segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Falta clareza à proposta para controlar preços de alimentos, diz Geithner

Commodities
Para o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, forças de mercado devem agir livremente
"Não está claro para mim o que a França está realmente propondo", diz Geithner (Chip Somodevilla/Getty Images)
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou nesta segunda-feira que a proposta da França para acabar com a volatilidade dos preços dos alimentos "não está clara". Ele sinalizou que as forças do mercado devem funcionar livremente. Seu comentário, em resposta a um questionamento feito num encontro com estudantes e professores de negócios em São Paulo, ocorreu no contexto do alerta feito recentemente pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a alta dos preços dos alimentos no mundo. A França, atualmente na presidência do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), defende que se criem novos mecanismos na Organização Mundial do Comércio (OMC) para estabilizar os preços das commodities agrícolas. Os ministros da Agricultura do G-20 foram convidados a se reunir em Paris para projetar soluções em junho.
Geithner declarou que, embora os Estados Unidos estejam trabalhando com a França nesta questão, são cautelosos com tudo que pode colocar em risco a recuperação da economia após a crise financeira global. "Queremos ser muito cautelosos para trazer equilíbrio a essa perspectiva, para que, no desejo dos políticos de trazer estabilidade aos mercados, não criemos condições que danificarão não só os interesses dos exportadores de commodities, mas o melhor funcionamento das dinâmicas básicas da recuperação", disse.
"Portanto, não está claro para mim o que a França está realmente propondo." Geithner acrescentou que o comércio de commodities nos Estados Unidos é realizado num sistema transparente e confiável, o que minimizou a possibilidade de haver especulação nos preços de grãos e cereais – algo que a França afirma ocorrer em outros países.
Na semana passada, a FAO informou que os preços dos alimentos atingiram seu maior nível desde que a agência iniciou a pesquisa, em 1990. A FAO e outra agência da ONU, o Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla em inglês), sugeriram que o problema contribuiu para que ocorressem protestos em países como a Tunísia, onde o governo foi derrubado no mês passado. O alerta surge à luz da grave crise alimentar de 2007 e 2008, quando ocorreram tumultos em diversos países africanos, no Haiti e nas Filipinas, por causa dos preços elevados de alimentos.
(com Agência Estado)
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/falta-clareza-a-proposta-para-controlar-precos-diz-geithner

Comento:
Nicolas Sarkozy, presidente da França, foi quem sugeriu a péssima ideia de controle dos preços dos alimentos.
Por que não controlam o preço do petróleo? Pois é o principal fator de custo de produção, seja no transporte ou nos fertizantes. Em anos e anos produtores têm buscado sempre melhorar sua produção para tentar sobreviver. Quando o reajuste natural de preços acontece e finalmente ele pode ter alguma rentabilidade é o primeiro alvo de todos. Sejam ambientalistas, sejam oportunistas que só querem aparecer sem uma verdadeira solução. Imagine se tivermos de diminuir a área de plantio como querem e como exige nossa atual legislação ambiental. A tendência é aumentar ainda mais o preços. Quem pagará?

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