Ao longo da história incontáveis perseguições de cunho religioso marcaram as civilizações. Expressão máxima da intolerância, em nome de Deus, Alá ou Jesus Cristo crimes de ódio ocorreram e ocorrem ainda nos dias de hoje mostrando como é difícil para o ser humano respeitar o outro e suas escolhas. A fé aliada ao fanatismo produz terríveis resultados. E os perseguidos de ontem podem ser os perseguidores de hoje e extremistas sempre buscarão subterfúgios às suas práticas criminosas em sua religião.
Os cristãos, que no primeiro século foram perseguidos pelo Império Romano, se tornaram perseguidores nas Cruzadas e na Inquisição. Entretanto as revoluções comunistas praticaram talvez o maior dos genocídios e o menos comentado, segundo Olavo de Carvalho:
”É impossível um cálculo global exato, mas, entre as revoluções francesa, russa, mexicana, espanhola, chinesa e cubana, o número de cristãos que pereceram nas mãos do regime que professou, nas palavras de Lênin, “extirpar o cristianismo da face da Terra”, não foi inferior a 15 milhões”(1).
Porém hoje ainda em diversos países de maioria muçulmana os cristãos são alvo constante intolerância sendo assassinados brutalmente.
Os judeus tem uma longa história de perseguição. Séculos e séculos de lutas e reafirmação de fé. Foram escravizados pelos egípcios, feitos cativos pelos babilônios, dominados pelos romanos e foram vítimas das Cruzadas e Inquisição católicas e do Holocausto. Em 1925 Hitler publicou seu MeinKampf (Minha Luta):
(…) Hoje creio que estou agindo de acordo com a vontade do Criador Onipotente: defendendo-me contra o judeu, luto pela obra do Senhor(2).
São sempre alvos de ataques de muçulmanos e vivem em constante guerra para manter seu território e sua identidade.
Não é fácil compreender como religiões que professam o amor se tornam a expressão do ódio. Aceitar e conviver em harmonia com o outro, respeitando suas crenças e diferenças é muito difícil porque sempre a condição humana se sobrepõe à espiritual. Ao longo de toda história sempre houve intolerância e perseguições. Não se aprende com o sofrimento porquanto a vítima de ontem se torna o carrasco de hoje e assim sucessivamente num ciclo vingativo no qual raízes profundas são difíceis de arrancar. Promover o diálogo num debate despido de preconceitos é o único caminho para a paz.
REFERÊNCIAS:
(1) CARVALHO, Olavo de. Sapientiam Autem Non Vincit Malitia. O maior dos genocídios. Disponível em: http://www.olavodecarvalho.org/semana/omaior.htm .
(2) PARA ESSES DIAS. INPR. Texto em inglês: A Short Review of a Troubled History, by Fritz B. Voll See also: Paul E. Grosser and Edwin G. Halperin, Anti-Semitism: The Causes and Effects of a Prejudice. Secaucus, NJ: Citadel Press, 1979 (1976) / Don Mills, Ontario: George J. McLeod Ltd. and bibliography. Disponível em português em: http://paraessesdias.wordpress.com/2010/06/24/a-igreja-catlica-e-a-perseguio-aos-judeus-durante-a-histria/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%B5es_religiosas
Nenhum comentário:
Postar um comentário