicas encarnações possíveis do meritório e do admirável.
Quanto mais alto esses personagens sobem na hierarquia social, mais esfumada e distante vai ficando, até desaparecer por completo, a escala de valores que permitiria julgá-los e condená-los; e mais e mais eles próprios se consagram como unidades de medida de uma nova escala, monstruosamente invertida, que em breve passa a ser a única. Daí por diante, quem quer que não a siga e cultue dificilmente poderá evitar a sensação de marginalidade e isolamento que é, nesse quadro, o sucedâneo perfeito do sentimento de culpa.
Calou-se, na alma de cada cidadão, a voz da consciência que, na escura solidão da sua alma, lhe trazia a lembrança amarga de seus delitos e de seus vícios. Em lugar dela, desenvolve-se uma hipersensibilidade epidérmica à opinião dos outros, ao julgamento do grupo, ao senso das conveniências aparentes.
Preso na trama virtual dos olhares de suspeita, cada um vive agora em estado de sobressalto permanente, obsediado, ao mesmo tempo, pela compulsão de exibir equilíbrio, tranqüilidade e polidez para não se tornar o próximo alvo de desprezo. A essa altura, cada um se dispõe a renegar ideais, amizades, lealdades, admirações, promessas, ao primeiro sinal de que podem condená-lo a um ostracismo psíquico - que se anuncia tanto mais insuportável quanto mais tácito, implícito e não reconhecido como tal.
Há uma diferença enorme entre um "estado de medo" e uma "atmosfera de medo". O primeiro é patente, é público, todos falam dele e, não raro, encontram um meio de enfrentá-lo. A segunda é difusa, nebulosa, esquiva, e alimenta-se da sua própria negação, na medida em que acusar sua presença é, já, candidatar-se à rejeição, à perda dos laços sociais, ao isolamento enlouquecedor.
Nessa atmosfera, a única maneira de evitar o castigo ante cuja iminência se treme de pavor é negar que ele exista, e, com um sorriso postiço de serenidade olímpica, ajudar a comunidade a aplicá-lo a imprudentes terceiros que tenham ousado notar, em voz alta, a presença do mal.
Não digo que todos os brasileiros tenham se deixado submergir nessa atmosfera. Mas pelo menos as "classes falantes", se é possível diagnosticá-las pelo que publicam na mídia, já têm sua consciência moral tão deformada que até mesmo suas ocasionais e debilíssimas efusões de revolta contra o mal vêm contaminadas do mesmo mal.
Por exemplo, o fato de que clamem contra desvios de dinheiro público com muito mais veemência do que contra o massacre anual de 50 mil brasileiros (quando chegam a dar-lhe alguma atenção) prova, acima de qualquer possibilidade de dúvida, que por trás do seu ódio a políticos corruptos não há uma só gota de sentimento moral genuíno, apenas a macaqueação de estereótipos moralistas que ficam bem na fita. E que ainda continuem discutindo "se" o partido governante tem parceria com as Farc, depois de tantas provas documentais jamais contestadas, mostra que estão infinitamente menos interessadas em averiguar os fatos do que em apagar as pistas da sua longa e obstinada recusa de averiguá-los. Recusa que as tornou tão culpadas quanto aqueles a quem, agora, relutam em acusar, porque sentem que acusá-los seria acusar-se a si próprias.
Quando, por indolência seguida de covardia, os inocentes se tornam cúmplices ex post facto, já não sobra ninguém para julgar o crime: todos, agora, estão unidos na busca comum de um subterfúgio anestésico que o suprima da memória geral.
Não, não se trata de "degradação dos costumes", como nos Estados Unidos, na França, na Espanha ou em tantos outros países: trata-se, isto sim, da perda completa do senso moral, o que faz deste País uma bela imagem do inferno. No inferno não existe degradação, porque não há a presença do bem para graduá-la.
Olavo de Carvalho
http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/11410-o-inferno-brasileiro.html

Terrorista marxista é a próxima presidente do Brasil

Henrymakow.com

Os brasileiros parecem corrompidos o suficiente para aceitar o fato como normal. Mas a provável eleição de Dilma Rousseff escandaliza os observadores internacionais.

"Meu amigo, eles acharam a fórmula. Dê ao povo um celular, TV a cabo, a "sensação" de que eles estão participando da economia e eles não vão nem pensar em liberdade. Bilhões de peões, a assim chamada classe média da China, os pobres "em ascensão" do Brasil, não têm nenhuma idéia do que foi a Carta dos Direitos ou a Carta Magna. A soma total deles, como uma horda de bárbaros, vai esmagar os pobres americanos, o último povo do mundo que tem alguma tradição subsistente de liberdade e direitos individuais. Esse pessoal nouveau-riche do Terceiro Mundo vai queimar a constituição por uma TV nova, comprada em 12 prestações no cartão de crédito."
SÃO PAULO, 26 de agosto (Reuters) - A candidata do partido governante no Brasil, Dilma Rousseff, disparou na frente de seu principal adversário no próprio estado natal dele, como mostrou no sábado uma nova pesquisa de opinião, parecendo se encaminhar para uma vitória acachapante na eleição de 3 de outubro.
Rousseff, do partido governante, o Partido dos Trabalhadores, de Lula, tinha 49 pontos na última pesquisa Datafolha, 20 pontos à frente de Serra. O resultado é semelhante à sua vantagem de 47 contra 30% na pesquisa Datafolha anterior, lançada há cinco dias."
De nossa sucursal em São Paulo (postado originalmente em 8 de abril de 2009, atualizado em 26 de agosto de 2010, sob o subtítulo de "O Purgatório do Brasil está prestes a começar")

Caro Henry,
Depois de ver aquele artigo com a ficha policial de Hitler, veja que interessante esta outra. Dilma Rousseff, a atual chefe de gabinete de Lula (um cargo ministerial), foi escolhida pelo Partido dos Trabalhadores para secundar o ex-operário (e agora milionário) Lula na presidência. Lula é um dos mais corruptos presidentes da história e um instrumento dos marxistas.
O pai de Dilma foi um comunista búlgaro.
No topo da ficha: TERRORISTA / ASSALTANTE DE BANCOS
Embaixo:
Profissão: Desconhecida
Atividades:
1967 - agente do Movimento Política do Trabalhador.
06/10/68 - assalto ao banco Banespa, Rua Iguatemi, $ 80 00.
12/10/68 - planejou o assassinato do capitão [americano] Charles Chandler [levado a cabo com frieza, na frente de sua casa, sua mulher e filho].
11/12/68 - assalto à Loja de Armas Diana, Rua do Seminário, 48 armas [roubadas].
??/04/69 - Comando de Libertação Nacional [outra organização terrorista].
24/01/69 - Assalto ao Depósito de Armas Quitaúna - 63 fuzis FAU, 3 revólveres INA, 4 unidades de munição.
18/07/69 - Assalto à casa do Governador Ademar de Barro [o dinheiro nunca foi recuperado].
01/08/68 - Assalto ao Banco Mercantil de São Paulo.
??/09/69 - Congresso da VAR Palmares [organização terrorista] em Teresópolis.
20/09/69 - Assalto ao Quartel da Polícia de Rio Branco.
Estas pessoas receberam vultosas pensões vitalícias porque foram presas. As famílias das pessoas que elas mataram não recebem absolutamente nada. Ela galgou ao topo dentro do governo porque é comunista.
Outro importante amigo de Lula e dirigente do Partido, José Dirceu, também foi terrorista e foi treinado em Cuba [um traidor do Brasil, na verdade]. Dirceu foi o chefe do pior esquema de corrupção da história do Brasil e ainda está livre e trabalhando como "consultor" do governo (eminência parda).
Toda a máquina do governo foi posta a serviço de Dilma. Ela vai a todas as inaugurações de obras e é exaltada por Lula.
É este tipo de gente que está sendo usada pela Nova Ordem Mundial para nos escravizar. Eu deixo um aviso, especialmente para os americanos que gostam de Chavez e Castro: Obama, amiguinho de William Ayers, não está longe destes caras. É isto que está guardado para os Estados Unidos?
O Purgatório do Brasil está para começar
O triste das próxima eleição do Brasil é que ela não será decidida com base em princípios ou valores. Ninguém liga se Dilma matou ou assaltou. É só populismo na forma mais selvagem. Ela é a Dona Lula. Os pobres se beneficiaram um pouco com o fim da inflação e se esqueceram de que esta situação foi herdada por Lula.
O interessante é que o Partido dos Trabalhadores não é nem comunista (Nota do editor: aqui há um equívoco: o PT é, sim, um típico partido comunista) nem o amparador dos trabalhadores. O IBGE, a maior instituição de estatísticas do Brasil, acaba de publicar a informação de que o analfabetismo no Brasil aumentou durante o reinado de Lula. O saneamento básico está no mesmo nível que estava na época de sua coroação. 50,000 brasileiros morrem de morte violenta, a maior parte causadas por armas e drogas contrabandeadas para o país pelos terroristas marxistas das FARC, aliados de Lula. Quem liga? Eu tenho um celular e um aparelho de tevê. A próxima Copa do Mundo vai ser no Rio.
Por outro lado, o Banco de Desenvolvimento Federal (BNDES) recebeu este ano 100 bilhões de dólares para emprestar para grandes corporações, a fim de "comprar" sua boa vontade em relação ao governo durante este ano de eleição. Os capitalistas conseguem o dinheiro entre 3,5% a 7%, enquanto que o governo paga de 10% a 12% aos bancos. O banco Itaú teve o maior lucro entre todos os bancos das Américas, incluindo os dos Estados Unidos.
Outros gestos magnânimos do governo incluem a distribuição de concessões de TV e rádio a capitalistas e políticos, uma rede de TV para os líderes de sindicatos (que tomam um dia de salário dos trabalhadores e não podem ser auditados - Lula nos livre!) e a definição de focos de investimento dos fundos de pensões de companhias estatais, na casa das centenas de bilhões de dólares. Com eles, você está feito ou frito.
FASCISMO
Esta é uma economia fascista, na mais pura acepção do termo. Mussolini ficaria orgulhoso.
É difícil para a gente comum entender como o comunismo mudou, de uma utopia social, para este fascismo cru. (Nota do editor: fascismo É socialismo) A razão é que eles mantêm a velha fachada em causas culturais, como aborto de graça, casamento gay, globalismo, radicalismo ecológico, etc. Igual à China, eles dizem como se deve viver a vida privada. Censura ou "controle da mídia" está na agenda de Dilma, como está em pleno curso na Argentina e Venezuela hoje. O sigilo fiscal dos advarsários de Dilma foi quebrado impunemente. Direitos constitucionais básicos não valem nada para o Partido dos Trabalhadores e eles estão desafiando os direitos de propriedade. Um bando de camponeses comunistas, todos financiados e liderados por agitadores profissionais, vai invadir fazendas, matar gente (como eles fazem) e a questão vai ser decidida por aclamação popular, em uma comuna.
Estamos sendo preparados para sermos peões do governo mundial.
Prevejo tempos difíceis à frente para o Brasil. Dilma é incompetente e cabeça dura. A dívida pública brasileira quase triplicou e está para explodir, devido às altas taxas de juros. O boom na exportação de minérios e agro-commodities que deu à popularidade de Lula tamanho impulso pode acabar a qualquer momento, especialmente se uma crise pesada atingir o dólar. O nível de tributação no Brasil é um dos mais altos do mundo, em 40, 5%, e a burocracia, com 85 diferentes impostos na última contagem, é astronômica. Eles não vão conseguir aumentar mais os impostos para sustentar os cabides de emprego do governo e a corrupção.
Quando o governo quebrar, os programas sociais que sustentaram a popularidade de Lula estarão em risco. Sem as exportações em expansão, haverá menos empregos e é possível que vejamos distúrbios e protestos. As coisas sempre foram fáceis demais neste país, onde a comida cresce até numa rachadura de calçada. Talvez seja hora de os brasileiros amadurecerem para o sofrimento.
PS: Dilma não é búlgara, seu pai é que era. Ele fugiu de seu país porque era um ativista comunista. Supreendentemente,(?) no Brasil ele foi um capitalista, e muito rico. Dilma teve uma vida burguesa, morando numa grande casa e estudando em escolas particulares. Sempre é bom pertencer à elite comunista.
Tradução de Larry Martins, da equipe do Blog Dextra.
Original: http://www.henrymakow.com/bulgarian_marxist_terrorist_ti.html 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Shana Tova

Ontem até parecia que eu estava no Rio de Janeiro!
Acabou a energia energia elétrica e passamos toda a noite literalmente no escuro.
No meio do mato, sem luz, ficamos sem opção.
Ler à luz de velas não é muito indicado pelos oftalmologistas e  foi batendo um sono...
O céu estava lindo, super estrelado. Só que aqui todo dia é assim. Sempre saímos um pouco para ver a lua principalmente quando ela está na fase cheia que fica maravilhosa.
Queria que meu primeiro post do novo ano de 5771  fosse diferente.
Mesmo assim, desejo a todos um ano doce! Shana Tova!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Lugar comum...

Ontem, depois de um bom tempo, voltei a ter problemas de conexão. Não consegui entrar no blog de jeito nenhum!
Entretanto hoje foi ainda pior. Logo de manhã a vizinha ligou avisando que tinha fogo na estrada, entrando pela nossa cerca. Revivi momentos terríveis de quando houve aquele outro incêndio aqui.
Trabalhamos praticamente o dia todo e ainda agora a noite estávamos olhando os focos que restaram. Quando anoitece fica até bonito os vários pontos luminosos na escuridão, só que cada ponto daquele representa perigo iminente...
Está ventando e já caíram alguns pinguinhos. Se Deus quiser, a chuva logo chega.
O corpo está moído porém conseguimos controlar e não deixar entrar na propriedade.
Esta época é muito perigosa. Infelizmente, muitas pessoas não respeitam a lei  e queimam criminalmente seus pastos.
A maior ilusão é pensar que se pode controlar o fogo.
Amanhã postarei foto e vídeo que meu amor fez durante momentos de chamas.

domingo, 5 de setembro de 2010

Fernando Henrique vai direto ao ponto em outro artigo antológico: ‘Democracia é o governo das leis, e não das pessoas’

Neste domingo, a inteligência e a dignidade do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso iluminaram a edição dominical do Estadão. Leiam o que escreveu o chefe de governo que tivemos. Ouçam o que anda dizendo o chefe de governo que temos. Imaginem o que serão quatro anos com Dilma Rousseff ouvindo ordens de Lula e ideias sopradas por dirceus, paloccis, collors e sarneys. Pensem no Brasil. E lutem. Como ensina FHC, eleição se ganha no dia.

Bom domingo. E boa leitura:
Vivemos uma fase de democracia virtual. Não no sentido da utilização dos meios eletrônicos e da web como sucedâneos dos processos diretos, mas no sentido que atribui à palavra “virtual” o dicionário do Aurélio: algo que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual. Faz tempo que eu insisto: o edifício da democracia, e mesmo o de muitas instituições econômicas e sociais, está feito no Brasil. A arquitetura é bela, mas quando alguém bate à porta a monumentalidade das formas institucionais se desfaz num eco que indica estar a casa vazia por dentro.
Ainda agora a devassa da privacidade fiscal de tucanos e de outras pessoas mais mostra a vacuidade das leis diante da prática cotidiana. Com a maior desfaçatez do mundo, altos funcionários, tentando elidir a questão política – como se estivessem tratando com um povo de parvos -, proclamam que “não foi nada, não; apenas um balcão de venda de dados…” E fica o dito pelo não dito, com a mídia denunciando, os interessados protestando e buscando socorro no Judiciário, até que o tempo passe e nada aconteça.
Não tem sido assim com tudo mais? O que aconteceu com o “dossiê” contra mim e minha mulher feito na Casa Civil da Presidência da República, misturando dados para fazer crer que também nós nos fartávamos em usar recursos públicos para fins privados? E os gastos da atual Presidência não se transformaram em “secretos” em nome da segurança nacional? E o que aconteceu de prático? Nada. Estamos todos felizes no embalo de uma sensação de bonança que deriva de uma boa conjuntura econômica e da solidez das reformas do governo anterior.
No momento do exercício máximo da soberania popular, o desrespeito ocorre sob a batuta presidencial. Nas democracias é lógico e saudável que os presidentes e altos dirigentes eleitos tomem partido e se manifestem em eleições. Mas é escandalosa a reiteração diária de posturas político-partidárias, dando ao povo a impressão de que o chefe da Nação é chefe de uma facção em guerra para arrasar as outras correntes políticas. Há um abismo entre o legítimo apoio aos partidários e o abuso da utilização do prestígio do presidente, que, além de pessoal, é também institucional, na pugna política diária. Chama a atenção que nenhum procurador da República – nem mesmo candidatos ou partidos – haja pedido o cancelamento das candidaturas beneficiadas, se não para obtê-lo, ao menos para refrear o abuso. Por que não se faz? Porque pouco a pouco nos estamos acostumando a que é assim mesmo.
Na marcha em que vamos, na hipótese de vitória governista – que ainda dá para evitar – incorremos no risco futuro de vivermos uma simulação política ao estilo do Partido Revolucionário Institucional (PRI) mexicano – se o PT conseguir a proeza de ser “hegemônico” – ou do peronismo, se, mais do que a força de um partido, preponderar a figura do líder. Dadas as características da cultura política brasileira, de leniência com a transgressão e criatividade para simular, o jogo pluripartidário pode ser mantido na aparência, enquanto na essência se venha a ter um partido para valer e outro(s) para sempre se opor, como durante o autoritarismo militar.
Pior ainda, com a massificação da propaganda oficial e o caudilhismo renascente, poderá até haver a anuência do povo e a cumplicidade das elites para com essa forma de democracia quase plebiscitária. Aceitação pelas massas na medida em que se beneficiem das políticas econômico-sociais, e das elites porque estas sabem que nesse tipo de regime o que vale mesmo é uma boa ligação com quem manda. O “dirigismo à brasileira”, mesmo na economia, não é tão mau assim para os amigos do rei ou da rainha.
É isto que está em jogo nas eleições de outubro: que forma de democracia teremos, oca por dentro ou plena de conteúdo. Tudo o mais pesará menos. Pode ter havido erros de marketing nas campanhas oposicionistas, assim como é certo que a oposição se opôs menos do que devia à usurpação de seus próprios feitos pelos atuais ocupantes do poder. Esperneou menos diante dos pequenos assassinatos das instituições que vêm sendo perpetrados há muito tempo, como no caso das quebras reiteradas de sigilo. Ainda assim, é preciso tentar impedir que os recursos financeiros, políticos e simbólicos reunidos no Grupão do Poder em formação tenham força para destruir não apenas candidaturas, mas um estilo de atuação política que repudia o personalismo como fundamento da legitimidade do poder e tem a convicção de que a democracia é o governo das leis, e não das pessoas.
Estamos no século 21, mas há valores e práticas propostos no século 18 que se foram transformando em prática política e que devem ser resguardados, embora se mostrem insuficientes para motivar as pessoas. É preciso aumentar a inclusão e ampliar a participação. É positivo se valer de meios eletrônicos para tomar decisões e validar caminhos. É inaceitável, porém, a absorção de tudo isso pela “vontade geral” encapsulada na figura do líder. Isso é qualquer coisa, menos democracia. Se o fosse, não haveria por que criticar Mussolini em seus tempos de glória, ou o Getúlio do Estado Novo (que, diga-se, não exerceu propriamente o personalismo como fator de dominação), e assim por diante. É disso que se trata no Brasil de hoje: estamos decidindo se queremos correr o risco de um retrocesso democrático em nome do personalismo paternal (e, amanhã, quem sabe, maternal). Por mais restrições que alguém possa ter ao encaminhamento das campanhas ou mesmo as características pessoais de um ou outro candidato, uma coisa é certa: o governismo tal como está posto representa um passo atrás no caminho da institucionalização democrática. Há tempo ainda para derrotá-lo. Eleição se ganha no dia.
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

Está nervoso?Vai pescar!

Ontem eu tinha um monte de coisas para fazer, resultado de uma semana inteira trabalhando muito e mesmo assim não consegui concluir tudo o que tinha planejado.
Mas era sábado, dia de descanso...
Então fomos pescar! Não pegamos nada mas foi divertido. Vimos os tucunarés seguirem nossas iscas e um até abocanhou uma. Às vezes, ficar no quase também é bom!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Último Shabat de 5770

"Contam que um homem, ao caminhar na praia, avistou uma pessoa que repetidamente se inclinava, apanhava algo na areia e atirava no mar. Ao se aproximar, notou que o rapaz pegava estrelas do mar que haviam sido levadas para a praia e as lançavam de volta à água. Aproximou-se e perguntou o que ele estava fazendo. O rapaz explicou:

- Estou devolvendo estas estrelas do mar ao oceano. Todas as estrelas do mar foram trazidas para a praia e, se eu não as lançar de volta ao mar, elas morrerão por falta de oxigênio.
- Entendo - respondeu o homem - mas deve haver milhares de estrelas do mar nesta praia, você não será capaz de apanhar todas elas. Além disso, há centenas de praias acima e abaixo desta costa. Você não entende que não fará diferença alguma?
O rapaz sorriu, curvou-se, apanhou outra estrela do mar e, ao arremessá-la de volta ao mar, disse:
- Para esta fez diferença"

Mudar o mundo não é uma tarefa fácil. Mas se cada um de nós fizer a sua parte, der a sua contribuição, ao menos acreditar que o mundo pode ser muito melhor, teremos dado mais um passo. A Torá não nos deixa desanimar, a Torá não nos deixa desistir.
RAV EFRAIM BIRBOJM
http://ravefraim.blogspot.com/search?updated-min=2010-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&updated-max=2011-01-01T00%3A00%3A00-02%3A00&max-results=32

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Unrequited Love: Evangelicals and Jews"

Who would have thought that the key to battling the rising tide of anti-Semitism in Obama's United States lies in these words: "Jesus loves me! This I know, For the Bible tells me so."

The children of Evangelical Christians sing this hymn in bible schools across the country, reflecting belief in a life lived according to the will of God as revealed in the bible. No moral relativism here: on the one hand, God-honoring living, and the other, sin and defiance. Right and wrong -- it is that simple. And it is this biblical view of the world that underlies the unwavering Evangelical Christian support of Israel and Judaism. As Prime Minister Benjamin Netanyahu has noted, Israel and the Jews "have no greater friends and allies" than the 70-million strong Evangelical Christian community in the United States -- better friends, in fact, than much of the American Jewish Community.
Worldview -- influenced by the Judeo-Christian values underlying scripture -- has relentlessly led Evangelicals to the conclusion that the work-in-progress known as Israel deserves support in a region where thuggery, terror, and misogyny are status quo. Emphasizing individual value and righteous living, the Israelis possess a moral clarity that has allowed them to build a democracy that ranks sixth out of 35 democratic countries in fairness, similar to the United States. American Evangelicals recognize this, partly counterbalancing the suicidal support a significant portion of the Jewish community provides to a Democratic Party that allies itself with those who wish to eliminate Jews, both foreign and domestic. One measure of the power of this support is the lengths to which leftists have gone, says Ed Lasky of American Thinker, to create a chasm between Evangelicals and Israel.
Christianity continues to throw aside a long history of anti-Semitism to embrace what increasingly powerful Evangelicals see as God's view of the Jewish people. The most popular mainstream Evangelical theology textbook is blunt in its direction to believers: revere and respect the special place of Jews, Judaism and Israel in God's plan for humanity. Zev Chafets, former New York Daily News columnist and Israeli politician, calls the Jewish-Evangelical alliance "a match made in heaven." Dr. Randall Price, head of the prestigious Judaic studies institute at Liberty University (Evangelical), has had a 30-year relationship with Israel based on the scriptural dictate to "love God, love Israel, and love the Jews."
This bible-based approach has produced strong Evangelical support. Christian tourism has kept the Israeli tourism industry afloat when Jews cut back. The Israeli Ministry of Tourism reports that 1.8 million of the 3 million visitors last year were Christians, capping a 40% increase in the past eight years in Christians from the United States.
Evangelicals are dramatically more supportive of Israel than the nearly half of the six million American Jews who, according to The National Jewish Population Survey, identify themselves as reformed and/or secular Jews, many of whom are hostile toward both Israel and bible-based Judaism. They reject God in favor of "peoplehood."As Dennis Prager, the columnist and radio talk host who describes himself as a bible-honoring Jew, notes, "their religion is rarely Judaism." Instead, "it is every ‘ism' of the Left. These include liberalism, socialism, feminism, Marxism, and environmentalism."
The result: God has become the enemy for significant numbers of American Jews, and the enemies of God their allies. Noted scholar James Q. Wilson, the former Harvard professor who won the Presidential Medal of Freedom for the "moral clarity" of his scholarship, pointed out that, in fact, God stands between the progressive, more vocal half of the American Jewish community and Evangelicals. Evangelicals look upon scripture as a guide to moral living while the former are garden-variety radicals who view God as an oppressive myth.
He continues: After "Marxist claims about the proletariat proved false and capitalism was vindicated as the best way to achieve economic affluence," the left replaced "the proletariat" with "the oppressed" as its "object of affection." For the Jewish left "Israel has merely replaced John D. Rockefeller at the top of the (enemies) list." These Jews are part of a feverish left for which it makes sense that Evangelical Christians would support Israel, for both ensure terrorism as they oppress the "powerless." Case in point: Rabid Marxist and anti-Semitic Jew Dr. David Boyarin, a Talmud (traditional Jewish bible commentaries) professor at the University of California at Berkeley, who maintains that the highest form of Judaism is the destruction of Israel, and that the genetic composition of the Jewish race -- if allowed to grow -- will result in the oppression by Jews of other people.
American Jews need to rethink alliances. Syndicated columnist and Fox News commentator Charles Krauthammer warns the Jewish community "it is a sign of the disorientation of a distressed and confused people that we should find it so difficult to distinguish our friends from our enemies." He may well have had in mind the comments of Rabbi Eric Yoffie, who heads the largest and largely secular (and least supportive of Israel) affiliate of American Judaism. Yoffie compared Evangelical leaders like the late Dr. Jerry Falwell to Hitler. Yet, according to Yechiel Eckstein, the Orthodox rabbi who heads the International Fellowship of Christian and Jews, Falwell had a lifelong, passionately loving relationship with Israel and Judaism based on shared biblical values -- in other words, because the bible told him so. Another American Jewish progressive, the head of one of the largest Jewish organizations in the United States, the Anti-Defamation League, recently "declared war on conservative Christians." Progressive Jews have demonstrated that, absent faith in the God of scripture and a bible-based worldview, American Jews tend toward hostility to Israel and the God-inspired morality of bible-centered Judaism (see "Progressive Jewish Thought and the New Anti-Semitism). In fact, as American Thinker's Richard Baehr puts it, many are already "working for the enemy."
Rodney Stark, the Berkeley-educated sociologist who has made a distinguished career out of exploding the dogma of the leftist Knowledge Elites (the title of his highly praised recent study of the effects of Christianity on culture gives you an idea of his approach, The Victory of Reason: How Christianity Led to Freedom, Capitalism, and Western Success), uses survey research to show that "irreligious Jews" comprise a significant percentage of the highly educated elites who are susceptible to new age religions and cultic movements. Irreligious Jews flock to quasi-religious movements, both political and social, because they "lack an anchorage in (the) conventional faith" of Judeo-Christian traditions. In other words, they are spiritually starved.
As Pogo, the cartoon character (and nonsectarian possum), famously said, "We have met the enemy and he is us." Without biblical standards, progressive American Jews have devolved into a self-destructive bar scene from Star Wars, a Mos Eisley Cantina of mainstream liberals, academic Marxists, and political and media elites snarling their way toward annihilation.
Perhaps it is time for the other half to speak up. The less vocal religious portion of the American Jewish community would, like Israel, find a staunch ally in Evangelicals, together embracing Judeo-Christian traditions and an Israeli nation that has consistently displayed morality and restraint toward those who seek to destroy it.
What would it take? The first step for the American Jewish community is to adopt the slogan that arose out of its biblical traditions, providing the foundation for Christian support of Jews and Israel: "In God We Trust."
Stuart H. Schwartz, Ph.D., is a former newspaper and retail executive. He is on the faculty at Liberty University in Lynchburg, Virginia.

http://www.americanthinker.com/2009/05/unrequited_love_evangelicals_a.html

Próximo presidente terá de reconhecer a paralisia do Mercosul

Formalizado pelo Tratado de Assunção, em 1991, o Mercosul surgiu com o projeto de criar uma área de livre comércio entre as nações sul-americanas. Contudo, ao longo dos anos, o protecionismo e os interesses antagônicos dos quatro integrantes - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - impediram o bloco de prosperar. É ilustrativa das dificuldades vividas pelo grupo a decisão tomada pela Argentina, em maio, de proibir a importação de alimentos que também são produzidos em seu território. A medida, que nem foi comunicada oficialmente aos demais parceiros, afetou diretamente o Brasil. É com esse cenário que o próximo presidente brasileiro terá de lidar a partir de 2011.

“O Mercosul está totalmente paralisado. Ele está se tornando apenas um fórum de ideias políticas”, diz José Augusto Guilhon de Albuquerque, professor titular de relações internacionais do departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Alguns analistas consideram inclusive que o comércio brasileiro teria melhores perspectivas de crescimento se não estivesse atrelado ao bloco. "O Brasil perdeu o interesse de pertencer ao Mercosul porque é um jogador global e quer ter liberdade para negociar tratados de livre comércio de maneira individual", afirmou (qualificação) Eduardo Boneo Villegas, em entrevista à rede BBC.
Os comerciais - Protecionismo não é uma arma usada apenas pelos vizinhos. O Brasil também usou dela. O economista Roberto Teixeira da Costa, fundador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), sustenta que o país vem adotando uma atitude avessa à abertura e a novos acordos internacionais. "As tarifas de importação são muito altas, se comparadas às de outros países, como o Chile”, diz o especialista, que também foi presidente internacional do Conselho de Empresários da América Latina (Ceal).
Guilhon acrescenta que faltou pragmatismo ao governo Lula, que colocou os interesses políticos e ideológicos acima das perspectivas comerciais na hora de selar novos acordos. Exemplo disso seria o fato de o presidente se orgulhar de ter se oposto às negociações que poderiam ter desaguado na Área de Livre Comércio da Américas (Alca), englobando também os Estados Unidos. "A razão é simples: a idéia de que se fizermos comércio com certos países, seremos subjugados pelas multinacionais ou pelo império".
Não importa quem será o próximo presidente: José Serra ou Dilma Rousseff. Os especialistas defendem que o novo governo adote uma política externa que leve em conta as demandas e o potencial comercial brasileiro. "Somados, os mercados de Venezuela, Bolívia e Equador, por exemplo, não são comparáveis ao americano", diz Guilhon. O novo presidente não poderá mais ignorar isso.
Próximo presidente terá de reconhecer a paralisia do Mercosul

Mariana Pereira de Almeidahttp://veja.abril.com.br/noticia/internacional/proximo-presidente-tera-de-reconhecer-a-paralisia-do-mercosul

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Festa na Véspera

Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? A vencedora de véspera já estendeu a mão, magnânima, à oposição; seus dois maiores caciques começaram uma briga intestina; cargos são distribuídos entre os partidos da base e os assessores já preparam os planos e projetos. Fala-se do futuro como inexorável.
O quadro está amplamente favorável a Dilma Rousseff, mas é preciso ter respeito pelo processo eleitoral.
Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante.
Imagina o tempo e o dinheiro poupado se pesquisas, 30 dias antes do pleito, fossem suficientes para o processo de escolha? A estrutura da Justiça Eleitoral, as urnas distribuídas num país continental, mesários trabalhando o dia inteiro, computadores contando votos; nada disso seria necessário.
Mas como eleição é a democracia num momento supremo, respeitá-la é essencial.
Os que estão em vantagem, e os que estão em desvantagem, não podem considerar o processo terminado porque isso amputa a melhor parte da democracia, encerra prematuramente o precioso tempo do debate e das escolhas.
Dilma já sabe até o que fará depois de ser eleita, como disse na sexta-feira: “A gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação do Brasil.” Os jornalistas insistiram, ela ficou no mesmo tom: “Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele (Serra) quer.
Você pergunta para ele, se ele quiser, perfeitamente.” Avisou que se alguém recusasse, não haveria problema: “Pode ficar sem estender a mão, como oposição numa boa que vai ter dinheiro.” Já está até distribuindo o dinheiro público.
Feio, muito feio. Por mais animador que seja para Dilma os resultados da pesquisa — e deve ser difícil segurar a ansiedade — ela deveria pensar em algumas coisas antes. Primeiro, que falta o principal para ela ganhar: o voto na urna. Segundo, que o eleitor muda de ideia na hora que quer, porque para isso é livre.
Terceiro, que, novata em eleição, deve seu sucesso a fatores externos a ela: o presidente Lula, o momento econômico e a eficiência dos seus marqueteiros.
Aliás, o marketing de Dilma tem sido tão eficiente em aparar todas as arestas de sua personalidade que criou uma pessoa que nem ela deve conhecer.
O salto alto não é só dela, a bem da verdade. A síndrome das favas contadas se espalha por todo o seu entorno, cada vez mais desenvolto.
Por isso já começaram a brigar os generais de cada uma das bandas: Antonio Palocci e José Dirceu. Da última vez que brigaram, os dois caíram.
A disputa dos partidos da base de apoio pelos cargos públicos, como se fossem os despojos da guerra já vencida, é um espetáculo que informa muito sobre valores, critérios e métodos do grupo.
A desenvoltura do já ganhou é tanta que até o presidente Lula, dono da escolha autocrática de Dilma, parece meio enciumado e reclamou que já falam dele no passado. E avisou: “Ainda tenho caneta para fazer muita miséria.” A declaração inteira é reveladora: “Tem gente que fica falando aqui como se eu já tivesse ido embora, mas ainda tenho quatro meses e alguns dias de governo. Alguns falam como se eu já tivesse ido. Tem gente que se mata para ser presidente por um dia e ainda tenho quatro meses e alguns dias. Ainda tenho a caneta para fazer muita miséria nesse país.” O sentimento é um perigo.
O presidente Lula já está fazendo miséria. Atropelou o calendário eleitoral, zombou das multas na Justiça, pôs o governo que dirige para trabalhar pela sua candidata como se a máquina pública fosse um partido político.
Há uma lista enorme de misérias econômicas que o governo Lula tem feito nesse final dos tempos. Os gastos foram inchados, aumentos salariais ao funcionalismo já foram concedidos no próximo orçamento, restos a pagar se aproximam dos R$ 100 bilhões, projetos são precipitados sem análise de risco, o Tesouro vai emitir uma montanha de dívida para capitalizar a principal estatal. Enfim, o governo no finalzinho não lembra em nada o comedido início.
Aliás, a razão da briga entre os generais José Dirceu e Palocci é exatamente esse ponto: se é melhor ter uma cara de austeridade, ou continuar fazendo miséria.
O curioso da insegurança que bateu no presidente Lula é que foi ele mesmo que explicitou o clima de “fui” na campanha de Dilma Rousseff com aquele filmete do: “entrego em suas mãos.” Na sexta, Dilma disse mais: “Meu projeto político é ficar quatro anos. Na próxima eleição, digo o resto do projeto.” Então ela já começou a pensar na eleição de 2014? Mas pelos cálculos petistas, a história brasileira está decidida até 2022. É Dilma, agora. Depois, Lula em dois mandatos. Está tudo decidido para os próximos doze anos. O país teria assim um período de 20 anos de governo petista.
Quando Dilma brigou com Palocci em 2005 e disse que o projeto de zerar o déficit público era rudimentar, ela usou a conhecida expressão de Garrincha: “Falta combinar com os russos.” Agora, falta combinar com os brasileiros.
Miriam Leitão

O GLOBO

Abraham and Sons

It’s no secret that services on the first day of Rosh Hashanah are much better attended than those on its second day. But what the second day of the Jewish New Year lacks in attendance, it makes up for in narrative drama. In synagogue that day, we read Genesis 22, which recounts the binding of Isaac, a chapter that shapes the way we understand our relationship with God and, potentially, with one another.
Many commentators focus on the way that Abraham’s faith is tested when God asks him to sacrifice his beloved son, Isaac. Abraham gets to the very moment of killing his son before being stopped by an angel. The school of religious thought that celebrates blind faith hails Abraham for his willingness to put obedience to God ahead of filial love.
But there is another, very different lesson that we can draw from the juxtaposition of Genesis 22 with the reading from the first day of Rosh Hashanah, Genesis 21. The key verse is Genesis 22:2. It gets translated as God saying to Abraham: “Take your son, your only [yechidcha] son, the one that you love, Isaac, and go forth to the land of Moriah and offer him up there as a sacrifice.”
“Only son”? We know that Abraham had another son, named Ishmael. He was born out of Abraham’s union with his handmaiden, Hagar. It is only when Sarah gives birth to Isaac in her old age that Ishmael loses standing in the family. This happens when Sarah insists to Abraham that Hagar and Ishmael be banished from the household, all of which is recounted in Genesis 21. Abraham does not question God’s command to sacrifice Isaac. Nor does he question Sarah’s command to banish Hagar and Ishmael. What’s to admire?
In Genesis 22:2 it is hard to accept that God thinks Abraham has only one son. In the previous chapter, God appears to a desperate Hagar, who expects to die in the wilderness with her son. God shows Hagar a well of water, and she picks up her son from the ground and gives him drink. At that moment, God promises to make of Ishmael a great nation. Abraham is thus seen as the father of two great nations, the Jews, through Isaac, and the Arabs, through Ishmael.
Thus yechidcha, “your only son” in Genesis 22:2, must be God’s description of Abraham’s privileging Isaac over Ishmael. This reading is supported by the second part of the sentence, which specifies: “the son that you love.”
Perhaps God is not testing Abraham’s faith as much as he wants him to revisit his behavior toward Ishmael. The same Abraham who pleaded to save the lives of sinners in Sodom and Gomorrah cast his first son into the wilderness at the behest of Sarah without a second thought. Now God wants Abraham to experience the near loss of the son he favored in the hope that he can stir compassion in him for the son he cast out.
After Isaac’s life is spared, Genesis 22:19 tells us that Abraham returned to his entourage waiting for him at the base of the mountain. The Hebrew is vayashav Avraham — “Abraham returned.” It is worth noting that the root of the Hebrew word vayashav is the same as the word for “repentance,” teshuva.
The midrashic tradition suggests that Abraham came to regret how he treated Hagar and Ishmael and sought them out later in his life to make amends. Maybe the binding of Isaac was the beginning of his process of teshuva.
It would be easy for us to make Sarah the villain here, as it is her jealousy that leads to Abraham’s heartless act. But, in fact, we are all subject to the impulse that drives Sarah. We believe that love is a limited resource. If X enjoys love, favor or affection, then there is not enough for me. I thus need to either compete with X, cast aspersions on X’s reputation by speaking ill of him or her, or eliminate him or her. We do this in our families, in our work places, in our congregations and in our politics.
Rosh Hashanah calls on us to repent. Its biblical readings teach us that when we see the world through eyes that are too selfish and self-centered, we destroy the fabric of our families, not only our biological families but the human family as well. The higher self, of which we are capable (and which, for believers, is expected by God), must see that love and compassion can be an ever-expanding commodity rather than a scarce resource to be hoarded. It requires seeing every other person as representing the image of God.
We should not have to come to the verge of losing that which is most precious to us in order to see this truth.
By Sid Schwarz
The Jewish Daily Forward

http://forward.com/articles/130935/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Rabbi Sid Schwarz is a senior fellow at CLAL-The National Jewish Center for Learning and Leadership and director of the national interfaith project Faith and the Common Good, based at Auburn Seminary. He is the author of “Judaism and Justice: The Jewish Passion to Repair the World” (Jewish Lights, 2006).