O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, duvidou ontem do caráter esquerdista do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua principal rival na corrida presidencial, a ex-ministra Dilma Rousseff. Em entrevista ao portal R7, o tucano também atacou o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e disse que se seus integrantes realmente tivessem interesse na realização da reforma agrária, não apoiariam a candidata petista.
– Se o MST estivesse preocupando com reforma agrária, estaria apoiando o Plínio (de Arruda) Sampaio (candidato do PSOL), porque ele é o patriarca da reforma agrária no Brasil – disse Serra.
Depois de gravar o programa, ainda sobre reforma agrária, Serra reconheceu a urgência da questão, e disse que sua proposta prioritária nessa área é a de aumentar a produtividade dos assentamentos que já existem no Brasil.
– Hoje, tem muitos assentamentos cujos proprietários vivem de cesta básica. Então, essa questão é vital, junto com os novos assentamentos que precisam ser feitos – defendeu o candidato.
Questionado sobre uma suposta fama de ser o candidato das elites, Serra voltou a dizer que se considera um político de esquerda, e que suas principais realizações, enquanto governador e prefeito de São Paulo, foram para os mais pobres.
Entre suas propostas de governo, se eleito ele pretende expandir o programa conhecido como Mãe Brasileira, implantado em São Paulo e Curitiba, que prevê a realização de seis exames pré-natais, parto assistido e até enxoval para as futuras mães.
Sobre educação, Serra reconheceu avanços na estrutura das escolas, e afirmou que o que o país precisa agora é de qualidade nas aulas: – No atacado, os prédios são bons, a merenda é boa, os uniformes também.
Isso avançou bastante – reconheceu. – Mas não tem aprendizado.
As pessoas não sabem taboada. Não tem leitura. Temos que investir na sala de aula.
Nas críticas ao governo Lula, Serra voltou a falar a atual política externa, e, ao ser questionado sobre privatizações, disse que o atual governo privatizou dois bancos.
– O que vou fazer é estatizar os Correios, porque estão servindo a fins privados – ironizou.
Jornal do Brasil
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