Agência Brasil
O agronegócio, um dos principais setores da economia e essencial para o equilíbrio da balança comercial brasileira, tem vários pleitos para cobrar da presidente eleita Dilma Rousseff. Segundo o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, o primeiro deles é a questão da renda dos produtores rurais.
Rodrigues considera que a renda está condicionada a uma política eficaz de crédito rural e preços mínimos e ao fortalecimento do agricultor por meio do cooperativismo. Outro ponto fundamental é a questão da infraestrutura logística, com a priorização das obras que influenciam o escoamento da produção. A melhoria das estradas em algumas regiões produtoras e o uso dos modais ferroviário e hidroviário, como alternativa ao rodoviário, barateiam o transporte e podem proporcionar mais renda ao produtor.
Segundo dados divulgados pelo governo, o agronegócio é responsável por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e um terço dos empregos. Em 2009, representou 42% das exportações, com US$ 64,7 bilhões dos US$ 152,2 bilhões exportados pelo Brasil. Para este ano, a estimativa do Ministério da Agricultura é que as remessas de produtos e mercadorias para outros países rendam US$ 73 bilhões ao setor.
“Queremos uma estratégia de governo para o agronegócio. É preciso uma coordenação para a agricultura, com os vários ministérios trabalhando nesse plano de governo”, defende Rodrigues. Ele explica, no entanto, que todas as questões devem estar “empacotadas sob o tema da responsabilidade ambiental”, bastante discutido no Congresso e também dentro do governo.
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