segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Exportações do setor primário ultrapassam R$ 5 bilhões em janeiro

Jornal do Comércio
Ana Esteves
As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 5,1 bilhões em janeiro, 26,3% a mais que o registrado em janeiro de 2010. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, o resultado é o melhor para o mês desde 1989, quando teve início a série histórica. O saldo da balança comercial do setor (exportações menos importações) foi de US$ 3,9 bilhões, cerca de US$ 800 milhões a mais que em janeiro do ano passado.
A balança comercial do País em janeiro, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), registrou exportações de US$ 15,215 bilhões e saldo de US$ 424 milhões. Assim, as exportações do agronegócio representaram 33,8% dos embarques no primeiro mês de 2011.
Os produtos que se destacaram pelo aumento das exportações foram complexo soja, café, carnes, cereais, farinhas e preparações, sucos de frutas e produtos florestais. Aproveitando as boas cotações internacionais dos alimentos, o complexo soja, que inclui óleo, farelo e grão, teve o maior aumento em valor (89,3%) e volume (67,7%) exportados em janeiro. As vendas do produto para o exterior renderam US$ 598,6 milhões.
Os embarques de café também tiveram crescimento expressivo, de 23,9% em quantidade e de 65,9% em valor, alcançando US$ 595,4 milhões. As exportações de carnes aumentaram 19,7% em valor (US$ 1,03 bilhão) e 9,3% em volume. O aumento dos preços internacionais da proteína animal contribuíram para esse faturamento, já que a quantidade embarcada foi menor para carnes bovinas (-22%) e suínas (-10,9%). O destaque foi a carne de frango, com crescimento de 27,8% em quantidade e 50,2% em valor.
As exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses terminados em janeiro somam US$ 77,5 bilhões, outro recorde. De fevereiro de 2010 a janeiro de 2011, as exportações cresceram 19,8% na comparação com o período de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, quando a receita fechou em US$ 64,7 bilhões.
O Ministério da Agricultura informou que os países em desenvolvimento são os que mais ampliaram as importações de produtos do agronegócio brasileiro. Entre os principais compradores estão China, que quase dobrou as compras de alimentos do Brasil (aumento de 94,3%), Argélia (126,7%), Marrocos (108%), Espanha (84,3%), Egito (83,6%), França (46,5%), Rússia (44,9%), Itália (42,2%) e Bélgica (40,9%).
As exportações do setor para a China, principal parceiro comercial do Brasil, passaram de US$ 8,8 bilhões para US$ 11,1 bilhões nos últimos 12 meses, um aumento de 25,5%. A participação do país asiático nas compras do agronegócio nacional é de 14%

Comento:
Diante destes resultados tem alguma lógica a pressão que ambientalistas fazem para diminuuir a área produtiva brasileira? Pois, se o Novo Código Florestal não for aprovado, no mínimo, será arrancado de cada produtor brasileiro 20% de sua área. O impacto na economia e na produção real de alimentos será magistral. Por que ninguém fala isto? Porque quando o preço dos alimentos sobe automaticamente sobe a inflação. Façam as contas: Aumento na demanda, diminuição na produção = alta dos preços. Preciso falar mais ou quer que eu desenhe?

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