Cap. V
Apesar de todas dificuldades atribuídas à situação da cirurgia, tudo corria bem. Retornamos dia 22 de janeiro, papai em boa recuperação.
Porém, quis o Senhor que meu pai fosse morar com Ele. Então, meu mundo caiu. Fiquei sem chão, sem ar, sem vida, sem qualquer vontade de qualquer coisa. Ficamos entorpecidos, meio zumbis, agindo de forma robótica até nos darmos conta da realidade.
De tudo que sofri, de tudo que já chorei, nada, NADA, se compara à dor que senti e sinto ainda hoje. Quando dizem que o tempo ajuda é mentira. A cada dia que passa a saudade é maior. Não tem um único dia em que eu não pense no meu pai, ou rindo das lembranças boas ou chorando pela falta que ele me faz ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Aqui, neste sítio, que é o resultado do trabalho de uma vida, vivo todo dia experiências de como um bom exemplo forma nosso caráter. Só tenho a agradecer a Deus por me permitir viver 30 anos, bem vividos, do lado do meu inesquecível Pai.
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