segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Portal do Agronegócio

Um freio para o milho
Da Redação
O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na última semana, teve o efeito de um banho de água fria sobre produtores brasileiros de milho ao frear a tendência de alta de preço do grão.
Os dados apontam estoque, em 1 de setembro, de 43,38 milhões de toneladas, volume bastante acima do esperado pelo mercado, que apostava em 35,87 milhões de toneladas. E 2% mais alto que no mesmo período do ano passado. No ato, os contratos futuros recuaram para o menor preço em mais de duas semanas. Papéis para março, negociados em Chicago, caíram a 5,0825 dólares por bushel.
De acordo com Farias Toigo, diretor da Capital Corretora, a surpresa foi grande porque os Estados Unidos mantinham bom ritmo de consumo, principalmente para a produção de etanol. No Brasil, o indicador Cepea/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos ficou em R$ 24,48, com queda diária de 1,52%. Antes do relatório, analistas projetavam até a 6 dólares por bushel, o que representaria R$ 30,00 a saca no Brasil.
Apesar de negativa para o campo, a freada beneficia indústrias de carnes suína e de aves, que há meses reclamam dos altos preços do cereal no mercado doméstico e de dificuldades na aquisição da matéria-prima usada para ração animal. "Com os preços em ascensão, os produtores estavam segurando milho a espera de novas elevações", frisa.
Para Toigo, daqui para frente o comportamento das cotações dependerá dos efeitos do fenômeno climático La Niña nas lavouras localizadas na América do Sul, das importações da China e das exportações dos Estados Unidos. Também irá interferir no cenário, o comportamento do dólar que hoje está na faixa de R$ 1,70, sendo desfavorável às exportações brasileiras.

 http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=7754&idcontato=8897966&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA_REGIONAL&data=2010-10-04

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